EBD –  A grande mudança (De perseguidor a perseguido) Lição 2 Adolescentes

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EBD –  A grande mudança (De perseguidor a perseguido) – Lição 2 Adolescentes

Prefácio – Introdução

Nessa lição, abordaremos os aspectos que marcaram o início do ministério do Apóstolo Paulo, um homem usado por Deus e tão importante para nós, visto que ele foi escolhido pelo Senhor para pregar o evangelho aos gentios.

Veremos que o seu contexto e criação apontavam inicialmente para o judaísmo, e por isso ele foi perseguidor daqueles que difundiam a doutrina do evangelho de Cristo. Porém, após ter um encontro com o Senhor Jesus, a sua história foi mudada, juntamente com a história de todos aqueles que foram alcançados pelo Senhor Jesus através da sua pregação (e isso nos inclui).

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Hora de Aprender

Desde seu nascimento, Paulo foi preparado para ser instrumento de Deus, para pregar o Evangelho e ensinar à Igreja. Ele era temente a Deus e estava disposto a obedecer, por isso, quando encontrou com Cristo, se entregou a Ele e abriu seu coração para que o Espírito Santo o conduzisse.

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I – QUEM FOI PAULO?

Você já se perguntou por que, às vezes, o apóstolo é chamado de Paulo e, outras vezes, de Saulo? Saulo era o nome hebraico; Paulo, o romano (At 13.9). Assim, os dois nomes referem-se à mesma pessoa.

Paulo era um judeu das nações. Isso significa que seus pais eram judeus, da tribo de Benjamin (Fp 3.5). e que ele não havia nascido em Israel. Ele nasceu, provavelmente, por volta do ano 5, em Tarso, capital da província romana da Cilícia (seu território hoje faz parte da Turquia). Tarso era uma importante cidade comercial e cultural, onde moravam judeus e não judeus.

Sabe-se que, na adolescência, Paulo foi morar em Jerusalém e estudar com o importante rabino Gamaliel (At 22.3). Assim, circulou por um ambiente judaico-greco-romano e estudou e aprendeu sobre a tradição e a religião de sua família.

Mediante essa origem e formação, Paulo cresceu e tornou-se um fariseu dedicado (Fp 3.5). Fariseu era o judeu que, meticulosamente, obedecia à Lei e à Tradição.

O Apóstolo era poliglota, ou seja, ele falava diversos idiomas. Por ser judeu, falava aramaico e hebraico; pelo contato com outros povos, falava grego e latim. Também sabemos que ele exercia a profissão de fazer barracas (At 18.3).

Nos dias de Paulo, a sociedade romana estava dividida entre pessoas livres e escravos ou servos. Estima-se que os escravos ou servos representavam cerca de 80% da população. Os escravos eram propriedade do senhor e exerciam diversas atividades, desde cultivar a horta da casa até cuidar dos negócios. As pessoas livres podiam ser ricas ou pobres; podiam trabalhar em um ofício ou atuar como militar. Algumas pessoas moravam na cidade e outras no campo. Ser livre não significava ser cidadão. Paulo era livre e cidadão romano de nascimento (At 22.28).

Achamos mais didático listarmos os principais fatos em pequenos subtópicos (abaixo):

  •  Saulo era o nome em Hebraico e Paulo o nome Romano;
  • Os pais de Paulo eram Judeus, da tribo de Benjamim;
  •  Paulo não era Judeu de nascimento (no sentido jus soli / territorial);
  •  Paulo nasceu na cidade de Tarso, capital da Cilícia (província Romana), no ano 5 d.C.;
  •  Na adolescência, Paulo se mudou para Jerusalém (principalmente para estudar);
  •  A educação de Paulo (eclesiástica) ficou a cargo do Rabino Gamaliel;
  •  Gamaliel era um importante rabino, fariseu, e introduziu Paulo naquela cultura;
  •  Paulo tornou-se fariseu (grupo dos Judeus que se dedicavam à lei de maneira ímpar);
  •  Além da educação eclesiástica, Paulo era um grande intelectual e poliglota;
  • Como profissão, Paulo dedicava-se ao ofício de construção de barracas;
  •  Paulo era homem livre (não era escravo) e era cidadão romano (título importante à época).

