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EBD – A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu – Lição 11 Adulto

EBD – A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu – Lição 11 Adulto

TEXTO ÁUREO

“E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.11). No tempo de Deus o exaltado é humilhado, e o humilde é exaltado, Deus sabe recompensar cada um no tempo certo.

VERDADE PRÁTICA

Deus abate e exalta a quem Ele quer. Se humilhados, devemos glorificá-lo. Se exaltados, a glória continua sendo toda dEle. Deus tem total controle sobre o destino das pessoas, levantando e derrubando de acordo com Sua vontade e propósito soberanos. Seja em tempos de humilhação ou exaltação, a resposta adequada do cristão é glorificar a Deus.

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LEITURA DIÁRIA

Segunda – Et 5.10-14; 6.1

Hamã foi dormir com tudo planejado, enquanto o rei Assuero perdeu o sono. 10 Hamã, porém, se refreou e veio à sua casa; e enviou e mandou vir os seus amigos e a Zeres, sua mulher.

11 E contou-lhes Hamã a glória das suas riquezas, e a multidão de seus filhos, e tudo em que o rei o tinha engrandecido, e aquilo em que o tinha exaltado sobre os príncipes e servos do rei.

12 Disse mais Hamã: Tampouco a rainha Ester a ninguém fez vir com o rei ao banquete que tinha preparado, senão a mim; e também para amanhã estou convidado por ela juntamente com o rei.

13 Porém tudo isso não me satisfaz, enquanto vir o judeu Mardoqueu assentado à porta do rei.

14 Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinqüenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que enforquem nela Mardoqueu e, então, entra alegre com o rei ao banquete. E esse conselho bem pareceu a Hamã, e mandou fazer a forca. 1 Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então, mandou trazer o livro das memórias das crônicas, e se leram diante do rei.

Terça – Rm 8.28

Deus estava agindo poderosamente, fazendo tudo cooperar para o bem. 28 E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.

Quarta – Pv 16.18-19; cf. Gn 3.1-5; Is 14.13,14

Presumir-se digno de honra reflete a soberba e o orgulho. 18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.

19 Melhor é ser humilde de espírito com os mansos do que repartir o despojo com os soberbos. 1 Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?

2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,

3 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.

4 Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.

5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. Jo 8:44;

13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Sl 48:2;

14 Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.

Quinta – 1 Pe 2.17; 1 Ts 5.12,13

Honrar os que são dignos de honra agrada a Deus. 17. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei. 12 E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;

13 e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.

Sexta – Et 6.7-9

A “síndrome de imperador” de Hamã revela o egocentrismo mascarado no ser humano. 7 Pelo que disse Hamã ao rei: Quanto ao homem de cuja honra o rei se agrada,

8 traga a veste real de que o rei se costuma vestir, monte também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça;

9 e entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja honra se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!

Sábado – Et 6.13

No lugar de receber consolo, Hamã recebe uma palavra aterradora que o deixou amedrontado.

13 E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele.

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 6.1-14

1 – Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então, mandou trazer o livro das memórias das crônicas, e se leram diante do rei.
2 – E achou-se escrito que Mardoqueu tinha dado notícia de Bigtã e de Teres, dois eunucos do rei, dos da guarda da porta, de que procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.
3 – Então, disse o rei: Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E os jovens do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez.
4 – Então, disse o rei: Quem  está  no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.
5 – E os jovens do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse.
6 – E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então, Hamã disse no seu coração: De quem se agradará o rei para  lhe  fazer honra mais do que a mim?
7 – Pelo que disse Hamã ao rei: Quanto ao homem de cuja honra o rei se agrada,
8 – traga a veste real de que o rei se costuma vestir, monte também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça;
9 – e entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja honra se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!
10 – Então, disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma deixes cair de tudo quanto disseste.
11 – E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!
12 – Depois disso, Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo a sua casa, angustiado e coberta a cabeça.
13 – E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem  já  começaste a cair,  é  da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele.
14 – Estando eles ainda falando com ele, chegaram os eunucos do rei e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.

Hinos Sugeridos: 198, 200, 344 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO

A lição desta semana demarca dois fatos importantes no Livro de Ester: a humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu. Esses fatos passam pela divina providência que, a partir do sono fugidio do rei, fez com que o rei se lembrasse de honrar a Mardoqueu devido a sua boa ação no passado. A lição também traça a personalidade doentia de Hamã, que achava ele mesmo ser digno de honra do rei. Assim, a lição de hoje nos lembra a respeito da humildade, uma virtude que agrada a Deus.

