Cultivando a Convicção Cristã- Lição 11 Adulto.

Cultivando a Convicção Cristã- Lição 11 Adulto.

Lição 11 Adulto Cultivando a Convicção Cristã- EBD 3 Trimestre 2023.

Nossa base é fundamental para suportarmos os ataques diuturnos a nossa fé. E quanto mais o tempo passa, a operação das forças da “Babilônia” tentam a todo o custo destruir nossas convicções para que fiquemos à mercê a vontade das ideologias propostas por eles.

📚  TEXTO ÁUREO

“Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência.”   (1 Ts 2.3)

As pessoas se envolvem no ministério por vários motivos. Mas infelizmente nem todas estas razoes são boas ou puras. Quando os propósitos tortuosos destas pessoas são expostos, toda a obra de Cristo sofre. Quando você se envolver no ministério, faça tudo por amor a Cristo e as outras pessoas.

💡  VERDADE PRÁTICA

O cultivo da convicção cristã é imperioso para a prática e a defesa da fé em tempo de adversidades.

Só os que tem convicção, firmeza, e certeza no evangelho, consegue defender e ter fé, nos momentos mais difíceis da caminhada com Cristo.

  LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Ts 1.6-10 Ministrando as Boas-Novas no poder do Espírito para salvação.

6 E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo,

7 de maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia.

8 Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma;

9 porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro

10 e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.

Terça – 2 Pe 1.16 O Evangelho não procede de fábulas para seduzir as pessoas com mentiras.

16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,

Quarta – Rm 16.17,18 As falsas palavras e lisonjas corrompem o coração dos símplices.

17 E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.

18 Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos símplices.

Quinta – 1 Co 1.29-31 O salvo deve gloriar-se no Senhor e não em si próprio.

29 para que nenhuma carne se glorie perante ele.

30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;

31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.

Sexta – Hc 1.1-4 Os problemas sociais como resultado do pecado.

1 O peso que viu o profeta Habacuque.

2 Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?

3 Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.

4 Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido

Sábado – 1 Co 9.11,12 Uma consciência altruísta de não criar obstáculo ao Evangelho.

11 Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?

12 Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- 1 Tessalonicenses 2.1-12

PALAVRA CHAVE.

COVICÇÃO. É Crença ou opinião firme a respeito de algo, com base em provas ou razões íntimas, ou como resultado da influência ou persuasão de outrem; convencimento.

INTRODUÇÃO

Diante das incertezas atuais e dos ataques às doutrinas bíblicas, é indispensável ao crente cultivar uma profunda convicção cristã (2 Tm 1.12-14).

Convicção só é possível através de uma experiência pessoal com Cristo. Não importa quais reveses ou problemas estejamos enfrentando; podemos e devemos confiar totalmente em Deus.

Não cabe ao salvo esmorecer em meio às tribulações, mas prosseguir confiante pelo prêmio da soberana vocação (2 Co 4.1; Fp 3.14). Nesta lição, estudaremos os aspectos espiritual, moral e social que formam a convicção de nossa fé cristã. O objetivo é despertar em cada cristão o desejo de ser um autêntico “embaixador de Cristo” em um mundo de trevas.

I – CONVICÇÃO ESPIRITUAL.

  1. Poder do Espírito.

Por orientação divina, o Evangelho foi proclamado na Europa. Paulo teve uma visão em que um homem lhe dizia: “passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9). Por duas vezes, o Espirito Santo fechou a porta para Paulo. Por isso o apostolo reconsiderou em que direção deveria ir para divulgar as Boas Novas.

A partir dessa revelação a mensagem da cruz foi anunciada em Filipos e depois em Tessalônica (At 16.10-12; 17.1). O Espirito Santo nos dirige aos lugares corretos, mas também nos desvia dos errados. Ao buscarmos a vontade de Deus, e importante saber o que Ele deseja que façamos e para onde quer que sigamos: é igualmente importante saber o que Deus não quer que façamos e para onde Ele não quer que sigamos.

O apóstolo deixa claro que o Evangelho não foi pregado como mero discurso racional, “mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1 Ts 1.5 – ARA). “Paulo pregava aos ouvidos e aos olhos. Ele falava e demonstrava. Ele tinha palavra e poder”.

