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EBD – A Realidade Bíblica do Senhor jesus Cristo – Lição 10 Jovens – 2° Trimestre 2024.

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PREFÁCIO

EBD – A Realidade Bíblica do Senhor jesus Cristo – Lição 10 Jovens – 2° Trimestre 2024.

Quem é Jesus? Por que Ele é chamado de Cristo? Qual a importância Dele para a minha vida? O Cristianismo é uma religião? Será que Jesus é Deus? Jesus foi um homem? Jesus ressuscitou? Se Jesus realmente veio e depois subiu aos céus, Ele voltará para nos buscar? Jesus é o único caminho ou existem outros caminhos que levam o homem a Deus e à salvação? Entender o plano de salvação faz com que entendamos a história da humanidade.
Quando o homem cai no Éden e o pecado é introduzido, aparentemente as esperanças de algum dia tornar a se relacionar intimamente com Deus estavam aniquiladas, afinal o pecado faz separação entre o homem e Deus, que é Santo. Ocorre que, no mesmo evento, Deus fez uma promessa de redenção e de reconciliação; onde da semente da mulher viria um que esmagaria a cabeça da serpente (que tipificava o adversário). Dessa forma, por toda história e todas as gerações se moldaram até que viesse o Cristo. Aliás, os profetas Messiânicos também anunciaram que em um tempo futuro viria o Ungido, o Escolhido, aquele que estabeleceria o seu trono perpetuamente.
Importa também entendermos que o plano de Deus através de Jesus Cristo é marcado por duas vindas; onde na primeira vinda o verbo se fez carne e habitou entre os homens (Jo 1:14), e convinha que como homem viesse para que como homem cumprisse a lei. Ora, apenas um homem, na estatura de varão perfeito, poderia cumprir a Lei; e aquele que cumprisse toda a Lei e morresse sem culpa, seria capaz de triunfar sobre a morte. Veja; se o salário do pecado é a morte; se o homem morre sem pecado, logo não é digno da morte. Dessa forma, quando o Senhor Jesus (como homem) cumpriu a Lei, e sem culpa foi morto, Ele triunfou sobre a morte, porquanto ela não foi capaz de detê-lo. Como resultado, todo o poder foi dado ao Senhor Jesus. Uma vez que o poder sobre tudo e sobre todos está nas mãos de Deus, recebemos agora o direito (por meio da fé) de sermos chamados filhos de Deus (Jo 1:12); que é o resgate da nossa esperança antes perdida no Éden.
Nesse sentido, quando consideramos que Jesus era Deus e que veio como homem, o mundo também discute isso, porém de maneira carnal. Nós cremos na obra redentora, e que após cumprir, Jesus tornou para o céu de glória, a fim de no tempo certo nos buscar. O mundo, por sua vez, busca avaliar o Senhor Jesus unicamente pelo olhar humano, quem sabe comparando os seus ensinamentos como que de um filósofo. O perigo reside na sutileza de considerá-lo apenas como um homem. Veja como o adversário atua sutilmente, tentando introduzir na mente dos jovens a ideia não que Jesus não existiu, mas que de fato existiu, porém unicamente na figura de um homem (que até teve relevância). O jovem Cristão, portanto, deve ter seus fundamentos na Bíblia, que é a palavra de Deus, e entender que a natureza humana de Cristo, no momento que estava aqui na terra, teve um propósito, mas que antes de vir ao mundo o Verbo já estava com Deus e o Verbo era Deus (Jo 1:1,2); além de que da mesma forma que desceu ao mundo, ele também subiu; e em breve voltará.
Nesta lição abordaremos a Realidade Bíblica do Senhor Jesus Cristo, tanto o seu aspecto material e humano, quanto o seu aspecto Divino.

