EBD – A Realidade Bíblica do Inferno – Lição 11 Adultos
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes | AULA: 16 de Junho de 2024
TEXTO ÁUREO
“Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt 25.41) O castigo eterno acontecera no inferno, geena (o lago de fogo eterno), o lugar da punição para todos aqueles que se recusarem a arrepender-se em vida.
VERDADE PRÁTICA
O Inferno é um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa jornada. Dor, agonia, e desespero, é o que existe no inferno, ninguém vai ter a desculpa de que não foi avisado.
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LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2 Tm 3.5; Mt 7.15
A enganosa aparência de piedade dos falsos ensinadores. 5 tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. 15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Terça – 2 Tm 3.8; Êx 7.11
Um contexto de resistência à verdade. 8 E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. 11 E Faraó também chamou os sábios e encantadores; e os magos do Egito fizeram também o mesmo com os seus encantamentos.
Quarta – Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10
Inferno como sepultura, lugar dos mortos. 13 Se eu olhar a sepultura como a minha casa; se nas trevas estender a minha cama; 10 Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. 10 Eu disse: na tranqüilidade de meus dias, ir-me-ei às portas da sepultura; já estou privado do resto de meus anos.
Quinta – 2 Pe 2.4
Inferno como lugar de prisão dos anjos caídos. 4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo;
Sexta – Mt 23.33; 25.41,46
Inferno como castigo eterno, fogo eterno. 33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? 41 Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; 46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
Sábado – Mt 25.46; Jo 5.26
Passar a eternidade tem a ver com uma escolha. 46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna. 26 Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 25.41-46
41 – Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42 – porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 – sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.
44 – Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos?
45 – Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46 – E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
Hinos Sugeridos: 48, 127, 182 da Harpa Cristã
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PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo estudaremos a respeito do Inferno. Muitos evitam falar sobre este tema, entretanto, não falar a respeito desse assunto não evita que alguns caminhem em sua direção. Um dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social a que pertençam, religião ou títulos, e sabemos que, depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno. O Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, por essa razão nos sentimos incomodados de falar a respeito dele. Contudo, a sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa carreira. Embora esse seja um assunto difícil de tratar na atualidade, o Inferno é um dos principais assuntos do Novo Testamento. Veremos que Jesus ensinou de forma enfática a realidade do Inferno nos Evangelhos.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Mostrar o pensamento humano a respeito do Inferno;
II) Saber como a palavra Inferno aparece na Bíblia;
III) Compreender a doutrina bíblica do Inferno.
B) Motivação: Converse com os alunos explicando que atualmente muitos não acreditam no Inferno. Para estes, o Inferno é uma criação humana para colocar medo nas pessoas e mantê-las presa a uma religião, ritos, dogmas etc. Procure mostrar, biblicamente, a realidade do Inferno por meio dos ensinos de Jesus. O Mestre veio salvar a humanidade de seus pecados, contudo, Ele mostrou que o Inferno é real. Tal realidade deve valorizar a tão grande salvação que Deus providenciou para nós e, por isso, devemos estar firmados em Jesus durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a eternidade em um lugar de dor e sofrimento.
C) Sugestão de Método: Sugerimos que você escreva no quadro as palavras “Inferno” e “Céu”. Pergunte aos seus alunos o que vem à mente deles quando ouvem a palavra “Inferno”. À medida que forem falando vá anotando no quadro. Em seguida faça o mesmo com a palavra “Céu”. Conclua ressaltando que o ensino bíblico a respeito do Inferno e do Céu é simples: os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno, no Inferno (Mt 25.46); os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna, no Céu (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno é pessoal.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A lição de hoje é uma oportunidade ímpar para que os alunos reflitam a respeito do valor da nossa salvação. Mostre que sem Jesus Cristo estaríamos destinados ao Inferno, mas Ele, mediante a sua graça, nos resgatou. Em seguida conclua lendo o Texto Áureo da Lição.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) A orientação bíblica, “Inferno”, localizada no primeiro tópico, destaca o que é o Inferno segundo os ensinos bíblicos; 2) O texto ao final do segundo tópico, traz uma reflexão a respeito dos ensinos de Jesus Cristo sobre o Inferno.
