EBD – A Origem da Igreja – Lição 1 Adulto – 1° Trimestre 2024 CPAD.

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EBD – A Origem da Igreja – Lição 1 Adulto – 1° Trimestre 2024 CPAD

Só faz parte da Igreja, do Corpo de Cristo, quem é regenerado, justificado, santificado pelo Senhor Jesus e selado pelo Espírito Santo.

 

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2.38)

Quem deseja seguir a Cristo, deve arrepender-se e ser batizado. Arrepender-se significa afastar-se do pecado, mudar a direção de sua vida de egoismo e rebelião contra as leis de Deus.

 

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é a família de Deus, comprada com o sangue de Cristo e selada com o Espírito Santo.

A Igreja não é uma mera associação, mas uma instituição orgânica e divina que foi estabelecida pelo próprio Deus.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

Atos 2.1,2; 37,38

1 – Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2 – e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

37 – Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?

38 – E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.

 

Hinos Sugeridos: 247, 432, 434 da Harpa Cristã

 

INTRODUÇÃO

Uma rápida leitura do Novo Testamento é suficiente para percebermos o que a Igreja é de fato e que importância ela tem. A importância da igreja de Cristo é de um valor incalculável, pois foi comprada com preço de sangue, e é o corpo de Cristo.

Para os apóstolos e os primeiros cristãos a Igreja era relevante. Tao importante que eles a ensinavam com dedicação e amor. Paulo, por exemplo, a denominou de “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15);

A igreja como a coluna e firmeza da verdade significa que Deus confiou à igreja a tarefa de promover e proteger 0 evangelho. e Pedro a chamou de “geração eleita” (1 Pe 2.9).

Pedro mostra que pertencemos a um povo eleito pelo próprio Deus. Por seu amor e sua graça fomos escolhidos dentre todas as pessoas da terra para sermos a sua Igreja.

Nesta lição, mostraremos o que a Bíblia, de fato, revela sobre a Igreja de Deus. Veremos que a ekklesia, a Igreja de Deus, longe de ser meramente uma associação de pessoas, é uma instituição divina.

 

Palavra-Chave: Igreja

 

I – O POVO DE DEUS NA BÍBLIA E NA HISTÓRIA

  1. No Antigo Testamento.

O termo hebraico qahal é usado para se referir a um ajuntamento do povo de Deus debaixo do Antigo Pacto. Nesse aspecto, o seu uso é o de “uma convocação para uma assembleia” ou “o ato de reunir-se em assembleia”. Dessa forma, qahal é descrito como o povo reunido (Dt 4.10); quando Deus ordenou Moisés a reunir todo o povo ao pé do monte Horebe para ouvirem os seus ensinos,

congregação do povo (Jz 20.2); multidão (1 Sm 17.47 – NAA); palavras de Davi a nação de Israel ao enfrentar Golias. 47 E saberá toda esta congregação que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão

congregação (1 Rs 8.22); congregação de Israel (1 Cr 13.2) e grande ajuntamento (Ne 5.7). O termo qahal, portanto, no contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto com fins cúlticos que está relacionado ao Culto; adoração ou não.

Percebemos aqui que o povo de Deus no Antigo Testamento resumia-se apenas à nação de Israel, composta pelos judeus e por alguns estrangeiros que se convertiam ao Deus de Israel, tornando-se, assim, parte do povo de Deus. Não havia a possibilidade, em grande escala, de outros povos serem inseridos como povo de Deus no Antigo Testamento.

 

  1. No Novo Testamento.

O termo grego ekklesia se refere à igreja cristã. Contudo, no contexto neotestamentário, o seu sentido diferirá do que lhe é dado no Antigo Testamento, tanto na forma como na função. Não é apenas uma raça ou nação, mas todos aqueles, de diferentes raças e nações, que foram comprados pelo sangue de Cristo.

Diferentemente do sentido de uma nação ou etnia específica, “ekklesia” no Novo Testamento transcende barreiras raciais e nacionais, incluindo todos aqueles que, independentemente de sua origem, foram redimidos pelo sangue de Cristo

(Ef 3.6; At 20.28; Ap 5.9). 9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;

Assim, o seu sentido no Novo Testamento é majoritariamente ou principalmente sacro, sagrado, isto é, de uma assembleia de crentes que se juntaram para adorar a Deus (At 12.5;5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus13.1). 1 Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

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Não é apenas um ajuntamento de pessoas, mas uma assembleia de crentes regenerados que se reúnem para adorar a Deus. Jesus, por exemplo, usou o termo ekklesia com um sentido exclusivo – o povo adquirido pelo seu sangue (Mt 16.18).

