X
    Categorias: ADULTOS

A Renovação Cotidiana do Homem Interior- EBD Lição 10 Adulto

Lição 10 Adulto- A renovação Cotidiana do Homem Interior- 3º Trimestre 2023.

O Espírito Santo é nossa fonte de força e renovo, precisamos buscar mais da intimidade com Deus por meio de uma vida de oração.

📚  TEXTO ÁUREO

“Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.” (2 Co 4.16)

Em vez de desistir ao ser alcançado pela perseguição, Paulo concentrou-se em sua força interior, que vinha do Espírito Santo (Ef 3.16). Não deixe que a fadiga, a

dor ou a crítica lhe forcem a abandonar a obra de Deus.

💡  VERDADE PRÁTICA

Por instrumentalidade do Espírito Santo, os salvos experimentam a renovação interior em meio as adversidades externas.

Ele nos ajuda a viver conforme a vontade de Deus e a edificar a Igreja de Cristo na terra. Pela fé, podemos encher nos do poder do Espirito a cada dia.

  LEITURA DIÁRIA

Segunda – 2 Co 4.7 O tesouro do Evangelho guardado em vasos de barro.

Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.

Terça – 2 Co 1.9,10 As provações na vida de Paulo forjaram a sua confiança em Deus.

9 Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos;

10 o qual nos livrou de tão grande morte e livrará; em quem esperamos que também nos livrará ainda,

Quarta – Jo 14.16,17 O Espírito Santo habilita o cristão a vencer na adversidade.

16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.

Quinta – Fp 3.13,14. A adversidade impulsiona o cristão a prosseguir na jornada da fé.

13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,

14 prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 1Co 9:24; 2Tm 4:7;

Sexta – Hb 11.1  O apelo da Escritura ao exercício da fé bíblica.

1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vem.

Sábado – Ez 22.30 A busca do Espírito de Deus por crentes que tomam posição contra o mal.

30 E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.

INTRODUÇÃO

As adversidades externas são uma incontestável ou uma verdadeira realidade (Rm 8.22,23).

22 Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.

23 E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.

O pecado fez com que toda a criação perdesse o perfeito estado que tinha quando Deus a criou. Ela se tornou decadente e escrava da morte. Não pode mais cumprir seu proposito original. Mas. um dia. toda a criação será liberta e transformada.

Apesar disso, por meio do Espírito, os salvos experimentam a renovação espiritual no interior de sua vida (2 Co 4.16). Não obstante, ou contudo durante a nossa existência, o corpo mortal permanecerá sujeito às adversidades da vida (2 Co 5.2,4).

O gemido de que Paulo fala são essas adversidades que enfrentamos com esse nosso corpo perecível, mas o dia de sermos revestidos do nosso novo corpo está chegando.

Nesta lição, veremos o sofrimento do homem exterior, o fortalecimento do homem interior e os desafios atuais como forças externas que tentam esmagar a nossa vida espiritual. A finalidade é mostrar que o crente espiritualmente renovado pode resistir a qualquer ataque das trevas.

A armadura de Deus que Paulo falou lá em Efesios 6,10 está a nossa disposição. O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal. Esse conflito é descrito como o combate da fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18,19; 6.12), que continua até o crente galgar a vida do porvir (2 Tm 4.7,8; ver Gl 5.17 nota).

(1) A vitória do crente foi obtida pelo próprio Cristo, mediante a sua morte na cruz.

PALAVRA-CHAVE

Renovação

I – O SOFRIMENTO EXTERIOR.

1. A experiência de Paulo.

A experiência do sofrimento do apóstolo Paulo nos ensina que ser cristão não é ser poupado das provas, dos vales, dos desertos, das fornalhas, das covas dos leões, das prisões ou da morte. Mas, ser crente, é ser conformado em todas essas circunstâncias adversas.