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INTRODUÇÃO

O mundo em que vivemos vem passando por inúmeras transformações no comportamento e no pensamento das pessoas. Dentro dessa perspectiva, a percepção que se tem hoje acerca de Jesus vem sendo distorcida pelo pensamento humano a ponto de considerarem Ele um grande mestre moral, um judeu ilustre, um defensor das causas sociais ou um louco, mas não o Messias, o Salvador, Contudo, o que a Bíblia afirma a respeito de Jesus e o que isso afeta a nossa vida? É o que vamos estudar nesta lição.

A sociedade moderna desenvolveu o “hábito intelectual” de tratar assuntos eclesiásticos como meramente históricos. Com o Cristianismo e especificamente com a Pessoa de Cristo, não é diferente (ou seja, até discutem e falam sobre o tema, porém não de uma maneira espiritual). Ao citarmos o Senhor Jesus Cristo, poderíamos direcionar perguntas para três grupos:
I – Cristãos: estes são aqueles que têm Jesus Cristo como Senhor e Salvador; aqueles que são seus servos; que acreditam na sua obra redentora; e que acreditam no propósito da sua vinda, que foi o cumprimento de um plano pensado, projetado e arquitetado desde a eternidade (assim nós cremos);
II – Estritamente estudiosos: estes são os que reconhecem a sua existência enquanto homem, mas que talvez para eles não passe disso, ainda que o considerem como “um ser humano brilhante”, que passou pela terra e que deu a sua parcela de contribuição para a sociedade;
III –  Os que não acreditam: esse terceiro grupo pode ser composto por aqueles que de maneira geral não acreditam no Deus dos Hebreus e na Pessoa de Jesus Cristo; também naqueles que são Judeus e não acreditam que Jesus Cristo era o Messias; ou ainda aqueles que possuem outra religião diversa do cristianismo, e que por esse motivo sejam indiferentes quanto à existência do cristo.
Entender sobre esses três grupos genéricos (que apenas pela didática achamos interessante assim separá-los) tornou-se fundamental para os jovens, para que estejam cientes não apenas sobre a forma que acreditam, mas também como o mundo vê o Senhor Jesus. E isso não é um ônus ou exclusividade da nossa geração, pois o próprio Jesus perguntou aos seus discípulos “quem dizem os homens ser o filho do homem?” (Mt 16:13) e depois perguntou aos seus discípulos “e vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16:15). O apóstolo Pedro nos dá essa resposta, para que guardemos em nossos corações e jamais nos contaminemos com os outros grupos, dizendo: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16:16). Essa é a nossa bandeira e é assim que cremos: que Jesus Cristo é o filho de Deus.

1 – QUEM FOI JESUS

1.1 Ele estava com Deus.

Para que iniciemos este estudo, devemos compreender que Jesus é antes da criação. Antes que houvesse a grandeza de medição que chamamos de tempo, onde contamos dias, meses e anos, Jesus já existia. Ao se referir ao Salvador, João o nomeia como “o Verbo” e diz que “no princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Jesus não somente era Deus, mas também estava com Ele antes da criação e fez todas as coisas (Jo 1.3).

Falar sobre “dimensões” pode ser abstrato para alguns e fascinante para outros; mas de maneira simples, precisamos diferenciar a dimensão em que vivemos, com todas as suas grandezas (tempo, espaço, altura, largura, profundidade, matéria) e a dimensão eterna (espiritual, onde os conceitos de tempo, espaço, altura, largura e profundidade talvez não sejam nem aplicáveis, ou aplicáveis de uma maneira totalmente diferente da que estamos acostumados). Importa diferenciarmos as “dimensões” pois o nosso Senhor Jesus, enquanto Deus, já existia na dimensão eterna; mas precisou fazer essa “viagem entre dimensões” para adentrar, por meios naturais (nascimento), na dimensão físico-material.
Aliás, mais do que isso, frise-se que, segundo a Bíblia, a nossa dimensão (o mundo) é inferior ao mundo espiritual. Somos, na verdade, derivantes de algo maior. Aquele mundo é antes do nosso; viemos depois; fomos Criados; e o mais bonito disso tudo é que o Senhor Jesus esteve na criação, e por meio Dele tudo o que conhecemos (e o que não conhecemos) foi criado.

