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EBD – A cidade celestial – Lição 13 Adulto

EBD – A cidade celestial – Lição 13 Adulto

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes

TEXTO ÁUREO

Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. (Fp 3.20)

 

A glorificação do crente e a sua entrada na cidade celestial, será o fim da jornada cristã neste mundo material e, finalmente, a consumação da vida eterna ao lado de Deus.

VERDADE PRÁTICA

A cidade celestial é o alvo de toda a nossa jornada nada em nossa vida pode substituir esse alvo, que iniciou com o Novo Nascimento e se consumará se completará com a entrada pelos portões celestiais. Com a nossa chegada no céu, se concluirá todo o plano e proposito de Deus com respeito a sua igreja.

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LEITURA DIÁRIA

Segunda – Lc 23.46; 2 Co 12.2-4

O Paraíso como a habitação de Deus, dos anjos e dos salvos. 46 E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. 2 Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos ( se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe ), foi arrebatado até ao terceiro céu. 4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar.

Terça – Ap 3.12

A Nova Jerusalém, a cidade que descerá do Céu. 12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.

Quarta – Cl 1.20

A reconciliação de tudo o que está na Terra e no Céu. 20 e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.

Quinta – Jo 4.10

O rio da água da vida fluirá abundantemente. 10 Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.

Sexta – Fp 3.20

A nossa verdadeira morada está nos Céus. 20 Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

Sábado – 2 Co 5.8; Fp 1.21,23

A esperança sincera de todo cristão peregrino. 8 Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor.

21 Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.

23 Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 21.9-14; 22.1-5

Apocalipse 21

9 – E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.

10 – E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.

11 – E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.

12 – E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel.

13 – Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas.

14 – E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

Apocalipse 22

1 – E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

2 – No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações.

3 – E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.

4 – E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome.

5 – E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre.

Hinos Sugeridos: 485, 509, 614 da Harpa Cristã

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PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A Pátria Celestial é o ponto de chegada de todos salvos em Cristo que foram iluminados pela Palavra de Deus e provaram de uma tão grande salvação. A nossa morada não está aqui, mas no Céu. Por isso, ao longo desta lição, estudaremos a realidade bíblica do Paraíso e da Cidade Celestial, e o eterno e perfeito estado dos salvos. Ainda, nesse tempo presente, conhecemos essa realidade de maneira bem limitada, mas haverá o dia em que a conheceremos plenamente (1 Co 13.12).

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Conceituar o Paraíso;

II) Explicar a eternidade como doutrina bíblica e como descrita no Livro de Apocalipse;

III) Conscientizar a respeito do estado final de todos os santos.

B) Motivação: Há um hino clássico que diz o seguinte: “Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou, do reino lá do céu embaixador eu sou”. É uma letra que revela exatamente o que Bíblia diz a respeito de nossa verdadeira cidadania. Sim, a Bíblia diz que nós não somos desse mundo, embora estejamos nele.

C) Sugestão de Método: Estamos na última lição deste trimestre. Antes de iniciar a aula desta última lição, faça uma revisão dos principais pontos que abordamos ao longo do trimestre. Mostre que o propósito do nosso estudo foi percorrer a carreira cristã que se iniciou com o Novo Nascimento. E que durante essa caminhada nos deparamos com muitos obstáculos e, também, com muita graça de Deus para auxiliar-nos. Relembre a classe lições importantíssimas como a escolha das duas portas, a confissão e o abandono do pecado, as armas espirituais que temos a nossa disposição, dentre outras. Pondere o tempo que você levará para a revisão. Não ultrapasse 10 minutos. Em seguida, introduza a última lição do trimestre.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Claramente quem cultiva o sentimento de morar brevemente no Céu, procura não se acostumar com o pecado, leva a sério a necessidade de ter uma vida santa. Sim, a consciência da cidadania celestial traz a nossa vida um senso de urgência e seriedade na comunhão com Deus e sua Igreja.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Significado de Jerusalém para a Igreja Cristã”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o tópico a respeito de a Nova Jerusalém como a cidade celestial dos cristãos; 2) O texto “Rio e Árvore da Vida”, ao final do segundo tópico, expande o assunto da vida eterna conforme descrita no Livro do Apocalipse.

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INTRODUÇÃO

Os cristãos que têm conhecimento das Sagradas Escrituras sabem que não foram destinados para viver apenas neste mundo. Estamos aqui apenas de passagem, nossa morada não é aqui. Aqui, somos peregrinos e forasteiros (1 Pe 2.11). 11 Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma, Brevemente os portões celestiais se abrirão e partiremos para viver eternamente com o Pai, em nossa pátria celestial (Fp 3.20). 20 Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.