O apóstolo Paulo é um exemplo de um homem que sofreu adversidades externas, mas não perdeu a solidez da vida espiritual. Suas epístolas relatam tribulações acima de suas forças, a ponto de ele perder a esperança da preservação da própria vida (2 Co 1.8).

Ainda podemos ler menções do apóstolo a prisões, açoites, apedrejamento, perseguições, fadiga, fome, sede, frio e nudez (2 Co 11.23-27).  A vida do apóstolo Paulo nos mostra que os crentes fiéis e obedientes ao Senhor também passam por muitas provações e aflições.

Ele nos deixou um grande exemplo de como permanecer firme em Cristo, mesmo diante do sofrimento. Como cristão precisamos amadurecer na fé. Para isso, Deus usa as adversidades para nos conduzir ao caminho do crescimento espiritual.

Dessa forma, Paulo sintetiza resume as adversidades da nossa jornada de fé nas seguintes palavras: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Tm 3.12). Por isso, o texto bíblico diz que o tesouro do Evangelho está guardado em vasos de barro (2 Co 4.6,7).

Isso é uma declaração de que somos feitos do pó, ou seja, somos mortais, e, por isso, como seres humanos, somos frágeis (2 Co 7.5). Nesse aspecto, o homem exterior padece e sofre ataques por causa da cruz (2 Tm 2.9,10).

O Deus que agiu com Paulo continua agindo no desenrolar da História (2Co.1:10). O crente é indestrutível até cumprir o propósito de Deus na terra. O Deus que agiu ontem, age hoje e continuará agindo amanhã. O Deus que fez é o Deus que faz e fará. Ele está no trono, está no controle e trabalha até agora.

Ele jamais abdicou do seu poder de intervir milagrosamente na vida do seu povo.

EBD- Renovação Cotidiana do Homem Interior ( Lição 10 Adulto) EBD 3° Trimestre 2023.

  1. O exemplo do Apóstolo Paulo.

Mesmo diante do sofrimento, o apóstolo não retrocede e tampouco nega a fé (2 Tm 4.7; Hb 10.39). Depois de todo sofrimento atroz, e ter sido injustamente preso pela segunda vez, e levado a Roma, mesmo na antessala do martírio, Paulo disse: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2Tm.4:7).

O apóstolo poderia morrer tranquilo porque havia concluído sua carreira, e isso era tudo o que lhe importava (Atos 20:24).

Suas provações forjaram teceram, criaram a confiança em Deus na sua vida e ministério (2 Co 1.9,10; Fp 4.12,13).  “É melhor sofrer com Deus e com a verdade do que prosperar com os homens e com a mentira, pois a perseguição é transitória, mas a glória final dos fiéis é segura”.

As cicatrizes são o preço que todo crente fiel a Cristo precisa beber. Certa feita, perguntaram a um professor: – Se a Igreja for mais perseguida, será mais fiel? Respondeu o professor: – Não! Se a Igreja for mais fiel, será mais perseguida.

Ele reconhece que suas fraquezas são instrumentos do poder divino (2 Co 2.4; 4.11; 12.9,10). Sua vida está a serviço do Mestre, em favor dos escolhidos e para a glória de Deus (2 Co 1.12-14; 4.11,12,15).

Cônscio de sua vocação, o apóstolo declara: “por isso não desfalecemos; […] ainda que o nosso homem exterior se corrompa” (2 Co 4.16a).  Nesse aspecto, o legado do apóstolo é de perseverança. Embora o homem exterior seja consumido pelas tribulações, o salvo não desanima nem recua. 

Veja o que Paulo disse à Igreja de Roma: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm.8:38,39).

Acerca disso, Cristo nos assegurou: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). 

3. A esperança do crente. A esperança do crente está intimamente ligada: A uma fé firme, e a uma sólida confiança em Deus.

A esperança é o esteio principal da estrutura espiritual do crente. Isto significa que o crente não pode subsistir sem esperança. E o que é esperança?

