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EBD – A Realidade Bíblica do Trabalho – Lição 8 Jovens – 2° Trimestre 2024

EBD – A Realidade Bíblica do Trabalho – Lição 8 Jovens – 2° Trimestre 2024

O que significa trabalhar para Deus? Todo cristão precisa trabalhar? Será que para fazer a obra do Senhor eu preciso receber dinheiro da igreja? Para que eu possa pregar, cantar, tocar, ou ser porteiro, eu preciso ser assalariado pela igreja? Quem deve ser assalariado pela igreja? É pecado receber dinheiro da igreja para realizar atividades ministeriais? Todos os obreiros ganham dinheiro da igreja? É pecado ganhar dinheiro da igreja?
Nosso Deus é um Deus trabalhador, que cria, sustenta e cuida de todas as coisas. Desde o princípio, quando Deus criou o mundo, Ele trabalhou por seis dias, criando o céu, a terra e tudo que neles há, e no sétimo dia, Ele descansou. Esse ato de Deus não apenas mostra Seu poder e criatividade, mas também serve de modelo para nós, seres humanos, que fomos criados à Sua imagem e semelhança.
O Trabalho de Deus e o Nosso Trabalho
Deus como Criador e Sustentador: Deus demonstrou Seu trabalho ao criar o universo e ao sustentar tudo o que existe. Ele é ativo e envolvido com Sua criação, cuidando dela continuamente. Como diz em João 5:17, “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.
O Mandato Cultural: Em Gênesis 1:28, Deus deu ao ser humano o mandato de dominar a terra e cuidar dela. Esse comando implica trabalho, responsabilidade e administração da criação. O trabalho é, portanto, uma parte essencial do propósito de Deus para nós.
A Dignidade do Trabalho: O trabalho não é um castigo, mas uma bênção e uma forma de imitarmos nosso Criador. Em Eclesiastes 3:13, está escrito: “E também que todo homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus”.
O Descanso como Parte do Trabalho: Assim como Deus descansou no sétimo dia, nós também somos chamados a descansar. O descanso é uma parte integral do ciclo de trabalho, nos permitindo renovar nossas forças e refletir sobre as bênçãos de Deus. Em Êxodo 20:8-10, Deus ordena que guardemos o sábado como um dia de descanso.
TEXTO PRINCIPAL “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.” (Ec 9.10)

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Fomos chamados por Deus, sim, chamados por Deus para exercermos o magistério cristão. Este magistério deve ser realizado com zelo e excelência, pois estamos a serviço de Jesus na obra de Deus. Lembrem-se, tudo o que fazemos na obra de Deus tem uma recompensa. Nosso Pai Celestial está vendo todas as nossas ações e Ele nos abençoará.
Deus nos promete bênçãos tanto aqui na terra quanto no céu. Aqui, seremos abençoados com Suas graças e, no céu, receberemos nosso galardão. Porque Deus é assim, Ele nos abençoa abundantemente aqui e nos reserva promessas maravilhosas para o porvir. Glória a Deus por Suas promessas e Sua fidelidade!

RESUMO DA LIÇÃO: O trabalho foi projetado por Deus para que desenvolvam os nossos talentos e o sirvam os por meio deles.

Desde o início, com Adão e Eva, Deus designou o trabalho. Ele deu a responsabilidade de cuidar e guardar o Jardim do Éden a Adão. Isso, meus queridos, é trabalho. Deus colocou Adão e Eva para lavrar, cuidar e preservar a natureza no Jardim do Éden. E não pensem que isso veio após o pecado. Antes mesmo do pecado, Adão e Eva já tinham suas responsabilidades. Foi Adão quem deu nome aos animais, um trabalho que Deus lhe confiou.
Então, compreendam, irmãos, o trabalho foi projetado por Deus desde o princípio. Que possamos desenvolver nossos talentos e servir a Deus com dedicação e alegria em tudo o que fazemos.

INTRODUÇÃO

A palavra “trabalho”, a longo da história, ganhou o significado de uma atividade punitiva e desgastante para o ser humano, algo com que som os obrigados a conviver sob pena de não poder nos sustentar ou suprir as nossas necessidades. Mas o que a Palavra de Deus fala sobre o trabalho e de que forma sua mensagem pode nos inspirar a glorificar ao Senhor por meio de nossas atividades profissionais? Veremos nesta lição que a perspectiva divina acerca do trabalho tem por objetivo abençoar a humanidade e dar aos homens o senso necessário de utilidade para esta vida.

