EBD – A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA – LIÇÃO 9 ADOLESCENTES
Vamos descobrir
Viajaremos com o Apóstolo Paulo pela sua terceira rota missionária. Nesta oportunidade, o missionário foi em um número bem maior de cidades, pois eram diversas igrejas e pessoas para visitar.
Alguns imprevistos ocorreram e o Apóstolo precisou ajustar sua programação em determinados momentos. As dificuldades não pararam o Apóstolo, pois o importante para ele era pregar e dar assistência às igrejas.
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Passado algum tempo em Antioquia da Síria, após a segunda viagem missionária, Paulo percorreu a Ásia Menor e a Europa. Ele visitou igrejas que já existiam, para ensinar e fortalecer a fé dos irmãos (At 18.23) e consolidar a liderança. Vemos que o Apóstolo não só plantava igrejas, mas também acompanhava o crescimento delas. Ele ensinava, dava assistência e preparava a nova liderança.
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I – A ROTA DA TERCEIRA VIAGEM
Na terceira viagem, Paulo segue o plano original da segunda viagem (visitar, na Ásia, as igrejas que fundou na primeira viagem com Barnabé). Ele, então, cruzou as regiões da Ásia Menor – Pisídia, Galácia e Frigia – até chegar a Éfeso (At 18.23; 19.1). Dali, foi para Macedônia e Acaia, na Europa (At 20.1,2).
Já o retorno começou pelas cidades macedônias: Bereia, Tessalônica e Filipos. E continuou pelas cidades de Trôade, Assôs, Mitilene, Mileto, Rodes e Pátara (At 21.1,2). Então, desembarcou em Tiro, passou por Ptolemaida e seguiu para Cesareia (At 21.7,8), chegando, por fim, em Jerusalém.
Você se lembra que a rota da segunda viagem missionária foi alterada? O propósito inicial do apóstolo Paulo era pregar na Ásia; mas naquele momento o Espírito Santo o impediu e o direcionou para a Macedônia e Acaia. No retorno da segunda viagem, Paulo passou por Éfeso (na Ásia), na promessa de que retornaria ali em outro momento, e aqui nasce o contexto para a terceira viagem.
A terceira viagem missionária, portanto, tem o seu foco principal na Ásia; e agora com o aval do Senhor, que dessa vez lhes permitiu seguir por aquela rota. Dessa maneira, eles partiram da Antioquia (na Síria), atravessaram a Galácia e cruzaram a Ásia até chegar em Éfeso, que dentre todas as cidades da terceira viagem, foi a que Paulo ficou mais tempo (cerca de 3 anos). Abaixo consta o mapa dessa primeira parte da viagem.
(BíbliaTV, 2012)
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Além da Ásia, Paulo também passou à Macedônia; visto que ele tinha feito muitos discípulos nas cidades daquela província e era necessário visitá-los. Para além da macedônia, ele desceu até à Acaia e esteve na Grécia; mas nesse segundo momento a passagem por essa região foi mais rápida (questão de meses).
(BíbliaTV, 2012)
No retorno da Acaia (em sentido à Ásia), Paulo contou com a companhia de alguns irmãos: Sôpatro, Aristarco, Segundo, Gaio, Timóteo, Tíquico e Trófimo (eles aguardaram Paulo em Trôade). Agora já na Ásia, Paulo seguiu pelas cidades da região costeira; passando por Assôs, Mitilene, Samos, Mileto, Cós e Rodes (última cidade na rota da Ásia). Depois disso, seguiu de embarcação para Jerusalém, onde encerrou a sua terceira viagem.
1.1 As atividades missionárias do Apóstolo.
A Bíblia nos relata que todos os moradores da Ásia Menor, tanto judeus como gentios, ouviram o Evangelho por meio de Paulo, que contava com a ajuda de Timóteo e Erasto (At 19.10, 22).