 Dessa forma, o uso paulino de ekklesia, nas suas epístolas, designa indica sempre a comunidade dos salvos. Assim vemos Paulo saudando a igreja (1 Co 1.2); ensinando as igrejas (1 Co 7.17); disciplinando o uso dos dons na adoração da igreja (1 Co 14.4,5,12,19,23,28,33,34,35) e dando diretrizes à igreja (1 Co 16.1).

Vejam que, “ekklesia” no Novo Testamento vai além de ser meramente um ajuntamento de pessoas; é a assembleia sagrada de crentes, unidos pela redenção em Cristo, que se congregam para adorar, aprender e viver em comunhão.

 

  1. Na história cristã.

Há quem creia que a Igreja subsiste governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele.

O padre Miguel Maria Giambelli (1920-2010) parafraseia as palavras de Jesus que foram ditas ao apóstolo Pedro em Mateus 18.19 como segue: Nesta minha Igreja, que é o reino dos céus aqui na terra, eu te darei também a plenitude dos poderes executivos, legislativos e judiciários, de tal maneira que qualquer coisa que tu decretares, eu a ratificarei lá no Céu, porque tu agirás em meu nome e com a minha autoridade. O apóstolo Pedro, portanto, segundo Giambelli, é o fundamento sobre o qual a igreja foi edificada.

Em momento algum, Jesus ensinou que alguém ia substituir Pedro e ia ter a mesma autoridade de Pedro, não tem isso na bíblia, é uma invenção.

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Evidentemente, a tradição protestante rejeita esse conceito, visto que ele não reflete o contexto do Novo Testamento onde a figura do sucessor de Pedro é totalmente estranha e desconhecida.

O entendimento da fé evangélica é que o único fundamento da igreja é Cristo, e não Pedro. “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.11).

Após a Reforma do século XVI, a tradição protestante procurou dar um sentido bíblico e mais preciso a respeito do que uma igreja é de fato. Em uma grande denominação protestante histórica, a Igreja é definida como “uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé”.

Por outro lado, de acordo com um documento de uma grande denominação pentecostal americana, entendemos a Igreja como “o corpo de Cristo, a habitação de Deus através do Espírito Santo, com divinas nomeações para cumprimento de sua Grande Comissão onde cada crente, nascido do Espírito, é parte integrante da Assembleia Universal e da Igreja dos primogênitos, que estão inscritos no Céu”

(Ef 1.22,23; 22 +Deus submeteu todas as coisas à autoridade de Cristo e o fez cabeça de tudo, para o bem da igreja. 23 +E a igreja é seu corpo; ela é preenchida e completada por Cristo, que enche consigo mesmo todas as coisas em toda parte.2.22; Hb 12.23).

 

EBD – A Origem da Igreja – Lição 1 Adulto – 1° Trimestre 2024 CPAD

 

SINOPSE I

O desenvolvimento do povo de Deus é mostrado ao longo da Bíblia e da história cristã.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

O TERMO EKKLÊSIA “Jesus assevera, em Mateus 16.18: ‘Edificarei a minha igreja’. Esta é a primeira entre mais de cem referências no Novo Testamento que empregam a palavra grega primária para ‘igreja’: ekklêsia, composta com a preposição ek (“fora de”) e o verbo kaleõ (“chamar”).

Logo, ekklêsia denotava originalmente um grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico. O termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto, Xenofontes, Platão e Eurípedes. Este conceito de ekklêsia prevalecia especialmente na capital, Atenas, onde os líderes políticos eram convocados como assembleia constituinte até quarenta vezes por ano.

1 O uso secular do termo também aparece no Novo Testamento. Em Atos 19.32,41, por exemplo, ekklêsia refere-se à turba enfurecida de cidadãos que se reuniu em Éfeso para protestar contra os efeitos do ministério de Paulo.

2 Na maioria das vezes, porém, o termo tem uma aplicação mais sagrada e refere-se àqueles que Deus tem chamado para fora do pecado e para dentro da comunhão do seu Filho, Jesus Cristo, e que se tornaram “concidadãos dos santos e da família de Deus” (Ef 2.19). Ekklêsia é sempre empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para adorar e servir ao Senhor” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.536).

 

II – A IGREJA COMO CRIAÇÃO DIVINA.

  1. A Igreja como um ideal de Deus.

Desde a eternidade, a Igreja estava no coração de Deus e foi idealizada arquitetada por Ele. Desde a eternidade, antes mesmo da fundação do mundo, a Igreja já era parte do plano divino.

Em sua essência, ela é um projeto divino: “Como também nos elegeu nele [Cristo] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.4).

Essa eleição divina revela a intenção de Deus em estabelecer uma comunidade redimida, cuja identidade e propósito estão profundamente ligados a Cristo.

Na sua Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo fala de um “mistério” que estava oculto (Ef 3.3-6). Esse mistério que fora revelado era exatamente a Igreja! Na mente de Deus, portanto, a Igreja já existia.  Já existia como um elemento fundamental e central em Seu plano de redenção.

