EBD – A Doutrina do Amor ao Senhor – Lição 6 Jovens

EBD – A Doutrina do Amor ao Senhor – Lição 6 Jovens – 1° Trimestre 2024

 

Qual é o significado da palavra “doutrina”? Quais são as doutrinas de Cristo? De que maneira o amor está relacionado à doutrina? As pessoas que amam a Deus e a Cristo estão propensas a guardar a doutrina e fazer a vontade do Senhor O que significa dizer que aquele que não ama não segue a doutrina e não faz a vontade do Senhor?

Na presente terra, estamos aqui para agradar a Deus, compreendendo que seguir Sua vontade é o caminho. A execução dessa vontade implica em conformidade com as doutrinas bíblicas. Prestem atenção, pois realizar a vontade do Senhor é andar, falar e agir de acordo com Sua Palavra. Obedecer a Sua doutrina deve ser feito com alegria, não sob peso, raiva ou obrigação.

Devemos seguir a doutrina de Cristo não por imposição, mas movidos pelo amor que temos por Ele. Cumprimos a doutrina de Cristo porque O amamos, reconhecendo que Ele nos salvou e libertou. Portanto, é imperativo caminhar segundo a vontade do Senhor com amor e alegria. Não adianta realizar as ações na casa do Senhor de maneira insatisfeita, sem vontade.

Pergunto a vocês, assim como a mim mesmo: Será que, verdadeiramente, seguimos a doutrina de Cristo com alegria e disposição? Ou será que, muitas vezes, o fazemos com o coração apertado? Reflitam sobre isso, pois é essencial que realizemos todas as ações na casa do Senhor com alegria e disposição.

Indago a todos: Será que seguimos a doutrina de Cristo de forma voluntária, com alegria e disposição, ou apenas por obrigação? Jesus amado, se não fosse necessário seguir a doutrina de Cristo, vocês a seguiriam? Vocês fariam a vontade do Senhor?

 

TEXTO PRINCIPAL “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.” (At 2.42,43)

Na passagem de Atos, capítulo 2, versículo 43, vemos um retrato da Igreja Primitiva, onde os crentes perseveravam na doutrina dos Apóstolos, na comunhão, na partilha do pão e nas orações. Essa descrição serve como inspiração para a igreja contemporânea, mas para alcançar esse ideal, é necessária mais oração, meditação na Palavra e obediência à vontade de Deus.

A Igreja Primitiva se destacava pela disposição, coragem e diversidade ao realizar a obra do Senhor. Havia uma comunhão profunda entre os irmãos, onde se cumprimentavam com a paz do Senhor, alegrando-se por estar próximos uns dos outros. Contudo, questiono se essa mesma comunhão persiste nos dias de hoje.

Dirijo-me especialmente aos jovens, indagando se conseguem se comunicar com todos na igreja, se cultivam amizades e vínculos com os irmãos, ou se, infelizmente, há a formação de “panelinhas”. É necessário atentar para o fato de que em alguns departamentos, como na EBD, por exemplo, pode existir esse tipo de exclusão.

Faço uma observação séria, baseada na Palavra de Deus, alertando que tal comportamento vai contra os princípios cristãos. Em nome de Jesus, toda forma de exclusão, panelinha ou grupinho na igreja, especialmente nos departamentos, será repreendida. Devemos compreender que somos todos parte da igreja e é essencial cultivarmos a comunhão uns com os outros. Que esse alerta nos leve a uma reflexão e ação positiva em prol da verdadeira unidade cristã.

 

RESUMO DA LIÇÃO É necessário que haja doutrina e fervor espiritual para que os crentes tenham uma espiritualidade saudável.

É crucial compreender que a saúde espiritual dos crentes requer tanto a presença de doutrina quanto fervor espiritual. É indispensável estar revestido do poder do Espírito Santo, mas igualmente essencial é a santificação e separação para cumprir a vontade do Senhor. Não basta realizar manifestações externas, como pular, rodar, sapatear ou falar em línguas estranhas, se não houver o comprometimento em seguir e cumprir a doutrina.

A ênfase na doutrina refere-se a incorporar e obedecer aos ensinamentos do Senhor. Saltar e expressar alegria são experiências válidas, mas é fundamental manter uma vida que esteja alinhada com os mandamentos divinos. Não se pode negligenciar a importância da guarda dos mandamentos do Senhor e o cumprimento das doutrinas de Cristo.