  1. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

  2. A) Objetivos da Lição:
  3. I) Identificar a ação de Deus no fato de o rei lembrar da boa ação de Mardoqueu;
  4. II) Descrever como Hamã foi chamado para honrar Mardoqueu;
  5. III) Traçar o perfil da síndrome de imperador.
  6. B) Motivação: Hamã era rico e tinha poder para “comprar” seu respeito diante dos outros. Sua intensa busca pelo poder o transformou num homem obsessivo. Essa é uma importante imagem para nos alertar a respeito do cuidado que devemos ter com a popularidade, a fama, para não sermos levados a atos imorais.
  7. C) Sugestão de Método: Para concluir esta lição, faça um resumo do perfil de Hamã e Mardoqueu. Mostre que Hamã era um homem rico, ambicioso, comprava a reputação com o dinheiro e o poder que tinha, tramava contra pessoas que ele não gostava ou entrasse em seu caminho; Mardoqueu, um homem que descobriu a conspiração para assassinar o rei, agia com lealdade para com o rei, cuidou de sua prima e quando foi honrado pelo rei voltou para o mesmo lugar de antes. Encerre a lição mostrando que esses dois perfis podem revelar traços de nossa personalidade. Que o Altíssimo nos auxilie a escolher sempre o caminho que honre e exalte a Deus.

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  1. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

  2. A) Aplicação: A presente lição nos ensina que Deus tem trabalhado pacientemente e, até mesmo em silencia, em favor do seu povo. A Palavra de Deus nos ensina que os acontecimentos em nossa vida não são meras coincidências, mas a ação soberana de Deus no curso de nossa vida (Rm 8.28).
  3. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
  4. A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
  5. B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “A Providência Divina por trás da História”, localizado depois do segundo tópico, aprofunda mais a respeito do episódio da honra de Mardoqueu;

2) O texto “Hamã”, ao final do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do perfil de Hamã.

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, Ester recebe Assuero e Hamã para um banquete. Em vez de fazer seu pedido, ela pede ao rei que compareça a outro banquete, no dia seguinte, também junto com Hamã. A prudência e a sabedoria na vida de Ester estavam em ação para agir no momento certo. Naquela noite, fatos novos aconteceriam em Susã alterando totalmente o cenário da história. Deus sabe o que estará nos jornais de amanhã.

Palavra-Chave: Humilhação e Honra

I – O REI SE LEMBRA DA BOA AÇÃO DE MARDOQUEU

  1. Uma noite decisiva.

Enquanto Hamã dormia com sua trama já delineada, traçada, Assuero perdeu o sono.

Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras. Mas seu júbilo logo se converteu em fúria. Na saída do palácio viu o judeu Mardoqueu, que nem se moveu diante de sua presença (Et 5.9). Hamã conteve sua ira, mas precisava desabafar. Foi para casa e chamou seus amigos e sua mulher, Zeres, para falar de sua frustração: a riqueza e a elevada posição no reino não o satisfaziam enquanto visse Mardoqueu assentado à porta do rei. Hamã não podia nem mesmo esperar pelo dia da pretendida matança geral dos judeus. O ódio lhe consumia. O orgulho e a arrogância de Hamã o cegaram para a verdade de que a justiça de Deus prevaleceria. Sua confiança em seu poder e posição apenas o levou à sua destruição. Aconselhado pela mulher e pelos amigos, decidiu pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu no dia seguinte. Hamã foi dormir com tudo planejado, mas Assuero perdeu o sono (Et 5.10-14; 6.1). Essa noite tanto para Hamã como para o rei Assuero nos ensina sobre a justiça divina e a importância de confiar na providência de Deus, mesmo quando enfrentamos adversidades e injustiças, Deus trabalha nas caladas da noite

  1. Forca ou honra.

Enquanto Mardoqueu dormia, duas pessoas planejavam seu futuro. Hamã lhe preparou uma forca. Assuero, um dia de honra. Hamã pode ter planejado a destruição de Mardoqueu, mas a providência divina tinha outros planos. Deus transformou a maldição em bênção, honrando Mardoqueu diante de todos. Essa história nos lembra do poder soberano de Deus em reverter situações aparentemente irreversíveis, como está escrito em Romanos 8.28: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados segundo o seu propósito.” O que iria prevalecer? Queiramos ou não, o que outras pessoas pensam e fazem pode produzir consequências em nossa vida. Por isso, nossos relacionamentos interpessoais devem estar pautados no temor a Deus. Dar a cada um o que é devido é um dos meios de não nos deixar enganar pelo individualismo, um estilo de vida antibíblico segundo o qual o indivíduo é capaz de se realizar sozinho, independente das pessoas que o cercam. A chamada autossuficiência.