Nesta lição, veremos que a perspectiva divina acerca do trabalho tem o objetivo de abençoar a humanidade e proporcionar aos homens um senso necessário de utilidade para esta vida. Professores da EBD, prestem atenção: o trabalho vem do Senhor. Sim, Deus projetou o homem com capacidade, discernimento e força suficientes para trabalhar. O trabalho é uma bênção divina.
Eu mencionei anteriormente que muitas pessoas questionam a origem do trabalho, considerando-o um fardo. No entanto, foi Deus quem nos deu essa capacidade e força para trabalhar. Com o passar dos anos, a visão do trabalho foi distorcida, tornando-se algo punitivo e visto como castigo.
Agora, reflitam comigo: você gosta de trabalhar? Muitos de nós acordamos cedo, trabalhamos longas horas, e isso pode parecer exaustivo. No entanto, é importante aprender o que a Bíblia Sagrada diz sobre o trabalho. Este ensinamento pode ser um refrigério para a sua alma.
Sabemos que trabalhamos para obter sustento, para ganhar o dinheiro necessário para cuidar de nossas famílias e suprir nossas necessidades. Sim, precisamos trabalhar, mas lembrem-se sempre de que o trabalho é um presente de Deus, uma oportunidade de servir e glorificar ao Senhor através de nossas atividades profissionais.

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1 – A PERSPECTIVA BÍBLICA DO TRABALHO

1.1. O trabalho antes da Queda.

A Palavra de Deus nos mostra que, desde o princípio, Deus nos deu o exemplo de uma atividade laborativa criando todas as coisas. Ele mesmo tomou a iniciativa de trazer vida à terra por meio da Criação, e tudo o que podemos ver hoje é fruto do seu trabalho, pois Ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3). A história da Criação nos apresenta o trabalho como uma ocupação dada para o homem pelo próprio Deus: “E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15). Desde o princípio, Deus entendeu que o homem deveria ter uma vida produtiva, e seu primeiro trabalho foi junto ao campo, com o objetivo de se ambientar com a natureza e guardá-la. Em hipótese algum a podemos crer que 0 trabalho foi uma maldição antes do pecado, pois foi Deus que posicionou o homem para essas finalidades, e isso não teve relação alguma com uma prática pecaminosa.
Desde o princípio, Deus entendeu que o homem deveria ter uma vida produtiva. O primeiro trabalho do homem foi junto ao campo, com o objetivo de se ambientar com a natureza e guardá-la. Em hipótese alguma podemos crer que o trabalho foi uma maldição antes do pecado, pois foi Deus quem posicionou o homem para essas finalidades. Isso não teve relação alguma com a prática pecaminosa.
Prestem bem atenção, professores, ao conversar com seus jovens, dêem aquela palavra de ânimo e força. O trabalho faz parte da vida do homem. Nosso Deus é um Deus trabalhador. Deus trabalha, Jesus Cristo trabalha, o Espírito Santo trabalha, e nós também devemos trabalhar. Adoramos um Deus que aprecia o trabalho. Observamos que Deus criou, ordenou, conversou e direcionou todas as coisas – tudo isso é trabalho.
A vida do ser humano foi projetada para trabalhar. Deus colocou o homem no Jardim do Éden e deixou claro que ele deveria lavrar e cuidar da terra. Isso aconteceu antes do pecado. Adão e Eva já tinham atividades e responsabilidades no Jardim do Éden. Então, tirem da cabeça a ideia de que o trabalho não vem de Deus. Ele é uma bênção que veio antes do pecado.
Adão nomeou os animais, dizendo: “Este é cachorro, este é jumento, este é cavalo”. Isso também é trabalho. O trabalho veio antes do pecado, e é uma parte essencial do plano de Deus para nós.

