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EBD –  A Conspiração  de Hamã contra os Judeus – Lição 9 Adulto

EBD –  A Conspiração de Hamã contra os Judeus – Lição 9 Adulto

A raiva de Hamã cresceu para um ódio mais profundo e abrangente, direcionado não apenas a Mardoqueu, mas a todo o povo judeu. Hamã, alimentado por sua ambição e desejo de poder, decidiu que não seria suficiente apenas punir Mardoqueu. Ele queria eliminar todos os judeus dentro do império persa.

TEXTO ÁUREO

“E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mt 10.22). Em toda a história, o povo de Deus sempre foi e odiado e perseguido, mais nunca derrotado.

VERDADE PRÁTICA

Quando nos tornamos agradáveis ao mundo é sinal de que nossa fidelidade a Deus está em crise. Ninguém pode servir a dois senhores, se agradarmos ao mundo desagradaremos a Deus. A amizade com o mundo é inimizade contra Deus.

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LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ef 6.9; 1 Pe 5.2,3

Devemos agir com serenidade em qualquer área de liderança. 9 E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não há acepção de pessoas. 2 apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;

3 nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.

Terça – Et 3.6

Hamã planeja destruir os judeus de todo o reino de Assuero. Porém, em seus olhos, teve em pouco o pôr as mãos só sobre Mardoqueu ( porque lhe haviam declarado o povo de Mardoqueu ); Hamã, pois, procurou destruir todos os judeus que havia em todo o reino de Assuero, ao povo de Mardoqueu.

Quarta – Gn 6.11-13; 2 Tm 3.1-4

A motivação de Hamã para a violência remonta tempos longínquos 11 A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. 12 E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. 13 Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra. 2 Tm 3.1-4. 1 Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;

2 porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 3 sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 4 traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5 tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

Quinta – Et 4.3,4

Luto, jejum, choro e lamentação diante da ameaça de Hamã. 3 E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em pano de saco e em cinza.

4 Então, vieram as moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu silício; porém ele não as aceitou.

Sexta – Dn 6.10; Ef 6.18; 1 Ts 5.17

A importância da oração para suportar as intempéries do mundo. 10 Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa ( ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém ), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.  18 orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos. 17 Orai sem cessar.

Sábado – Zc 14.4-9; Rm 11.26; Ap 1.7

Jesus, o Messias, salvará Israel, quando de sua conversão nacional.

4 E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul. 26 E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.  7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 3.7-11; 4.1-4

Ester 3

7 – No primeiro mês abril (que é o mês de nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, de dia em dia e de mês em mês, até ao duodécimo mês, que é o mês de adar.

8 – E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo cujas leis  são  diferentes  das leis  de todos os povos e que não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo  ficar.

9 – Se bem parecer ao rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei.

10 – Então, tirou o rei o anel da sua mão e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.

11 – E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada, como também esse povo, para fazeres dele o que bem  parecer  aos teus olhos.

Ester 4

1 – Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e vestiu-se de  um  pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor;

2 – e chegou até diante da porta do rei; porque ninguém vestido de pano de saco podia entrar pelas portas do rei.

3 – E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação;  e  muitos estavam deitados em pano de saco e em cinza.

4 – Então, vieram as moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu cilício; porém ele não as aceitou.

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  1. INTRODUÇÃO

A lição de hoje nos auxilia a refletir a respeito de um tema muito atual: o Antissemitismo. Antissemitismo é a hostilidade, preconceito ou discriminação contra judeus como um grupo religioso, étnico ou racial. Nela, estudaremos o plano odioso de Hamã em exterminar todos os judeus do reino persa. A tentativa de Hamã de eliminar os judeus é um exemplo claro de como o preconceito e a intolerância podem ultrapassar em direção a atos de extrema violência e injustiça. A causa desse intento de Hamã se revela de caráter pessoal, mas que atinge toda uma nação. A história bíblica que estudaremos nos revela como é antiga a campanha de ódio contra o povo judeu. A história de Hamã ilustra que o ódio aos judeus não é um fenômeno moderno, mas uma campanha de ódio que existe há milhares de anos.

  1. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

  2. A) Objetivos da Lição:
  3. I) Explicar o plano odioso de Hamã;
  4. II) Destacar a tristeza de Mardoqueu, dos judeus e de Ester;
  5. III) Apontar o perigo e a crueldade do Antissemitismo Moderno.