Ao mesmo tempo, não podemos subestimar a importância do fervor espiritual e da presença do Espírito Santo. Sentir a presença de Deus, pular de alegria e experimentar a glória divina são experiências enriquecedoras. Contudo, é necessário unir a doutrina de Cristo à busca constante pelo fervor espiritual. A união entre seguir a vontade do Senhor e viver uma vida cheia do Espírito Santo é fundamental para uma espiritualidade saudável.

Assim, irmãos, prestem atenção: a verdadeira espiritualidade saudável resulta da união entre o cumprimento da doutrina de Cristo e o fervor espiritual impulsionado pela presença do Espírito Santo. Que possamos buscar ambos em equilíbrio, para uma vida cristã plena e agradável ao Senhor. Glória a Deus!

 

LEITURA SEMANAL

  • SEGUNDA – 1 J 0 4.8,8 O amor é uma evidência de que somos nascidos de Deus
  • TERÇA – Mt 2 2.37,38 O grande mandamento
  • QUARTA – Jo 15.12 É preciso amar como Ele nos amou
  • QUINTA – 1 Co 13.1-7 A suma do amor
  • SEXTA – 1 Pe 4 8 O amor ao próximo
  • SÁBADO – 1 Jo 3.14 Quem ama o irmão encontra vida

 

TEXTO BÍBLICO: Apocalipse 2.1-7

 

INTRODUÇÃO

A falta de doutrina produz muitos males e um deles é a mornidão espiritual. Quando não há ensino bíblico a missão da igreja é comprometida. Utilizando a igreja de Éfeso como exemplo, nesta lição, estudaremos a respeito de com o os crentes se distanciaram do amor de Deus e de sua vontade. Veremos o perigo que cerca as igrejas na atualidade neste aspecto. Esta lição também ressaltará que é necessário que a igreja fundamente suas ações no zelo doutrinário e no amor fervoroso por Deus.

A ausência de doutrina acarreta diversos males, sendo a mornidão espiritual um deles. Quando falta o ensino bíblico, a missão da igreja é comprometida. Tomando a Igreja de Éfeso como exemplo, observamos como os crentes podem se afastar do amor de Deus e de Sua vontade, evidenciando os perigos que cercam as igrejas na atualidade. Nesse contexto, destaca-se a necessidade de a igreja fundamentar suas ações no zelo doutrinário e no amor fervoroso por Deus.

Assim, a igreja e os jovens precisam seguir e obedecer à Palavra do Senhor, mantendo-se fiéis à doutrina de Cristo e dos Apóstolos. No entanto, isso não impede a igreja de ser cheia do Espírito Santo. É crucial ter uma conduta e postura alinhadas com a doutrina, mas isso não impede que cada indivíduo seja cheio do Espírito Santo e experimente o fervor espiritual.

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A ênfase recai na compreensão de que ser cheio do Espírito Santo vai além de práticas externas como falar em línguas estranhas, rodopiar na igreja ou manifestações semelhantes. A verdadeira espiritualidade é identificada na busca constante pela vontade de Deus, na oração, evangelização, no ganhar almas para Cristo, na participação na Escola Bíblica Dominical e no compromisso com o crescimento da obra do Senhor.

Portanto, a distinção entre um crente “menino” e um crente cheio do Espírito Santo reside na maturidade espiritual e no compromisso com a obra de Deus. Ser cheio do Espírito Santo vai além das manifestações externas, refletindo-se na dedicação à vontade divina e na participação ativa na obra do Senhor. Que cada um de nós aspire ser um Crente Cheio do Espírito Santo, comprometido com a verdadeira obra de Deus.

 

EBD – A Doutrina do Amor ao Senhor – Lição 6 Jovens – 1° Trimestre 2024

 

1 – A IGREJA DE ÉFESO ERA FIRME NA DOUTRINA

1.1. A igreja de Éfeso.

Do ponto de vista comercial, Éfeso era a cidade mais importante da Ásia Menor. Nos dias de Paulo, essa cidade tinha cerca de 250 mil habitantes e abrigava o suntuoso templo da deusa Diana, o que atraía turistas e peregrinos, aquecendo assim a economia. Em sua segunda viagem missionária, o apóstolo Paulo anunciou o Evangelho ali, mas não ficou muito tempo (At 18,19-21).