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1.2 Vinda anunciada por profecias.

Para que ninguém tivesse dúvidas acerca da vinda do Messias, profetas hebreus receberam revelações de Deus sobre a vinda do “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Essa expressão tem base na prática do Antigo Testamento, de uma pessoa que havia cometido pecado trazer um animal puro para substituí-lo em um sacrifício em que, por meio do sangue derramado, o pecado seria encoberto.

Se não houver revelação da parte de Deus, não há profecia. E foi por meio dessa revelação que o Senhor moveu o profeta Isaías para dizer as seguintes verdades sobre o Messias: a Galileia seria alvo do seu ministério (Is 9.1, 2); Ele seria levado diante de seus acusadores como um cordeiro mudo (Is 53.7) e o seu chamado por Deus para anunciar as Boas-Novas (Is 61.1,2). Os Salmos também falam do sofrimento e do triunfo do Messias (Sl 22.1-31), de seus pés e mãos perfurados (Sl 22.16) e de suas roupas sendo divididas por sortes (Sl 22.18).

O Messias foi anunciado por meio dos profetas e por meio dos Salmistas, como Aquele que por Deus foi ungido e separado para estabelecer um trono perpétuo, com fundamentos na verdade e na justiça. Por muito tempo, portanto, os judeus (a quem primeiramente foram direcionadas as profecias) aguardaram o cumprimento dessas palavras. Em uma análise mais profunda, percebemos que primeiramente convinha que o Senhor Jesus cumprisse o Plano de resgate, para que ao homem fosse concedido (pela Graça) a remissão dos seus pecados e o poder (direito) de ser chamado “Filho de Deus” (Lc 24:25,26; Jo 1:12). Isso ficou conhecido por nós, Cristãos, como “a primeira vinda de Cristo”. Os Judeus, todavia, esperavam (e esperam até hoje) o Messias que vem para Reinar (e por isso rejeitaram o Senhor Jesus Cristo).
Porém, não confundamos os eventos, porquanto na sua segunda vinda, o Senhor Jesus não virá mais como um cordeiro, mas sim como o Leão, e Ele virá para Reinar; e agora com poder e grande glória (Mt 16:27). Como ficarão, pois, os Judeus que Nele não creram? O Senhor Jesus disse que muitos (todas as tribos da terra) lamentarão ao vê-lo vir sobre as nuvens do céu (Mt 24:30). Nós, os que cremos, temos a Esperança de sermos participantes do Reino de Deus, visto que fomos comprados pelo Senhor Jesus.

1.3 Nascido de mulher.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos gálatas, disse que “[…] Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei […]” (Gl 4:4, 5). No século II da nossa era, uma heresia foi levantada por um homem chamado Manes, que dizia que Jesus não era humano, e sim um espírito que parecia ter um corpo. Tal pensamento contradiz o nascimento, a morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo, pois se Ele era somente um espírito, não poderia nascer, muito menos morrer e ressuscitar. Por ocasião de sua vitória sobre a morte, Ele disse a Tomé: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). A fala de Jesus tem o objetivo de mostrar que Ele foi plenamente homem, e não um espírito. Jesus é o que a Bíblia diz, que Ele é: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Ele veio para trazer a nossa salvação, teve um nascimento humano e se desenvolveu fisicamente como qualquer outra pessoa, Como um cordeiro nasce e cresce, Jesus seguiu os protocolos humanos para se tornar um homem, Ele obedeceu aos seus pais (Lc 2.51), foi carpinteiro como seu pai José e, quando chegou o momento de iniciar seu ministério, foi batizado e cheio do Espírito, até que concluísse seu trabalho no calvário.