1.2. O trabalho depois da Queda.

Após a Queda, com o pecado no mundo, o trabalho se tornou mais difícil. Não somente o homem, mas a criação de Deus foi igualmente afetada, e com ela, a interação entre o homem e a natureza por meio do trabalho. Dessa forma, o trabalho humano continuaria, mas ele seria mais difícil: “[…] maldita é a terra por causa de ti: com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirão: e comerás a erva do campo. No suor do teu. rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra: porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3.17-19). Com o se não bastasse a morte como consequência, o homem passaria seus dias vendo que o seu trabalho, antes feito aparentemente sem dissabores, agora ser acompanhado de um esforço muito maior, com dores e suor. E por meio do trabalho, o homem ganharia o seu sustento, até que seus dias terminassem. Portanto, o trabalho também foi afetado pela decisão do homem de desobedecer a Deus.
O trabalho é projeto de Deus e faz parte da vida do homem. Deus nos projetou para sermos seres trabalhadores, para cuidar, zelar e guardar a terra. Mas, quando o homem resolveu desobedecer ao Senhor, saindo de Sua proteção e cuidado, o pecado original trouxe consequências. A terra se tornou amaldiçoada, começaram a nascer espinhos, e ela ficou menos produtiva. Algo que seria fácil de cuidar e zelar tornou-se difícil por causa do pecado. O pecado não trouxe o trabalho; ele dificultou o trabalho.
A partir desse momento, o homem precisaria trabalhar com mais esforço, suar e gastar suas energias para conseguir seu sustento. O pecado dificultou nosso trabalho porque o homem preferiu desobedecer ao Senhor. Todas as pessoas que resolvem desobedecer a Deus enfrentam consequências. Pergunto a vocês: vocês optaram por obedecer ou desobedecer ao Senhor?
Hoje, muitos ainda criticam Adão, mas continuam pecando de maneira semelhante. Assim como Adão pecou, muitas pessoas hoje continuam com suas vidas de desobediência, escondendo-se, como se Deus não estivesse vendo. Mas Deus vê tudo. É importante vigiar e entender que o trabalho antes do pecado e após o pecado é parte do plano de Deus. Devemos trabalhar, seja na obra do Senhor ou em nossos empregos, para sustentar nossas famílias e servir ao Senhor.

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1.3. O trabalho com o passar do tempo.

De forma inicial, 0 homem procurou lavrar a terra, e a caça e a pesca se tornaram meios não só de sobrevivência, mas de cumprimento da ordem de Deus, de povoarem e a dominarem, também de mostrarem sua supremacia sobre os peixes, as aves e os animais (Gn 1.28). A partir desses fatores, os homens desenvolveram técnicas com as quais poderíam facilitar suas atividades, bem como instrumentos que os ajudariam em seus afazeres. Os homens foram formando agrupamentos sociais, e por desprezarem a Deus e suas orientações, o trabalho sofreu distorções que afetaram a todos. A m aldade dos hom ens fez surgir a escravidão e os maus tratos com outras pessoas. A escravidão passou a ser um meio com o qual o trabalho era feito, mas sem a valorização devida tanto para com o ser humano quanto para com a atividade realizada. E foi o Cristianismo, por meio de homens como John Wesley, John Newton e Wilberforce, que lutaram para que esse sistem a fosse extinto. No Brasil, a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, foi de autoria de um cristão protestante, Rodrigo Augusto da Silva, Ele apresentou ao Senado a lei, que posteriormente foi aprovada, trazendo o fim da escravidão no Brasil. Em nossos dias, ao menos nos países desenvolvidos, a escravidão é combatida, e o trabalho é regido por leis bem específicas. Mas em outros, ela ainda é um fator que perdura na cultura. A Palavra de Deus nos mostra também que havia trabalhadores que recebiam por seus salários, e que a escravidão não era uma norma. Jesus menciona que um pai de família saiu de madrugada para pagar os trabalhadores da sua vinha (Mt 20.1). Ele mesmo disse que “digno é o obreiro de seu salário” (Lc 10.7).
A escravidão tornou-se um meio pelo qual o trabalho era realizado sem a devida valorização tanto do ser humano quanto da atividade em si. Foi o cristianismo, por meio de homens como John Wesley, John Newton e William Wilberforce, que lutou para extinguir esse sistema. No Brasil, a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel e de autoria do cristão protestante Rodrigo Augusto da Silva, trouxe o fim da escravidão.
Hoje, nos países desenvolvidos, a escravidão é combatida e o trabalho é regido por leis específicas, mas em outros lugares, ela ainda persiste. A Palavra de Deus nos mostra que havia trabalhadores que recebiam salários, e a escravidão não era uma norma. Jesus menciona, em Suas parábolas, trabalhadores que recebiam por seu trabalho e afirma: “Digno é o obreiro do seu salário” (Lucas 10:7).
Professores da EBD, uma breve aula de Sociologia nos ajuda a entender o contexto histórico, geográfico e cultural do trabalho. O trabalho é projeto de Deus. O homem já trabalhava no Jardim do Éden antes de pecar. Depois do pecado, o trabalho tornou-se mais árduo e com maior dificuldade. Com o tempo, os homens se organizaram em grupos, formando cidades e metrópoles. Com o aumento das populações, surgiram questões sobre quem trabalharia e como as tarefas seriam distribuídas. Os mais fortes e habilidosos começaram a dominar os mais fracos, levando ao desenvolvimento da escravidão, onde os mais fracos trabalhavam apenas por comida e abrigo.
A escravidão não é projeto de Deus. Deus deseja que todos vivam em liberdade e sirvam com alegria e disposição, tanto na obra do Senhor quanto em suas profissões. Conversar com seus jovens sobre a escravidão e o serviço ao próximo é fundamental. A escravidão é contrária aos princípios de Deus, que valoriza a liberdade e a dignidade de cada pessoa.
Perguntem-se: você é patrão ou funcionário? Como você se comporta em seu papel? Como funcionário, seja dedicado e justo. Sendo patrão, trate seus funcionários com respeito e dignidade, pois humilhar e maltratar os outros não vem de Deus.

