EBD – A profecia na atualidade – Lição 13 Juvenis
CONECTADO
Ao longo do trimestre, vimos que Deus usou os profetas, no passado, para transmitir mensagens poderosas a reis e sacerdotes, bem como a todo o povo, a fim de exortá-los a andarem de acordo com a Lei. Infelizmente, a maior parte da história dos profetas nos mostra que nem sempre o povo de Deus foi obediente aos seus ensinamentos. Mas, apesar do declínio de Israel, o Senhor enviou o Messias prometido, levantando a sua Igreja, um povo forte e poderoso em boas obras. Para este tempo final, o Senhor também tem chamado profetas comprometidos com a sua santa Palavra e dispostos a anunciar a mensagem divina com afinco. Seja você também um proclamador do Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16)!
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1. A PROFECIA NA IGREJA
1.1. A profecia é atual.
Como afirma o autor da Carta aos Hebreus, Deus falou poderosamente aos antigos por meio dos profetas, mas nestes últimos dias tem falado por meio de seu próprio Filho, Jesus Cristo (Hb 1,1). De fato, o nosso Senhor veio e cumpriu muitas profecias há tempos anunciadas sobre como seria o seu nascimento, vida adulta, sofrimento, morte e ressurreição (Is 714; 97; u.l-5: 53: Jr 23-5,6; Mq 5.2; Zc 9.9; 1113:12.10).
Após o Senhor ser assunto aos Céus, Ele prometeu que enviaria outro Consolador para que estivesse com os discípulos todos os dias até a consumação dos séculos (Jo 14.16,17). Nesta nova realidade, a Igreja surgiu e recebeu, além do batismo no Espírito Santo, vários dons cuja finalidade é a edificação espiritual (1 Co 12.4-7), Dentre esses dons, encontramos o de “profecia”, mostrando a relevância dessa manifestação espiritual entre o povo de Deus também na atualidade (1 Co 12.10).
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Por muitos anos o Senhor falou por meio de seus profetas, e hoje podemos olhar “para trás” através dessas profecias e ver o cumprimento de todas elas, pois nosso Deus é fiel e as suas palavras são verdade. Dentre essas profecias, duas se destacam: as messiânicas (que se concretizaram com a vinda do Senhor Jesus) e a promessa feita pelo próprio Senhor Jesus acerca do Espírito Santo, o Consolador, que mora dentro em nós.
Nesse contexto, embora muitas das promessas e profecias já tenham se cumprido, temos a dádiva de ter o Espírito de Deus agindo e falando em nosso meio nos dias atuais, de modo que o dom de profecia nos edifica e nos relembra das promessas feitas pelo Senhor, de que em breve voltará.
1.2 O cumprimento das profecias nos últimos dias.
Há muitas profecias que estão se cumprindo nestes últimos dias. A que mais se destaca diz respeito ao batismo no Espírito Santo. O profeta Joel anunciou que, nos últimos dias, o Espírito seria derramado sobre toda a carne, sobre os jovens e velhos, filhos e filhas, servos e servas. Essa manifestação seria marcada por visões, sonhos e sinais (Jl 2.28-32).
Mas não são apenas as promessas para sua Igreja que podemos contemplar atualmente. Há muitos sinais profetizados no Antigo Testamento e, por conseguinte, pelo próprio Senhor Jesus nos Evangelhos, que estão se cumprindo em nossos dias. Dentre os sinais mencionados por Jesus, acerca do “princípio das dores”, estão as guerras e uma série de fenômenos como: fome, pestes e terremotos em vários lugares (Mt 24:7).
O Senhor também anunciou que, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriaria (v, 12). Não é difícil notar que muitas dessas profecias já se cumpriram e que outras estão prestes a se cumprir.
Falar dos “últimos dias” implica falar sobre os dias que antecedem a vinda do Senhor. Esse evento produzirá reflexos no mundo espiritual e no mundo material, e por isso a terra sente “dores de parto”, que são exatamente os reflexos citados acima. Acerca disso, o Senhor Jesus nos avisou quais seriam os sinais: guerras, rumores de guerras, fome, doenças, epidemias, terremotos; o esfriamento do amor de muitos; e todos esses sinais podem ser observados, por isso o fim está próximo.
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1.3. A profecia como dom espiritual.