Através de suas visitas, ou pelo contato com outros irmãos igualmente atuantes na obra de Deus, Paulo ficava sabendo das necessidades das igrejas e fazia algo para ajudar. Por exemplo, quando estava em Éfeso. Paulo foi informado dos problemas da igreja de Corinto. E, por isso, escreveu uma dura carta aos coríntios e avisou que iria visitá-los (ICo 16.5-8).
Ao sair de Éfeso, de passagem por Trôade, Paulo esperava encontrar Tito para saber dos irmãos em Corinto e dos desdobramentos que sua instrução teve na igreja. Porém, isso não foi possível (2 Co 2.13). Somente algum tempo depois, o missionário encontrou Tito e recebeu as notícias de Corinto (2 Co 7.5-7). E, assim, Paulo escreveu outra carta aos coríntios.
Seguindo sua rota, partindo da Macedônia, Paulo seguiu para Corinto e Grécia, realizando uma parada de três meses (At 20.2). Nesse momento, ele escreveu a Carta aos Romanos, irmãos que ele ainda não conhecia.
A intenção de Paulo era retornar para Antioquia da Síria, partindo da Grécia, mas uma conspiração de alguns judeus contra a vida do Apóstolo alterou seu plano (At 20.3). Por isso, ele voltou pela Macedônia. Assim, passou a festa da Páscoa em Filipos (At 20.6) e de lá navegou para Trôade. Então, cruzou a costa da Ásia Menor.
Paulo tinha pressa de chegar em Jerusalém, a tempo do dia de Pentecostes (At 20.16), celebrado 50 dias depois da Páscoa. Assim, fez paradas rápidas por onde passava. Ele levava o dinheiro dos irmãos de Corinto para ajudar à igreja de Jerusalém e isso era uma grande responsabilidade (1 Co 16.3; Rm 15.25-27) que ele conseguiu concluir com êxito (At 21.17).
Abaixo listamos os principais acontecimentos da terceira viagem missionária:
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Éfeso: os discípulos de Éfeso eram batizados apenas no batismo de João;
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Éfeso: Paulo instrui os discípulos acerca do Batismo com o Espírito Santo;
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Éfeso: Paulo ora, e com imposição de mãos, vem sobre eles o Espírito Santo;
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Éfeso: Paulo pregou por mais de 2 anos e toda a Ásia ouviu a palavra do Senhor (At 19:10);
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Éfeso: Deus operava milagres e maravilhas através de Paulo (At 19:11,12);
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Éfeso: Muitos dos cidadãos de Éfeso creram e se arrependeram publicamente;
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Éfeso: Aqueles que praticavam mágica queimaram os seus livros na presença de todos;
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Éfeso: Muitos dos povos abandonaram a idolatria e já não tinham ídolos e esculturas;
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Éfeso: Os artífices de Éfeso alvoroçaram a cidade por conta dos seus baixos lucros;
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Éfeso: Após o escrivão da cidade apaziguar a situação, Paulo seguiu para a Macedônia.
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Macedônia e Acaia: Paulo visitou a Grécia e ali permaneceu por três meses;
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Macedônia e Acaia: Alguns judeus conspiraram contra ele, então ele retornou para a Ásia;
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Macedônia e Acaia: Paulo retorna pela Ásia (e não mais pela Síria).
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Trôade: Paulo se reuniu com os irmãos e em comunhão partiram o pão;
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Trôade: Paulo fez um discurso demorado e ocorre o evento com o jovem Êutico;
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Trôade: Êutico, tomado de profundo sono, caiu do terceiro andar (como que morto);
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Trôade: Paulo abraça Êutico, e o jovem ressuscita! Grande foi a aletria do povo.