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O Senhor Jesus veio como homem porque precisava cumprir a lei enquanto homem. A lei que foi dada por Deus aos homens descrevia um referencial a ser seguido; a estatura de varão perfeito; no entanto nenhum homem foi capaz de cumpri-la em sua totalidade. Entretanto, o Senhor Jesus, enquanto homem, veio e cumpriu toda a lei! Como isso foi possível? Bem; as escrituras falam sobre Ele e a lei descrevia a sua própria pessoa: o cordeiro perfeito; aquele que não pecou e morreu sem pecado, e por isso triunfou sobre a morte! Ora, se o salário do pecado é a morte e se Jesus – enquanto homem – não pecou, então por esse motivo a morte não pôde detê-lo. Ele venceu a morte, e por isso Ele tem as chaves do inferno e da morte (Ap 1:18). Mas tudo isso só foi possível justamente pelo fato de o Verbo se fazer carne, habitar entre os homens, e cumprir toda a missão (e Ele cumpriu).

II – QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU?

2.1 Quem dizem que eu sou?

Essa pergunta, feita pelo próprio Jesus aos seus discípulos, ainda é válida para os nossos dias. Muito se têm debatido sobre a identidade de Cristo, pois ela mostra quem Ele realmente é, tanto para os cristãos quanto para aqueles que não creem nEle. No século XX, um ex-ateu irlandês, professor de literatura em Oxford e Cambridge, chamado Clive Staples Lewis, proferindo uma série de palestras pelo rádio aos seus conterrâneos por ocasião da segunda grande guerra, desafiou seus ouvintes a pensarem acerca de Jesus e das suas declarações. Após ler os Evangelhos e ter aceitado a Jesus, Lewis deu três opções aos seus ouvintes, com base no que Jesus disse e fez nos Evangelhos: Jesus poderia ser um louco, um mentiroso ou Ele estava falando a verdade, de que era realmente Deus. Veremos à luz da Palavra essas opções.

Conhecer a quem servimos nos faz permanecer firmes em meio a questionamentos (mesmo que sejam questionamentos da nossa mente, afinal o jovem é questionador). Por esse motivo, o Senhor Jesus indaga aos seus discípulos sobre se eles realmente sabiam a quem estavam seguindo e servindo. Pedro não só revela que Jesus era o Cristo, como ainda em uma ocasião, de maneira retórica, indaga “Para quem iremos nós? Só tu tens as palavras de vida eterna” (Jo 6:68). Todavia, a maior confirmação da identidade de Jesus podemos dizer que foi a do próprio Deus, que desde os céus testificou quando Jesus saía das águas do Rio Jordão após ser batizado por João Batista, dizendo: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3:17).

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2.2 Jesus era um louco?

Essa foi a primeira possibilidade levantada acerca do Mestre: a de que Ele não era uma pessoa normal, em seu juízo perfeito. Ele seria um desequilibrado, alguém que acreditava ser uma pessoa, mas era outra. Se tal opção fosse verdade, Jesus acabou pagando com a vida por seu desequilíbrio, pois dizer que era Deus fez com que fosse julgado e condenado à crucificação. Interrogado pelo sumo-sacerdote, em seu julgamento, sobre a sua identidade, se Ele era o Cristo, o Filho do Deus bendito, Jesus disse: “Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do To- do-Poderoso e vindo sobas as nuvens do céu” (Mc 14,62). Se observarmos o Jesus dos Evangelhos, veremos um homem equilibrado, paciente e firme diante de seus acusadores, alguém de quem até as crianças gostavam de estar perto, A loucura não combina com as características de Jesus.