Para aqueles que cristãos dizem ser, esperança é: esperar com confiança; é a perseverante confiança no futuro; no sentido teológico, é esperar com confiança pela ação do poder de Deus que nunca falha; é aguardar a ação de Deus, mesmo que todos sinalizem que você não vai conseguir e que não vai dar certo, mas que você confia que o poder de Deus vai entrar em ação e vai realizar isto que você espera;

Na Escritura, o contraste entre as aflições do homem e o poder de Deus estão assim representadas:  (a) “atribulados, mas não angustiados” (2 Co 4.8a) significa que, mesmo pressionado, o crente não é esmagado; (b) “perplexosisto é, pasmo, hesitante ou indeciso, sem reação, mas não desanimados” (2 Co 4.8b), indica que, mesmo confuso, o crente não se desespera; (c) “perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.9a), sinaliza que, mesmo ameaçado, o crente não é abandonado;

(d) “abatidos, mas não destruídos” (2 Co 4.9b), mostra que, mesmo derrubado, o crente não é nocauteado  não está fora de combate.

O texto ensina que, embora nosso corpo esteja sujeito ao pecado e ao sofrimento, Deus sempre provê um meio de escape (1 Co 10.13). Nosso Senhor obteve êxito sobre a morte e, do mesmo modo, temos esperança da vitória e da vida eterna (2 Co 4.14). Portanto, como cristãos, não podemos deixar de aguardar a bem-aventurada esperança em Cristo (Tt 2.13).

SINÓPSE I

O apóstolo Paulo sofreu muitas aflições, mas se manteve fiel. Nós devemos seguir seu exemplo.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O PARADOXO DOS SOFRIMENTOS DE PAULO.

[Em 2 Coríntios 4.7-11] Parece que Paulo foi atingido pelo paradoxo que acabou de descrever. O ‘tesouro’ (v. 7) faz referência à ‘luz [ou iluminação] do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo’ (v. 6), conhecido e experimentado por Paulo e seus companheiros.

Isto abrange a completa realidade que pertence ao novo ministério da aliança do Espírito (3.3-18).

Paulo é dominado pelo contraste entre o valor insondável e duradouro deste ‘tesouro do evangelho’ e a indignidade e fragilidade humana (‘vasos de barro’) daqueles que agora levam-no ao mundo. Ele também percebe que este paradoxo é necessário.

Deus escolheu trazer o evangelho ao mundo através da fraqueza humana [5] para que a grandeza extraordinária de seu poder de salvação possa ser vista como sua obra e não como uma ação humana.

Os versículos 8,9 contêm quatro conjuntos de contrastes que ilustram tanto a fraqueza de Paulo em executar sua chamada apostólica, como o poder de Deus para superar esta fraqueza e libertá-lo: Paulo conheceu aflições que pressionavam-no de todos os lados, porém nunca foi cercado a ponto de ser esmagado.

Encontrou circunstâncias desnorteantes, mas nunca chegou a ponto de se desesperar. Seus inimigos haviam perseguido seus passos, mas Deus nunca o deixou cair em suas garras.

Abateram-no até o chão, porém foram impedidos de dar o golpe fatal. Em resumo, Paulo descreve estas experiências em termos físicos, identificando-as com a “morte de Jesus” ou até mesmo como que participando desta (v. 10), de forma que Deus poderia revelar seu poder de ressurreição.

Este poder infunde ao corpo mortal de Paulo a vida de Jesus, e preservou-o apesar das tribulações e das ameaças contra sua vida (vv. 10-11). Estas não são somente as consequências destas tribulações, mas também o propósito de Deus” (ARRINGTON, F. L. STRONSTAD, R. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 287).

II – A RENOVAÇÃO INTERIOR.

1. O fortalecimento diário. Embora as aflições afetem o nosso corpo, o nosso espírito se renova a cada dia.

A Bíblia enfatiza que o Espírito Santo é o agente que habilita o cristão a manter-se firme na adversidade (Jo 14.16,17). Sem Ele, o crente não sobreviveria diante das tempestades da vida.