A história de Mardoqueu e Hamã é um testemunho poderoso de como Deus protege e honra aqueles que confiam nele. Assim, em vez de confiar em nossa autossuficiência, devemos confiar na providência divina, lembrando que “o Senhor é a nossa força e o nosso escudo; nele o nosso coração confia” (Sl 28.7). A ética cristã, contudo, nos ensina quanto são essenciais os relacionamentos humanos, e como Deus trabalha através deles (Ef 6.4-6). O Novo Testamento possui inúmeros versículos com a expressão “uns aos outros” (Jo 13.34; 1 Ts 5.11; Tg 5.16). Coisas boas e ruins podem nos alcançar, vindas de pessoas que nos cercam. Quando tememos a Deus, Ele intercepta detém o mal e faz com que a bênção nos alcance (Sl 91.5-10; Dt 28.2). A maldição não atinge a quem Deus abençoa (Nm 23.8; Dt 23.5; Pv 26.2). Em nossos relacionamentos, devemos sempre agir com justiça e temor a Deus, sabendo que Ele é soberano e pode usar até as intenções malignas dos outros para nos abençoar e exaltar.

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  1. Cinco anos depois.

Já haviam se passado cerca de cinco anos de quando Mardoqueu revelou a conspiração contra Assuero. Tudo ficou (aparentemente) esquecido. A aparente negligência do seu ato heroico durante cinco anos mostra que o tempo de Deus é perfeito. O que parecia um esquecimento humano era, na verdade, parte do plano divino. Naquela noite, contudo, o Deus que tem poder sobre todas as coisas, incluindo a fisiologia humana, tirou o sono do rei (Sl 127.2). Deus usou a insônia do rei para lembrar e honrar Mardoqueu no momento mais oportuno. Isso nos ensina a esperar pacientemente em Deus, confiando que Ele tem o controle de todas as coisas. Sem dormir, Assuero ordenou que trouxessem e lessem perante ele o livro de registro dos fatos importantes do reino (Et 6.1). Certamente não eram poucos os relatos. Só Assuero já estava há cerca de treze anos no trono. A providência divina fez com que fosse lido exatamente o trecho que falava do feito de Mardoqueu, que pôs fim à conspiração contra o rei. Deus, em Sua infinita sabedoria e justiça, não permitiu que tal ato passasse despercebido para sempre. . Assim, a Palavra de Deus declara: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28). Quando confiamos em Deus e permanecemos fiéis, podemos ter certeza de que Ele está trabalhando para o nosso bem, mesmo nos momentos em que parece que fomos esquecidos. Deus, em Seu tempo, trará à luz a justiça e a recompensa, conforme Sua perfeita vontade.

SINÓPSE I

Numa noite em que o sono fugiu do rei, Deus o fez lembrar da boa ação de Mardoqueu.

II – HAMÃ É CHAMADO PARA HONRAR MARDOQUEU

A história de Mardoqueu é um testemunho da soberania de Deus, que está constantemente em operação, mesmo quando não percebemos.

  1. Um ato de justiça.

Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). Assuero, ao expressar sua preocupação pela falta de recompensa a Mardoqueu, tornou-se um instrumento de Deus para corrigir uma injustiça. A maneira direta como se referiu ao nome de Mardoqueu demonstra que Assuero o conhecia bem. Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como. Perguntou, então, quem estava no pátio exterior do palácio. Era Hamã, que buscava uma oportunidade para pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu, na forca que tinha preparado perto de sua casa. O inimigo seria o definidor da bênção (Gn 50.20).

20 Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande. Deus usa pessoas e circunstâncias para cumprir Seus planos e propósitos. Mesmo quando enfrentamos adversidades ou injustiças, podemos confiar que Deus está trabalhando nos bastidores, transformando o mal em bem para aqueles que confiam n’Ele. Nossa tarefa é manter a fé e a integridade, sabendo que Deus, no tempo certo, revelará Sua justiça e providência em nossas vidas.
  1. Presunção e autoconfiança.

Hamã entrou em êxtase, fora de si. O ego inchado de Hamã fez que ele interpretasse imediatamente as intenções do rei como um sinal de honra pessoal. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Isso nos mostra como o desejo de reconhecimento e glória pode dominar até mesmo intenções maldosas, confirmando a natureza de mudança rápida e egoísta de Hamã. Hamã precisava de afagos bajulação em seu ego para sobreviver. Para Hamã, ser honrado publicamente era essencial para seu entendimento de valor pessoal, e essa dependência de afagos e bajulação é o que o leva a tomar decisões imprudentes e, eventualmente, à sua queda. Um quadro realmente doentio. Presumir-se imagina ser digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho. Esse terrível sentimento, nutrido originalmente por Lúcifer (Is 14.13,14), foi instilado plantado na mente de Eva e é lançado constantemente nos corações humanos (Gn 3.1-5; Pv 16.18-19).