2 – A RELEVÂNCIA DO TRABALHO

2.1. Fortalece o nosso testemunho.

A Palavra de Deus elogia as pessoas que se dedicam a ser excelentes profissionais: “Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte” (Pv 22.29). Esse simples testemunho mostra o quanto um bom trabalhador é valorizado: “O servo prudente dominará sobre o filho que procede indignamente; e entre os irmãos repartirá a herança” (Pv 17.2). É certo que ser um bom profissional passa pelo processo de aprendizado e de dedicação. Uma pessoa pode ser bem instruída, mas se não for dedicada, sua ciência jam ais se desenvolverá, E o aprendizado vai servir para que a pessoa adquira perícia naquilo que vai fazer. Portanto, é nosso dever estarmos preparados para as demandas profissionais do nosso tempo, mas sempre visando servir a Deus com o conhecimento que adquirimos.

Nosso aprendizado deve nos capacitar a adquirir perícia naquilo que fazemos. É nosso dever estarmos preparados para as demandas profissionais de nosso tempo, sempre com o objetivo de servir a Deus com o conhecimento que adquirimos. Todas as nossas habilidades e conhecimentos devem estar a serviço do Reino de Deus. Isso significa que, mesmo com dons e talentos, precisamos nos aperfeiçoar, estudar, meditar e aprender cada vez mais.
Não podemos pensar que, só porque Deus nos deu um dom, não precisamos estudar ou nos preparar. Por exemplo, se Deus lhe revelou que você vai pregar nos Estados Unidos, é essencial que você comece a estudar inglês. Deus pode abrir as portas, mas é nossa responsabilidade estar preparados. Se Deus lhe prometeu um carro, você deve tirar sua habilitação. Deus nos dá as oportunidades, mas nós precisamos nos preparar para aproveitá-las.

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Professores da EBD, ensinem seus alunos a importância da preparação. Não podemos nos acomodar apenas com as promessas de Deus; devemos fazer nossa parte. Se você está desempregado, busque cursos, capacite-se, esteja pronto para as oportunidades que surgirem. Deus abençoa aqueles que se esforçam e se dedicam.
Nosso papel é nos preparar, estudar e nos aperfeiçoar, seja na vida secular ou no ministério. Deus faz Sua parte, mas nós também devemos fazer a nossa. Portanto, busquem conhecimento, invistam em sua educação e habilidades, e estejam sempre prontos para servir ao Senhor com excelência.

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2.2. Jesus e Paulo.

Dois exemplos bíblicos de trabalho no Novo Testamento são 0 Senhor Jesus Cristo e o apóstolo Paulo. O Messias é descrito como “homem de dores, experimentado nos trabalhos” (Is 53,3). Jesus foi carpinteiro, profissão que seguiu de seu pai terreno, José: “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13.55). Jesus tinha uma vida Laborativa. PauLo era um missionário fazedor de tendas, ou seja, fazia de sua profissão um meio para se sustentar e falar de Jesus onde estivesse. Esse modelo vem inspirando pessoas que saem de seus países para servir a Deus com suas profissões em regiões que não permitem a entrada de pastores e missionários cristãos para evangelizarem formalmente.

