EBD – A VISÃO DO CRISTO VITORIOSO – LIÇÃO 2 JUVENIS
CONECTADO COM DEUS
Jesus voltará para buscar a sua Igreja. Você está preparado? Em um ritmo acelerado, caminhamos em direção ao fim da história. Não se distraia com as coisas deste mundo, distanciando-se dos valores e propósitos de Cristo para a sua vida aqui e na eternidade! Apenas em contínua e crescente comunhão com o nosso Salvador, poderemos perseverar até o fim. Ele tem prazer em se revelar a nós. O Cristo Vitorioso ainda hoje nos diz: não temas, Eu Sou o Primeiro e o Último! Por isso, mantenha-se firme nEle. Lembre-se de que, como reforça o livro do Apocalipse, Jesus sempre tem uma promessa ao que permanecer fiel até o fim.
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O Apocalipse não é apenas uma coletânea de fatos que hão de acontecer no fim da história, mas também a revelação do Cristo vitorioso manifestado em glória (Ap 1.1,13-16)! Ao descrever as Palavras do Altíssimo, João narra que se virou para ver quem falava com ele, então viu o Senhor em toda a sua magnificência, com características difíceis de imaginar, talvez de descrever ou compreender em face de nossa limitação humana (Ap 1,13-18).
1. Cristo encarnado
1.1. A encarnação
A vinda de seu filho unigênito encarnado foi o método usado por Deus para manifestar o seu amor por nós (Jo 3.16). Encarnação significa o ato de ser feito carne. O Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). Jesus, em um ato de obediência ao Pai, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se semelhante aos homens (Fp 2.6-8).
A encarnação de Cristo foi anunciada pelo profeta Isaías (Is 714; 9.6). O Emanuel habitaria entre os homens e se manifestaria a eles (Mt 1.23; 4.16,17: Jo 1.14; 14.9-11).
A criação – não só do “mundo”, mas de todo universo – caracteriza também a criação da matéria, e por isso quando estamos a falar de algo “terreno” nos referimos a algo material, porquanto essa é uma característica intrínseca à nossa dimensão. Entretanto, quando – com muito temor – falamos sobre o nosso Deus, e de todos os seres celestiais e espirituais, estamos nos referindo a seres pertencentes à outra “ordem” ou “dimensão”, que não a carnal, material.
Nesse sentido, a missão a ser realizada aqui na terra por meio do Senhor Jesus, a fim de cumprir o plano de salvação e resgate elaborado pela Sabedoria de Deus, precisava ser exercida carnalmente, materialmente, e por isso o Verbo se fez carne e habitou abitou entre nós.
1.2. O nascimento virginal
Crer no nascimento virginal de Jesus, na sua humanidade, tal como anunciado pelo profeta messiânico, é essencial para a fé cristã para a compreensão do Plano da Salvação (Mt 1.18-25 Lc 2.11,29-32). Seu nascimento é o resultado do agir sobrenatural do Espirito Santo sobre a jovem Maria (Mt 1.20; Lc 1.27,35). Como centenas de anos antes foi profetizado, uma virgem gestou e deu à luz ao nosso Salvador (Is 7.14; Mt 1.18-25; Lc 1.26-31; Gl 44,5).
Como ser humano, Jesus cresceu e se desenvolveu naturalmente. Demonstrou toda a sua humanidade, conforme os relatos dos Evangelhos: Sentiu fome (Mt 4.2), teve sede (Jo 47:19.28), cansaço (Jo 4.6), chorou (Jo 1135.38), se angustiou (Lc 12.50), sofreu, se entristeceu profundamente (Mc 14.32-42), se sentiu desamparado por Deus (Mt 27.46), experimentou, inclusive, a morte (Mc 15 37). Apesar de sua humanidade e de, em tudo, ter sido tentado, Jesus nunca pecou (Hb 415)! Ele é verdadeiramente Deus (Jo 1,1; Cl 2.9) e declarou sua deidade ao revelar ser um só com o Pai (Jo 10.30)! Jesus é a expressa imagem do Deus invisível e o resplendor de sua glória (Cl 1.15; Hb 1.3).
Importa neste tópico entendermos que, apesar de o Senhor Jesus ter nascido como homem, ele não foi concebido por meios “naturais”, mas através do agir sobrenatural do Espírito Sando de Deus. A graciosa serva de Deus, Maria, foi escolhida para ser o “meio” de um grande milagre que seria gerado em seu ventre.