 

  1. B) Motivação: Como reflexão a respeito do perigo do Antissemitismo no meio cristão, leia atentamente o seguinte trecho: “O Holocausto não começou com Hitler enfileirando os judeus para a câmara de gás; ele começou com líderes religiosos plantando as sementes de ódio contra o povo judeu em suas congregações. Hitler citava a Bíblia, capítulo e versículo, para justificar o seu ataque aos judeus” (Em Defesa de Israel, CPAD, p.40).
  2. C) Sugestão de Método: Para complementar a exposição do terceiro tópico, faça uma pesquisa em sites ou livros especializados a respeito do Holocausto, dos pogroms (ataques violentos contra judeus na Rússia e Ucrânia). Busque imagens da época, depoimentos de sobreviventes, por meio de entrevistas ou biografias, de modo que crie e desenvolva uma perspectiva clara da gravidade e das consequências da tolerância de ataques antissemitas ao povo judeu. Apresente essas imagens ou depoimentos à medida que você exponha o tópico.
  3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

  4. A) Aplicação: A história do ódio de Hamã contra os judeus deve servir de alerta contra o Antissemitismo Moderno. Como evangélicos, amamos o povo judeu e oramos para que ele reconheça Jesus como o Messias. Isso não significa fechar os olhos para seus erros. Contudo, nos impulsiona a repelir mentiras e narrativas construídas a fim de reputar o Estado de Israel como algoz quando desde sempre é o alvo do Terrorismo sistemático.
  5. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

  6. A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
  7. B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Procurou destruir todos os judeus”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda mais sobre o ódio de Hamã contra os judeus; 2) O texto “É possível um cristão ser antissemita?”, ao final do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do antissemitismo moderno no mundo, bem como no meio cristão.

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, vimos que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante de Hamã. Isto porque os judeus aprenderam que a adoração só deve ser dirigida a Deus. Nesta lição, estudaremos a respeito do plano de Hamã para exterminar todos os judeus do reino da Pérsia. O motivo desse plano assassino é pessoal: Hamã nutria um profundo rancor contra Mordecai, um judeu que se recusava a curvar-se diante dele. No entanto, a vingança de Hamã não se limitou a Mordecai, mas se estendeu a toda a nação judaica, mostrando como o ódio individual pode se transformar em um ataque contra um povo inteiro. Veremos, também, como o povo judeu tem sido perseguido ao longo de toda a história. Israel sobrevive pela providência divina. Deus nunca abandona o seu povo, Israel e a igreja sempre terão ao seu lado a mão protetora do todo poderoso.

PALAVRA-CHAVE: CONSPIRAÇÃO

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I – O PLANO ODIOSO DE HAMÃ

O comportamento de Hamã é um exemplo claro de como o poder pode ser distorcido por sentimentos de vingança e ódio.

  1. Intrigas e patologias problemas do poder.

A conduta de Mardoqueu incomodou aos demais servos do rei. Eles o questionavam todos os dias: “Porque traspassas o mandado do rei?” (Et 3.3). Mardoqueu disse apenas que era judeu. Observem que Mardoqueu demonstra sabedoria e prudência em sua resposta. Incomodados, seus conservos foram denunciá-lo a Hamã para verem se Mardoqueu continuaria com a mesma postura. Em vez de vingar ou se defender agressivamente, ele simplesmente se manteve fiel à sua identidade e fé. Pelo visto não era um zelo sincero pela palavra do rei. Pareceu mais uma tentativa de jogar lenha na fogueira. Invejas e intrigas costumam reinar em todo o tipo de grupo social. Hamã ficou furioso e reagiu de maneira absolutamente desproporcional desequilibrada. Vejam a diferença do prudente e do imprudente, do que serve a Deus e do que não serve… Revelando uma personalidade doentia, planejou o extermínio de todos os judeus (Et 3.4-6). Quem exerce autoridade, em qualquer área da vida, precisa agir com serenidade, calma, sabendo que todos temos um Senhor nos céus (Ef 6.9; 1 Pe 5.2,3). 2 apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3 nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. Abuso de poder leva à queda (Pv 16.18). 18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.

  1. A extensão do plano.

Hamã, em seu ódio imenso, não se contentou em punir apenas Mardoqueu, mas decidiu exterminar todos os judeus.