Do ponto de vista comercial, Éfeso era a cidade mais importante da Ásia Menor nos dias de Paulo. Com aproximadamente 250.000 habitantes, a cidade abrigava o suntuoso templo dedicado à deusa Artemis (ou Diana), o qual atraía turistas e peregrinos, aquecendo assim a economia local. Durante sua segunda viagem missionária, o apóstolo Paulo anunciou o evangelho em Éfeso, mas não permaneceu por muito tempo. Foi somente em sua terceira viagem missionária que ele pôde evangelizar efetivamente na cidade, ficando por três anos.

Priscila e Áquila desempenharam papéis importantes na implantação da igreja em Éfeso, cedendo sua própria casa para o estabelecimento da comunidade cristã. Além disso, o casal contribuiu para o desenvolvimento da vida cristã e do ministério de Apolo.

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A igreja de Éfeso enfrentou desafios significativos, pois a cidade era dominada pela deusa Diana e seus seguidores. A economia local dependia da idolatria, onde praticamente todos ganhavam dinheiro através dos cultos à deusa Diana. A cidade era rica e próspera, mas imersa na idolatria.

No entanto, mesmo diante dessas dificuldades, quando o evangelho foi pregado em Éfeso, o Espírito Santo começou a agir, movimentar e libertar pessoas do pecado e da idolatria. O evangelho, sendo o poder de Deus, transformou vidas e libertou indivíduos mesmo em meio à influência opressiva da deusa Diana.

Essa experiência destaca a importância do evangelho como poder transformador, capaz de libertar pessoas mesmo em contextos desafiadores. Assim, a cidade de Éfeso, apesar das adversidades, desempenhou um papel crucial no crescimento e fortalecimento da igreja, que cresceu na graça e no conhecimento do Senhor. Isso ressalta a necessidade de continuar pregando o evangelho em qualquer lugar, confiantes de que sua mensagem é poderosa para transformar vidas.

 

1.2. A igreja de Éfeso e os seus principais desafios.

A Carta aos Efésios indica os desafios que a igreja enfrentou no início. A deusa Diana era o centro da estrutura religiosa e econômica de Éfeso, que de acordo com a mitologia grega, era virgem, e contrária ao casamento, razão pela qual a estrutura familiar da sociedade efésia era fragilizada, tornando o divórcio algo comum e banalizado. Por isso, Paulo exortou os irmãos efésios a confiar na graça salvadora de Cristo, se preparar espiritualmente para a batalha, manter-se unidos na fé doutrinária, conservar a vida em santidade e a nutrirem uma família sadia.

A carta aos Efésios revela os desafios enfrentados pela igreja nos primórdios. A deusa Diana era o epicentro da estrutura religiosa e econômica de Éfeso, uma divindade considerada virgem e contrária ao casamento, o que fragilizava a estrutura familiar na sociedade efesia. O divórcio tornou-se comum e banalizado. Diante desse cenário, Paulo exortou os irmãos em Éfeso a confiarem na graça salvadora de Cristo, prepararem-se espiritualmente para a batalha, manterem-se unidos na fé doutrinária e preservarem a vida em santidade, construindo famílias saudáveis.

É evidente que a cultura efesiana era negativa para a família e o casamento. No entanto, ao aceitarem a Cristo e receberem os ensinamentos e doutrinas, os cristãos em Éfeso começaram a divergir dessa cultura prejudicial. Paulo pregava sobre a responsabilidade do esposo, da esposa e sobre a solidez do casamento, tudo com o propósito de manter a firmeza na fé, impedindo que os efésios cristãos se desviassem da direção do Senhor.

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Paulo enfatizava que a função dos cristãos não era seguir o sistema ou as tendências do mundo, mas sim aderir aos princípios bíblicos. Ele alertava para que não se deixassem influenciar pelo que estava na moda, seja no mundo ou mesmo dentro da igreja. A exortação era clara: preservar a fé, guardar as doutrinas bíblicas e alcançar a salvação.

Neste contexto, a identidade cristã envolvia a oração, a separação do pecado e a renúncia de si mesmo. O cristão não deveria renunciar a sua fé e identidade em Cristo, mesmo que o mundo ao redor incentivasse comportamentos contrários aos princípios bíblicos. A postura e o comportamento eram essenciais.

Paulo destacava que, embora renunciar a si mesmo não fosse fácil, com Cristo no barco, a jornada tornava-se possível. A chegada do evangelho trouxe transformação e libertação às vidas em Éfeso, demonstrando que, mesmo diante de desafios, a graça de Cristo é capaz de superar e mudar qualquer situação.

