EBD – A CONVIVÊNCIA EM FAMILÍA – LIÇÃO 6 ADOLESCENTES

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EBD – A CONVIVÊNCIA EM FAMILÍA – LIÇÃO 6 ADOLESCENTES

Vamos descobrir

Como é sua família? Quem convive com você? Você tem irmãos? Cada família é singular e especial. A família foi criada por Deus, ela é um projeto de Deus, por isso, devemos honrá-la. Amar e cuidar da nossa família deve ser uma prioridade. Vamos refletir hoje sobre o valor da nossa família e veremos nas Escrituras quais são as diretrizes de Deus para nossa convivência familiar. Veremos também que o propósito do Senhor é salvar toda nossa casa.

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I – A ORIGEM DA FAMÍLIA

A Bíblia conta que Deus criou a família. O Senhor viu que o ser humano precisava conviver, pois a solidão não lhe fazia bem (Gn 2.18). Por isso, ele formou o primeiro casal: Adão e Eva. Assim, Deus instituiu o casamento como o padrão de relacionamento entre o casal (Gn 2.21-24). A partir dessa união, nasceram filhos (Gn 4.1,2,25). A história da humanidade começa com a instituição de uma família (Mc 10.6-9). A família foi criada por Deus e, por isso, ela deve ser valorizada, honrada e protegida.

A família é formada por pessoas diferentes. Cada pessoa da sua casa tem uma história, uma personalidade, um temperamento. Todos os membros da sua família tem medos, memórias, projetos e sonhos. Cada ser humano é único (Sl 139.14). No mundo inteiro, considerando todas as nações da Terra, não há pessoas iguais às que compõem a sua família e por isso, ela é singular.

Outrossim, ninguém escolhe a família em que nasce. E sabemos que não existe uma “família perfeita”. O que existe são famílias ajustadas, que seguem bons princípios de convivência e que se amam. Assim, precisamos entender que Deus nos colocou na família certa. A família é a escola onde Deus nos matriculou para aprendermos a amar.

No início da criação, Deus percebeu que não era bom que o homem estivesse sozinho; então o Senhor decidiu presentear o homem com a mulher, para que estivesse diante dele, como uma adjutora (Gn 2:18). A partir da constituição da família foi possível a multiplicação do homem sobre a face da terra, também como parte do plano de Deus. Portanto, a família não é mera “invenção” humana; aliás trata-se de um projeto de Deus!

Nesse contexto também ficou instaurado o “princípio da continuidade da família”, estabelecido em Gênesis 2:24, que diz: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. Ou seja, é de interesse do Senhor que a família – principalmente no seu formato – se perpetue, geração após geração.

Quando falamos em um “padrão familiar”, nos referimos à estrutura de Pai, Mãe e Filhos; e mesmo que seja o caso de o jovem não ter um pai ou uma mãe, alguém provavelmente exerceu esse papel. Este padrão também não foi definido pelo homem, mas por Deus. Sobretudo, o padrão não significa “perfeição”, pois a família formada pela união de pessoas imperfeitas! Desse modo, cada parte soma (entrega) ao todo a sua personalidade, carisma e humor; e por isso cada família é única! Aliás, quem não tem aquele avô ou aquele tio especial? Um primo com quem nos divertimos muito? Ou um irmão ou irmã para dividir os nossos dias? Tudo isso é um presente de Deus!

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II – OS PROPÓSITOS DE DEUS PARA A FAMÍLIA

2.1. Na família, encontramos segurança

Quando você chegou na sua família, você era apenas um bebê. Isso pode ser diferente apenas em alguns casos especiais, quando a criança (ou adolescente) passa a compor a família por meio da adoção.

De qualquer forma, é na família onde os filhos encontram acolhimento, proteção, alimentação, vestimentas, moradia etc. Tudo isso dá aos filhos segurança para crescerem e aprenderem. O lar deve ser o lugar mais seguro do mundo para as crianças e adolescentes (Sl 4.8).

Talvez você já deva ter ouvido de seus pais que eles são os seus verdadeiros amigos; e isso é verdade! Ao longo da nossa vida fazemos muitas amizades (circunstanciais ou não), mas as pessoas que verdadeiramente torcem por nós, que desejam o nosso bem e principalmente que podemos confiar, são os nossos pais! A nossa família deve ser um lugar de abrigo e segurança!