O Império Persa abrangia todo o Antigo Oriente Próximo, desde o rio Indo, na Índia (hoje no Paquistão) até o Mediterrâneo Oriental. Incluía parte do Norte da África, até a Etiópia, e se estendia para além do mar Egeu (até a Trácia, na Europa; parte da atual Turquia, Grécia e Bulgária). Em linha reta, de um extremo a outro, eram mais de 4 mil quilômetros. Em todo esse território havia inúmeras comunidades judaicas. Hamã planejou a destruição dos judeus de todo o reino de Assuero (Et 3.6). Este plano assassino revela um coração profundamente corrompido e uma mente envenenada por preconceitos e inimizades intergeracionais. A intenção de Hamã era apagar completamente a presença do povo judeu do império, o que mostra a gravidade de sua maldade. Isso incluía até os que haviam retornado para Jerusalém. O plano de Hamã, embora vasto e devastador, foi frustrado pela intervenção divina. A extensão do Império Persa e a presença judaica em todas as suas regiões tornavam a ameaça ainda mais grave, mas Deus, em Sua soberania, protegeu o Seu povo.

  1. Astúcia e oportunismo.

Hamã convenceu Assuero escondendo sua verdadeira motivação, que era pessoal. Disse que havia um povo no reino que tinha leis diferentes e não cumpria as leis do rei. Por isso, convinha que fosse exterminado (Et 3.8). Se Assuero decretasse a morte desse povo, Hamã entregaria 10 mil talentos de pratas (cerca 350 toneladas) para o tesouro real, o equivalente a dois terços da renda anual do Império Persa (Et 3.9). O investimento do mal é grande, o mal inverte pesado para destruição do povo de Deus. Qual o nosso investimento para deter o mal? Qual o preço que estamos dispostos a pagar para nos mantermos fies? O texto bíblico nos permite entender que Assuero concordou com Hamã sem questionar de que povo tratava. Simplesmente tirou seu anel e o deu a Hamã, a quem coube definir os termos da carta a ser enviada a todas as províncias, assinada em nome do rei (Et 3.10-12). Totalmente diferente do Rei Salomão que investigou o caso das duas mulheres e ágil com sabedoria de Deus. Nesse episódio, Assuero mostrou-se facilmente manipulável. Assuero, ao ceder ao conselho de Hamã sem investigação, demonstrou uma falha crítica em sua liderança. Quando falta a vigilância o mal nos manipula, nos usa. Provérbios 14:15: “O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos”. Hamã soube apelar para o seu ego. Liderar requer prudência e sabedoria para identificar desavenças pessoais disfarçadas de motivações, aparentemente, nobres. Precisamos buscar sempre a orientação de Deus e de ser vigilante contra as armadilhas da manipulação.

SINÓPSE I

O plano odioso de Hamã contra os judeus revela astúcia e oportunismo.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“PROCUROU DESTRUIR TODOS OS JUDEUS”

Hamã, o primeiro-ministro da Pérsia, é a primeira figura política na Bíblia a idealizar um plano sinistro para, em sua esfera de influência e autoridade, exterminar todos os judeus. Este plano de genocídio (isto é, um esforço sistemático de matar todas as pessoas de um grupo étnico, nacional ou religioso) contra a raça dos judeus se compara ao plano de Antíoco Epifânio, no século II a.C (veja Dn 11.28, nota), aos perversos planos de Adolf Hitler, na Europa do século XX, e às intenções do anticristo, que procurará destruir todos os judeus e cristãos no fim da história […].

[…] Ao dar a sua lei a Israel, um dos propósitos de Deus foi tornar o seu povo diferente de todos os outros. Hamã reconheceu algo singular nos judeus e os odiou por isso. Sob o novo concerto (o plano de Deus de salvação espiritual por meio da vida e do sacrifício de Jesus Cristo), Deus ainda quer que o seu povo seja separado e positivamente distinto de toda a iniquidade e impiedade do mundo. Ele deseja que eles sejam um povo santo e puro, que pertence a Ele (cf. 1Pe 2.9). Como na época de Ester, o mundo de hoje ainda odeia o povo de Deus porque eles são diferentes (cf. Jo 15.18-25). O seu caráter piedoso e o seu comportamento estão em completo contraste com o modo de vida e os costumes aceitos pela maioria das pessoas do mundo” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 838-40).

II – A TRISTEZA DE MARDOQUEU, DOS JUDEUS E DE ESTER

  1. O pavor da violência.

A violência é uma realidade que tem atormentado a humanidade desde os tempos bíblicos.