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II – ENCONTRO COM JESUS

Saulo, movido por seu zelo, perseguia os seguidores de Jesus (At 22.4,5). Certo dia, em Jerusalém, Estêvão, um homem cheio do poder de Deus, estava pregando sobre Jesus e fazendo milagres. Alguns ouviram a mensagem e ficaram ofendidos porque interpretaram que Estêvão estava blasfemando contra Deus. E, por isso, ele foi preso e levado a julgamento. Furiosos com o discurso que ouviram, os homens que o julgaram apedrejaram Estevão até a morte. Saulo aprovou esse ato (At 8.1). Desse dia em diante, por causa das ameaças, os irmãos da igreja de Jerusalém se espalharam por várias cidades.

Depois de algum tempo. Saulo saiu de Jerusalém com destino a Damasco com o propósito de prender os “seguidores do Caminho do Senhor” (At 9.2).

Damasco estava a 280 km ao norte de Jerusalém e era uma cidade grande. Nela se encontravam importantes rotas de comércio.

Durante a viagem, algo inesperado aconteceu. Quando Saulo estava quase chegando ao destino, uma luz do céu apareceu e uma voz o chamou. Dá para imaginar o susto?! Ele não reconheceu a voz, caiu no chão e perguntou com quem estava falando. Era o próprio Jesus, que se apresentou como aquele a quem Saulo perseguia (At 9.5). Depois disso, Saulo levantou-se e os homens que o acompanhavam levaram-no até Damasco, porque ele não conseguia enxergar (At 9.7,8).

O encontro de Jesus com Saulo nos leva a analisar sobre o sentido de servi-lo. Saulo pensava que agradava a Deus quando atacava as pessoas que professavam o nome de Jesus. Na verdade, ele estava perseguindo o próprio Deus! Muitas vezes, quando alguém lhe aborrece ou zomba da sua fé, você pode se sentir abandonado e sem esperança. Mas, lembre-se: é o Senhor Jesus que está sendo insultado. Por isso, continue servindo a Deus, pois Ele vê tudo e tomará providências no momento correto.

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Para contextualizar, precisamos entender que existe uma diferença entre judeus e cristãos. Veja que existem Judeus que se converteram ao cristianismo, mas nem todo cristão é Judeu (e também nem todo Judeu é cristão). O judeu de nascimento é aquele descendente do povo de Israel (quer da tribo de Judá quer do reino do sul, que é mais amplo), e que servia (serve) ao Senhor Deus Jeová (que para nós, cristãos, é o Pai do nosso Senhor Jesus Cristo). Ocorre que nem todos os judeus creram que Jesus era o Cristo, o Messias, o Escolhido, o Filho de Deus. Aliás, os principais dos judeus foram os que pediram a crucificação do Senhor Jesus, mas hoje entendemos que convinha ser assim, para que o plano de Deus se cumprisse.

Feita a contextualização, agora entendemos o porquê daquela rivalidade e daquela perseguição entre os judeus tradicionais e os recém-convertidos ao cristianismo. Ocorre que muitos judeus consideravam o cristianismo como uma corrente doutrinária abominável, e por esse motivo achavam por bem exterminam com todos que disseminavam aquela – que para eles era – nova doutrina (afinal, evangelho significa “boa nova”).

Para enriquecer o nosso conhecimento, poderíamos também argumentar que muitos dos principais dos sacerdotes assim agiram não por zelo, mas por interesse político, uma vez que Roma era quem – na terra – “ditava as regras”, e os principais do sacerdote, com medo de retaliação, viviam sem querer “maiores problemas” ou “revoluções”. Entretanto, diferentemente de muitos, sabemos que Paulo agia da forma que agia por puro zelo à lei do Senhor – ainda que por ignorância –, e talvez por isso o Senhor tenha visto potencial nele e o tenha escolhido para, agora, defender o evangelho. Para tanto, faltava-lhe uma coisa: ter um encontro com o Senhor Jesus.

Saulo, enquanto perseguidor, teve um encontro com o Senhor Jesus ressurreto. Veja que o Senhor Jesus já tinha subido aos céus de glória e se despedido dos seus discípulos, então podemos dizer que já não estava mais “na terra” (de maneira literal). Portanto, tanto esse encontro, como os demais (em visões e revelação ao longo da vida de Paulo) foram com o Senhor Jesus falando com ele diretamente por Divina revelação (diretamente do céu, pelo Espírito). Por esse motivo podemos entender o porquê de Paulo não ter suportado a luz e o resplendor da glória do Senhor Jesus, pois Ele já estava glorificado (Glória a Deus para todo o sempre!). Aquela forte luz cegou Saulo carnalmente, mas abriu os seus olhos espirituais, e ali se inicia o chamado de Deus na vida dele.