Caro jovem, de maneira lúdica e adaptada, o ventre de Maria foi apenas um “portal” para que, do mundo espiritual, o Verbo pudesse “chegar” à nossa dimensão e tornar-se carne. Sabemos que é um assunto um pouco denso e até mesmo “abstrato”, porque de fato é um grande milagre. Além disso, essa “viagem entre dimensões” custou o preço da vergonha, pois o nosso Senhor Jesus se despiu da sua glória para habitar entre os homens! Mas para glória de Deus, Ele cumpriu a sua missão e hoje podemos adorá-lo na beleza da sua Santidade, e na beleza da sua glória e do seu resplendor!
1.3. Objetivos de sua encarnação
- Vir ao mundo para consumar o Plano de Salvação determinado pelo Pai (Gn 3.15: Lc 19.10; GI44;Ap 13.8). Em Jesus temos a vida eterna (1 Jo 5.13) e não há salvação em nenhum outro (At 4.12);
- Cumprir a promessa de Deus a Davi, assentando-se em seu trono (2 Sm 712; Sl 132.12; Lc 1.32);
- Exercer em seu ministério os ofícios de profeta (Jo 4.19): sacerdote (Lc 4.15-21; Hb 4.14-15) e rei (Jo 18.36,37)
- Manifestar o amor de Deus a todos (Jo 3.16; 1 Jo 49-14):
- Desfazer as obras do Diabo (Jo 10.10; 1 Jo 3.8).
De maneira ampla e simplificada, podemos dizer que a obra do Senhor Jesus precisava ser realizada carnalmente porque o homem pecou em sua carne. Por um homem entrou o pecado no mundo, e por um homem – só que na estatura de varão perfeito, o que era impossível para nós – ele deveria ser extirpado. Cristo é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29).
1.4. A crença na encarnação de Cristo
Nós, que temos o Espírito Santo, cremos na encarnação de Cristo (1 Tm 3.16). Entendemos que a Trindade atuou ativamente na vinda de Jesus ao mundo. O Pai deu o seu único Filho por amor a nós (Jo 3.16,17) e o Espírito Santo operou poderosamente para que Maria concebesse o Filho de Deus (Lc 1.35). Portanto, quem não crê na encarnação de Cristo, não tem o Espírito Santo e desconhece o Plano da Salvação (1 Jo 4.2).
Crer na encarnação de Cristo é crer na trindade, pois por meio da vontade de Deus e da atuação do Espirito Santo, um milagre aconteceu no ventre de Maria, e ela concebeu ao Senhor Jesus. Ademais, quando o Senhor Jesus foi batizado por João Batista, ao levantar-se das águas, a trindade é revelada; quando os céus se abrem, o Espírito Santo desce sob a forma corpórea de uma pomba, e a voz do Pai brada desde os céus: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3:17). Ali estava presente a trindade!
2. Cristo glorificado
2.1 A ressurreição de Jesus
A visão do Cristo glorificado é a confirmação de que Jesus ressuscitou, segundo as Escrituras (1 Co 15.3,4). A doutrina bíblica da ressurreição de Cristo é fundamental, pois sem ela, não haveria esperança de salvação e vida eterna (1 Co 1517-19). Os Evangelhos afirmam que Jesus ressuscitou (Mt 28.6; Mc 16.6; Lc 24.5-6; Jo 20.9,14). Jesus Cristo testificou sua ressurreição, dizendo: “fui morto, mas eis aqui estou vivo […]” (Ap 1.18).
Após ser crucificado e cumprir o plano do resgate, o nosso Jesus triunfou sobre a morte, e ressuscitou. A partir desse momento a nossa esperança em Cristo Jesus ficou caracterizada, porque assim como Ele ressuscitou e venceu a morte, nós também sobre ela triunfaremos. O domínio sobre tudo e sobre todos (inclusive sobre a morte) pertence ao Senhor, e Ele tem as chaves da vida; por isso Ele é o dono da vida!
A título de curiosidade, por isso nós cristãos protestantes, pentecostais, não acreditamos na imagem do Cristo “vencido”; ou do símbolo da cruz com o cristo crucificado; porque tais simbolismos não representam para nós o Senhor Jesus. A cruz representa o sacrifício, mas nós (não o Senhor Jesus em si). Nós entendemos que o nosso mestre está vivo! Portanto, a imagem que temos de Cristo é a imagem do triunfo e da vitória, e não da melancolia.
2.2. A ascensão aos Céus
Pela Palavra de Deus, sabemos que Jesus está no Céu, junto ao Pai (Mc 16.19; At 755,56). Mas como isso aconteceu? Assim que ressuscitou, Jesus passou 40 dias na terra falando a respeito do Reino de Deus (At 1.3) e logo após foi elevado ao Céu, à vista de seus discípulos (Lc 24.51; At 1.9).