Nesse caso, o Evangelho foi ministrado com ousadia no poder do Espírito, de modo que resultou na salvação e libertação dos tessalonicenses (1 Ts 1.6-10). Se não houver poder, também não haverá pregação. A verdadeira pregação, afinal de contas, consiste na atuação de Deus.

Assim, podemos afirmar que, na ausência de convicção espiritual, a Palavra de Deus é reduzida a mero intelectualismo humano e seu resultado é ineficaz na transformação de vidas (Mt 7.29; 1 Co 2.1-5). Se eu não tenho convicção daquilo que prego, o Espirito Santo não terá liberdade para convencer meus ouvintes a crerem na pregação.

  1. Confiança em Deus.

O apóstolo declara que mesmo tendo “padecido e sido agravados em Filipos” (1 Ts 2.2a), sua fé não estava abalada. Ele se refere à perseguição sofrida antes de pregar em Tessalônica. O medo do encarceramento não impediu Paulo de pregar o evangelho. Se Deus quer que façamos algo, Ele nos dará forças e coragem para fazê-lo, a despeito de quaisquer obstáculos que possam surgir em nosso caminho.

Paulo e Silas tinham sido publicamente espancados com varas. Em seguida, lançados no cárcere interior com os pés no tronco (At 16.22-24). Todavia, apesar de feridos, perto da meia-noite, oravam e cantavam hinos a Deus (At 16.25).

Após essa severa provação, não esmoreceram, mas, impelidos pelo Espírito, vieram à Tessalônica. Na cidade, em meio às suas lutas, e com ousada confiança, anunciaram a Cristo (1 Ts 2.2b). Muitos poderiam tirar férias ou dar um tempo no ministério depois de tão violenta perseguição, mas Paulo se dispôs a pregar a Palavra de Deus ousadamente em Tessalônica.

Nessa perspectiva, somos encorajados a não desfalecer na pregação do Evangelho, mas confiados em Deus, jamais recuar, mesmo diante das ameaças de prisão ou de morte (Ap 2.10).

EBD- Cultivando a Convicção Cristã ( Lição 11 Adulto) EBD 3° Trimestre 2023.

  1. Fidelidade na pregação.

O apóstolo dos gentios assegura que o Evangelho anunciado em Tessalônica “não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência” (1 Ts 2.3a). Mostra que a doutrina cristã não procede de fábulas inventadas, condutas imorais ou de artifícios para seduzir as pessoas a crerem em mentiras (2 Pe 1.16).

Ao contrário, Paulo declara que o Evangelho é de Deus, e que o próprio Deus o comissionou como arauto, “não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração” (1 Ts 2.4b). Paulo tinha não apenas a revelação, mas também aprovação. Foi aprovado porque ele pregava para agradar a Deus e não a homens.

Ele não pregava o que o povo queria ouvir, mas o que o povo precisava ouvir. Ele não pregava para entreter os bodes, mas para alimentar as ovelhas. A pregação da verdade não é popular, mas é vital para a salvação.

Dessa forma, o propósito do apóstolo não era o de satisfazer seus ouvintes com falsos discursos (Tg 1.22). Nesse sentido, somos exortados a manter fidelidade na pregação, repudiar os falsificadores da Palavra de Deus e anunciar Cristo com sinceridade (2 Co 2.17).

A maior prioridade do obreiro não é fazer a obra de Deus, mas ter comunhão com o Deus da obra (Mc.3:14). Vida com Deus é a base do trabalho para Deus. Na verdade, Deus está mais interessado em quem nós somos do que no que nós fazemos.

SINÓPSE I

Sem a ação poderosa do Espírito, a pregação é incapaz de transformar vidas.

AUXÍLIO TEOLÓGICO- O TESTEMUNHO DE PAULO (1 CO 2.1-5)

“Por causa da preocupação dos coríntios com a sabedoria humana, Paulo agora deixa claro sua posição quanto à relação entre a sabedoria humana e a pregação do evangelho. Cita a si mesmo como um exemplo de alguém que confiou no Espírito Santo, e não na eloquência ou na sabedoria humana, para que sua mensagem fosse efetiva. De acordo com o que disse no fim do capítulo 1, o apóstolo se gloria no Senhor.