No dia definido para a morte dos judeus, ninguém deveria ser poupado. A violência é uma expressão do pecado e da depravação do coração humano, que se afasta dos caminhos de Deus. A ordem expressa era “que destruíssem, matassem e lançassem a perder a todos os judeus desde o moço até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia”, e que todos os seus bens fossem saqueados (Et 3.13). Hamã destilou todo o seu ódio no texto que preparou. A violência proposta por Hamã tinha como objetivo não apenas destruir vidas, mas também causar um impacto profundo no povo judeu, criando um clima de terror e desesperança. Não há registro de levante desordem algum dos judeus durante o Império Persa. Mesmo assim, todos corriam o risco de serem vítimas da perversidade de Hamã. Iniciada por Caim, a violência apavora a humanidade em todos os tempos, e, infelizmente, cresce a cada dia (Gn 6.11-13; 2 Tm 3.1-4). A resposta cristã à violência deve ser dupla: primeiro, através da oração e da intercessão, buscando a proteção e a intervenção divina. Ester e Mardoqueu convocaram os judeus a jejuar e orar antes de Ester se apresentar ao rei para interceder pelo seu povo (Ester 4:16). Segundo, através de ações práticas de amor e justiça. A Bíblia nos exorta a não retribuir mal por mal, mas a vencer o mal com o bem (Romanos 12:17-21).

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  1. Bebida, confusão e tristeza.

O Império Persa tinha um sistema de correios muito eficiente, principalmente em função da estrada real, que ia de Susã a Sardes, na província da Lídia (hoje território turco). Depois das cartas enviadas a cada província, Assuero e Hamã puseram-se a beber. O mal sempre gosta de festejar suas ações maléficas. Os moradores de Susã, contudo, ficaram confusos, certamente por não entenderem a repentina e esdrúxula ordem do rei. Mardoqueu entrou em profunda tristeza. Rasgando suas vestes, vestiu-se de pano de saco com cinza e saiu pela cidade “clamando em alta voz e soltando gritos de amargura” (Et 4.1 – NAA). Ester ficou muito aflita. Ester, ao ser informada da situação de Mardoqueu, ficou muito aflita. Apesar de sua posição privilegiada no palácio, Ester não estava imune ao sofrimento de seu povo. Ester imediatamente tentou aliviar o sofrimento de Mardoqueu enviando-lhe roupas para substituir o pano de saco, mas ele recusou, demonstrando a seriedade e a gravidade da situação (Ester 4:4). À medida que as cartas chegavam às províncias, a reação era a mesma. Havia um clima de luto, com jejum, choro e lamentação (Et 4.3,4). Os judeus de todo o império se uniram em oração e jejum, buscando a intervenção divina. Este período de luto coletivo e jejum demonstra a profunda fé do povo judeu em Deus, mesmo diante de uma ameaça tão grave. A união deles em jejum e oração reflete a compreensão de que somente Deus poderia salvá-los da destruição iminente. Só Deus pode frear a impetuosa maldade humana (Sl 22.28; 28 Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações.

Rm 1.18-20; 18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;

Ap 19.11-16). A providência divina é um tema principal no livro de Ester, embora o nome de Deus não apareça explicitamente.

  1. Crise e clamor.

O decreto de Assuero tirou a tranquilidade de todos os judeus e os levou a buscar o socorro divino (Et 4.3). A crise naquele momento levou todos os judeus a um clamor coletivo por socorro divino. Se, de um lado, havia a e a bravura dos 50 mil judeus que foram a Jerusalém para reedificá-la, liderados por Zorobabel (Ed 2.1,2,64-70), de outro lado havia a aparente tranquilidade dos que decidiram ficar em suas próprias habitações, por todo o Império Persa. Mesmo dentre os que foram a Jerusalém, muitos se dedicaram a construir casas luxuosas, dando pouco valor à reconstrução do Templo, como denunciam os profetas pós-exílicos Ageu e Zacarias (Ag 1.9; Zc 8.9-13). Agora, todos corriam o risco de ser exterminados. Tanto os que estavam em Susã como os que voltaram pra Jerusalém. Por que, muitas vezes, precisamos experimentar crises para buscar a Deus de todo o coração (Is 55.6)? O correto é fazer como Daniel, que orava em todo tempo (Dn 6.10). Daniel orava três vezes ao dia, demonstrando um compromisso inabalável com a sua vida espiritual. Somente com uma vida de oração constante, em casa e no templo, podemos vencer o mal (Ef 6.18; 18 orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos 1 Ts 5.17). 17 Orai sem cessar.

SINÓPSE II

O plano odioso de Hamã trouxe tristeza e medo ao povo judeu.