18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. 19 Melhor é ser humilde de espírito com os mansos do que repartir o despojo com os soberbos. Devemos sempre preferir a humildade de Cristo, que nos livra de ambições egoístas e nos faz considerar os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3-8). 3 Nada façais por contenda ou rivalidade ou por vanglória, ou orgulho, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. 4 Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. 5 De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. 7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Devemos ser alimentados diariamente pela alegria do Senhor e não condicionar nossas emoções ao sabor do momento (Jo 15.11; Fp 4.4-7; 1 Pe 5.7).
  1. O devido lugar da honra.

“Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada?” Era a pergunta do rei (Et 6.6). Hamã sugeriu que este homem fosse vestido com a veste real, montasse o cavalo do rei, recebesse a coroa real e fosse conduzido por um dos príncipes do rei, “dos maiores senhores”, com uma proclamação pública: “Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.6.7-9). O rei acatou imediatamente a sugestão. Hamã só não imaginava que o honrado seria Mardoqueu e que ele seria o puxador do cavalo (Et 6.10,11). O ensino Bíblico é esse, Deus exalta os humildes e humilha os orgulhosos (Lucas 14:11). Isso o deixou ainda mais enfurecido e muito envergonhado (Et 6.12). Devemos nos alegrar quando alguém é honrado. Incomodar-se com isso pode ser expressão de orgulho. Honrar os que são dignos de honra, agrada a Deus e não deve ser confundido com bajulação (1 Pe 2.17;

17 Honrai a todos. Amai a fraternidade os irmãos. Temei a Deus. Honrai o rei.

 1 Ts 5.12,13). Contudo, é preciso considerar sempre que honra não se exige, se recebe com humildade. Mesmo com toda a honra recebida, Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Mardoquel retomando suas responsabilidades sem deixar que a honra recebida subisse à sua cabeça. Já Hamã, buscava honra para satisfazer seu ego. A verdadeira honra não nos exalta indevidamente, mas nos lembra de nossa posição diante de Deus e dos homens. Jesus ensinou: “todo aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado” (Mt 23.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão. Devemos manter nossos pés no chão, cientes de que nossa identidade e valor estão em Deus, não nas honras que o mundo oferece.

SINÓPSE II

O rei chama Hamã para honrar Mardoqueu.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

A PROVIDÊNCIA DIVINA POR TRÁS DA HISTÓRIA

“Sem poder dormir, o rei decidiu rever a história do seu reino, e seus servos leram para ele sobre as boas obras de Mardoqueu. Isso parece coincidência, mas Deus está sempre trabalhando. Deus também tem trabalhado em silêncio e pacientemente em sua vida. Os acontecimentos que concorrem para o bem não são mera coincidência; são resultado do soberano controle de Deus sobre o curso de nossa vida (Rm 8.28).

[…] Mardoqueu havia descoberto uma conspiração para assassinar o rei Assuero. Ele agiu com lealdade e salvou a vida do monarca (2.21-23). Embora suas boas obras estivessem registradas nos livros históricos, Mardoqueu não havia sido recompensado. Mas Deus estava guardando a recompensa dele para o momento certo. Assim como Hamã estava prestes a enforcar Mardoqueu injustamente, o rei estava disposto a recompensá-lo publicamente. Embora Deus tenha prometido recompensar nossas boas obras, algumas vezes pensamos que a recompensa está muito distante. Seja paciente. Deus no-la dará no momento mais adequado” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693).

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III – A SÍNDROME DE IMPERADOR

1. A soberba de Hamã.

A história de Hamã nos mostra as consequências do orgulho.