[…] Longe de depender de seus próprios recursos ou de sua capacidade de persuasão, Paulo contava com o Espírito Santo. Sua mensagem não era transmitida por ‘palavras persuasivas de sabedoria humana’. Antes uma ‘demonstração [apodeixis] do Espírito e de poder’. […]” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.940.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO.

“PARA QUE VOS CONDUZÍSSEIS DIGNAMENTE PARA COM DEUS.

Nós devemos viver de uma maneira que traga atenção positiva e a honra a Deus. Devemos sempre examinar a nós mesmos, para assegurar que as nossas vidas sejam dignas de nos identificar com Cristo, representar o seu caráter e transmitir a sua mensagem a outras pessoas.

Só seremos capazes de fazer isto, confiando na graça e no poder de Deus.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, Editora CPAD, p.2227.

II – CONVICÇÃO MORAL

1. Retidão nas ações.

A conduta de retidão nas ações é uma virtude do crente regenerado. Disse o apóstolo Paulo aos crentes de Colossos: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens” (Col.3:23). Todo o trabalho é digno se o fizermos de forma honesta, com retidão, e todo o trabalho é espiritual se o fazemos para o Senhor.

A conversão opera a transformação moral na vida do crente salvo (2 Co 5.17). 17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. A retidão nas ações de uma pessoa é um sinal clarividente que ela é convertida.

Desse modo, a Bíblia orienta, dentre outras recomendações, a deixar a mentira e falar a verdade (Ef 4.25); deixar o furto e ser honesto (Ef 4.28); não pronunciar palavras torpes e dizer apenas o que edifica (Ef 4.29).

Nesse aspecto, o apóstolo Paulo reivindica exige a retidão das próprias ações ao afirmar: “nunca usamos de palavras lisonjeirasEle não era um bajulador É o engano mediante a eloquência, para ganhar os corações das pessoas a fim de explorá-las. O bajulador é aquele que fala uma coisa e sente outra.

Nem houve um pretexto de avareza” (1 Ts 2.5). Aqui, ele enfatiza que jamais usou de falso sentimento para obtenção de favor. Ainda assevera que sua motivação era desprovida de ambição financeira. Paulo não pregava para arrancar o dinheiro das pessoas, mas para arrancar-lhes do peito o coração de pedra, a fim de receberem um coração de carne. Paulo não buscava lucro, mas salvação. Sua recompensa não era dinheiro, mas vidas salvas.

Somente o falso cristão é que busca poder e influência por meio da bajulação mentirosa (Rm 16.18). Logo, a conduta de retidão é uma virtude do crente regenerado (Cl 3.23; 1 Jo 3.18).

Reputação ilibada. “Reputação ilibada” é uma expressão que se refere a uma reputação impecável, imaculada ou irrepreensível. Ela indica que uma pessoa ou entidade possui um histórico livre de qualquer tipo de mancha, má conduta, escândalo, atividade criminosa ou desonestidade.    

Considera-se portadora de reputação ilibada a pessoa de reconhecida idoneidade moral (At 6.3). Veja como Paulo avalia sua reputação com esta frase: “não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros” (1 Ts 2.6a).

Isso indica que o apóstolo não trabalhava no Reino em busca de reconhecimento humano. Essa postura foi adotada por ele em todo o lugar, demonstrando a coerência e a integridade de seu apostolado.

Ele não procurava obter “vantagens” e nem “honra” em parte alguma (1 Ts 2.5,6). Paulo não pregava para alcançar glória e prestígio humano, não andava atrás de adulações humanas. Ele não buscava prestígio pessoal nem glória de pessoas. Ele não dependia desse reprovável expediente, pois sabia quem era e o que devia fazer.

Aos coríntios, escreveu que o crente deve gloriar-se no Senhor e não em si próprio (1 Co 1.29-31). A conclusão é clara: os que aspiram fama e prestígio caem em tentação e maculam o Evangelho. Nosso viver deve glorificar a Deus. A Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, para sempre! (Ef 3.21).