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Mileto: Paulo convoca os anciãos de Éfeso
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Mileto: Paulo passa instruções aos anciãos de Éfeso
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Mileto: Paulo os informa que eles não o veriam mais
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Mileto: os irmãos choraram e oraram com ele
Depois disso Paulo seguiu para Jerusalém, passando antes por Tiro, Ptolemaida e Cesareia. Ao chegar em Jerusalém o seu ministério tomaria outros rumos, porque muitos dos judeus da Ásia estavam ali e o aguardavam; não para o bem, mas para dele lançarem mão; porque distorciam a pregação de Paulo e incitavam os irmãos tradicionais dizendo que Paulo incentivava o povo a abandonar a lei de Deus. Mais detalhes acerca desse “novo marco” no ministério de Paulo veremos em lições futuras.
II – A FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS
Nessa terceira viagem, vemos uma liderança sendo consolidada sob a coordenação do Apóstolo Paulo. O autor de Atos apresenta diversos líderes que se destacaram ao lado de Paulo:
- Timóteo e Erasto acompanharam o Apóstolo em toda a Ásia Menor e, assim, aprenderam como pregar, plantar igrejas e resolver problemas (At 19.22).
- Timóteo se destaca como um grande cooperador de Paulo. Além de ter acompanhado o Apóstolo pela Ásia, foi enviado para Macedônia e para Corinto, a fim de dar assistência às igrejas (1 Co 16.10).
- Tito, igualmente, era um fiel companheiro, auxiliador e um bom mensageiro (Tt 1.1,4,5).
- Priscila e Áquila eram casados. Eles migraram de Roma para Corinto e lá conheceram o Apóstolo (At 18.2). Com o passar o tempo, eles se tornaram grandes amigos e fiéis companheiros (At 18.18-20). Em Atos 18.24-26, eles aparecem instruindo Apoio sobre o “Caminho de Deus”.
- Os presbíteros de Efésios também são mencionados por Lucas, que destaca um episódio, que ocorreu em Mileto. Paulo reuniu-se com os presbíteros, para encorajá-los e instruí-los em como continuar fazendo o trabalho do Senhor Jesus (At 20.17-35). A despedida deles foi comovente: “Quando Paulo acabou de falar, ajoelhou-se com os irmãos e orou. Então todos choraram muito e abraçaram e beijaram Paulo. Estavam tristes, especialmente porque ele lhes tinha dito que nunca mais iam vê-lo. Então eles o acompanharam até o navio” (At 20.36-38). Paulo tinha sido “o pai na fé” daquelas pessoas e um amigo, mas era hora de partir. A igreja ali estava preparada para continuar servindo ao Senhor, sob a coordenação de novos líderes.
O reino de Deus é dinâmico, e para que todo o mecanismo esteja funcionando bem, necessita-se de mão de obra (ora, não é assim nos grandes empreendimentos? Quanto mais não seria em um reino tão grande como o reino de Deus). O que queremos dizer com isso, é que o apóstolo Paulo não trabalhou sozinho!
Muitos foram os ajudadores de Paulo; como os anciãos de Éfeso, os quais ele instruiu em Mileto (conforme aprendemos); Áquila e Priscila, casal importante que muito contribuiu para a igreja de Éfeso (principalmente instruindo Apolo acerca do Batismo com o Espírito Santo – assunto da próxima aula); além dos cooperadores Tito, Erasto e Timóteo, e esse último se destaca por ser ainda jovem, muito embora bastante dedicado à obra.
Veja que os apóstolos exerciam um trabalho importantíssimo de “implantação de igrejas” (eis que nascia a igreja de Cristo), mas essencialmente o discipulado precisava ser feito com a ajuda de muitas mãos. Sobre isso Paulo disse que ele e Apolo (sobre o trabalho coletivo) são ministros, e que enquanto um plantou, o outro regou, mas que “Deus deu o crescimento” (1 Co 3:6 b). E ainda acrescentou dizendo que “nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Co 3:7).
Por que ele estava instruindo a igreja dessa maneira? Justamente para que os novos discípulos entendessem que a igreja – na terra – não tem “dono”, e por esse motivo eles não precisariam se apegar à figura de um servo de Deus em específico (embora enquanto estivessem sob aquela liderança deveriam respeitar e honrar, é claro).