Por isso, estudaremos a respeito do Paraíso Eterno, a Cidade Celestial, o Eterno Estado em que desfrutaremos da presença de Deus e como as Escrituras ensinam como será a nossa glorificação final. Todos esses assuntos fortalecerão a nossa fé e aumentará nosso conhecimento a respeito das grandes coisas que o senhor tem preparado para o seu povo. Aqui, se encontra o que nos aguarda ao final de nossa Jornada Cristã.

PALAVRA-CHAVE: Cidade

Devemos cuidar para não confundir o Milênio com o Estado Eterno. Este caracteriza a eternidade sem fim em que passaremos com Deus; aquele é um período em que Jesus reinará por mil anos na Terra […].”

I – O PARAÍSO ETERNO

1. O que é o Paraíso?

Este termo, aparece na Bíblia para descrever tanto o Jardim do Éden quanto a morada celestial preparada por Deus para os justos, na tradição cristã, o paraíso é associado com o céu, sendo a residência final dos fiéis e o lugar de perfeita comunhão com Deus.

Uma definição que podemos mencionar de paraíso é o Céu como morada de Deus, dos anjos e dos salvos (2 Co 12.2-4). 2 Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos ( se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe ), foi arrebatado até ao terceiro céu. 4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar. O paraíso é o destino final dos salvos, aqueles que, pela fé em Jesus Cristo, foram redimidos e reconciliados com Deus.

Quando estava na cruz, nosso Senhor fez uma promessa ao ladrão arrependido: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). Essa promessa foi prontamente cumprida, pois, quando por ocasião de sua morte, o corpo do Senhor Jesus foi para a sepultura, mas seu espírito para o Pai, ou seja, para o Céu, o lugar de habitação de Deus (Lc 23.46). Esta promessa fortalece a esperança cristã de vida após a morte em um lugar de paz e alegria eterna.

Não há como mensurar tamanha alegria do ladrão ao ouvir de Jesus a promessa de um encontro no Paraíso. Com certeza a fé desse ladrão foi fortalecida anda mais ao ouvir essa promessa que Jesus lhe deu. Este lugar é a expressão de toda soma das bem-aventuranças em Cristo. O apóstolo Paulo foi arrebatado e levado ao Paraíso (2 Co 12.4), que é o mesmo lugar que aparece em Apocalipse 2.7. 7 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus. Aqueles que vencem terão acesso à árvore da vida no paraíso de Deus, simbolizando a restauração da comunhão quebrada pelo pecado.

2. O que é a Cidade Eterna?

A Nova Jerusalém é descrita em termos de beleza e perfeição divinas. Seus muros são de jaspe, e a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido. As fundações dos muros são adornadas com pedras preciosas, e os doze portões são doze pérolas, cada um feito de uma única pérola (Apocalipse 21:18-21).

Depois do julgamento final, após o Milênio (Ap 20), e a purificação da Terra por meio de fogo (2 Pe 3.10), surgirá a Nova Jerusalém, que figura como a Cidade Eterna de Deus (Ap 3.12; 21; 22). 12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. Quando esteve neste mundo, o Senhor Jesus assegurou que prepararia um lugar para os santos (Jo 14.2,3). Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também.

A Nova Jerusalém, criada por ocasião da purificação ocorrida na Terra (2 Pe 3.10), tem sua origem no Céu, e será também terrena, visto que substituirá a antiga cidade que estava contaminada; ela descerá diretamente dos Céus

(Ap 21.1-3).

1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2 E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.

Nessa ocasião, os salvos serão cidadãos dessa cidade, desfrutarão das bênçãos eternas e a habitarão com seus corpos transformados em um estado glorioso (1Co 15.54). 54 E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.

3. Quando a eternidade começará?

A Bíblia apresenta uma sequência de eventos que vem antes da eternidade.

De acordo com o estudo atento de Apocalipse, depois do Arrebatamento da Igreja, um evento em que os crentes em Cristo serão levados da Terra para se encontrarem com o Senhor nos ares, ocorrerá a Grande Tribulação por um período de sete anos, durante este tempo, a Terra será marcada por um intenso sofrimento e julgamento divino, em seguida nosso Senhor retornará gloriosa e triunfantemente por ocasião de sua Segunda Vinda e implantará o Reino Milenial. O Reino Milenial é um período de mil anos durante o qual Cristo reinará na Terra com justiça e paz.