Hamã planejou a execução de Mardoqueu, mas acabou sendo humilhado publicamente e, posteriormente, enforcado na própria forca que havia preparado para seu inimigo (Et 7.10). “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18). Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). Quando fez sua sugestão ao rei, imaginando que a honra seria para ele, Hamã revelou ter a síndrome de imperador. Ele queria roupa de rei, cavalo de rei e coroa de rei (Et 6.8). Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”.  ”A síndrome do imperador é uma dificuldade em lidar com os limites, que pode afetar crianças que não aprenderam a controlar-se nem a regular as suas emoções. Estas crianças podem ser mandonas e autoritárias, e podem usar a manipulação para conseguir o que querem. Por exemplo, podem chorar, xingar, bater, gritar ou rejeitar os adultos. Também podem ter dificuldade em esperar e não aguentar frustrações. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem. Sem correção, os filhos podem crescer como um Hamã, cheios de soberba e presunção (Pv 23.13,14; 29.15,17,23; 30.17). Deus quer nos dar famílias saudáveis (Sl 127.1-5; Sl 128.1-6). Nosso papel é exercer um amor responsável, dedicar tempo de qualidade e viver em constante vigilância e oração (Hb 12.7-9; Jó 1.5; Sl 144.12). A falta de disciplina pode levar ao desenvolvimento de um caráter arrogante e autoritário. Provérbios 29.15 diz: “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.” A disciplina deve ser aplicada com amor e sabedoria, para ensinar os filhos a viverem de acordo com os princípios de Deus. A correção não é apenas uma questão de autoridade, mas uma demonstração de cuidado e preocupação com o bem-estar futuro dos filhos.

2. Um mau prenúncio.

Uma má previsão. 

Hamã chegou em casa arrasado e contou para a mulher e os amigos o que lhe havia acontecido. Que frustração! E se esperava uma palavra de consolo, não foi o que recebeu. Ouviu uma sentença aterradora: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele” (Et 6.13). A queda inicial de Hamã diante de Mardoqueu parecia um sinal de que ele estava lutando contra forças muito maiores do que poderia imaginar, uma batalha espiritual contra o Deus de Israel. A declaração da mulher e dos amigos de Hamã pode indicar que conheciam a história dos judeus, um povo que já havia sobrevivido a muitos sofrimentos e ameaças. As pessoas viam os judeus como um povo protegido por seu Deus, que intervinha em momentos críticos para salvar e preservar a nação, e isso, Era um mau prenúncio para Hamã. Hamã, com seu plano maligno contra os judeus, estava destinado ao fracasso, pois se opôs ao plano divino e ao povo escolhido por Deus.

SINÓPSE III

A soberba de Hamã revelou a síndrome de imperador que pode danificar traços da personalidade.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“HAMÃ

As pessoas mais arrogantes são com freqüência as que precisam medir seu próprio valor pelo poder ou influência que pensam ter sobre as outras pessoas.

Hamã era um líder extremamente arrogante. Ele reconhecia o rei como seu superior, mas não podia aceitar qualquer outro como igual.

Quando um homem, Mardoqueu, recusou-se a curvar-se em submissão a ele, Hamã quis destruí-lo. Ele foi consumido pelo ódio a Mardoqueu. O coração dele já estava cheio de ódio racial por todo o povo judeu devido ao prolongado atrito entre os judeus e os ancestrais de Hamã, os amalequitas.

A dedicação de Mardoqueu a Deus e sua recusa em dar honras a qualquer pessoa humana desafiou a religião egoísta de Hamã. Este via os judeus como uma ameaça a seu poder, e decidiu matar a todos.

Deus estava preparando a queda de Hamã e a proteção do seu povo, muito antes deste homem assumir o poder durante o reinado de Assuero.

Ester, uma judia, tornou-se rainha, e Mardoqueu demonstrou lealdade ao denunciar uma conspiração para assassinar Assuero, deixando o rei em dívida para com ele. Hamã não foi apenas impedido de matar Mardoqueu, como também teve que sofrer a humilhação de vê-lo ser honrado publicamente.

Após algumas horas, Hamã morreu na forca que havia construído para Mardoqueu, e seu plano de extermínio dos judeus foi frustrado.

Em contraste com Ester, que arriscou tudo por Deus e venceu, Hamã arriscou tudo para alcançar seu propósito maligno e perdeu” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.694).

CONCLUSÃO

Quanta coisa mudou em Susã em menos de 24 horas! Nosso Deus é grande e poderoso! Perdemos muito tempo com discussões e debates, e, às vezes, fazendo o que Ele não nos ordenou fazer, no afã agitação de resolver nossos problemas. O segredo é confiar no Senhor e viver com humildade, fazendo a sua vontade. Ele permanece no controle e sempre age no momento certo. Em tempos de incerteza ou crise, a melhor resposta é a fé tranquila e humilde em Deus, Isso nos liberta do fardo de tentar resolver tudo por conta própria e nos permite viver na paz que somente Ele pode dar.

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. Quais os dois cenários distintos na noite que antecedeu ao segundo banquete oferecido por Ester?

Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras.

  1. O que levou o rei a decidir honrar Mardoqueu?

Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). […] Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como.

  1. O que Hamã presumiu diante da pergunta do rei e o que isso revela de seu caráter?

Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho.

  1. O que Mardoqueu fez após ser honrado pelo rei? O que aprendemos com isso?

Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.

  1. O que é a “síndrome do imperador”?

Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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