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EBD – Amós e Obadias – Lição 8 Juvenis – 2° Trimestre 2024

EBD – Amós e Obadias – Lição 8 Juvenis – 2° Trimestre 2024

Quem foi Obadias? Já leram o livro de Amós e Obadias? Quem conhece o conteúdo do livro de Amós e Obadias? Cite algum versículo do livro de Amós e  algum versículo do livro de Obadias? Você já ouviu alguma pregação sobre o livro de Amós ou  Obadias? Amós e Obadias eram profetas, reis ou sacerdotes de Israel? Quem pode falar mais sobre os personagens Amós e Obadias como profetas de Deus?

TEXTO EM DESTAQUE: “Porque assim diz o SENHOR à casa de Israel: Buscai-me e vivei.” (Am 5.4).

Deus não desejava trazer castigo nem punir ninguém. O que Deus queria era abençoar Israel, mas Ele não podia fazê-lo enquanto o povo permanecesse em pecado. Por isso, Ele levantou profetas para chamar a atenção do povo e convocá-los ao arrependimento.
Deus queria que Israel voltasse para Ele, pois somente assim poderia protegê-los e abençoá-los. O pecado afastava o povo da graça e da proteção divina, e as consequências de suas ações eram inevitáveis. No entanto, o coração de Deus sempre foi de misericórdia e amor, desejando que Seu povo se arrependesse e voltasse para Ele.
Irmãos, essa mensagem é tão relevante hoje quanto foi na época de Israel. Deus nos chama ao arrependimento e a buscá-Lo de todo o coração. Ele deseja nos abençoar, nos proteger e nos dar vida em abundância. Porém, para que isso aconteça, devemos nos afastar do pecado e voltar para Ele.
Professores, ao ensinarem seus alunos, reforcem a importância do arrependimento e da busca sincera por Deus. Encorajem-nos a reconhecer seus pecados, a se arrependerem e a buscarem uma vida de santidade. Deus é fiel e justo para perdoar e restaurar aqueles que se voltam para Ele com um coração contrito e sincero.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Amós 2.10-16; Obadias 10,11,15-17

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EBD – Amós e Obadias – Lição 8 Juvenis – 2° Trimestre 2024

  1. A PROFECIA DE AMÓS

1.1. Tema central da profecia de Amós:

justiça e retidão A profecia de Amós têm como alvo principal os moradores do Reino do Norte. Embora o profeta fosse natural de Tecoa, uma vila localizada no planalto a sul de Belém, sua mensagem foi destinada ao povo do Norte (Am 1.1). O livro começa com uma série de advertências a respeito do pecado de nações vizinhas a Israel e culmina com a repreensão de Deus ao seu povo com a promessa de castigo. A mensagem de Amós era uma denúncia contra o desvio espiritual e. como consequência, as injustiças cometidas contra os pobres, as imoralidades e a corrupção que predominavam em Israel durante o governo de Jeroboão II. A pregação de Amós revela a preocupação de Deus com a retidão espiritual, a justiça social e a responsabilidade para com os mais necessitados. O Senhor dá atenção para aqueles que mais precisam e espera que seus servos façam o mesmo (Sl 113.5-8).
O contexto é importante para entendermos a mensagem de Amós. Após a morte de Salomão, seu filho Roboão assumiu o trono de Israel. No entanto, devido à sua má administração e opressão sobre o povo, ocorreu uma divisão no reino. Dez tribos se rebelaram e formaram o Reino do Norte, também chamado de Reino de Israel, sob a liderança de Jeroboão. As outras duas tribos, Judá e Benjamim, permaneceram fiéis à casa de Davi, formando o Reino do Sul, conhecido como Reino de Judá.
Amós foi levantado por Deus em um período em que o Reino do Norte, sob o reinado de Jeroboão II, experimentava prosperidade e sucesso político, mas também grande corrupção espiritual. Jeroboão II, apesar de ser um rei politicamente aprovado, era espiritualmente reprovado por Deus. Ele permitiu a proliferação de idolatria, imoralidade e injustiça social. É nesse cenário que Amós surge com uma mensagem de denúncia contra o desvio espiritual, as injustiças cometidas contra os pobres e a corrupção generalizada.
Deus não deseja punir Seu povo, mas as ações pecaminosas trazem consequências. Por isso, Ele levanta profetas como Amós para chamar o povo ao arrependimento e à retidão. Amós enfatiza a preocupação de Deus com a justiça social, a retidão espiritual e o cuidado com os necessitados. A mensagem de Amós era clara: busquem a Deus e vivam. Arrependam-se de seus pecados e voltem para o Senhor.
Professores da Escola Bíblica Dominical, é essencial que vocês transmitam este contexto aos seus alunos. Mostrem como a desobediência e o desvio espiritual levam ao afastamento da proteção e das bênçãos de Deus. Enfatizem a importância do arrependimento e da busca sincera pelo Senhor. Perguntem aos seus alunos se eles estão dispostos a mudar de comportamento e atitude ao ouvir a palavra de Deus.
Amós era um simples pastor e boiadeiro, mas Deus o usou poderosamente para trazer Sua mensagem. Da mesma forma, Deus pode usar qualquer um de nós, desde que estejamos dispostos a ouvir e obedecer. Que possamos estar sempre atentos à voz de Deus, prontos para nos arrependermos e mudarmos nossas atitudes, buscando viver de acordo com Sua vontade.