Depois do Milênio, entraremos no glorioso Estado Eterno (Ap 21; 22). Aqui, devemos cuidar para não confundir o Milênio com o Estado Eterno. Este o Estado Eterno caracteriza a eternidade sem fim em que passaremos com Deus; aquele o Milênio é um período em que Jesus reinará por mil anos na Terra e, ao final desse período, pessoas serão julgadas diante do Trono Branco, o Juízo Final (Ap 20.11-15). Aguardemos piedosamente o Reino Eterno, o Novo Céu, a Nova Terra e a Nova Jerusalém! Esta nova era de paz e alegria sem fim é o destino final dos redimidos e a esperança suprema de todos os que aguardam com fé e piedade o cumprimento das promessas de Deus.

A eternidade propriamente dita, conhecida como o Estado Eterno, começará após o Juízo Final. Deus criará um novo céu e uma nova terra, conforme descrito em Apocalipse 21:1: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” Esta nova criação será livre do pecado, do sofrimento e da morte, e será o lar eterno dos redimidos.

SINÓPSE I

O Paraíso e a Nova Jerusalém como realidades eternas do Céu.

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AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“O Significado de Jerusalém para a Igreja Cristã

A cidade de Jerusalém também foi importante para a igreja cristã.

(1) Jerusalém foi o berço do cristianismo. Foi ali que Jesus Cristo foi crucificado e ressuscitou dos mortos. Foi também em Jerusalém que o Cristo ressuscitado ‘derramou’ o Espírito Santo sobre os discípulos no dia de Pentecoste […]. A partir dessa cidade, a mensagem de Jesus Cristo se espalhou ‘até aos confins da terra’ (At 1.8; cf. Lc 24.47). […]

(2) Os autores do Novo Testamento aceitaram grande parte do significado de Jerusalém para o Antigo Testamento, mas também reconheceram o seu simbolismo relacionado a uma cidade celestial. Em outras palavras, quando o Novo Testamento retrata Jerusalém como a cidade santa, não se refere apenas a um lugar na terra, mas no céu, onde Deus habita e onde Cristo governa à sua direita (isto é, o lugar de maior honra e autoridade). Dali, Ele envia as suas bênçãos e dali Jesus irá retornar.” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.696).

II – O ETERNO E PERFEITO ESTADO

1. O estado perfeito à luz da doutrina bíblica. A Bíblia descreve este estado perfeito e eterno como um lugar de beleza, santidade e perfeição.

De Gênesis a Apocalipse, há um propósito divino na consumação dos séculos, onde tudo ocorrerá por ocasião da Segunda Vinda de Cristo Jesus, após o Milênio, em que serão estabelecidos um Novo Céu e uma Nova Terra (Ap 21.1). 1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Nesse tempo, o propósito original de Deus se cumprirá e toda Terra se encherá de sua glória. Conforme o apóstolo Paulo escreveu, haverá reconciliação geral de todas as coisas, em que Céu e Terra serão a mesma grei rebanho, congregação (Cl 1.20). 20 e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.

Por isso, o perfeito e eterno estado é descrito na Bíblia como um lugar belo, de santidade e perfeição, pois a antiga ordem, em que imperava a natureza do pecado, foi abolida e deu lugar a um lugar santo, puro e perfeito. Nesse ambiente de perfeição, a comunhão entre Deus e a humanidade será restaurada de forma plena. A presença de Deus será a luz que ilumina a cidade, e não haverá mais noite (Apocalipse 21:23-25). Os salvos viverão em corpos glorificados, livres de doença, dor e morte, vivendo eternamente em paz e alegria. Portanto, esta visão é uma reafirmação do propósito original de Deus para a criação, antes que o pecado entrasse no mundo e corrompesse a ordem divina.

2. O estado perfeito à luz de Apocalipse 22.1-5.

O livro do Apocalipse traz alguns símbolos que descrevem de maneira mais vívida o divino estado perfeito de todas as coisas.

São símbolos que comunicam a singularidade qualidade desse novo estado: a) um rio; b) a árvore; c) a ausência de males; d) a presença de Deus.

a) A vida eterna descrita como um rio.

O apóstolo João descreve essa eternidade como um rio da vida que brota do trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1). 1 E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. Este rio simboliza a vida eterna que flui diretamente de Deus e do Cordeiro (Jesus Cristo). A clareza cristalina da água representa a pureza e a perfeição da vida eterna que Deus concede aos Seus filhos.