O Apóstolo Paulo aos Coríntios disse que, para o homem, a palavra da Cruz é loucura (1Co 1:18). Perguntaria: “por que ele disso isso?” Bem, se pensarmos em um Deus que se despiu de sua glória, fez uma viagem por dimensões, nasceu de uma mulher, viveu e padeceu dores humanas, e por fim foi humilhado e morto, por amor de quem nem o conhecia; para o homem, cheio de si, embriagado com sua vaidade e ego, pode sim parecer loucura, visto que tudo que o homem pensa e maquina é sobre “tirar vantagem”, “lucrar”, ou “se sobressair”. Ou seja, a mensagem da cruz não parece algo lucrativo (principalmente para o grego que na época ouvia isso); ao invés disso a mensagem da cruz é baseada na graça, que é o favor de Deus, por meio da bondade e da misericórdia, alimentados pelo Amor. Olhando pelo ponto de vista humano isso pode parecer loucura sim.
Entretanto, no capítulo 3 da mesma carta, o apóstolo Paulo diz que “a sabedoria deste mundo é loucura para Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles” (1 Co 3:19). Veja que em outras palavras, o apóstolo Paulo está dizendo que o “Juízo de Valor” e “Ponto de Vista” Divino é oposto ao do homem; até porque Deus é Santo, e tudo vê pelos olhos da santidade, da verdade e da justiça, institutos que em pura essência o homem não conhece.

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2.3 Um mentiroso?

A segunda hipótese era a de que Jesus agiu de forma a enganar seus ouvintes. Se isso for verdade, então Ele atuou como um grande ator, pois tinha muitos seguidores que acreditaram nEle. A questão é que não se pode enganar por muito tempo a grande quantidade de pessoas que o seguiam, que viam seus milagres e que presenciavam os sinais que Ele fazia. Se Jesus levasse uma vida de mentiras, logo seria descoberto. Mas Ele abominava a mentira e confrontava aqueles que a praticavam. Ele acusou os religiosos do seu tempo de serem mentirosos e de se acharem filhos de Deus mesmo com aquele comportamento (Jo 8.44). Jesus sabia quem Ele era, e para que seus ouvintes não tivessem dúvidas sobre a sua identidade, Ele disse que era “o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6).

A presunção e a maldade no coração do homem faz com que ele veja as situações de uma maneira contaminada e impura. Aquela geração (e não muito diferente essa atual) julgou o Senhor Jesus pela própria maldade que havia dentro de si, apontando-o como um impostor. Não sabiam ele que Jesus é a própria verdade (Jo 14:6), e que Nele não há engano e mentira. Ele não poderia negar a si mesmo, pois a sua essência sempre foi pura. Os sinais que o Senhor Jesus fez não tinham por objetivo a autopromoção, visto que a missão do Cristo era muito maior do que apenas “conquistar o mundo”, como os homens de maneira rasa viam. De outra maneira, os sinais era feitos para que o Reino de Deus fosse anunciado.

2.4 Jesus era Deus?

Jesus exerceu seu ministério entre pessoas cuja cultura havia sido moldada para crerem em um único Deus. O tempo passado no exílio babilônico ensinou aos hebreus a temerem e adorarem ao Deus de Israel, e eles jamais aceitariam acreditar num homem que dissesse ser Deus, a menos que Ele desse provas de sua divindade. Pelo poder do Espírito, Jesus operou milagres e perdoou pecados, coisas que somente o Senhor poderia fazer. Quando curou um paralítico em Cafarnaum (Mt 9.1-8), Jesus disse a ele que os seus pecados haviam sido perdoados. Imediatamente, alguns escribas que estavam presentes disseram entre si que o que Jesus havia falado era uma blasfêmia, pois só Deus pode perdoar pecados. A premissa deles era que só quem havia sido ofendido poderia perdoar uma ofensa, e só Deus poderia perdoar um pecado cometido contra Ele: logo não estavam errados na premissa. Só não sabiam que Jesus era Deus. Ciente do que eles estavam falando, Jesus perguntou o que era mais fácil naquele momento: perdoar os pecados do enfermo ou curá-lo da sua paralisia? Jesus então mostrou visivelmente, diante de todos, que Ele era Deus, perdoando os pecados daquele homem e dizendo a ele que \ pegasse a sua cama e fosse para a sua casa. Quando o milagre foi realizado, a multidão deu glória a Deus. Mesmo Tomé, o discípulo que passou por um momento de incredulidade, ao ver o Jesus ressurreto, o adorou e disse:”… Senhor meu, e Deus meu!” Somente Deus tem o poder para vencera morte, e Jesus voltou vitorioso para mostrar que tudo a seu respeito era verdadeiro e se cumpriu. Diante desses argumentos, é impossível dizer que Jesus era um louco ou um mentiroso, A única verdade diante de nós é que Jesus era e é Deus.