1.2. A retribuição pelo pecado

No capítulo 3 de Amós, o profeta anuncia um castigo que virá sobre a região de Samaria como paga por todas as maldades praticadas pelos israelitas. A partir do capítulo 4, várias maldades são apontadas, assim como sérios castigos anunciados, caso os israelitas não se convertessem. Todavia, não houve arrependimento sincero. No capítulo 5, o profeta assinalou que, além das muitas maldades cometidas, o justo é afligido, e os mais necessitados são rejeitados às portas (v. 12). Mesmo assim, Deus é tão rico em misericórdia que, por meio de Amós, apontou o caminho: “Buscai o bem e não o mal” (v. 14). No entanto, em razão da insistência na desobediência, os pecados da nação seriam severamente punidos (Am 6.14).
Estamos falando do Reino do Norte, onde todos os reis se desviaram do caminho de Deus. Deus, então, levanta o profeta Amós para dizer: “Vocês estão prosperando, mas estão esquecendo os mandamentos de Deus. Estão esquecendo que nosso Deus é santo e exige santidade. Estão pensando apenas em suas riquezas, enquanto os pobres estão sendo negligenciados.”
Amós nos lembra que a prosperidade dada por Deus deve ser usada para abençoar os necessitados. Mas o que vemos? As pessoas estão focadas apenas em aumentar suas riquezas, vivendo em luxo, esquecendo-se de ajudar o próximo. Deus vai se levantar e castigar essa injustiça.
Será que nós, como cristãos, também estamos agindo assim? Será que estamos mais preocupados com nosso conforto e prosperidade do que em ajudar os necessitados? Quantas vezes durante a semana você ajuda uma pessoa necessitada? Quantas cestas básicas você já distribuiu?

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Jesus disse que sempre haverá pobres entre nós, e cabe a nós, que somos abençoados, ajudar essas pessoas. Mas atenção: não façam isso para mostrar nas redes sociais, para se vangloriar. Jesus nos ensinou a dar com a mão direita sem que a esquerda saiba. Faça o bem em segredo, com humildade e amor.
A mensagem de Amós é um alerta poderoso para nós hoje. Precisamos vigiar nossas atitudes, estar atentos às necessidades dos outros e viver uma vida de santidade. Deus nos chama a ser justos, a cuidar dos pobres e a viver segundo os Seus mandamentos.
  1. A JUSTIÇA DE DEUS