 

1.3. A firmeza doutrinária da igreja de Éfeso.

Historicamente, a igreja de Éfeso era uma das mais importantes e conhecidas da igreja do primeiro século. Isso não é mera casualidade, mas é fruto de seu vigor espiritual, de seu comprometimento doutrinário e de sua relação com alguns dos principais líderes, que fizeram dela um referencial. A igreja de Éfeso foi pastoreada por Paulo que, além de ter ensinado “todo o conselho de Deus” (At 20.27), foi usado com o instrumento para a realização de grandes milagres (At 19.11,12). 

Historicamente, a Igreja de Éfeso era uma das mais importantes e reconhecidas no primeiro século. Isso não era coincidência, mas resultado de seu vigor espiritual, comprometimento doutrinário e sua relação com líderes proeminentes que a tornaram um referencial.

A igreja foi pastoreada por Paulo, que, além de ensinar todo o conselho de Deus, foi usado como instrumento para realizar grandes milagres. Timóteo, elogiado por Paulo, também pastoreou em Éfeso, sendo deixado lá para corrigir alguns desvios doutrinários. Posteriormente, a igreja desfrutou do pastoreio do apóstolo João, que liderou as igrejas da região e escreveu o Evangelho que leva seu nome, além de outras epístolas.

A Igreja de Éfeso teve uma base doutrinária sólida devido à liderança comprometida e responsável. As contribuições dos líderes, professores da Escola Bíblica Dominical e o ensinamento da Palavra de Deus foram fundamentais. Essa instrução e firmeza doutrinária foram possíveis devido ao comprometimento e responsabilidade da liderança.

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A igreja enfrentou desafios, especialmente em uma cidade onde a estrutura religiosa e econômica estava centrada na deusa Diana, o que prejudicava as estruturas familiares. No entanto, através do ensino e da pregação do evangelho, a igreja resistiu a essa cultura negativa.

A mensagem destacava a responsabilidade dos cristãos em manter a fé, seguir os princípios bíblicos e não se conformar com as práticas do mundo ao seu redor. Cada indivíduo, como líder, professor ou membro, era desafiado a desempenhar seu papel na preservação e ensino da Palavra de Deus.

A advertência era clara: a moda contemporânea de entretenimento não substitui a necessidade de pregar e ensinar a Palavra de Cristo. A ênfase era na transformação e libertação de vidas através da Palavra, e não em mensagens superficiais.

A exortação final era direcionada para cada cristão, enfatizando que eles são os Paulo, Timóteo e João de Deus na atualidade. A responsabilidade recai sobre todos para ensinar a verdade, manter a firmeza na fé e preservar a identidade cristã em meio aos desafios do mundo. A conclusão ressaltava que, embora a jornada possa ser difícil, com Cristo, a vitória é possível.

 

2 – O PERIGO DE SE PERDER O PRIMEIRO AMOR PELO SENHOR

2.1. BOAS OBRAS, PORÉM, SEM AMOR.

É trágico uma igreja ter de ouvir a seguinte sentença: “tenho contra ti”. Foi o que a igreja em Éfeso ouviu do Senhor Jesus (Ap 2.4). Antes disso, essa igreja foi elogiada, pois era dedicada no trabalho, no com bate à maldade, no zelo pela doutrina e na perseverança nas tributações. Parecia ser uma igreja perfeita, mas havia abandonado o primeiro amor (Ap 2.1-4). 

A mensagem para a Igreja de Éfeso no livro de Apocalipse é um alerta sério de Jesus. Antes de receber a repreensão, a igreja foi elogiada por seu trabalho árduo, combate à maldade, zelo pela doutrina e perseverança diante das tribulações. Parecia ser uma igreja exemplar, mas havia um problema crucial: havia abandonado o primeiro amor.

O “primeiro amor” refere-se à paixão e ao compromisso inicial que os cristãos têm quando começam a seguir a Cristo. É um amor genuíno e entusiasmado por Deus e por servir aos outros. O alerta é contra a realização de boas obras e práticas religiosas por mero costume ou obrigação, sem a motivação do amor verdadeiro.

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A igreja de Éfeso estava fazendo todas as obras corretas, mas sem o fervor e a alegria que vêm do amor genuíno. O alerta de Jesus é claro: lembre-se de onde você caiu, arrependa-se e retorne ao primeiro amor. Ele enfatiza que as boas obras, sem o fundamento do amor, não são suficientes.