INTRODUÇÃO
O Inferno é um dos assuntos principais do Novo Testamento. O Senhor Jesus ensinou mais a respeito do Inferno que o Céu nas páginas dos Evangelhos. Porque? Porque Deus não quer que o homem var para lá. Ele também ensinou mais sobre o Inferno do que o apóstolo Paulo. Por isso, nesta lição, estudaremos a doutrina bíblica do Inferno. Situaremos a resistência atual de muitos em relação à doutrina, ainda que haja concepções erradas, negativas e pessimistas sobre o Inferno, ele existe, veremos as principais palavras que traduzem “Inferno” e mostraremos que negar essa doutrina bíblica significa negar todo o cristianismo bíblico.
Palavra-Chave: Inferno
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas. Mentes insensível ou indiferente às coisas de Deus
Os que vivem na incredulidade, dominados pelos poderes das trevas neste mundo, negam prontamente a realidade do Inferno. O que mais vemos nos dias de hoje são filósofos e teólogos que negam abertamente a Bíblia, a divindade de Jesus Cristo e o sobrenatural. Filósofos humanistas dizem que a afirmação bíblica da existência do Inferno não é compatível não está de acordo com os valores éticos modernos. Eles vivem de acordo com suas próprias crenças e entendimentos, rejeitando a verdade e não obedecendo à Palavra de Deus. O apóstolo Paulo nos alertou que surgiriam pessoas assim, que passariam a falar coisas pervertidas para atrair seguidores.
Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado arrancado da Bíblia. Outros chegam até a admitir que certas pessoas irão para o Inferno, mas por tempo provisório. Porém, durante esse período, serão purificadas e receberão uma segunda chance para entrar no Céu. Aqueles que perderam a sensibilidade espiritual e moral não conseguem mais discernir entre a verdade e o erro, resultando em um comportamento antiético. Um filósofo ou teólogo com uma consciência cauterizada vê temas como Céu, Inferno e santidade apenas como construções mitológicas e moralistas, destinadas a controlar socialmente as pessoas.
2. O ensino do Universalismo.
Outro argumento muito frequente atualmente é o falso ensino de que, no final das contas, todas as pessoas irão para o Céu. Por exemplo, não haveria diferença no destino de um assassino frio e cruel para um crente que buscou ter uma vida santa, fugindo do pecado. Os defensores do universalismo se firmam na Palavra de Deus para garantir que no final todos serão salvos. Para isso, fazem uso das seguintes passagens bíblicas: Romanos 5.18; pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
1 Coríntios 15.22; Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
Colossenses 1.20. e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus. Com a citação dessas passagens, eles afirmam que o Deus bondoso, justo e maravilhoso alcançará a todos com sua graça divina, não importando como a pessoa viveu neste mundo, se como pecadora ou piedosa; no fim, o destino de todos será o mesmo.
A ideia central do Universalismo é a de que todos somos filhos de Deus e, como Ele é um Ser de amor, não pode condenar o ser humano a uma punição eterna. O Universalismo, ao sugerir que todos serão salvos independentemente de sua fé ou comportamento, minimiza diminui a seriedade do pecado e a necessidade de redenção. Ele dilui a mensagem do evangelho e a necessidade de fé em Cristo para a salvação. Romanos 6:23, Paulo escreve: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Este versículo destaca a consequência do pecado e a dádiva da vida eterna somente através de Jesus.
3. O alerta apostólico.
Esses falsos ensinos revelam a fraude que muitos intelectuais cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico. O que eles fazem é transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente totalmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a respeito desses falsos ensinadores: eles teriam aparência de piedade, mas negariam sua eficácia (2 Tm 3.5; 5 tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.
Destes afasta-te. cf. Mt 7.15); 15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. resistiriam à verdade (2 Tm 3.8; 8 E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. cf. Êx 7.11); apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios, tendo suas consciências cauterizadas (1 Tm 4.1). Atualmente, estamos testemunhando de maneira vívida todos os alertas apostólicos quanto aos falsos ensinos e ensinadores dos últimos dias.
A propagação de ensinos que negam a doutrina bíblica do Inferno, que reinterpretam a mensagem de salvação e que rejeitam a autoridade das Escrituras é um sinal claro dos tempos em que vivemos. Esses falsos ensinadores buscam atrair seguidores com mensagens que parecem agradáveis e inclusivas, completas, mas que, na verdade, desviam-se completamente da verdade bíblica.