Esse poder do Espírito atua no homem interior e capacita o crente a perseverar e a viver afastado do pecado (1 Co 2.12-16). Assim, apesar da fraqueza e do sofrimento exteriores, o nosso “interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co 4.16b).

O nosso homem exterior é o nosso corpo; o nosso homem interior é a nossa alma e espírito. O nosso corpo fica cansado, doente e envelhecido, mas o espírito e a alma ficam mais maduro, mas fortes, mas renovados.

Isso é a operação do Espírito que qualifica o salvo a não desfalecer. Enquanto o homem exterior está perdendo a batalha, o homem interior está crescendo em direção à luz, aumentando em força e beleza. A lei do pecado e da morte está destruindo o corpo; a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus está renovando o espírito.

Do ponto de vista das disciplinas espirituais práticas, esse renovo ocorre por meio da santificação pessoal, fidelidade, reverência, oração, jejum e temor a Deus (1 Co 7.5; Ef 5.18; Hb 12.14,28).

Portanto, não podemos permitir que a aflição nos desanime, mas devemos renovar o nosso compromisso em servir a Cristo e permitir que o poder do Espírito Santo nos fortaleça dia a dia (1 Co 16.13).

  1. O eterno peso de glória.

O apóstolo Paulo declara o seguinte: “a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2 Co 4.17). Aqui, ele faz um contraste entre o sofrimento presente e o futuro glorioso. O apóstolo ensina que, se comparada ao peso da glória, que é eterna, a tribulação é leve e passageira.

As aflições são pesadas e contínuas, mas vistas sob a perspectiva da eternidade são leves e momentâneas. No presente, enfrentamos tribulação, mas no futuro estaremos na glória. Agora, há choro e dor, mas, no futuro, Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima.

Nesse sentido, a adversidade serve como instrumento encorajador do homem interior, impulsionando-o a prosseguir (Fp 3.13,14) e que a fé se renova à medida que o crente é capaz de suportar as tribulações (Jó 42.5; Sl 119.67). Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Ele nunca fica em dívida com ninguém.

Portanto, faz-se necessário sermos sábios diante da tribulação, fugindo da murmuração e reconhecendo que as lutas, segundo o critério de Deus, são inevitáveis. Entretanto, as Escrituras ratificam que as aflições deste tempo não podem ser comparadas com a glória do porvir (Rm 8.18). 

Essa Glória supera o sofrimento, tanto em intensidade quanto em duração, acima de toda comparação.

  1. A visão da eternidade.

Fortalecido em Deus, tendo plena consciência da vida vindoura, o cristão é exortado a não focar “nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Co 4.18). Esta passagem enfatiza a importância de manter uma visão espiritual e eterna, em contraste com as preocupações e distrações efêmeras do mundo material.

Contrastando as coisas visíveis com as invisíveis, as temporárias com as eternas, o apóstolo Paulo apela ao exercício da fé bíblica como uma importante motivação para o crente não desfalecer nas tribulações (cf. Hb 11.1). 

Não vivemos pelo que vemos, mas pela fé, e a fé é a certeza de que nossa cidade permanente não é aqui. A fé é a convicção de que a nossa Pátria está no Céu. A fé não se apega às glórias do mundo porque vê um mundo invisível superior a este.

Nesse caso, somado à renovação diária, o crente deve viver sob a perspectiva da eternidade. Isso nos ajuda a enfrentar os desafios da vida com resiliência, Resiliência é a capacidade de se adaptar em situações difíceis, confiança e alegria, sabendo que há algo muito maior e mais duradouro do que as circunstâncias momentâneas que enfrentamos.

Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu: “pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.2).

SINÓPSE II

Precisamos buscar o renovo do homem interior constantemente, nos fortalecendo com a ajuda do Espírito Santo.

Dinâmica Renovação Cotidiana do Homem Interior- lição 10 Adulto ( 3° Trimestre 2023).