A questão não é apenas fazer as coisas certas, mas fazê-las com alegria, paixão e amor. Quando a prática religiosa se torna mecânica e rotineira, perdendo o aspecto do amor e do compromisso, perde-se o propósito espiritual genuíno.

Portanto, o chamado é para uma mudança de coração, para que as obras sejam realizadas não por obrigação, mas por um profundo amor e dedicação a Deus. A igreja de Éfeso serve como um alerta para todos, mostrando que o excesso de trabalho e a falta de amor podem comprometer a verdadeira espiritualidade.

 

2.2. O VALOR DAS BOAS LEMBRANÇAS.

A igreja de Éfeso foi orientada por Jesus a se lembrar de onde caiu, a fim de que se arrependesse (Ap 2.5). A recomendação é: lembrar-se, arrepender-se e praticar, A igreja deveria se lembrar de onde havia caído, ou seja, deveria considerar 0 que havia perdido, advindo o arrependimento como demonstração de tristeza e voltar às primeiras obras, confirmando o arrependimento e a consciência transformada. A igreja de Éfeso recebeu a oportunidade de recomeçar e resgatar a sua saúde espiritual.

O valor das boas lembranças é ressaltado na orientação de Jesus à Igreja de Éfeso. Ele instiga a igreja a se lembrar de onde caiu, encorajando o arrependimento e a prática das primeiras obras. Essa recomendação sugere uma reflexão sobre o que foi perdido, adotando o arrependimento como uma expressão de tristeza e um retorno às práticas iniciais, confirmando assim o arrependimento e a consciência transformadora.

A mensagem é clara: sempre há tempo para recomeçar. Mesmo quando a igreja, ou uma pessoa, tenha perdido algo valioso, o arrependimento e a mudança de direção podem trazer restauração espiritual. A oportunidade de recomeçar é apresentada como uma dádiva, e a exortação é para que a igreja se lembre, se arrependa e pratique as primeiras obras.

O exemplo da Igreja de Éfeso serve como um lembrete de que, mesmo em meio às dificuldades e perdas espirituais, é possível buscar a restauração e a transformação. Deus está sempre disposto a restaurar aqueles que se arrependem, trazendo alegria, prazer e uma nova disposição para realizar Sua obra.

 

2.3. DE VOLTA AO PRIMEIRO AMOR.

O que Jesus quis dizer com “primeiro amor”? Deus é a fonte de todo amor, Ele é o próprio amor (1 Jo 4.8). Portanto, deixar o primeiro amor é o mesmo que se afastar de Deus, e isso implica que a igreja de Éfeso praticava boas obras, mas ao mesmo tempo, estava distante de Deus. O convite para que voltasse ao primeiro amor indica o interesse do Senhor de que a sua Igreja permaneça em sua presença. 

Quando Jesus menciona o “primeiro amor” à Igreja de Éfeso, Ele está se referindo ao relacionamento íntimo e apaixonado que a igreja inicialmente tinha com Deus. O “primeiro amor” representa a devoção sincera, a alegria e o compromisso que os membros da igreja tinham ao buscar e seguir a vontade de Deus.

Ao alertar a igreja para lembrar-se e retornar ao “primeiro amor”, Jesus está indicando que, embora a igreja estivesse engajada em boas obras e zelasse pela doutrina, ela havia perdido a qualidade essencial desse relacionamento apaixonado com Deus. Isso significa que as atividades religiosas e o zelo doutrinário estavam sendo realizados mais por obrigação ou hábito do que por amor genuíno a Deus.

O convite para “voltar às primeiras obras” implica uma restauração não apenas das atividades externas, mas, mais importante, da atitude do coração. A igreja estava sendo exortada a reacender a chama do amor e da devoção a Deus, a realizar suas obras não por dever, mas por amor sincero.

O alerta de Jesus serve como um lembrete atemporal para os crentes, indicando que a prática religiosa, mesmo que cheia de boas obras, pode tornar-se vazia se o amor e a devoção ao Senhor forem perdidos. É um chamado para cultivar um relacionamento vibrante e apaixonado com Deus em meio às atividades e deveres da vida cristã.