  1. Vida irrepreensível.

O adjetivo “irrepreensível” denota significa uma conduta que não pode ser censurada criticada (Ef 5.27). Nesse contexto, o apóstolo invoca a Deus e a igreja em Tessalônica como testemunhas de sua postura “santa, justa e irrepreensível” (1 Ts 2.10).

Essas designações implicam obediência nas questões morais, atitude de retidão exemplar e conduta sem motivo algum de reprovação (1 Co 9.16-23). Denotam o padrão de comportamento para com Deus, para com os homens e para consigo mesmo (1 Co 9.27). Uma pessoa que leva uma vida irrepreensível geralmente é vista como alguém que age de maneira justa, honesta e respeitosa em todas as áreas de sua vida, seja em relacionamentos pessoais, profissionais ou comunitários.

Ciente da influência que sua vida exercia sobre os fiéis, o apóstolo diz: “para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes” (2 Ts 3.9). Assim, o grau de comprometimento adotado pelo crente com os valores do Reino é o reflexo do nível de sua comunhão com Deus (1 Co 10.32). 32 Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.

SINÓPSE II

O crente regenerado possui uma conduta de retidão e uma vida irrepreensível.

AUXÍLIO DEVOCIONAL

“2 Co 5.13-15. Tudo o que Paulo e seus companheiros fizeram foi para honrar a Deus. Não era apenas o temor a Deus que os motivava (2 Co 5.11), mas o amor de Cristo controlava os seus atos. A palavra controlar, ou constranger, quer dizer ‘agarrar firmemente’ — em outras palavras, o amor de Cristo os forçava a determinadas ações. Eles sabiam que Jesus, por seu grande amor, deu sua vida por eles. Ele não agiu visando  seu próprio interesse, agarrando-se, de modo egoísta, à glória do céu que Ele já possuía (Fp 2.6).

Em vez disso, Jesus de bom grado morreu por nós, nós também estamos mortos para a antiga vida. Como Paulo, não podemos mais viver para agradar a nós mesmos, mas devemos passar a nossa vida agradando a Cristo” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal.  Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.1649).

Dinâmica Cultivando a Convicção Cristã ( Lição 11 Adulto) EBD 3° Trimestre 2023.

III – CONVICÇÃO SOCIAL

  1. Bem-estar comum.

O bem-estar comum alcança o homem em suas necessidades físicas e espirituais. Não por acaso, a Bíblia fornece instruções para o bem-estar espiritual e social dos seres humanos (2 Tm 3.16,17). O papel da igreja é o de proclamar o Evangelho (Mt 28.19) e aliviar o sofrimento promovendo o bem-estar social entre os irmãos (Tg 2.15-17).

Habacuque registra que os problemas sociais de sua época resultavam do pecado, tais como: inversão de valores, violência e injustiças (Hc 1.1-4). Assim, o mal social tem origem no pecado. Ciente disso, o apóstolo Paulo escreve: “quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas” (1 Ts 2.8).

Esse sentimento é comparado ao cuidado de uma mãe que se preocupa e protege os filhos (1 Ts 2.7), Paulo foi como uma mãe para os crentes de Tessalônica. Uma mãe é aquela que quando tem apenas um pão para repartir fala para o filho que não está com fome.

Uma mãe se dispõe a renunciar aos seus direitos a favor dos filhos, também é equiparado ao procedimento de um pai amoroso que se interessa pelos problemas dos filhos (1 Ts 2.11b). Era assim que Paulo encorajava, confortava e servia de exemplo à igreja (1 Ts 2.11a).

Um pai não deve apenas sustentar a família com trabalho e ensinar-lhe com exemplo, mas também deve ter tempo para conversar com os membros da família. Paulo sabia da importância de ensinar os novos crentes.

Nessa direção, o dever cristão engloba a moral e o social. A dedicação exclusiva de uma parte em detrimento da outra não retrata o Evangelho de Cristo (Tg 4.17). Assim como fez Paulo, a Igreja de hoje deve agir na busca da maturidade cristã e espiritual, jamais esquecendo o bem-estar comum das pessoas, quer seja crente ou descrente.