Durante o seu ministério terreno, Jesus contou aos seus discípulos sobre a sua ascensão (Jo 6.62; 14.3; 16.7). Para Maria Madalena, Ele também disse: “porque ainda não subi para meu Pai” (Jo 20.17).
Jesus está em um lugar de honra e autoridade (Jo 17.5), assentado à direita do trono de Deus, como Sumo Sacerdote, o mediador entre Deus e os homens (Hb 8.1,6).
Para tornar o nosso raciocínio perfeito, faremos uma “linha do tempo”:
- Encarnação (nascimento)
- Desenvolvimento (período até o início do ministério; até os 30 anos de idade)
- Ministério (momento em que o Senhor Jesus aplica-se no cumprimento do plano)
- Sacrifício (cumprimento, de fato, da missão)
- Ressurreição (eis que todo o poder lhe foi dado)
- Período com os discípulos (40 dias na terra, após a sua ressurreição)
- Ascensão (o tópico em questão).
A ascensão de Cristo, portanto, marca o período em que, após cumprir a sua missão e ressuscitar, o Senhor Jesus volta aos céus de Glória, onde estava com o seu Pai antes de descer à terra. Ou seja, o “encontro” posterior que João teve com o Senhor Jesus, através das visões na ilha de Patmos, ocorre após a ascensão de Cristo, já em um corpo glorificado (visto que estava na glória com o Pai).
2.3. Bênçãos provenientes de sua ascensão
A primeira bênção é a certeza de sua salvação e presença conosco “todos os dias” (Mt 28.20; 1 Jo 5.13). Essa promessa se cumpre através do Espírito Santo em nós e no meio da Igreja (Jo 16.13,14; 1 Co 3.16). A segunda bênção é a garantia de que Cristo voltará para buscar a sua Igreja (Jo 141-3; At 1.11; 1 Ts 4.16-18).
A ascensão de Cristo Jesus nos garante duas coisas: o envio do Espírito Santo e a promessa da sua segunda vinda. O Espírito Santo foi enviado por Deus para guiar a igreja de Cristo até o arrebatamento; pois é por meio Dele que o homem é convencido do pecado, do juízo e da justiça de Deus; também é por meio dele que temos acesso os dons, aos frutos, e somos direcionados por Deus. Além disso, ao mesmo tempo, o Espírito Santo de Deus também revela a verdade da promessa da segunda vinda de Cristo.
3. A Segunda Vinda de Cristo
3.1. A visão do Cristo vitorioso
O livro de Apocalipse é repleto de visões. Dentre as mais importantes, está a majestosa visão do Cristo vitorioso, conforme predito por Ele e estudamos nesta lição. Inspirado pelo Espírito Santo, o apóstolo João apresenta nove detalhes admiráveis acerca desta poderosa visão de Jesus: a voz; a veste; o cinto de ouro; os cabelos brancos; os olhos flamejantes; os pés reluzentes; as mãos poderosas; a boca e o rosto, revelando a sua glória (Ap 1.12-16).
Em absoluta majestade e poder, Jesus demonstra que tem o domínio sobre a Igreja, a humanidade e a história. Como vimos, sobre Ele repousa toda autoridade nos céus e na terra; o ofício sacerdotal e profético; a verdade; a santidade; a onisciência; a provisão; assim como todo poder para exercer juízo sobre os povos. Segundo o relato de João, Cristo brilha mais que o sol e isso é maravilhoso, não é mesmo? Ele resplandece nas trevas e um dia, nós o veremos face a face (1 Co 13.12).
Como falamos anteriormente, a visão que João teve sobre o Senhor Jesus, revelava Cristo glorificado, exaltado, com as suas mãos poderosas e os seus pés reluzentes. Ele veio ao mundo como o cordeiro de Deus, mas ao vencer, foi exaltado à mais alta posição e recebeu o nome que está acima de todo o nome (Fp 2:5-11). O nosso Jesus é dono de todo poder e autoridade, no céu e na terra, e nada escapa do seu domínio. Servir a esse Deus é sujeitar-se Àquele que está elevado acima de tudo e de todos; e Ele é digno de toda honra e glória.
3.2 Sua vinda gloriosa
Jesus voltará! Essa é uma promessa gloriosa, não é mesmo? Nunca duvide dela, ainda que alguns a julguem demorada, pois o Dia do Senhor virá como um ladrão (2 Pe 3.9,10). A Bíblia Sagrada cita inúmeras referências sobre este maravilhoso acontecimento, tal é a sua importância, O Senhor virá para buscar os que são dEle e estabelecer o seu Reino glorioso! Segundo as Escrituras essa promessa se cumprirá em duas etapas; o arrebatamento da Igreja e o aparecimento triunfal de nosso Senhor.