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EBD – A Realidade Bíblica do Inferno – Lição 11 Adultos
SINÓPSE I
Na atualidade muitos pensam que a existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Inferno
“Lugar onde Deus designa os perdidos para o castigo eterno tanto do corpo quanto da alma (Mt 10.28). Essa agonia de tormento eterno no Inferno é a maior de todas as tragédias possíveis. Esse tópico da vida após a morte foi revelado apenas gradualmente nas Escrituras. ‘Geena’ originalmente se referia ao vale de Hinom perto de Jerusalém, o local das notórias ofertas, feitas por Acaz, de sacrifício de crianças pelo fogo ao deus Moloque (2 Cr 28.3) e Manassés (2 Cr 33.6). Mais tarde, o significado desse termo foi estendido ao lugar do castigo de fogo em geral. Ainda mais tarde, a localização geográfica desse lugar de punição foi mudada para debaixo da terra, mas a ideia de tormento de fogo continuou. Nos tempos do NT, os fariseus criam claramente na punição dos ímpios na vida após a morte.
É principalmente nos ensinos de Jesus que a realidade de um lugar de punição eterna entra em nítido foco. Na descrição de Jesus, o Inferno envolve fogo, inextinguível (Mt 18.8,9), um lugar onde o verme não morre (Mc 4.48)” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 255).
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
A primeira palavra a ser destacada no Antigo Testamento é Sheol, “mundo inferior dos mortos”, “sepultura”, “inferno”, “cova”. Ela traz a ideia do AT para “morada dos mortos”, “lugar que não tem retorno”. Essa palavra aparece 65 vezes no AT: sepultura, lugar para onde os mortos iam (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10); os fiéis seriam resgatados desse lugar (Sl 16.9-11; 49.15); os ímpios não seriam resgatados de lá (Jó 21.13; 24.19; Sl 9.17; 55.15). Essa palavra aparece muitas vezes no Antigo Testamento e é associada à ideia de onde os mortos iam, tanto justos quanto ímpios. No AT, o ensino sobre o destino das pessoas se concentrava mais para o lugar onde os corpos das pessoas iam, não para o destino da alma após a morte. Não há, portanto, um texto claro no AT a respeito da divisão do Sheol entre um lugar de castigo e outro de bênçãos. Assim, o Antigo Testamento aponta para o Novo. Neste Testamento a doutrina do destino eterno das pessoas após a morte é bem clara. Contudo, de modo geral, a palavra hebraica Sheol também é descrita como lugar de castigo (Jó 24.19). É bom compreender que, por vezes, o termo Sheol é usado no Antigo Testamento para se referir à sepultura (Nm 16.30,33), mas, em outros momentos, se nota que fala do lugar onde estão os espíritos daqueles que morreram, tanto dos justos (Gn 37.35) 35 E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; recusou, porém, ser consolado e disse: Na verdade, com choro hei de descer ao meu filho até à sepultura. Assim, o chorou seu pai. como dos ímpios (Pv 9.18). 18 Mas não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno. Na verdade, o Sheol é o lugar de trevas, onde estão os mortos que não foram redimidos.
2. No Novo Testamento.
Três palavras gregas que aparecem no Novo Testamento foram traduzidas pela palavra “Inferno”: hades (traduz a hebraica Sheol); tártaro, geena.
A palavra hades significa “lugar de castigo” (Mt 11.23; 23 E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Lc 10.15; 16.23); 23 E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.
também pode se referir ao estado de morte que o ser humano experimentará no fim da vida (Mt 16.18; At 2.27,31; 27 Pois não deixarás a minha alma no Hades, ou entre os mortos, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção. Ou apodreça no túmulo.
Ap 1.18). Nesses contextos, Hades é um lugar de espera e tormento para os ímpios até o julgamento final.
A palavra tártaro traz a ideia de um abismo mais profundo que a sepultura, a habitação dos ímpios mortos em que eles sofrem punição pelas suas obras más. Os anjos caídos estão presos neste lugar (2 Pe 2.4). 4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo; Aqui, Tártaro é um lugar de prisão temporária para os anjos caídos, aguardando o julgamento final.
A palavra geena, que aparece 12 vezes no Novo Testamento, significa “castigo eterno”. É uma palavra que deriva de termos hebraicos atrelados ao Vale de Hinom, ao lado sul e leste de Jerusalém. Nesse lugar, os adoradores de Moloque sacrificavam bebês pelo fogo (2 Rs 16.3; Acaz rei de Judá foi um deles. 21.6). Não por acaso, o profeta Jeremias se referiu ao Vale de Hinom como de julgamento (Jr 7.32; 19.6). No tempo do NT era um lugar em que se queimava o lixo da cidade. Essa palavra recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno. Geena, portanto, simboliza o lugar final de punição eterna para os ímpios, um lugar de fogo inextinguível e tormento eterno.