 

2.2. Na família, encontramos amor

Todo mundo deveria ser amado dentro da família. O amor é um princípio bíblico. Na família encontramos o amor maternal, por exemplo. Ele é muito grande. Em uma mensagem profética, Deus o mencionou quando comunicou o seu amor pelo povo de Israel: Isaías 49.15.

Na família, encontramos o amor do pais, dos avós, dos tios e dos irmãos. E somos desafiados a amar também.

O amor não é apenas um sentimento, mas é a decisão de querer o bem do outro e fazer tudo o que é possível para que este bem aconteça. Aprendemos o que é amor com o próprio Deus e devemos praticá-lo em nossa casa (1 Jo 3.11; 4.19). O amor pode ser expresso de muitas formas: com palavras, com atitudes, com obediência, com gratidão etc. Como você tem demonstrado amor pela sua família?

O amor é o sentimento que rege os laços familiares; um sentimento motriz, que motiva pais e filhos. Porém, um ponto importante a ser discutido não é o sentimento em si, mas a forma como o amor se manifesta (materializa), pois muitas vezes o adolescente pode não se sentir amado, apesar de estar sendo.

Alguns preferem ouvir palavras (como um “eu te amo”); outros sentem falta de um abraço; outros ainda valorizam os cuidados diários ou um tempo dedicado (de qualidade). Com o passar do tempo nós amadurecemos e percebemos que cada indivíduo tem a forma de manifestar o sentimento que tem pelo outro; e que cada um tem uma forma de receber esse sentimento e se sentir amado. É uma tarefa difícil equilibrar personalidades, mas entenda que de uma maneira ou de outra o lugar onde o amor sincero existe é no ambiente familiar!

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Por fim, enquanto filho, lembre-se que não é apenas você que sente a necessidade de uma afirmação desse sentimento (de se sentir amado); os seus pais também gostam quando os seus filhos demonstram, respeitam, obedecem, honram e agradecem; e essa é uma boa reflexão para nós; se de fato estamos sendo bons filhos!

2.3. Na família, aprendemos

E com a nossa família que aprendemos a andar, falar, nos alimentar e nos vestir. Em casa, estamos aprendendo constantemente, desde hábitos, como escovar os dentes, até princípios morais, como falar a verdade e honrar os pais. A Bíblia diz que é responsabilidade da família ensinar a crer em Deus (Dt 61,2,7).

O ensino das Escrituras, da oração e da adoração deveria acontecer dentro de casa. A Igreja é também um agente de ensino cristão. Entretanto, a fé deveria ser ensinada, primeiramente, dentro de casa (Dt 4.8,9). A Fé em Cristo é a maior herança que uma família pode deixar para seus filhos (2 Tm 1.5).

O aprendizado na família acontece todos os dias através da rotina e de pequenos hábitos (Pv 5.1,2). Especialmente, ouvindo os conselhos e a instrução dos responsáveis. O filho obediente mostra que está aprendendo com seus pais (Pv 1.8,9; 13.1). E você? O que tem aprendido com a sua família? Quais são os valores que seus pais ensinaram e que um dia você vai querer ensinar aos seus filhos?

A nossa casa é um lugar de construção e desenvolvimento. A formação do nosso caráter, a educação familiar, o cultivo de princípios e valores, a construção de hábitos, tudo isso é observado dentro do contexto familiar (e vamos além, pois os pais também aprendem com os filhos).

Nesse contexto, podemos fizer que basicamente três áreas são desenvolvidas dentro do ambiente familiar: a humanística (o tipo de ser humano que estamos nos tornando), a intelectual (que tipo de influência na construção da carreira o meu ambiente está gerando) e a espiritual. Nesse último aspecto em especial, a Bíblia é muito clara quando diz “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22:6); ou seja, grande é a participação da família na condução dos filhos nos caminhos do Senhor!

Além disso, dentro da nossa família aprendemos o que devemos (e o que não devemos) esperar de um relacionamento, afinal, um dia também iremos nos casar, correto? Portanto, é papel dos pais instruir os filhos sobre como ser um bom marido / mulher e também como escolher um bom marido / mulher, aos pés do Senhor Jesus.

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2.4. Na família, nos relacionamos

A família é formada por várias pessoas. Cada pessoa tem um papel e uma reponsabilidade diferente. É preciso aprender a se relacionar com todos da família. O pai e mãe são autoridades.

Eles possuem a reponsabilidade de administrar o lar e criar os filhos. Por isso, devem ser obedecidos e honrados (Êx 20.12). Por outro lado, os avós e os tios também ensinam e contribuem para o cuidado, de forma que também devem ser ouvidos. Os irmãos são presentes de Deus e sempre estarão ao seu lado. Eles merecem ser amados, protegidos e apoiados. Os primos ou sobrinhos também são especiais e devemos aprender a valorizá-los.