Doutrinariamente, cremos na trindade, composta pelo Pai, pelo Filho (Jesus) e pelo Espírito Santo (que nos foi enviado pelo Senhor Jesus). Importa entender, em um primeiro momento, que “substancialmente” (entendamos como substância espiritual e não material) os Três são um; ou seja, são a mesma substância. Como analogia, imaginemos um copo cheio com água; e posteriormente peguemos outros dois copos e dividamos essa água (que apenas no primeiro copo estava) com os outros dois. No fim, teremos a mesma água em três recipientes distintos (mas a água é a mesma). Então perceba que apesar de a Trindade se “diferenciar” enquanto pessoa, enquanto substância ela se iguala. Por isso Jesus disse “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30). Assim, Jesus era Deus, Jesus é Deus, e Eles representam um único e maravilhoso composto. Perguntar “Quem é Deus?” está acima de “Jesus é Deus?”. Ora, respondendo agora a primeira pergunta: Deus É. Isso Ele disse a Moisés: “Eu Sou o que Sou” (Ex 3:14).

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III – PORQUE JESUS É ÚNICO

3.1 Só Ele pode nos trazer a Salvação e nos transformar.

O apóstolo Pedro, ao ser interrogado pela liderança judaica sobre um milagre que fizera pelo poder do Espírito, falou àqueles homens a respeito de Jesus, a quem eles crucificaram, dizendo que Ele havia ressuscitado e sido honrado por Deus (At 4,12). E essa salvação transforma o ser humano. Quando vemos o testemunho da Palavra de Deus sobre pessoas que conheceram a Jesus e foram transformadas, somos confrontados a perceber que a experiência que tiveram com Ele foi tão impactante que mudou completamente quem essas pessoas eram, Pedro, um pescador da Galileia, foi seguidor de Jesus, e por amor a Ele, transformou-se em um líder cheio do poder de Deus em Jerusalém. Paulo, antes perseguidor dos seguidores de Jesus, tornou-se o apóstolo dos gentios. Só o poder de Deus pode transformar uma pessoa que tem um encontro com Jesus.

O Senhor Jesus se revelou como o caminho (Jo 14:6) e também como a porta para a salvação (Jo 10:9). Em todas as suas falas, O Senhor Jesus sempre falou com singularidade, de modo que não nos resta dúvida de que não existe outro, e que apenas por ele e por meio Dele temos acesso a Deus e à salvação. Poderiam perguntar: “Mas por que Jesus”? Responderíamos: “Porque apenas ele pagou (e poderia pagar) o preço”. E se eu te disser que, não com essas palavras (mas com outras mais adequadas) essa pergunta já foi feita no céu? Apóstolo João, ao escrever a Revelação no livro do Apocalipse, detalha no capítulo 5 (versículos 1 a 5) uma indagação no céu que vale a nossa citação, pela grande riqueza:
“¹E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. ²E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos? ³E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livre, nem olhar para ele” (pausa na citação). Veja que até aqui, essa indagação de que falamos ficou sem resposta, porque não havia ninguém, em nenhuma esfera, digno (entendamos digno como aquele que cumpriu o que deveria ser cumprido). Continuemos: “ 4E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem olhar para ele. 5E disse-me um dos anciãos: Não choreis; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos”. Percebamos que a resposta foi dada desde os céus para nós aqui na terra! Jesus é digno porque ele venceu! A Ele, que venceu (Jo 16:33), é dado o domínio sobre todas as coisas, inclusive sobre a vida e sobre a salvação.