SINÓPSE II
A palavra Inferno aparece na Bíblia tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Professor(a), explique que “Jesus também retrata a extrema angústia dos que sofrem o castigo final de serem ‘lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes’ (Mt 8.12).
Os apóstolos também ensinam a ideia de um severo castigo eterno para os perdidos. Na volta de Cristo, os que vivem fora de um relacionamento adequado com o Senhor Deus experimentarão repentina destruição (1 Ts 5.3), quando os anjos vierem ‘como labaredas de fogo’ e ‘tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo’ (2 Ts 1.6-9). O autor aos Hebreus fala de ‘uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários’ (Hb 10.27). Apocalipse descreve que ‘a fumaça do seu tormento sobre para todo o sempre ‘(Ap 14.11) e que os ímpios serão lançados no ‘lago que arde com fogo e enxofre’” (Ap 21.8) (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 256).
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno.
À luz de Mateus 25.41, 41 Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; o Inferno é um lugar real. O Deus justo e bom jamais faria um lugar como esse para o ser humano criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), mas, sim, para o Diabo e seus anjos que se rebelaram contra Ele (2 Pe 2.4; 4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo; Jd 12.6; Ap 12.7). Entretanto, quando o ser humano despreza a Deus e sua Palavra, colocando-se sob o governo do deus deste século, o Diabo, será também sentenciado e destinado ao mesmo lugar que Satanás e seus demônios foram (2 Co 4. 4). nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
2. O que ensina a doutrina?
A realidade do Inferno é um ensino integralmente bíblico (Mt 10.28; 23.33; Mc 9.43; Lc 12.5), descrito como um lugar de tristeza, vergonha, dor e extrema agonia. Isso porque o ser humano irá para o Inferno de maneira integral: corpo e alma. A punição no Inferno é total, completa, afetando tanto o corpo quanto a alma. Esta compreensão é fundamental para entender a seriedade do ensino bíblico sobre o Inferno. Assim, de acordo com o vasto ensino do Novo Testamento, todas as pessoas que desprezam Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas passarão a eternidade totalmente separadas de Deus, na presença do Diabo e seus demônios (Mt 25.41). 41 Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; A separação eterna de Deus e a presença contínua do sofrimento destacam a urgência da mensagem do evangelho. Jesus veio para oferecer salvação e resgatar a humanidade deste destino terrível.
3. O castigo será eterno.
Diversas passagens do Novo Testamento denotam a realidade do Inferno como lugar de castigo eterno: fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc 9.43,48); fornalha acesa (Mt 13.42,50); trevas (Mt 8.12; 22.13); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15). Então, o castigo eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra Deus e sua Palavra. Por isso, esse castigo tem relação direta com o pecado. Todos os pecadores que não se arrependeram de seus pecados serão lançados no Lago de Fogo, o Inferno, logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). 11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. 15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. Este evento do julgamento do trono branco nos mostra a seriedade das escolhas feitas na vida terrena e suas consequências eternas.
Contudo, precisamos observar algo importante. A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo. Deus não deseja que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3:9). 9 O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. O ensino bíblico é claro e simples: os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno (Mt 25.46); os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno, se passará a eternidade com Cristo ou sem Ele, é pessoal. A ida para o Céu ou para o Inferno depende dessa escolha pessoal, refletindo a justiça de Deus e a importância do livre-arbítrio humano. Portanto, é essencial que cada pessoa considere seriamente sua posição diante de Deus e tome uma decisão consciente sobre seu destino eterno, buscando viver em conformidade com os ensinamentos de Cristo.
SINÓPSE III
A doutrina bíblica do Inferno prova a sua realidade.
CONCLUSÃO
À luz da Bíblia, a possibilidade de passar a eternidade num contexto de dor e sofrimento é real. Por isso, essa realidade deve valorizar mais a tão grande salvação que Deus providenciou para as nossas vidas e, por isso, devemos estar firmados em Jesus durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a eternidade longe de Deus. Cristo é o único meio de salvação e de uma eternidade livre e feliz juntinho de Deus.
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Explique pelo menos um argumento apresentado na lição que nega o ensino bíblico sobre o Inferno.
Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia.
2. O que os falsos ensinadores afirmam ao distorcerem as verdades do cristianismo bíblico?
O que eles fazem é transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento.
3. Qual palavra do Novo Testamento traz o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final”?
A palavra geena recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno.
4. Cite ao menos três expressões que descrevem o Inferno.
Fornalha acesa (Mt 13.42,50); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15).
5. De quem é a iniciativa primária do destino do ser humano ao Inferno?
A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo.
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