O amor de Deus fez com que Ele provesse um plano para salvar o homem caído. A Igreja, portanto, não é apenas uma congregação de crentes. Ela é a expressão viva do amor e da providência divinos, cumprindo um papel central no plano eterno de Deus.

Assim, Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (Ef 5.25). Essa entrega sacrificial revela não apenas um ato de redenção, mas também a profundidade do compromisso de Cristo com Sua criação.

 

  1. A Igreja como uma realidade concreta.

Como vimos, a Igreja não ficou apenas na mente de Deus; ela passou a existir de uma forma concreta.

Vejam a transição da ideia, do planejado, para a realidade, do teórico para o prático.

O início da Igreja acontece na plenitude dos tempos: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4).

A palavra grega traduzida como plenitude é pleroma, indicando que Cristo veio no tempo exato. Entre os fatores que fizeram desse tempo um momento apropriado estão: a paz

mundial (Pax Romana. um excelente sistema de estradas e 0 predomínio de uma língua por todo 0 império (0 grego coiné]. Por esses meios. 0 evangelho se espalhou de uma forma que em outros tempos seria impossível.

Dessa forma, Deus faz “congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1.10).

Então, surge a pergunta: “Quando a Igreja passou a existir de fato? Quando ela se estabeleceu na sua forma concreta?” A maioria dos teólogos defende que foi no Pentecostes. A Igreja, por exemplo, não é citada nos Evangelhos de Marcos, Lucas e João. Mateus fala de sua existência, mas como um evento futuro (Mt 16.18).

18 Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Apesar de a Igreja ser mencionada de maneiras proféticas nos Evangelhos sinópticos, é no Livro de Atos que testemunhamos a efusão do Espírito Santo sobre os discípulos reunidos em Jerusalém. Esse evento se torna conhecido, por uma experiência única, onde os crentes são revestidos de poder e começam a falar em línguas, marcando o nascimento da Igreja.

 

  1. A Igreja no Pentecostes.

Depois do Pentecostes, Lucas destaca que “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47). Dessa forma, a Igreja, que existia apenas no coração e na mente de Deus, se tornava uma realidade concreta quando o Espírito Santo é derramado no Pentecostes após a ressurreição de Jesus (At 2.1,2).

Observem que, o Pentecostes não apenas inaugura a Igreja, mas também a capacita para a missão que lhe foi confiada. Os discípulos, cheios do Espírito, proclamam corajosamente as maravilhas de Deus em línguas que transcendem as barreiras culturais. Este é o início da Igreja como testemunha viva do Evangelho.

 

SINOPSE II

A Igreja surgiu como o ideal de Deus na eternidade e tornou-se realidade concreta no Pentecostes.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

A ORIGEM DA IGREJA “Várias são as razões para crermos que a Igreja teve sua origem, ou pelo menos foi publicamente reconhecida pela primeira vez, no dia de Pentecostes. Embora na era pré-cristã Deus certamente se associasse a uma comunidade pactual de fiéis, não há evidências claras de que o conceito de Igreja existisse no período do Antigo Testamento.

Ao citar expressamente ekklêsia pela primeira vez (Mt 16.18), Jesus falava de algo que iniciaria no futuro (‘edifi carei’ [gr. oikodomêsõ] é um verbo no futuro simples, não uma expressão de disposição ou determinação).

Na condição de corpo de Cristo, é natural que a Igreja dependa integralmente da obra concluída por Ele na Terra (sua morte, ressurreição e ascensão) e da vinda do Espírito Santo (Jo 16.7; At 20.28; 1 Co 12.13). Millard J. Erickson observa que Lucas não emprega ekklêsia no seu evangelho, mas a palavra aparece 24 vezes em Atos dos Apóstolos. Este fato sugere que Lucas não tinha nenhum conceito da presença da Igreja antes do período abrangido em Atos.

Imediatamente após aquele grande dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre os crentes reunidos, a Igreja começou a propagar poderosamente o Evangelho, conforme fora predito pelo Senhor ressurreto em Atos 1.8. A partir daquele dia, a Igreja continuou a propagar-se e a aumentar no mundo inteiro, mediante o poder e orientação daquele mesmo Espírito Santo” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.538,39).

 

III – A IGREJA COMO A COMUNIDADE DOS SALVOS

  1. Regenerados pelo sangue de Cristo.

No Pentecostes, o apóstolo Pedro disse: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados” (At 2.38).

O batismo em águas é uma declaração pública de fé e o meio pelo qual o crente ingressa como membro na igreja local.

Com essas palavras, o apóstolo Pedro estava dizendo como se dá o ingresso de uma pessoa na Igreja, ou seja, por meio do arrependimento e do batismo.