O apóstolo Paulo, por sua vez, era missionário e fazedor de tendas. Em Atos 18:3, é dito que Paulo trabalhava com Priscila e Áquila, “pois, no ofício, tinham o mesmo ofício; e habitava com eles e trabalhavam”. Paulo utilizava sua profissão para se sustentar enquanto pregava o Evangelho, servindo como exemplo de alguém que integrava seu trabalho secular com seu chamado missionário.
Esses modelos inspiram muitas pessoas hoje em dia, que deixam seus países para servir a Deus em regiões onde a entrada de pastores e missionários cristãos não é permitida. Eles utilizam suas profissões como meio de sustento e de evangelização.
Amados irmãos, entendam que Jesus Cristo, mesmo sendo o Filho de Deus, trabalhou enquanto esteve na Terra. Ele aprendeu uma profissão, o que exige dedicação e responsabilidade. Perguntem-se e perguntem aos seus jovens: Qual é a sua profissão? O que você sabe fazer? Qual é o seu estudo ou formação?
Profissão é algo que nos sustenta. Ser pregador ou pastor, por outro lado, é uma missão. Não devemos buscar ganhar dinheiro da igreja de forma errada, mas sim, trabalhar e contribuir para a obra de Deus. É lícito receber um salário da igreja, mas nosso foco deve ser sempre servir ao Senhor com dedicação.
Aprendamos com Paulo, um dos maiores pregadores e apóstolos. Paulo trabalhava para se sustentar e manter a obra de Deus, evitando ser um peso para a igreja. Ele mostrava que nossa missão é servir com compromisso e responsabilidade, e se um dia for da vontade de Deus que vivamos integralmente da obra, isso acontecerá de forma natural e correta.
Enquanto isso, trabalhem, estudem e aprendam uma profissão, assim como Jesus e Paulo fizeram. Exerçam suas profissões com dedicação, pois é através delas que também glorificamos a Deus. Seja um exemplo de trabalhador dedicado e um cristão comprometido.
2.3. O descanso.

Se por um lado aprendemos que o trabalho é necessário; por outro também é preciso valorizar nossos momentos de descanso. Deus descansou de sua obra após ter completado a criação, não porque estivesse cansado, mas para nos dar o exemplo de que o descanso é tão importante quanto o trabalho. Até a salvação é retratada como um momento de alívio e descanso: “Vinda a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Para que cuidemos do nosso corpo, quando estivermos cansados, devemos descansar, e não tomar produtos que alterem nosso sono e nos façam prolongar o tempo em que estamos acordados, pois isso tem um preço para o nosso organismo, O descanso no momento certo é uma das ações mais espirituais de que podemos usufruir em nossa vida nesta Terra.

Devemos cuidar do nosso corpo e dar-lhe o descanso de que necessita. É fundamental evitar tomar produtos que interfiram em nosso sono, prolongando desnecessariamente o tempo em que estamos acordados, pois isso tem um preço para nosso organismo. O descanso no momento certo é uma ação espiritual importante em nossas vidas aqui na Terra.
Amados, todos nós precisamos trabalhar, isso é um fato. Mas não devemos viver apenas para o trabalho. É necessário encontrar um equilíbrio e reservar um tempo para o descanso. Assim como Deus descansou depois de completar Sua obra, também precisamos descansar para revitalizar nossas forças.
É preocupante ver pessoas que se recusam a parar de trabalhar, buscando apenas a riqueza material. Lembrem-se, a riqueza é um processo que requer dedicação e compromisso, mas mais do que a riqueza, devemos preservar nossa saúde. Muitos acabam sacrificando sua saúde em busca de dinheiro, apenas para depois gastar esse dinheiro tentando recuperar a saúde perdida.
Jovens, enquanto são incentivados a estudar e se aperfeiçoar em suas profissões, saibam que suas vidas não devem se resumir apenas ao trabalho. Descansar é parte essencial do processo. Aliviar o fardo, como diz a Escritura, é fundamental para manter a saúde física e espiritual.
Portanto, trabalhem com dedicação, mas também reservem tempo para descansar. Cumpram seus compromissos com responsabilidade, mas também cuidem de si mesmos, pois seus corpos são templos do Espírito Santo. Que Deus os abençoe e lhes conceda discernimento para encontrar o equilíbrio entre o trabalho e o descanso.

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3 – CONSELHOS A RESPEITO DO TRABALHO

3.1. Não use a fé para deixar de trabalhar.

Um dos maiores erros que um cristão pode fazer é deixar de trabalhar na vida secular para se colocar como um peso para os seus irmãos, Paulo escreveu aos tessalonicenses sobre um grupo de pessoas daquela igreja que estava vivendo de forma desordenada, fugindo do trabalho. Ele diz que quando esteve entre os tessalonicenses, trabalhou para não ser pesado aos irmãos (2 Ts 3.7-9)- Ele recomenda que aquele que não trabalha, também não coma (2 Ts 3.10). Pode ser um mandamento bem radical, mas ele visava trazer ordem para a igreja. A ordem designada por Deus foi que tivéssemos uma vida produtiva. Naturalmente isso não se aplica às pessoas que não podem trabalhar e precisam de ajuda, mas sim aos que podem, mas preferem não o fazer, pois tal atitude desonra o Evangelho.