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III – O CHAMADO DE PAULO

Saulo só foi entender o que lhe aconteceu quando encontrou Ananias em Damasco. Isso porque Deus já tinha aparecido a Ananias, dando as instruções para conversar com Saulo e orar por ele (At 9.10,11). O Senhor havia escolhido Saulo para anunciar o nome de Jesus aos não judeus, aos reis e ao povo de Israel (At 9.15).

Depois que Ananias orou por Saulo, ele ficou cheio do Espírito Santo, voltou a enxergar e foi batizado. Ele passou alguns dias ali, e pregou nas sinagogas (At 9.17-20).

Saulo era famoso e temido pela perseguição que fazia contra os do Caminho. Imagine a admiração dos seguidores de Jesus em Damasco quando ficaram sabendo que ele havia tido um encontro pessoal com o Senhor (At 9.21). Um tempo depois, alguns judeus ficaram incomodados com a mensagem de que Jesus é o Messias e planejaram matar Saulo! Sim, por isso ele precisou fugir da cidade, escapando por um cesto (2 Co 11.32, 33).

De perseguidor, Saulo passou a ser um cristão perseguido. Isso nos mostra o poder da transformação do Espírito Santo quando uma pessoa se entrega a Cristo. Saulo (Paulo) ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”. A palavra “apóstolo” vem do grego e significa “enviado”; “gentio” é toda pessoa que não é judeu.

Em uma das suas cartas, o Apóstolo descreve o seu estado (no seu chamado) como que de um “abortivo” (ler 1 Co 15:8). E o que isso significa? Por que ele se caracterizou assim? Muitos estudiosos entendem que ele se comparou com um “bebê prematuro” ou uma “criança frágil”, porque esses bebês precisam de tantos cuidados de modo que verdadeiramente dependem dos seus cuidadores para sobreviver. Isso significa que o encontro com o Senhor Jesus o quebrantou de um jeito que ele se sentiu incapaz de agir por si próprio (mesmo sendo um homem tão instruído), pois todas as suas convicções foram confrontadas naquele momento. Além disso, essa sensação de dependência que Paulo sentiu tem relação com o novo nascimento pregado pelo Senhor Jesus para Nicodemos (João 3). Então, verdadeiramente ele se sentiu um bebê carente de cuidados diante do Senhor.

Quando o Senhor Jesus envia Ananias e ele ali ora por Paulo, caíram como que escamas dos seus olhos e ele voltou a ver. Simbolicamente, podemos entender que a partir daquele momento o Senhor deu para Paulo uma nova visão, agora transformada pelo próprio Deus. Desde então, Paulo cresceu no cristianismo (passou um período agora debruçado sobre tal), e tornou-se um dos maiores missionários e pregadores do evangelho do Senhor Jesus. É claro que a perseguição aos cristãos não havia terminado, só que agora Paulo estava “do outro lado”: de perseguidor passou a ser perseguido.

O que mais nos impressiona em Paulo, e também nos discípulos e cristão da igreja primitiva é que, por muito sofrerem, somente uma graça e uma convicção muito grande poderiam fazê-los suportar. Veja que, diante de tantas torturas, um ser humano comum (no sentido de ter convicções rasas e comuns) não suportaria, e facilmente poderia negar as suas convicções. Ou seja, somente pela sustentação da graça de Deus e através de uma certeza absoluta sobre o que eles viram, com quem tiveram um encontro, e principalmente para onde iriam (Divina Esperança) é que eles poderiam suportar até o fim.

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Pergunte aos seus alunos: vocês têm certeza de quem servem? Têm certeza sobre o Senhor Jesus? Busquemos experiências com o nosso Deus, através de orações e súplicas! Tais experiências nos fortalecerão e trarão sobre nós convicção sobre quem servimos. O Senhor nos convida para irmos mais profundo.

CONCLUSÃO

O encontro de Paulo com Jesus na estrada de Damasco mudou a história dele. Ele entendeu que Jesus era o Messias prometido, anunciado por profecias do Antigo Testamento. Paulo entregou-se por completo a Cristo e passou a falar de Jesus em todos os lugares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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