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  1. Só Ele nos concede seu Santo Espírito.

Jesus sabia que a nossa luta neste mundo contra o pecado e contra as forças espirituais da maldade não seria fácil. Seria necessário um poder para resistir às tentações e ao pecado, e Ele nos concede o seu Espírito Santo (Jo 14.16). Por meio do seu Santo Espírito, somos guiados continuamente para testemunhar de Jesus e de seu poder (At 1.8).

Quando o Senhor Jesus cumpriu a sua missão convinha que Ele tornasse para o Pai, para que no tempo certo (no tempo da sua vinda) ele retorne, agora para reinar. Agora pense na sensação de “solidão” e no sentimento como que de “órfãos” que os discípulos não sentiram! Eles haviam vivido anos intensos com o Senhor Jesus; tinham testemunhado grandes obras e maravilhas, inclusive a própria ressurreição de Jesus, que só de presenciar isso já era motivo de grande exultação. Como, pois, ficariam depois de tantas experiências? Agravante maior ainda; como lidariam com aquela geração? Ou ainda (principalmente) como lidariam com a continuidade e propagação do evangelho (lembremos que essa foi a missão deixada por Jesus antes de subir)? Afinal, agora gora eles estavam sem o seu Mestre! O senhor Jesus, portanto, deixou a promessa de que enviaria o outro Consolador (Jo 14:16), aquele que estaria com o homem e que o cobriria com a virtude que vem do alto. Essa promessa se cumpriu em Atos 2, onde receberam sobre si o Espírito Santo de Deus, e consigo, poder e autoridade para pregar o evangelho.
Devemos ter, portanto, o Espírito Santo como a perpetuação da promessa feita aos apóstolos, e que nos alcançou e nos alcança até o dia de hoje! O cristão, quando reconhece o Senhor Jesus como o seu único e suficiente salvador, recebe, por meio da fé, o Espírito Santo (o Selo do Espírito), e passa a ter a sua vida norteada por Ele, que é a nossa bússola nesse mundo sombrio. Além disso, cremos que o revestimento dispensado no dia de Pentecostes em Atos 2, também está disponível para nós; que é o batismo com o Espírito Santo, o que entendemos como a plenitude do Espírito, o revestimento de poder e o acesso a dons espirituais, que são verdadeiras ferramentas para nossa caminhada. É só imaginar que você se alistou em um exército, e que tem direito de acesso a armas espirituais (literalmente).

CONCLUSÃO

Não se pode pensar no Cristianismo sem que Jesus seja mencionado, pois Ele é a origem da fé cristã, E o nosso destino eterno repousa sobre o que cremos acerca de Jesus Cristo e de sua obra na cruz, e de como agimos diante do que disse. Por mais que isso pareça ser exclusivista aos olhos de quem defende o politicamente correto, Jesus deixou claro que só Ele é o caminho para se chegar a Deus. Só o Cristianismo, mediante os Evangelhos, apresenta o Messias enviado por Deus para reconciliar o homem com Ele.

O mundo moderno traz pautas inclusivas, com o objetivo de “alargar” a porta da Salvação, sob a justificativa de que “todos os caminhos levam a Deus”. Sabemos que não é assim! O Cristão não é exclusivista nem radical, mas defende em sua fé que há um único Deus, Criador do Universo, e que o seu filho, Jesus Cristo, é o mediador entre Deus e o homem. Portanto, devemos estar atentos às agendas globais, e ter em mente e como fundamento máximo de que sim, com base na nossa fé, existe apenas um caminho, uma verdade e uma porta: Cristo Jesus; e que isso se dá inevitavelmente (não foi o Cristão que fez o seu Deus como um Deus exclusivo, mas o Deus dos Céus, único, assim É e se revelou).

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Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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