A igreja de Cristo aguarda ansiosamente o dia em que o Senhor Jesus voltará para buscá-la. É nosso papel propagar o evangelho por todo o mundo, para que o máximo de pessoas ouçam a verdade da Palavra de Deus e se convertam dos seus maus caminhos. O dia e a hora não sabemos, mas temos certeza da sua vinda, justamente pelo fato de o Espírito Santo estar entre nós, verdadeiramente nos “conservando” e nos aperfeiçoando para o encontro com o nosso Senhor!
3.3. O Arrebatamento
A Igreja será levada às nuvens, para encontrá-lo nos ares (1 Ts 417). Segundo nos é revelado, precisamos vigiar, porque tal encontro será repentino, ninguém sabe o dia nem a hora (Mt 25.13). Sairemos desta Terra de forma milagrosa e sobrenatural, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados para vivermos eternamente com Cristo (1 Co 15-52). Estamos perto desse grande dia (Mt 24.3-14). Em breve, estaremos com Ele!
Os que guardarem a sua Palavra por ela também serão guardados no dia em que a grande aflição virá sobre o mundo (Ap 3.10). Ou seja, a Igreja genuina não participará do derramar da ira de Deus, do período chamado de “a Grande Tributação” (Ap 6.15-17). Portanto, ame a vinda do Senhor (2 Tm 4.8) e encha-se de esperança (Rm 15.13; Tt 213)!
Glorioso será esse dia onde nos encontraremos nos ares com o nosso Senhor Jesus. Esse dia marcará o fim do nosso sofrimento aqui na terra, pois ao lado do nosso Deus viveremos em plena alegria! E é por isso que vale a pena ser fiel ao Senhor mesmo diante das muitas dificuldades que a vida nos apresenta. Para tanto, devemos aguardar a sua vinda de maneira agradável, com as nossas vestes lavadas no sangue puro do Senhor. Não estejamos dispersos, mas vigiemos, pois o dia do Senhor se aproxima!
3.4. O aparecimento triunfal de Cristo
No final da Grande Tributação, Jesus virá revelando o Anticristo, a quem Ele desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda (2 Ts 2.8). Seu retorno triunfal será testemunhado em todo o globo terrestre, pois conforme nos garante o “Livro das revelações”, todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram (Ap 1.7)!
E Jesus não virá só! Ele virá em uma nuvem com poder e grande glória, trazendo consigo todos os seus santos (1 Ts 3.13) e milhares de anjos (Mt 16.27; Jd 1.14) para dar a cada um segundo as suas obras. Ele virá socorrer (Zc 14.1-4) e restaurar a Israel (Zc 12.7-10; Mt 23.39), bem como para destruir os inimigos de Deus, aniquilando todo o mal que há na face da terra (Ap 19—20).
Enquanto esteve aqui na terra, o Senhor Jesus suportou muitas injúrias e humilhações, e tudo que Ele fez foi por amor de nós, para que cumprisse o propósito agradável do nosso Deus. Para tanto, ele se fez como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores, e não abriu a boca (Is 53:7), mesmo tendo a sua identidade escarnecida.
Entretanto, na sua segunda vinda, ele virá como um guerreiro a fazer justiça, e todos hão de confessar que só o Senhor é Deus. Até mesmo aqueles que o entregaram à morte, e aqueles que o transpassaram no calvário, todos eles verão o Senhor e reconhecerão o seu poderio.
Nesse período, a terra estará a passar por grande tribulação, sob o temporário comando do anticristo, da besta e do falso profeta, e Israel em especial estará em apertos e angústias. Então, o Senhor virá para vingar os seus inimigos, aniquilar o adversário, e livrar a nação escolhida. Nós, os fiéis que creram no Senhor e primeiramente arrebatados, estaremos com o Senhor neste grande evento.
Cristo Jesus é a esperança das nações, e Ele não nos abandonará!
PARA CONCLUIR
A visão do Cristo glorificado é muito mais do que um relato da manifestação poderosa de Jesus ao apóstolo João, Antes, atravessou os séculos e inúmeras perseguições, a fim de que todos os remidos em Cristo possam ter certeza de que a esperança de vida eterna jamais será frustrada. Jesus morreu na cruz, mas ao terceiro dia ressuscitou, vivo está. e voltará para arrebatar a sua Igreja. Aleluia! Você está preparado? Então, prepare-se, pois a trombeta soará e estaremos para sempre com o Senhor.