Portanto, o fato de o rio proceder do trono de Deus e do Cordeiro indica que a fonte de toda vida e bênção no estado perfeito é a presença de Deus e de Jesus Cristo. Aqui, está presente o aspecto simbólico do rio como símbolo de vida que em diversas vezes o Senhor Jesus mencionou como água da vida (Jo 4.10; 10 Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.

cf. Sl 46.4; 4 Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.

Ez 47.1-12).

b) A vida eterna descrita como árvore.

A árvore da vida remonta volta ao livro de Gênesis (Ap 22.2; 2 No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações. cf. Gn 2.9; 3.22). Seus 12 frutos, de mês em mês, e suas folhas simbolizam a vida que triunfou sobre as enfermidades e a morte. Não haverá mais dores nem doenças, pois no divino estado eterno, a morte não prevalecerá mais.

A Árvore da Vida, que estava presente no Jardim do Éden (Gênesis 2:9), ressurge na Nova Jerusalém, simbolizando a restauração completa da vida eterna. A produção contínua de frutos ao longo do ano e as propriedades curativas das folhas indicam um estado de saúde perfeita, prosperidade e bem-estar contínuo. Assim, a árvore assegura que a plenitude de vida será constante e acessível a todos os redimidos.

c) A vida eterna sem males.

Não haverá mais “maldição contra alguém” (Ap 22.3). 3 E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.

O problema do coração do ser humano será para sempre resolvido, pois o mal será plenamente erradicado arrancado. Ali, o trono de Deus e do Cordeiro estarão centralizados no coração do ser humano. Todas as consequências do pecado, que introduziram a maldição na criação (Gênesis 3:17-19), serão completamente removidas. No estado perfeito, não haverá mais sofrimento, dor, ou separação de Deus. Dessa forma, a ausência de maldição indica que a paz, a justiça e a santidade prevalecerão eternamente.

d) A vida eterna na presença de Deus.

Contemplaremos a Deus face a face (1 Co 13.12), e sua presença será a nossa luz para sempre (Ap 22.4). Que alegria indizível! Prestaremos culto olhando diretamente para Ele. Sua presença gloriosa fará com que não haja mais noite, não havendo mais qualquer escuridão, e para sempre reinaremos com Ele. Esta presença divina garante uma comunhão íntima e eterna com Deus, marcada por serviço e adoração constantes. Portanto, os redimidos terão o privilégio de servir a Deus diretamente e de desfrutar de Sua presença ininterrupta.

SINÓPSE II

A vida eterna é descrita na Bíblia como um rio, uma árvore, lugar sem males e a presença eterna de Deus.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Rio e Árvore da Vida

“O Rio Puro da Água da Vida. Este rio aparentemente literal sugere o fluxo contínuo do Espírito Santo e da vida, da bênção e do poder espiritual que Ele nos dá (cf. 7.17; 21.6; 22.17; Is 44.3; Jo 7.37-39). O rio é um lembrete de que as pessoas ainda são dependentes de Deus Pai e de Cristo Jesus para tudo na sua vida, assim como sempre foram.

A Árvore da Vida. Este pode ser um substantivo coletivo, referindo-se às árvores que revestem ambos os lados do rio da vida. Esta árvore se refere à vida eterna dada a todos os membros do povo de Deus (Gn 2.9; 3.22). As folhas que curam indicam a ausência de qualquer coisa que traga dano físico ou espiritual (cf. Ez 47.12). Observe que mesmo em nossos corpos imortais seremos dependentes do Senhor para obtermos força, vida e saúde.” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.2469).

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III – O ESTADO FINAL DE TODOS OS SANTOS

1. O que todo crente salvo deve esperar?

Os santos de Deus, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, nunca viveram nesta Terra com a ideia de permanecer nela eternamente. O patriarca Abraão vivia nela com a esperança da Cidade Celestial, cujo construtor é Deus (Hb 11.9,10; 9 Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.

10 Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus. A verdadeira esperança de Abraão não estava em uma herança terrena, mas em uma cidade celestial preparada por Deus.

Gl 4.26; Hb 11.16). Moisés passou por ela com essa mesma intenção, deixou o Egito e sua glória porque tinha consciência de algo melhor, a recompensa gloriosa (Hb 11.24-27peça um aluno pra lê). A fé de Moisés estava firmemente ancorada na promessa de uma recompensa celestial e eterna. Por isso, o cristão que vive neste mundo sabe que, aqui, ele é peregrino nesta jornada, pois está consciente de que o seu lar, a sua verdadeira cidade, é a celestial de onde o nosso grande e maravilhoso Deus habita (Ap 21.3,22; 22.3). Temos a convicção de que não pertencemos a este mundo, mas aguardamos a volta de Cristo e a transformação completa para a eternidade, isso nos inspira a perseverarmos na fé, mesmo diante das adversidades presentes.