III – O PERIGO E A CRUELDADE DO ANTISSEMITISMO MODERNO.

  1. Faces do antissemitismo.

Ou manifestações de ódio aos judeus.

De forma prática, antissemitismo é hostilidade ou oposição sistemática organizada contra os judeus. É possível verificar, ao longo da história, três faces de expressão desse ódio obstinado teimoso: antissemitismo religioso, nacionalista e racial. No aspecto religioso, destacam-se as perseguições, como a do século XIV, século 14 quando os judeus foram acusados por católicos europeus de serem os responsáveis pela peste negra, que assolou a Europa em 1348. Durante a Peste Negra, que devastou a Europa em 1348, os judeus foram acusados por católicos europeus de serem os responsáveis pela epidemia. Essa acusação sem fundamento levou a perseguições violentas, pois a população buscava um bode expiatório para explicar a calamidade. Também durante a Idade Média, sofreram intensa perseguição pela Inquisição, A Inquisição foi uma espécie de Tribunal religioso criado na Idade Média para condenar TODOS que eram contra os dogmas pregados pela Igreja Católica. principalmente a partir de 1478, na Espanha, por ordem do papa Sisto IV (1414-1484), e partir de 1536, em Portugal, pela instituição oficial do Tribunal do Santo Ofício pelo papa Paulo III (1468-1549). O objetivo principal era combater o que chamavam de “heresia judaica”. Milhões de judeus foram espoliados, roubados torturados, execrados aborrecidos e mortos por não aderirem ao catolicismo e por questões econômicas e políticas. Judeus foram forçados a se converter ao catolicismo, e aqueles que não se submeteram enfrentaram torturas, confisco de bens e até a morte.  A primeira ordem de confinamento de judeus em guetos não foi de Adolf Hitler, no século XX. Foi do papa Paulo IV, em 1555, e atingiu todos os Estados papais por mais de 300 anos. “O que os inimigos de Israel desejam não é um acordo que lhes garanta um lugar para viver. Sua verdadeira razão é a destruição do Estado de Israel.”

  1. Antissemitismo nacionalista e racial.

O aspecto nacionalista pode ser visto no século XIX século 19 e no início do século XX, na Ucrânia e na Rússia, através dos chamados pogroms, violentos ataques físicos indiscriminados aos judeus. “Pogrom” é uma palavra de origem russa que significa “devastação” ou “destruição”. Historicamente, o termo descreve ataques violentos e organizados contra comunidades judaicas, principalmente na Rússia e em outras partes do Império Russo, mas também em outras regiões da Europa Oriental. A prosperidade dos judeus causava ódio, alimentado por teorias de conspiração. O povo judeu era apontado como culpado pelas crises econômicas de países do Leste Europeu, levando-os a reagir violentamente contra as comunidades judaicas. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Adolf Hitler protagonizou foi o ator principal o antissemitismo racial, ao proclamar a superioridade da raça ariana. O antissemitismo racial atingiu seu ápice durante a Segunda Guerra Mundial sob o regime nazista de Adolf Hitler. Este tipo de antissemitismo baseava-se na crença na superioridade da raça ariana e na necessidade de purificação racial. O Holocausto exterminou 6 milhões de judeus em toda a Europa. O Holocausto: Propaganda Nazista: Hitler e os nazistas promoveram a ideia de que os judeus eram uma raça inferior e uma ameaça à pureza e prosperidade da Alemanha e da Europa. Essa propaganda se espalhou por discursos, filmes, livros e outras formas de mídia.

Extermínio Sistemático: A implementação da “Solução Final” levou ao extermínio sistemático de aproximadamente 6 milhões de judeus em campos de concentração e extermínio como Auschwitz, Treblinka e Sobibor. O Holocausto é um dos exemplos mais extremos de genocídio baseado em ódio racial.

  1. Antissemitismo hoje.

A criação do Estado de Israel, em 14 de maio em 1948, não garantiu paz aos judeus. O país vive em estado de alerta em função de ataques terroristas internos e externos, feitos em nome de uma causa palestina. O mais brutal da história recente ocorreu em outubro de 2023. Cinco grupos palestinos armados uniram-se ao Hamas, e, partir da Faixa de Gaza, atacaram Israel por ar, terra e mar, cometendo barbáries inimagináveis contra civis e deixando cerca de mil e duzentos mortos, além de levar cerca de mais de 200 pessoas reféns. Depois disso, os casos de antissemitismo aumentaram em várias partes do mundo. O que os inimigos de Israel querem não é um acordo que lhes garanta um lugar para viver. Sua verdadeira causa é o extermínio do Estado de Israel. Só Jesus, o Messias, salvará Israel, quando de sua conversão nacional (Is 11.10-16; Ez 37.12-14; Zc 12; 13; 14.4-9; Rm 11.26; Ap 1.7).