  1. Dedicação altruísta.

O apóstolo se dedicou com profundo altruísmo na propagação do Evangelho (At 20.24). Altruísmo é um tipo de comportamento em que as ações voluntárias de um indivíduo beneficiam outros. No sentido comum do termo, é, muitas vezes, percebida como sinônimo de solidariedade.

Apesar do direito inerente próprio ao seu apostolado, ele decidiu nada receber “ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados” (1 Ts 2.6b). Embora a igreja de Filipos tenha enviado duas vezes dinheiro para ajudá-lo em Tessalônica (cf.Fp.4:15,16), embora fosse seu direito exigir sustento da igreja (1Ts.2:7), Paulo decidiu trabalhar para se sustentar (2Ts.3:6-12).

Ninguém podia acusá-lo de ganância financeira (Atos 20:31; 2Co.12:14). Assim sendo, para prover o necessário sustento, o apóstolo valeu-se de seu ofício de fabricante de tendas (At 18.3). Acerca disso, recordava aos irmãos do seu “trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (1 Ts 2.9). 

Para não se tornar um fardo para a igreja, ele se desgastou numa atividade laboral trabalho extenuante, cansativo. Paulo não estava no ministério por causa de dinheiro. Sua motivação nunca foi o dinheiro, mas a glória de Deus, a salvação dos perdidos e a edificação da Igreja do Senhor Jesus.

Aqui é importante ressaltar que a Bíblia não condena a provisão financeira para os obreiros, pois o próprio apóstolo escreveu que “aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.14) e que “digno é o obreiro do seu salário” (1 Tm 5.18). Assim, ele explica que não usou dessa justa prerrogativa porque conhecia a extrema pobreza da igreja de seu tempo (2 Co 8.1,2), que suportou as restrições financeiras para não criar obstáculo ao Evangelho (1 Co 9.11,12) e que tudo fez para ganhar o maior número possível de almas (1 Co 9.19).

A sua preocupação era o rebanho as almas. Nesse sentido, aprendemos que o amor sacrificial e o trabalho voluntário e desprendido dedicado são essenciais para o crescimento do Reino e devem fazer parte de uma profunda convicção cristã como contraponto oposição claro ao “espírito da Babilônia” que é o oposto contrário do altruísmo cristão.

SINÓPSE III

A convicção social presente na vida de Paulo era um exemplo para a igreja.

CONCLUSÃO

Paulo foi submetido a uma série de provações durante o seu ministério (1 Ts 2.2). Não obstante, portanto ele nos deixou exemplo de intensa convicção de nossa eleição em Cristo (1 Co 11.1). Destacam-se sua convicção espiritual resultante do poder do Espírito (1 Ts 2.4); sua convicção moral como reflexo do temor a Deus (1 Ts 2.5); e sua convicção social demonstrada pela abnegação em servir (1 Ts 2.9).

Sendo o apóstolo Paulo um modelo à nossa maturidade cristã, moral e espiritual, concluímos esta Lição mostrando  a necessidade de cada crente manter firme a sua convicção cristã. Ratifica-se que, em nossos dias, carecemos dessa firme convicção em defesa dos interesses do Reino de Deus na Terra.

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. O que podemos afirmar a respeito da ausência da convicção espiritual?

Na ausência de convicção espiritual, a Palavra de Deus é reduzida a mero intelectualismo humano e seu resultado é ineficaz na transformação de vidas.

  1. De acordo com a lição, em que somos exortados?

Somos exortados a manter fidelidade na pregação, repudiar os falsificadores da Palavra de Deus e anunciar a Cristo com sinceridade.

  1. O que é a conduta de retidão?

É uma virtude do crente regenerado.

  1. Quem é o portador de reputação ilibada?

A pessoa de reconhecida idoneidade moral (At 6.3).

  1. O que o dever cristão engloba?

O dever cristão engloba a moral e o social. A dedicação exclusiva de uma parte em detrimento da outra não retrata o Evangelho de Cristo (Tg 4.17).

  1. Que história no Antigo Testamento pode ser comparada à de Ananias e Safira?

Semelhantemente ao que aconteceu com Ananias e Safira, no Antigo Testamento, lemos a história de uma família israelita, cujo chefe era Acã.

  1. O que cabe à família cristã?

Cabe estar em oração e vigilância (Mt 26.41).

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