Deus ainda tem se manifestado por meio da profecia para falar com o seu povo. Neste tempo presente, a profecia assume um outro formato, mas o Espírito que atuou no passado é o mesmo que continua a inspirar e a falar com seus servos. Após a ascensão de Cristo, com o advento do batismo no Espírito Santo, a Igreja passou a receber dons espirituais e ministeriais (1 Co 12-14).
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, como dom ministerial, os profetas eram levantados pelo Espírito Santo para trazerem uma mensagem da parte de Deus à Igreja de modo contínuo (At 2.17; 4.8; 21,4). Já o dom espiritual de profecia trata-se de uma manifestação instantânea e momentânea, na qual o profeta transmite uma mensagem ou revelação direta sob o impulso do Espírito Santo (1 Co 14.24,25, 29-31) (CPAD, pp. 1756,1814). Note que essas manifestações se parecem muito com as exercidas pelos profetas da Antiga Aliança, só que agora o objetivo é a edificação da Igreja e a proclamação das Boas Novas.
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No antigo testamento o Espírito de Deus vinha sobre a pessoa profetizar ou para realizar alguma outra atividade de interesse do Senhor. Na nova aliança, o Espírito Santo trouxe em nós o privilégio de sermos habitado por Ele, de modo que os dons são manifestações e evidências da sua presença em nossas vidas. Acerca do dom de profecia, temos que ele foi expressamente citado no novo testamento como o principal dom do Espírito a ser buscado (1Co 14:1).
2. OBJETIVOS DA PROFECIA
2.1. A edificação.
A profecia no contexto da igreja tem a função de edificar espiritualmente o Corpo de Cristo e testificar ao indouto e infiel que a presença do Todo-Poderoso está, de fato, em nosso meio, sendo por ela convencido de seus pecados (1 Co 14.24,25). Isso significa que, por meio dela, os presentes são encorajados a viver sujeitos à Palavra da Verdade, a ter uma vida santa, a fé fortalecida e a permanecer fiel a Cristo e aos seus ensinamentos. As profecias projetam o crente a ter uma perspectiva mais espiritual da vida e a buscar maior comunhão com Deus.
A profecia traz temor, edificação e certeza de que Deus está em nosso meio. Muitas vezes oramos e esquecemos que na oração nós não apenas falamos, mas também ouvimos, porque Deus fala com o seu povo! Sobre esse assunto, o apostolo Paulo falou da importância desse dom (e da manifestação dele) principalmente para os indoutos (que nos nossos dias seriam aqueles que nos visitam e ainda não conhecem a palavra de Deus). Imagine para um visitante, chegar em uma igreja e ver que ali Deus fala. Certamente sobre esse visitante cairá o temor, e possivelmente buscará conhecer mais desse Deus.
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2.2. A exortação.
Deus usa os seus servos com o dom de profecia para advertir e aconselhar a igreja a fim de se consertar, rejeitando o pecado, a injustiça e confessando que Jesus é o Senhor, nosso Salvador (Jo 16.8; 1 Co 12.3). A mensagem entregue por meio desses irmãos encoraja os crentes a não caírem em iniquidade, como o povo de Israel outrora; a não se conformarem com os padrões malignos deste mundo (Rm 12.2) e a rejeitarem a mornidão espiritual (Ap 3.16). Se, porventura, a Igreja rejeitar a mensagem dos verdadeiros profetas, é possível que enfrente o juízo de Deus, assim como observamos ao longo da trajetória dos israelitas (Sl 78).
Os profetas são mensageiros do Senhor, pois comunicam ao povo aquilo que Deus tem para lhes falar. Muitas vezes alguma atitude do povo – ou mesmo da igreja – não está agradando ao Mestre, e por isso ele envia um dos seus mensageiros para exortação. Vale dizer que não se deve ter “medo” das profecias, porque o fato de receber “avisos” do Senhor é sinal de que Ele teve misericórdia de nós. Tão somente devemos, com temor, rever os nossos caminhos e endireitar as nossas veredas, acatando a correção do nosso Deus; pois o Senhor adverte aquele a quem ele ama, e não quer que os seus pequeninos se percam.