Vejam que, ao convocar as pessoas ao arrependimento e ao batismo em nome de Jesus Cristo, Pedro mostra a base para a entrada na comunidade dos salvos.

A Igreja é uma comunidade cristã formada por pessoas regeneradas que fizeram uma pública profissão de fé. O ingresso de alguém à Igreja não se dá por adesão, mas pela conversão. É exatamente esse o sentido da palavra grega metanoeo, traduzida aqui por arrependimento.

Significa uma mudança de mente. Arrependimento, vai além do simples remorso, é uma mudança de mente e de direção na vida da pessoa.  Assim, a Igreja é formada por pessoas que estavam no pecado, a caminho da condenação eterna, mas que, graças ao Evangelho, tiveram suas vidas transformadas.

Notem que, a Igreja é constituída por indivíduos que passaram por essa mudança radical. Eles passaram de uma condição de pecado e condenação eterna para uma posição de perdão e redenção, graças ao Evangelho de Cristo.

 

  1. Selados pelo Espírito Santo.

Já foi dito que a Igreja tem sua origem no dia de Pentecostes. Por meio do Espírito de Deus, somos batizados no Corpo de Cristo, a Igreja, então, passamos a fazer parte dela.

A Igreja, como a comunidade dos salvos, não só experimenta transformação interior pelo arrependimento, mas também vive uma união especial proporcionada pelo Espírito Santo.

É exatamente isso o que o apóstolo Paulo diz aos Coríntios na sua Primeira Carta: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.13).

O batismo do Espírito Santo é a operação divina por meio da qual o cristão se torna parte do Corpo de Cristo.

 

EBD – A Origem da Igreja – Lição 1 Adulto – 1° Trimestre 2024 CPAD

 

  1. O Batismo de Cristo e do Espírito.

O apóstolo Pedro, que exortou os presentes no dia Pentecostes a se arrependerem, também disse: “e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38). Assim, podemos afirmar que Cristo batizou os crentes com o Espírito Santo e com fogo, um batismo de capacitação (At 1.4),

Esse batismo, simbolizado pelo Espírito Santo e pelo fogo, é uma promessa de Cristo aos Seus seguidores. Ele representa a capacitação divina, um revestimento de poder, concedendo aos crentes os recursos espirituais necessários para cumprir a missão dada por Cristo. É uma experiência que transforma e capacita os discípulos para o serviço no Reino de Deus.

enquanto o Espírito os batizou no Corpo de Cristo, um batismo de iniciação, formando a Igreja (1 Co 12.13).

Quando recebemos a Cristo como Salvador, é o Espírito Santo que nos batiza no Corpo de Cristo. Esse é um batismo de iniciação. Aqui, o Espírito une os crentes, independentemente de sua origem, status social ou cultural, em um único corpo, que é a Igreja. Esse batismo é uma iniciação na comunidade dos salvos, marcando a entrada na família espiritual de Deus.

SINOPSE III

Como comunidade dos salvos, a Igreja é a reunião dos regenerados pelo sangue de Cristo e selados pelo Espírito.

 

CONCLUSÃO

Nesta lição vimos como surgiu a Igreja fundada por Jesus Cristo. Ela existiu, primeiramente, no plano de Deus até se estabelecer no Novo Testamento após a morte, ressurreição de Cristo e a infusão dos Cristãos no Corpo de Cristo por meio do Espírito Santo. A Igreja, portanto, não foi idealizada por homem algum, nem tampouco está fundada sobre teses humanas. O seu fundamento é Cristo, que é a cabeça da Igreja. Por isso, é um grande privilégio fazer parte da Igreja, o Corpo de Cristo.

O fato de que a Igreja tem Cristo como seu fundamento nos levando a refletir sobre a importância de manter Jesus como o centro de nossa fé e prática cristã. Isso nos desafia a buscar uma comunhão mais profunda com Cristo e a viver de acordo com os princípios que ele estabeleceu para a sua Igreja.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. A que se refere o termo hebraico qahal no contexto do Antigo Testamento?

O termo qahal, portanto, no contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto com fins cúltico ou não.

  1. A que se refere o termo grego ekklesia no sentido do Novo Testamento?

O termo grego ekklesia se refere a igreja cristã.

  1. Onde a Igreja estava desde a eternidade?

Desde a eternidade a Igreja estava no coração de Deus e foi idealizada por Ele.

  1. Como se dá o ingresso de uma pessoa à Igreja?

O ingresso de alguém à Igreja não se dá por adesão, mas pela conversão.

  1. Por meio de quem somos batizados no Corpo de Cristo e passamos a fazer parte da Igreja?

Por meio do Espírito de Deus somos batizados no Corpo de Cristo, a Igreja, então, passamos a fazer parte dela.

 

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