 

3 – NÃO HÁ CONTRADIÇÃO ENTRE DOUTRINA E FERVOR ESPIRITUAL

3.1. O PROBLEMA DOS EXTREMOS.

A igreja de Éfeso valorizou a doutrina, mas não permaneceu no amor a Deus. A igreja de Corinto, que tinha vários dons espirituais (1 Co 1.7), negligenciou os ensinos bíblicos e Paulo afirmou que os crentes dali eram carnais (1 Co 3.1-3). Os extremos impedem o desenvolvimento saudável da vida espiritual da igreja.

Tanto a Igreja de Éfeso quanto a de Corinto apresentam desafios distintos, destacando a importância de manter uma abordagem abrangente na fé cristã.

A Igreja de Éfeso, embora valorizasse a doutrina, enfrentou a questão de ter perdido o “primeiro amor” e a dedicação sincera a Deus. Por outro lado, a Igreja de Corinto, que tinha uma ênfase nos dons espirituais, negligenciou os ensinos bíblicos e demonstrou uma falta de responsabilidade e maturidade espiritual.

Essa análise ressalta a importância de uma fé equilibrada, que combine um entendimento sólido da doutrina bíblica com a prática ativa dos dons espirituais e uma devoção sincera a Deus. O equilíbrio entre a doutrina e a experiência espiritual é fundamental para o desenvolvimento saudável da vida cristã individual e da comunidade da igreja.

A ênfase na necessidade de “ter de tudo um pouco” – compromisso com as doutrinas bíblicas, responsabilidade, dons espirituais, fervor espiritual – destaca a busca por uma espiritualidade completa e equilibrada. Isso serve como um lembrete valioso para os cristãos de manterem uma fé abrangente, integrando tanto a instrução doutrinária quanto a vivência ativa do Espírito Santo em suas vidas.

 

3.2. A IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO.

Ao criar o homem, Deus o constituiu de espírito, alma e corpo. Não por acaso, Paulo rogou aos irmãos da igreja em Roma que apresentassem a Deus os seus “corpos” (externo e visível) e renovassem o “entendimento” (interno e invisível), e isso é evidência de que o ser humano integral tem valor para Deus. Equilíbrio, e não os extremos, reflete o caráter de Deus e é o que Ele espera de seus filhos (Dt 5.32; Js 1.7; Pv 427)- O Senhor não disse à igreja de Éfeso que o “primeiro amor” é mais importante que o zelo doutrinário, mas que o problema consistia no fato de ter deixado o primeiro em função do segundo. O desejo de Jesus é o equilíbrio.

Ao refletir sobre a integralidade do ser humano, lembremos que Deus nos constituiu de espírito, alma e corpo. Isso não é mera casualidade, mas uma expressão da sabedoria divina. O Senhor nos vê como seres completos, e cada parte de nós tem valor diante Dele.

O apóstolo Paulo, ao escrever aos irmãos em Roma, destaca a importância de apresentarmos a Deus não apenas nossos corpos externos, visíveis a todos, mas também de renovarmos nosso entendimento interno e invisível. Aqui, encontramos a evidência de que Deus valoriza cada aspecto de quem somos. Ele deseja uma transformação completa em nós, tanto interna quanto externamente.

Olhando para a Igreja de Éfeso, encontramos um lembrete valioso. A questão não é apenas a observância de doutrinas, mas como as realizamos. É sobre o equilíbrio entre o compromisso com a Palavra de Deus e a vivência prazerosa do relacionamento com Ele. Não devemos negligenciar o ensino bíblico, mas também não podemos esquecer o fervor espiritual, o primeiro amor que nos impulsiona.

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A situação em Éfeso nos alerta sobre a armadilha de realizar boas obras por obrigação, sem alegria genuína, dedicação e amor. Deus deseja que sirvamos a Ele com alegria, apresentando-nos a Ele com cânticos de gratidão. Não é apenas sobre cumprir regras, mas sobre viver uma fé vibrante, cheia de entusiasmo e amor pelo Senhor.

Quando o Senhor repreende a Igreja de Éfeso por ter deixado o primeiro amor, Ele não menospreza a importância das doutrinas, mas destaca a necessidade de equilíbrio. O que Ele quer é que vivamos de maneira integral, guardando as doutrinas com amor e alegria, não apenas por dever.

Portanto, que possamos aprender com a Igreja de Éfeso e buscar esse equilíbrio em nossa jornada cristã. Que cada ação, cada ato de devoção, seja permeado pelo amor a Deus. Para nossas doutrinas sejam guardadas não apenas por obrigação, mas como uma expressão de amor e dedicação ao nosso Senhor. Que a alegria de servir a Ele nos envolva e seja uma característica marcante de nossa fé.