Para os nossos dias Deus convoca você, caro(a) aluno(a), para também exercer o papel de ajudador na obra de Deus. Certamente Deus escolheu o seu pastor e o seu líder para as funções que eles já exercem, mas sempre há espaço para quem deseja trabalhar e contribuir no reino de Deus!
III – O DESFECHO DA TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA
Sensível à voz do Espírito Santo, Paulo percebeu que seu trabalho na Ásia Menor, Macedônia e Acaia estava terminando (At 19.21,22). O Apóstolo esforçou-se para formar uma liderança sólida nesses lugares. Ele queria garantir que as igrejas estivessem bem estabelecidas (1 Co 16.13) para continuarem adorando a Deus e fazendo o trabalho missionário.
As perseguições contra ele e as tentativas de matá-lo estavam cada vez mais intensas (At 20.3). E ele sentia que precisava pregar o Evangelho onde havia oportunidade (1 Co 16.8,9).
Lucas aponta que, conforme a viagem chegava ao fim, em Tiro e Cesareia, os irmãos e as irmãs temiam pela vida de Paulo e o alertavam para ele não ir a Jerusalém porque ele seria preso lá (At 21.4,11,12). Porém, o Apóstolo estava decidido a ir para Jerusalém de qualquer forma (At 21.13,14).
Paulo sabia que se iniciaria outra fase em sua vida e seu ministério e, qualquer que fosse ela, Deus estava no controle. Ele era um homem obediente a Deus e comprometido com Sua causa. Mesmo consciente do sofrimento que o esperava em Jerusalém, não parou pelo caminho e não pensou em mudar a rota. Ele foi até o fim (2 Tm 4.7).
Paulo realizou três viagens missionárias, “plantou igrejas”, fez discípulos, instituiu lideranças e passou instruções para os seus cooperadores. Talvez após todo esse “trabalho” Paulo teve o sentimento de “dever cumprido”, e dentro de si sabia que Deus o chamava para viver outra fase em sua vida. Veja que quando ele passou em Mileto, enquanto conversava com os irmãos de Éfeso, ele já dizia para eles que não mais os veria. Ele sabia que a oposição era muito grande, porque de uma forma ou de outra o evangelho foi sim revolucionário e quebrou muitos paradigmas.
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Nesse contexto, o desejo final de Paulo era seguir para Jerusalém, mas todos já sabiam dos rumores de que lá armariam emboscadas para Paulo. Você se lembra dos Judeus de Tessalônica, Bereia, Filipos, Galácia, e outros mais? Nem sempre o evangelho era bem aceito nas sinagogas, então muitos deles foram para Jerusalém e lá espalhavam a fama de Paulo, porém no sentido de que deveriam lançar mão dele para prendê-lo ou matá-lo, porque o consideravam uma grande ameaça ao Judaísmo em si (o Cristianismo era visto por alguns grupos como uma “seita”).
Apesar de todos os rumores, Paulo não teve a sua vida por preciosa, pois sabia que importava que os Planos do Senhor para sua vida prevalecesse (e principalmente para o evangelho da salvação). Veja caro adolescente que o evangelho do Senhor Jesus chegou até nós justamente porque aquele servo de Deus não desistiu de realizar os propósitos de Deus, e também pelo árduo trabalho que os irmãos da igreja primitiva tiveram para dar continuidade no desenvolvimento dessa grande obra.
CONCLUSÃO
Nessa viagem, Paulo circulou pelas igrejas para rever os irmãos. Foi um tempo de reforço do ensino sobre as Escrituras, formação de lideranças e despedida. O Apóstolo caminhava com Deus e estava atento ao que o Senhor estava lhe dizendo e para onde o estava conduzindo. E, por isso, não tinha medo do futuro.