Entendam, amados, que a ordem designada por Deus é que tenhamos uma vida produtiva. Isso não significa que não devemos ajudar aqueles que não podem trabalhar devido a circunstâncias como doença ou incapacidade, mas sim aqueles que podem trabalhar, mas optam por não fazê-lo. Essa atitude desonra o evangelho e coloca um fardo desnecessário sobre os ombros dos irmãos.
É importante entender que todo tipo de trabalho é digno. No entanto, também é verdade que existem trabalhos que exigem mais esforço e pagam menos. Mas, irmãos, o nosso foco não deve ser em viver da igreja ou esperar que ela nos sustente. Conheço muitas pessoas cujo sonho é viver do ministério, ganhar dinheiro na igreja, sem ter coragem de buscar trabalho secular.

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Entretanto, todo trabalho é digno, e não devemos ter vergonha de realizar qualquer tipo de trabalho honesto para ganhar nosso sustento. Se Deus quiser nos abençoar com oportunidades na obra do Senhor, Ele o fará no tempo certo. Enquanto isso, devemos trabalhar com dedicação e alegria em nossas ocupações seculares, respeitando nossos empregadores e cumprindo nossas responsabilidades.
Lembrem-se do exemplo de Davi, que recebeu a promessa de Deus, mas teve que esperar muitos anos até que ela se cumprisse. Ele não ficou parado esperando, mas continuou trabalhando e confiando em Deus para cumprir Suas promessas no tempo certo.
Portanto, irmãos, não deixem que o desejo de viver da igreja os impeça de cumprir suas responsabilidades na vida secular. Trabalhem com diligência e confiem em Deus para abrir as portas que Ele deseja abrir em suas vidas. Que possamos ser exemplos de trabalhadores dedicados, tanto na vida secular quanto na obra do Senhor.

3.2. Trabalhe como para o Senhor.

Em um ambiente onde não havia normas trabalhistas que trouxessem equilíbrio ao sistema de trabalho, onde a norma era a escravidão, o apóstolo Paulo orienta que os cristãos sejam diligentes em suas tarefas, independentemente da sua posição na sociedade. O servo crente poderia pensar que não deveria trabalhar com empenho por estar descontente com a sua posição social, mas Paulo ensina que quem trabalha, que trabalhe como se estivesse servindo ao Senhor (Cl 3,23,24). Se por um lado Deus fala aos servos, Ele também adverte aos senhores: “E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as am eaças, sabendo tam bém que o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9). Certamente havia na igreja pessoas mais abastadas que tinham escravos e que por serem cristãos, deveríam ser ensinados que não poderíam usar sua posição para destratar aqueles que os serviam.
É importante notar que, enquanto Paulo falava aos servos sobre a importância do trabalho diligente e do respeito aos senhores, ele também advertia os senhores a tratarem seus servos com justiça e equidade. Os cristãos que possuíam escravos não deveriam abusar de sua posição para maltratar aqueles que os serviam.
Essa orientação de Paulo se estende tanto aos empregados quanto aos empregadores nos dias de hoje. Se somos empregados, devemos respeitar nossos chefes e realizar nossas tarefas com diligência e integridade. E se somos empregadores, devemos tratar nossos funcionários com respeito, gentileza e justiça, reconhecendo que também estamos servindo ao Senhor por meio de nosso comportamento no ambiente de trabalho.
Portanto, devemos refletir sobre nossa conduta no trabalho, seja como empregados ou empregadores, e buscar sempre agir com temor e reverência, reconhecendo que estamos servindo ao Senhor em todas as nossas atividades diárias.

CONCLUSÃO

Foi Deus quem instituiu 0 trabalho, por entender que ele é útil para a humanidade, e que nos faz prosperar e desenvolver nossos talentos, 0 trabalho é onde passamos ou passaremos a maior parte do nosso tempo, mais tempo até do que com nossas próprias famílias. Portanto, é possível tornar 0 ambiente de trabalho um ambiente em que Deus pode ser visto pelo nosso testemunho, pela nossa integridade e pela nossa perícia profissional.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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