2.1. A justiça contra a arrogância

Um dos pecados que se destaca no livro de Amós e que veio a ser alvo de suas profecias é a arrogância do povo de Israel Eles se sentiam inatingíveis, ostentando suas riquezas e luxos, descansando em suas camas de marfim e desfrutando de banquetes suntuosos, enquanto os pobres eram desprezados às suas portas. Israel divertia-se em festas, embriagando-se com vinho, embora a mensagem de Deus conclamasse ao arrependimento (Am 64- 6). Veja que o erro desses israelitas não se devia à riqueza, mas, sim, à indiferença para com o Senhor e às necessidades dos mais pobres. Ainda hoje, o Senhor não condena seus servos por terem riquezas, mas espera que usemos os recursos que Ele mesmo nos concede para ajudarmos aos mais necessitados (Dt 1511: Mt 25.35-40).
É importante entender que o erro dos israelitas não estava na riqueza em si, mas na indiferença para com o Senhor e as necessidades dos mais pobres. Deus não condena seus servos por terem riquezas, mas espera que usemos os recursos que Ele nos concede para ajudar os necessitados.
Professores de EBD, atenção! Vocês estão ensinando para jovens que estão começando a vida, trabalhando, estudando, ingressando na faculdade e buscando suas próprias riquezas. É necessário deixar claro que Deus não é contra a riqueza. Pelo contrário, Ele deseja que Seu povo tenha prosperidade, crescimento e desenvolvimento em todas as áreas da vida.
A Prosperidade e a Gratidão a Deus
Deus quer que prosperemos, mas essa prosperidade não deve nos afastar Dele. Foi isso que aconteceu com o povo de Israel. Eles estavam tendo prosperidade e crescimento, mas começaram a se sentir autossuficientes, achando que não precisavam mais de Deus. Eles pensavam: “Por que clamar a Deus? Por que nos humilhar diante de Deus se já temos tudo?”
Este era o pensamento do povo de Israel: ricos e cada vez mais adquirindo novas riquezas, afastando-se da presença de Deus. Eles não reconheciam que toda a sua prosperidade era uma bênção de Deus, o cumprimento da promessa feita a Abraão. Mas, em vez de serem gratos e servirem a Deus, eles se tornaram arrogantes e autossuficientes.
A Mensagem de Amós
Por causa disso, Deus levantou o profeta Amós para pregar contra essa atitude e dizer: “Vocês estão errados. Deus vai castigar. A riqueza que vocês têm vai sumir. Deus vai levantar um grande inimigo que vai castigar vocês.” Esta era a mensagem do profeta Amós, alertando que a prosperidade estava afastando o povo de Israel da presença e do cuidado de Deus.
Reflexão para Nós Hoje
E nós? Fazemos a mesma coisa? Quando estamos com saúde, dinheiro e tudo vai bem, adoramos e servimos a Deus? Ou esquecemos Dele? Será que a prosperidade nos faz esquecer de Deus? Quando tudo está bem na nossa vida, lembramos de Deus? Adoramos a Ele, vamos aos cultos, participamos das orações e jejuns?
Muitas vezes, quando temos prosperidade, deixamos de adorar a Deus. Isso é um grande erro. Algumas pessoas, por exemplo, ganham um celular novo e já não querem ir mais à igreja, preferindo passar o tempo nas redes sociais. Estão mais preocupadas em responder aos amigos do que em adorar a Deus.

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2.2. Deus trata com o seu povo de forma justa

Deus usou seu servo Amós para denunciar as maldades do seu povo antes que viesse o terrível castigo sobre a nação. Os israelitas não foram surpreendidos pelo cativeiro. Antes, o Senhor os repreendeu continuamente por suas maldades e lhes concedeu inúmeras oportunidades para que se arrependessem. Entretanto, eles insistiram em suas maldades. Por meio da profecia de Amós, Deus demonstra a sua misericórdia. O Senhor disse: “Buscai-me e vivei” (54). Tratava-se de um chamado para um relacionamento com Deus, andando em genuína justiça e retidão. As palavras do profeta eram convites, oportunidades de livramento e restauração que o Senhor concedeu ansiando pelo arrependimento. Deus não quer que nenhum dos seus servos se perca (Am 5.14,15).
Por meio da profecia de Amós, Deus demonstra Sua misericórdia. O Senhor disse: “Buscai-me e vivei” (Amós 5:4). Esta é uma chamada ao relacionamento com Deus, à busca da justiça e da retidão. As palavras do profeta eram convites e oportunidades para livramento e restauração, pois Deus não quer que nenhum dos Seus servos se perca. No entanto, outra grave questão era que a riqueza de Israel muitas vezes vinha da opressão e exploração dos mais pobres. O povo explorava a mão de obra, fazendo dos seus próprios irmãos escravos para obter mais riqueza.
Devemos lembrar que toda nossa riqueza é para que possamos ser canais de bênção para outras pessoas. Se estamos prosperando, devemos abençoar aqueles que não têm. Se temos alimento, devemos partilhá-lo com os necessitados. Israel estava prosperando, mas esquecia de sua missão de cuidar dos necessitados, o que Deus não perdoa.
Deus nos abençoa para que possamos abençoar outros. No entanto, cuidado: se não usarmos nossas bênçãos para ajudar os outros, podemos perdê-las. Deus pode criar crises para nos lembrar de nossa verdadeira missão aqui na Terra: ser canais de bênção em todas as áreas de nossas vidas — espiritual, religiosa, familiar, ministerial e social.
Existem pessoas que só querem acumular para si mesmas, esquecendo que a prosperidade que vem de Deus deve ser reconhecida e compartilhada. Quando reconhecemos que nossa prosperidade vem de Deus, devemos ser gratos, abençoando aqueles que não têm. Israel, no entanto, estava enriquecendo às custas da opressão de seus próprios irmãos, e Deus não tolera isso. Ele levantou o profeta Amós para denunciar essa injustiça.
O profeta Amós anunciou que a prosperidade de Israel estava sendo mal utilizada. Deus queria que a riqueza fosse um canal de bênção, mas Israel estava ignorando os necessitados, e por isso Deus prometeu castigo. O que Deus quer de nós é arrependimento e mudança de atitude. Ele quer que nos afastemos do pecado, mudemos nosso comportamento e nos convertamos de coração.
Deus advertiu Israel que, se não se arrependessem, Ele levantaria um inimigo para castigá-los e levá-los ao cativeiro. Infelizmente, o povo não deu crédito às palavras do profeta, confiando em suas riquezas e poder militar. Como sabemos, o Reino do Norte foi levado cativo pela Assíria e desapareceu do mapa, uma consequência direta da desobediência e falta de arrependimento.
  1. A PROFECIA DE OBADIAS