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO –BATALHA ESPIRITUAL.

“A guerra é aplicada de forma figurada à vida espiritual, particularmente pelo apóstolo Paulo. O seguidor de Cristo, como um bom soldado, suporta as dificuldades e não se envolve de forma exagerada com os assuntos desta vida (2 Tm 2.3,4).

Aquele que é temente e obediente veste ‘toda a armadura de Deus’ para que possa estar firme e resistir às forças espirituais opostas que, de outro modo, o derrotariam (Ef 6.10-20).

O cristão não trava uma guerra contra a carne e o sangue; portanto, as armas de sua luta não são materiais ou humanas, e sim divinamente poderosas para destruir fortalezas de especulações e sofismas, e tudo aquilo que se levanta de forma orgulhosa contra o conhecimento de Deus (2 Co 10.4,5).

A Igreja de Jesus Cristo deve lutar contra as portas do inferno, pois estas não serão capazes de resistir (Mt 16.18)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.887).

III – OS DESAFIOS DE HOJE.

1. Cultura secularista.

A cultura secularista é uma cultura sem Deus e contra Deus. O secularismo é uma ideologia que promove a ausência de qualquer obrigação relacionada à autoridade ou crença em Deus.

É uma forma de ver o mundo onde se reconhece apenas o aqui e o agora, e se o mundo espiritual existe, isso não é uma preocupação para o secularismo; assim, pode-se viver como se esse mundo espiritual não existisse.

O “espírito da Babilônia”, por meio da cultura secularista, procura esmagar a vida espiritual dos crentes (Ap 17.5). É um sistema materialista, conforme estudamos até aqui, que nega a realidade espiritual, a existência de Deus, a verdade bíblica e todo o conjunto de valores provenientes da Palavra de Deus. 

É resultado da influência do “espírito da Babilônia”, e que está infiltrada em todos os sistemas, inclusive em grande parte do meio cristão.

Diante desse ataque, o Altíssimo continua a buscar um povo que seja renovado por dentro, resista aos ataques externos e tome posição contra o advento do mal (Ez 22.30).  Deus é santo, e exige de nós santidade. Ser santo é estar separado das concupiscências desta vida, do mundo.

De nada adianta o título de cristão se a pessoa não demonstra uma vida santa diante de Deus e dos homens.

A Igreja, no seu todo, e cada crente, em particular, só poderá ser um referencial para o mundo e para os homens se viver de uma maneira diferente do que vive o mundo, as pessoas ímpias, sem Deus.

2. Relativismo doutrinário.

Relativismo doutrinário” é a visão de que as doutrinas fundamentais da Bíblia Sagrada são relativas e podem variar de acordo com diferentes perspectivas culturais, históricas ou individuais.

Nesta visão, a verdade bíblica não é algo absoluto, e que sofre modificações e está condicionada a cada sociedade conforme a sua época e cultura.

Outro ataque que procura matar a nossa vida espiritual é o processo de desconstrução dos fundamentos da fé. Não podemos tolerar a relativização doutrinária. Ora, relativizar a doutrina bíblica é enfraquecer o homem interior.

Não há como renovar a nossa vida espiritual sem ter em alta conta a Palavra de Deus. Não se pode fazer uma releitura seletiva da Bíblia para agregar à Igreja os que não aceitam a sã doutrina (2 Tm 4.3).

O relativismo aliado à ideologia secularista impõe o que deve ser considerado como ideal. Assim, o pecado é aceito e tolerado. Estamos vendo hoje muitas heresias nas Igrejas ditas evangélicas; muitas delas com sabor de alimento saudável e nutritivo, mas não passam de comida venenosa e mortífera. Essas heresias estão presentes nos seminários, nos púlpitos, nos livros, nas músicas.

Uma heresia é uma negação da verdade ou uma distorção dela.

Porém, o crente renovado deve reagir contra essa inversão de valores, resistir ao “espírito da Babilônia” e “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 1.3).