2. Viveremos todos em unidade.

Ao se fazer menção dos inscritos nas 12 portas da cidade, onde estão os nomes das 12 tribos de Israel, e dos alicerces levam os nomes dos 12 apóstolos está evidente que se trata de pessoas originárias de todas as eras (Ap 21.9-14). As doze tribos de Israel representam o povo de Deus do Antigo Testamento, enquanto os doze apóstolos simbolizam a Igreja do Novo Testamento. A presença desses nomes na Nova Jerusalém indica que tanto Israel quanto a Igreja estão incluídos na consumação dos tempos.

As pessoas tanto de Israel quanto da Igreja serão reunidas, formando um só Corpo de Cristo, cumprindo-se plenamente dessa forma o que está escrito em Gálatas: “nisto não há judeu nem grego” (Gl 3.28). Este versículo destaca a eliminação de todas as distinções sociais, étnicas e de gênero em Cristo. Na Nova Jerusalém, essas barreiras serão completamente removidas, e todos viverão como um só povo em perfeita harmonia.

Viveremos na Nova Cidade sem qualquer tipo de segregação, separação, discriminação e diferença de classes, pois seremos um só povo em Cristo Jesus. Todos os redimidos compartilharão da mesma herança e viverão em igualdade, refletindo a perfeita unidade em Cristo Jesus. Esta realidade escatológica cumpre a oração de Jesus em João 17:21, onde Ele pede ao Pai: “para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.”

3. Finalmente em casa.

finalmente em casa nos mostra, expressa, a esperança e a expectativa de todos os crentes.

Sabemos que nossa morada final não é aqui neste mundo, nem na sepultura, prova disso é que somos denominados de peregrinos e estrangeiros nesta Terra (Hb 11.13). 13 Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. O apóstolo Paulo nos lembra de que a nossa cidade está nos Céus (Fp 3.20). Os cristãos que verdadeiramente mantêm comunhão com Cristo e sua Palavra cultivam em seu coração o desejo de ir para a casa, como anelava o apóstolo dos gentios (2 Co 5.8; 8 Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor.

Fp 1.21,23). Essa é a nossa grande recompensa de quando findarmos, aqui na Terra, a nossa jornada. Essa é a bendita esperança de todo cristão sincero que deseja morar no Céu. Aguardamos com ansiosa expectativa o dia em que estaremos finalmente em casa, na eterna e perfeita comunhão com nosso Senhor.

SINÓPSE III

No Estado Final, finalmente, poderemos dizer: estamos em casa.

Viveremos na Nova Cidade sem qualquer tipo de segregação, discriminação e diferença de classes, pois seremos um só povo em Cristo Jesus.”

CONCLUSÃO

O Céu é o destino final de uma jornada que se iniciou com o Novo Nascimento. Jornada esta que não abrimos mão de maneira alguma. Do início da jornada até o final, enfrentaremos inimigos que intentam nos desviar da rota para o Céu. Por isso, durante a travessia da jornada, é necessário toda vigilância e zelo, sabendo que aquEle que começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia do nosso Senhor Jesus Cristo (Fp 1.6). Portanto, coloquemos nossos olhos no Autor e Consumador da nossa fé, olhando para frente, pois a Canaã Celestial é logo ali. Essa é nossa esperança, gloria a Deus.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como podemos definir o Paraíso?

Uma definição que podemos mencionar de paraíso é o Céu como morada de Deus, dos anjos e dos salvos (2 Co 12.2-4).

2. De onde virá a Nova Jerusalém?

Do céu.

3. De acordo com a lição, como o perfeito e eterno estado é descrito na Bíblia?

O perfeito e eterno estado é descrito na Bíblia como um lugar belo, de santidade e perfeição, pois a antiga ordem, em que imperava a natureza do pecado, foi abolida e deu lugar a um lugar santo, puro e perfeito.

4. Quais os símbolos apresentados no livro de Apocalipse que descrevem o divino estado perfeito de todas as coisas?

São símbolos que comunicam a singularidade desse novo estado: a) um rio; b) a árvore; c) a ausência de males; d) a presença de Deus

5. O que os cristãos sinceros devem cultivar em seu coração?

Os cristãos que verdadeiramente mantêm comunhão com Cristo e sua Palavra cultivam em seu coração o desejo de ir para a casa, como anelava o apóstolo dos gentios (2 Co 5.8; Fp 1.21,23).

 

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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