Conviver em família pode ser desafiador, porque cada pessoa tem um jeito e um temperamento próprio. Entretanto, é com essas pessoas que você deve aprender a servir, ouvir, amar e respeitar. Tais princípios, que aprendemos dentro de casa, são valiosos e necessários para a convivência em outros espaços, tais como a escola, a vizinhança e, no futuro, o local de trabalho.

A comunhão dentro do lar é essencial, pois um ambiente interno leve e interativo produzirá frutos para a vida externa (em sociedade). Os relacionamentos entre pais e filhos; entre irmãos; entre primos; entre avôs e netos; cada um tem a sua peculiaridade! Os pais instruem, aconselham, corrigem, dão suporte, amor e segurança; os irmãos e primos são os nossos grandes amigos, e dividem conosco os melhores momento nossa da juventude; os avós geralmente transmitem conforto e experiência.

Consoante, especificamente no contexto do lar, a família deve ser conduzida (à luz da palavra), com base na honra e no respeito! Os filhos devem entender o papel que Deus deu aos pais, e honrá-los em tudo; e os pais devem amar os filhos e buscar sempre o melhor para eles!

 

2.5. Deus que salvar a família

Deus ama toda a família e quer salvar a todos. Diversas histórias na Bíblia mostram este propósito. No Antigo Testamento, por exemplo, vemos Josué declarando corajosamente que toda a sua casa servirá ao Senhor (Js 24.15); Raabe, com sua fé e entrega ao Senhor, livrou toda a sua família da destruição que atingiu a cidade de Jerico (Js 6.23-25); Neemias, na ocasião da reconstrução dos muros de Jerusalém, convocou todos os trabalhadores a lutarem pelas suas famílias, a fim de que habitassem em um lugar seguro (Ne 4.14,16). No Novo Testamento, vemos que Paulo e Silas falaram para um carcereiro: “[…] Creia no Senhor Jesus e você será salvo — você e as pessoas da sua casa” (At 16.31). E toda a família dele creu em Cristo e foi batizada (At 16.32-34). Assim sendo, sempre devemos orar para que Jesus salve cada um dos nossos familiares. E devemos anunciar a salvação de Cristo para todos em nosso lar.

Não é de interesse do Senhor que no contexto familiar apenas alguns se salvem. O nosso Deus não faz acepção de pessoas e não tem prazer na morte do ímpio. Como vimos, a constituição da família é um projeto que nasceu no coração de Deus, e é mister que todos tenham um encontro com o Senhor! Josué disse que ele e a sua casa serviria ao Senhor (Js 24:15).

Ao longo da história, muitas guerras e lutas territoriais partiam do princípio da preservação territorial e familiar. O rei Davi perseguiu um grande grupo de Amalequitas que haviam invadido a Ziclague e levado consigo as suas mulheres e filhos, bem como as mulheres e filhos dos seus homens. Ora, o que motivou aqueles homens não foi o ouro ou a prata, mas a salvação da sua família! O mesmo ocorre no contexto da reconstrução dos muros com Neemias, onde os construtores lutaram por suas famílias (Ne 4:14-16)!

Um outro episódio interessante é visto em Atos dos Apóstolos, quando Paulo estava preso com Silas em Filipos. Enquanto eles louvavam na prisão um terremoto tomou aquele lugar e as cadeias se quebraram! O carcereiro temendo pelos presos que escapariam, tomou uma espada para intentar contra a sua própria vida. Nesse momento Paulo clamou com grande voz, dizendo: “Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos” (At 16:28). Então o carcereiro prostrou-se e perguntou a Paulo e Silas: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar”? Então eles disseram: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16:29-31). Isso nos mostra a estratégia que Deus teve ao levar Paulo e Silas para aquela prisão no interesse de salvar aquela família! A Palavra de Deus diz que aqueles homens de Deus pregaram para a família do carcereiro, e ele juntamente com todos os seus, creram foram batizados (At 16:33).