3.1. O julgamento de Deus sobre Edom

Assim como Deus condenou a arrogância dos israelitas e as suas injustiças por meio de Amós, a mensagem de Obadias se trata de um juízo sobre o orgulho da nação de Edom, Em 586 a.C„ quando Nabucodonosor fez a terceira e última investida contra Jerusalém, levando mais um grupo de judeus cativos à Babilônia, as Escrituras apontam que os edomitas se regozijaram, Esse comportamento não era esperado, haja vista os edomitas serem parentes de Israel, descendentes de Esaú. Entretanto, eles se alegraram na destruição causada pelos inimigos de Judá, até mesmo os ajudando (10-15). Por meio do profeta Obadias, fica claro que, embora Judá estivesse sendo alvo do castigo divino, Edom jamais poderia se alegrar ou compactuar com a ruína de seus irmãos. Assim, Deus os exortou e prometeu fazer juízo.
O Profeta Obadias foi levantado por Deus para denunciar a atitude orgulhosa e insensível do povo de Edom em relação à destruição de Jerusalém pelos babilônios. Edom, embora não fosse parte do povo de Israel, era descendente de Esaú, irmão de Jacó. Quando Nabucodonosor invadiu Jerusalém, os edomitas se regozijaram, facilitaram a invasão e aplaudiram a ruína de seus irmãos israelitas.
Deus, através do profeta Obadias, repreendeu os edomitas por sua atitude de alegria diante da desgraça de Israel. Eles não deveriam ter se alegrado nem facilitado a invasão de Nabucodonosor. Deus estava castigando Israel por seus pecados, mas os edomitas não tinham o direito de se regozijar com o sofrimento de seus irmãos.

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EBD – Amós e Obadias – Lição 8 Juvenis – 2° Trimestre 2024

O comportamento de Edom foi uma demonstração de orgulho e insensibilidade. Eles não entenderam que a ruína de Israel não era motivo de comemoração, mas sim uma oportunidade para exercer compaixão e solidariedade. Ao se alegrarem com a desgraça alheia, os edomitas provocaram a ira de Deus.
A história de Edom nos ensina a importância de não nos alegrarmos com o sofrimento dos outros, mesmo que sejam nossos inimigos. Devemos orar pela paz e misericórdia, em vez de nos regozijarmos com a punição alheia. Quando vemos alguém sendo castigado por Deus, devemos interceder por essa pessoa e não nos alegrarmos com sua desgraça.

CONCLUSÃO

A mensagem de Amós destaca que Deus abomina a prática da injustiça. Por meio de Obadias, o Senhor também condenou o orgulho e a maldade para com o próximo. Ambos os profetas revelam que existe um Deus nos céus que vê todas as coisas que nada foge de seu julgamento. Que ao analisar o nosso ser – entendimento, ações e intenções – o Senhor encontre em nós um coração contrito e agradável a Ele. No fim de todas as coisas, haverá uma recompensa da parte de Deus para todos os que são fiéis à sua Palavra.

EBD – Amós e Obadias – Lição 8 Juvenis – 2° Trimestre 2024

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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