  1. Batalha espiritual.

Todo salvo trava uma batalha espiritual neste mundo. A Escritura diz que Satanás é o “deus deste século” e que o mundo jaz no Maligno (2 Co 4.4; 1 Jo 5.19). Por isso, nossa Declaração de Fé realça que foi com engano que ele começou as suas atividades contra o homem (Gn 3.13; 2 Co 11.3).

E é com essa arma que o Diabo e seus agentes ainda seduzem as pessoas neste mundo (Ap 12.9).

A Igreja desde o seu nascedouro trava uma batalha neste mundo, e essa luta não é contra o homem, mas contra Satanás e seus demônios (Ef.6:12). Batalha Espiritual faz parte da vida cristã, porque os crentes vivem uma constante luta contra o pecado; por isso, deve estar revestido de toda armadura de Deus para poder vencer esta batalha espiritual.

Outrossim, os espíritos malignos têm capacidade de influenciar os que vivem na desobediência, manipulando, aprisionando e colocando pessoas contra Deus (Ef 2.2). Por isso, a Bíblia alerta que nossa luta não é contra o homem, mas contra os demônios (Ef 6.12).

De certo, o crente renovado, de posse da armadura de Deus, deve posicionar-se contra as ciladas do Diabo, “orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). A Igreja precisa estar vigilante, atentar para todas as artimanhas do adversário de nossas almas, que anda ao derredor buscando a quem possa tragar (1Pd.5:8).

Quando não vigiamos, quando não estamos alerta, o inimigo facilmente se introduz na nossa vida e, o que é mais grave, acaba tendo acesso ao nosso coração, como ocorreu com Judas Iscariotes (João 13:2).

SINÓPSE III

A cultura secularista e o relativismo doutrinário combatem contra a fé cristã. Precisamos nos fortalecer para vencermos as batalhas espirituais.

CONCLUSÃO

Durante a existência do corpo mortal, nosso homem exterior estará sujeito às tribulações desta vida (2 Co 4.11). Enquanto estivermos neste mundo, num corpo corruptível, estaremos sujeitos às tribulações desta vida.

Apesar do padecimento e das aflições, o nosso homem interior não deve desfalecer, mas se renovar por meio do poder do Espírito (2 Co 4.16). Assim, os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com o peso de glória eterna reservado para os fiéis (2 Co 4.17).

Por isso, no tempo presente de ataques e desconstrução da fé cristã, necessitamos de renovação do nosso interior, dia a dia, para enfrentar o poder do pecado e do mal. 

A renovação interior do crente é uma parte fundamental da experiência cristã; é um processo contínuo que envolve cultivar a fé, aprofundar o relacionamento com Deus, o conhecimento da Palavra de Deus para fortificar a maturidade cristã e espiritual, a comunhão com o Espírito Santo e fortalecer a capacidade de resistir às tentações do pecado e do mal.

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. Qual exemplo podemos contemplar na vida do apóstolo Paulo?

Mesmo diante do sofrimento, o apóstolo não retrocedeu e tampouco negou a fé.

  1. O que a Bíblia enfatiza a respeito do Espírito Santo?

A Bíblia enfatiza que o Espírito Santo é o agente que habilita o cristão a manter-se firme na adversidade.

  1. Que contraste o apóstolo Paulo faz para apelar ao exercício da fé bíblica?

Ele contrasta as coisas visíveis com as invisíveis, as temporárias com as eternas.

  1. De acordo com a lição, o que o “espírito da Babilônia” nega?

Nega a realidade espiritual, a existência de Deus, a verdade bíblica e todo o conjunto de valores provenientes da Palavra de Deus.

  1. O que a Bíblia nos alerta a respeito de nossa luta?

A Bíblia alerta que nossa luta não é contra o homem, mas contra os demônios (Ef 6.12).

GRUPO DE INFORMAÇÕES.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

Esse website utiliza cookies.

Saiba Mais