A Bíblia prevê uma redenção futura para Israel e a conversão nacional dos judeus.

Isaías 11:10-16: Profetiza que o Senhor restaurará o remanescente de Israel e reunirá os judeus dispersos.

Ezequiel 37:12-14: Fala da ressurreição espiritual e da restauração do povo de Israel.

Zacarias 12; 13; 14:4-9: Prediz o arrependimento e a conversão nacional de Israel, e o papel de Deus na proteção e na salvação de Seu povo.

Romanos 11:26: Aponta para a promessa de que “todo Israel será salvo” no final dos tempos.

Apocalipse 1:7: Revela que Cristo retornará e todo olho O verá, incluindo aqueles que O transpassaram, refletindo o cumprimento das promessas messiânicas.

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SINÓPSE III

O Antissemitismo Moderno é perigoso e cruel.

AUXÍLIO HISTÓRICO-TEOLÓGICO

É POSSÍVEL UM CRISTÃO SER ANTISSEMITA?

“É essencial para os antissemitas separar Jesus de sua origem judaica, pois fizeram isso, então o ódio se torna moderno, e o antissemitismo se torna uma virtude cristã. Como eu disse anteriormente, um cristão antissemita é um paradoxo. Um antissemita, neste contexto, é um cristão morto cujo ódio estrangulou a sua fé. Como um camaleão, o antisemitismo pode mascarar-se, alternadamente, como “fazer a vontade de Deus”, ou como uma ideologia política.

Se Jesus puder ser separado de suas raízes judaicas, então os cristãos podem continuar a louvar os judeus mortos do passado (Abraão, Isaque e Jacó) enquanto desprezam os Goldberg do outro lado da rua. Mas quando você encara corretamente o povo judeu como a família do nosso Senhor, eles se tornam a nossa família ampliada, a quem recebemos a ordem de amar incondicionalmente.

Adolf Hitler reconheceu que precisava destruir as raízes judaicas de Jesus na mente do povo alemão. Da sua mente doentia veio a Regra Mischlinge, que definia legalmente um judeu como alguém que tivesse o pai e a mãe judeus. Hitler fez isso por dois motivos. Primeiro, ele tinha que absolver Jesus por ser judeu, reconhecendo que Ele nascera exclusivamente da Virgem Maria. Os valentões nazistas jamais teriam assassinado entusiasticamente seis milhões de parentes do nosso Senhor. Segundo, Hitler temia ser parcialmente judeu” (HAGEE, John. Em Defesa de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.109-10).

 

CONCLUSÃO

O antissemitismo não se revela apenas através de atos hostis, mas também de apoio aberto ou posturas complacentes aos inimigos de Israel, como os grupos terroristas, ou, ainda, por meio de críticas sistemáticas aos atos de defesa israelenses, pintando o país como o vilão da história. A despeito dos pecados dos judeus, Deus tem um plano com Israel e vai restaurá-lo quando, arrependido, aceitar o Messias (Rm 11.25-32). 25 Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo ( para que não presumais de vós mesmos ): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. Lc 21:24;

26 E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.  “[Oremos] pela paz de Jerusalém!” (Sl 122.6). 6 Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. Qual era o plano de Hamã e sua extensão?

Hamã planejou a destruição dos judeus de todo o reino de Assuero (Et 3.6). Isso incluía até os que haviam retornado para Jerusalém.

  1. Como Hamã fez para obter a ordem do rei contra os judeus?

Hamã convenceu Assuero escondendo sua verdadeira motivação, que era pessoal. Disse que havia um povo no reino que tinha leis diferentes e não cumpria as leis do rei. Por isso, convinha que fosse exterminado (Et 3.8).

  1. Qual a reação dos judeus diante da notícia de extermínio?

O decreto de Assuero tirou a tranquilidade de todos os judeus e os levou a buscar o socorro divino (Et 4.3).

  1. O que é o antissemitismo e quais são as suas faces?

De forma prática, antissemitismo é hostilidade sistemática contra os judeus.

  1. Cite três exemplos de práticas antissemitas.

É possível verificar, ao longo da história, três faces de expressão desse ódio obstinado: antissemitismo religioso, nacionalista e racial.

 

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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