2.3. Consolação.
O Espírito Santo é chamado por Cristo de Consolador (Jo 14.26). Isso significa que uma das ações do Espírito é consolar os seus servos durante as aflições e momentos de tribulação. Por esse motivo, a mensagem entregue pelos profetas cumpre também a função de consolar, acolher e fortalecer o ânimo dos irmãos. A mensagem vinda do Espírito nos encoraja, conforta e renova a fé para que não venhamos desistir diante das adversidades. Por essa razão, o apóstolo Paulo aconselha aos tessalonicenses: “Não apagueis o Espírito” (1 Ts 5.19).
Esse tópico é relevante para que muitos entendam que não é necessário associar imediatamente profecia com exortação. Entendamos que esse dom é uma ferramenta de comunicação específica que Deus se vale para conosco; então o “conteúdo” dessa mensagem pode variar. Portanto, é plenamente possível (até pela essência do nosso Deus) profecias que tenham por objetivo trazer consolo e esperança.
3. JOÃO BATISTA: O ÚLTIMO PROFETA
3.1. A voz do que clama no deserto.
João Batista foi o último profeta chamado por Deus no modelo da Antiga Aliança. O próprio Senhor Jesus vai afirmar que, dentre os nascidos de mulher, não havia ninguém maior do que João Batista (Lc 728). João foi um grande anunciador da mensagem de arrependimento e conversão ao Reino de Deus. Ele afirmava aos líderes judeus que o interrogavam que ele não era o Messias, mas, sim a “voz do que clama no deserto” (Jo 1.19-23). João cumpriu a profecia de Isaías acerca daquele que deveria preparar o caminho do Senhor (Is 40.1-5). João Batista andava nos encoraja, conforta e renova a fé para que não venhamos desistir diante das adversidades. Por essa razão, o apóstolo Paulo aconselha aos tessalonicenses: “Não apagueis o Espírito” (1 Ts 5.19).
Após Malaquias, último profeta do antigo testamento, temos um “silêncio” interbíblico, que durou cerca de 400 anos. Após esse período temos a última profecia no “estilo” da antiga aliança, que acontece já no novo testamento, através de João Batista.
O profeta João Batista ficou conhecido como o profeta que “preparou o caminho” para o Senhor, pois ele pregou o arrependimento e o endireitamento das veredas, testificado pelo batismo por imersão (por isso tal evento era conhecido como “batismo do arrependimento”).
Além disso, João Batista teve um importante papel, pois marcou o “início” do “ministério” do Senhor Jesus, quando o Mestre – por João – foi batizado. A bíblia relata que o céu se abriu e o Espírito desceu sob a forma corpórea de uma pomba e pousou sobre o Senhor Jesus; e dos altos céus a voz do Pai testificou do seu filho Jesus: “Este é o meu filho, em quem me comprazo” (Mt 3:17).
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3.2. João Batista, um exemplo a ser seguido.
Assim como João Batista disse: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30), nosso ministério, como anunciadores das “Boas-Novas”, deve ser cumprido com a mesma humildade e dependência espiritual. Devemos diminuir para que o Senhor apareça e o nome dEle seja glorificado. Nesse sentido, o ministério profético também deve ser exercido com zelo, temor e constante vigilância. Muitos profetas já se calaram ou estão desencorajados a denunciar os pecados de seu povo. Contudo, Deus nos convoca nestes últimos dias a cumprirmos integralmente o nosso chamado, ainda que sejamos perseguidos (Mt 10.20-33).
Aquele que buscar o Senhor com sinceridade, de maneira nenhuma será desprezado. Aquele que busca o dom de profecia, deve ser encorajado a abrir a boca para anunciar a palavra de Deus. Nesse sentido, João Batista como um profeta intermediário (encerrou um período e inaugurou outro) nos traz grandes ensinamentos sobre como a pessoa do profeta deve se portar, sempre com humildade e consciência de que é o Senhor quem falará por nós, pois importa que Ele cresça e o nosso eu seja diminuído diante da presença do Senhor.
PARA CONCLUIR
Nestes últimos dias, o Senhor quer despertar os seus servos, os profetas, para que anunciem a sua Palavra, Seja para edificar, para exortar ou mesmo para consolar, há sempre uma mensagem de Deus que precisa ser dita ao seu povo. Que possamos ser destemidos e corajosos, cheios do Espirito Santo para anunciar a mensagem que o Senhor nos mandar.