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III – PRINCÍPIOS PARA A BOA CONVIVÊNCIA EM FAMÍLIA

3.1. Obediência e honra aos pais

Obedecer ao pai e a mãe é um mandamento bíblico (Cl 3.20). Deus ordena isso, porque os pais têm autoridade sobre os filhos. Deus se compromete em recompensar a obediência com o prolongamento da vida: “— Respeite o seu pai e a sua mãe, para que você viva muito tempo […]” (Êx 20.12). Assim, escolha obedecer a seus pais todos os dias, pois eles são responsáveis, diante de Deus, da sociedade e da Lei, por você e por promover cuidado, instrução e proteção. Obedeça aos seus pais por amá-los e por amar a Deus (Ef 6.1).

Honrar o pai e a mãe é o primeiro mandamento com promessa, e traz consigo garantias de longevidade e prosperidade. Perceba ainda que a honra está além da obediência! Obedecer é um fator vital; enquanto honrar é ir além! A obediência normalmente se relaciona com o cumprimento de uma ordem ou conselho; enquanto a honra consiste na participação ativa na vida e na sujeição! Dessa maneira, os bons filhos precisam ser sujeitos em tudo aos seus pais, pois assim o próprio Deus aconselhou!

 

3.2. Amor e Respeito

Todos os membros da família devem ser respeitados. A Bíblia tem orientações para todos os membros da família, que objetivam a boa convivência (Cl 3.18-21). Respeito não é opcional. É muito fácil tratar o próximo com respeito quando o amamos. E por isso que o amor é indispensável (Jo 15.9; Ef 5.2). A Bíblia diz; “Que o amor de vocês não seja fingido. Odeiem o mal e sigam o que é bom. Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito” (Rm 12.9,10).

Onde há desrespeito os relacionamentos são fragilizados. A qualidade das relações são construídas com base na confiança, na admiração e principalmente no respeito e no trato. Portanto, uma das formas mais naturais de se desenvolver o respeito por alguém e cultivar o amor, pois muito dificilmente desrespeitaremos quem de fato amamos.

Obviamente o respeito também estabelece uma relação com construção e conquista (o respeito é adquirido e não imposto), mas no ambiente familiar costuma ser natural pelas posições muito bem definidas enquanto pais e filhos. Nesse sentido, saiba o filho o lugar que ele ocupa enquanto e o lugar que o seu pai ocupa enquanto pai. Isso encaminhará o jovem no caminho da honra, conforme vimos no tópico anterior.

 

3.3. Boa Comunicação

Uma comunicação saudável é essencial para a convivência familiar (Ef 4.29). É através do diálogo que construímos uma relação de confiança com os nossos pais.

Atualmente, com o uso de celulares e da internet, nossa comunicação, geralmente, se limita a áudios, textos e gifs nas plataformas de troca de mensagens. Embora isso traga mais praticidade e seja comum, pode causar um certo distanciamento dos pais e ruídos de comunicação.

Você precisa valorizar momentos de “olho no olho’. Não passe mais tempo com o celular do que com a sua família. Contato e proximidade com a família são preciosos, porque nada substitui um abraço e um sorriso.

A comunicação dentro da família não deve ser agressiva, mas deve ser assertiva (Pv 15.1). Sempre fale com respeito. Sempre fale a verdade. E esteja pronto para ouvir (Tg 1.19). Através dessas três práticas, você poderá ter conversas sinceras e profundas com a sua família (Cl 4.6).

A comunicação é a base de qualquer relacionamento, seja no ambiente acadêmico, corporativo, interpessoal e principalmente no âmbito familiar! Quando pais conversam com filhos, os filhos amadurecem. Quando os filhos conversam com os pais, a confiança se desenvolve (e não há nada melhor do que ter uma relação de confiança com os nosso pais). Enquanto conselho prático, indicamos que você tenha os seus pais como amigos; converse com eles as suas dificuldades; compartilhe com eles os seus planos e objetivos; e de modo geral “esconda” deles problemas que talvez você esteja enfrentando.

Certamente os nossos pais terão os melhores conselhos para nos dá, e ainda que lhes falte algum conhecimento técnico (se o conselho desejado for nesse sentido), jamais faltará conselhos que derivam da experiência! Por esse motivo, jamais despreze o conselho do seu pai e da sua mãe! Ao invés disse, honre-os compartilhando com eles todas as coisas!

CONCLUSÃO

Nós devemos amar nossa família. Aproveite os momentos que você tem com seus pais. irmãos, avós, tios e primos. Cada pessoa da sua família é especial e insubstituível Você, ao longo da vida, poderá estudar em diversas escolas, ou morar em bairros diferentes, ou até mesmo trocar de amigos. As fases da vida irão mudar e a família estará sempre ao seu lado. Por isso, valorize seu lar.

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