 

3.3. DOUTRINA E FERVOR ESPIRITUAL, A COMBINAÇÃO PERFEITA.

Uma vida cristã genuína se define pelo equilíbrio entre a compreensão do significado das Escrituras e a sua prática. A compreensão da doutrina bíblica e a sua prática permite ao crente desfrutar de uma relação real e pessoal com o Senhor, que é o que faltou à igreja de Éfeso, embora ela tenha sido bem instruída pelos seus líderes. Uma igreja que valoriza, busca e trabalha pelo equilíbrio entre a doutrina e o fervor espiritual se protege de uma falsa religiosidade.

Uma vida cristã genuína se define pelo equilíbrio entre a compreensão do significado das Escrituras e a prática efetiva dessa compreensão. É fundamental que possamos unir o conhecimento das doutrinas bíblicas com a vivência prática desses princípios em nosso dia a dia.

A Igreja de Éfeso, embora tenha sido bem instruída por seus líderes e valorizado a doutrina, falhou ao deixar o primeiro amor, perdendo assim a vitalidade do fervor espiritual. O equilíbrio entre doutrina e fervor espiritual é crucial para uma fé autêntica. Quando compreendemos as Escrituras e as praticamos, nossa relação com o Senhor se torna real e pessoal.

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Uma igreja que busca e trabalha pelo equilíbrio entre doutrina e fervor espiritual se protege de uma falsa religiosidade. Não basta apenas conhecer as doutrinas, mas é necessário viver esses ensinamentos com paixão, amor e alegria. Isso cria uma atmosfera de verdade e comunhão genuína com o Senhor.

Portanto, quero encorajar cada um de vocês a perseguir esse equilíbrio em suas vidas cristãs. Valorizem a compreensão profunda das Escrituras, mas não deixem de praticar o que aprenderam. Busquem a Deus com fervor espiritual, sirvam com alegria e dedicação. Que possamos ser uma igreja que reflete a verdade de Deus em nossas vidas, desfrutando de uma comunhão real e profunda com o Senhor. Que Ele nos use segundo Sua vontade e nos abençoe com Sua presença constante.

 

CONCLUSÃO

O exemplo da igreja de Éfeso reafirma que, por mais bem estruturada que possa ser, a igreja sempre terá problemas e pendências a serem corrigidos. Essa igreja incorreu no erro da falta de equilíbrio entre o compromisso com a doutrina e o fervor espiritual, causado pelo abandono do “primeiro amor’’ e o afastamento de Deus. Sendo assim, vimos os perigos que a igreja corre quando lhe falta equilíbrio entre o preparo intelectual e o fervor espiritual.

observamos no exemplo da Igreja de Éfeso que, por mais bem estruturada que uma igreja possa ser, sempre haverá desafios e pendências a serem corrigidas. A falta de equilíbrio entre o compromisso com a doutrina e o fervor espiritual levou essa igreja ao erro do abandono do primeiro amor e ao afastamento de Deus.

Isso nos alerta sobre os perigos que a igreja enfrenta quando falta equilíbrio entre o preparo intelectual e o fervor espiritual. É vital compreendermos que não podemos negligenciar nem a doutrina nem o fervor espiritual. Devemos buscar um equilíbrio saudável entre o conhecimento profundo das Escrituras e uma fervorosa busca pela presença de Deus.

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Eu tenho exortado a Igreja de Cristo a se organizar, buscar o Senhor, consagrar-se com dedicação, compromisso e responsabilidade. Esse equilíbrio espiritual é crucial. Alguns crentes podem ser apaixonados pela oração, mas se negligenciam a busca pela compreensão da Palavra, estão errando. Da mesma forma, aqueles que amam o estudo das Escrituras, mas deixam de lado a prática da oração, também precisam reavaliar sua postura.

Como está a sua vida espiritual, queridos irmãos? Como está a sua vida de oração? E o seu compromisso com a leitura e entendimento da Palavra de Deus? Você está realizando a obra do Senhor por obrigação, por medo ou temor, ou está fazendo isso com alegria e gratidão a Deus pelos feitos em sua vida?

Que possamos buscar constantemente esse equilíbrio espiritual, vivendo uma vida que reflita não apenas o conhecimento da doutrina, mas também o fervor espiritual que brota do primeiro amor a Deus. Que Ele nos guie e fortaleça em nossa jornada espiritual.

 

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