EBD – AS BEM- AVENTURANÇAS DO APOCALIPSE – LIÇÃO 4 JUVENIS

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EBD – AS BEM- AVENTURANÇAS DO APOCALIPSE – LIÇÃO 4 JUVENIS

CONECTADO COM DEUS

Mais do que um catálogo de eventos proféticos que irão acontecer, o Apocalipse é também um livro de bem-aventuranças, do começo ao fim. Através da leitura cuidadosa, compreendemos que este livro fala da mais genuína felicidade – a que é eterna, a qual só é possível alcançar, por meio de Jesus Cristo. Por isso, livre-se de qualquer preconceito sobre o livro do Apocalipse e peça ao Espírito Santo que o esclareça, enchendo o seu coração da abundante alegria pela expectativa da glória. O plano de Deus é fazer com que o seu povo conheça o glorioso segredo que Ele tem a revelar a todos os povos. E o segredo é este: Cristo está em vocês, o que lhes dá a firme esperança de que vocês tomarão parte na glória de Deus (Cf. Cl 1.27). Leia e guarde as suas palavras, receba as suas promessas e se esforce para andar de modo digno delas, pois está próximo o Grande Dia de vivenciá-las!

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1. Um livro de boas notícias

Para muitos, o Apocalipse é um livro de más notícias, tragédias, catástrofes e pragas que virão sobre a humanidade. Entretanto, para os salvos em Cristo, ele é um livro repleto de gloriosas mensagens de esperança, fé e felicidade eterna. Através de sua leitura, encontramos alertas, a fim de que tenhamos uma vida feliz e abundante no Senhor, agora e para sempre.

No livro profético há sete bem-aventuranças que revelam o cuidado e dádivas de Cristo para o seu povo. A expressão “bem-aventurado” significa “feliz”, referindo-se àqueles que gozam de uma felicidade verdadeira e duradoura.

Para muitos, o livro do apocalipse causa temor ou até mesmo medo, pelo fato de descrever contextos de pavor e angústia (determinados para tempos e contexto específicos). Entretanto, devemos guardar o entendimento de que esse livro é um grande “mapa” para as nossas vidas, pois traz consigo diversas orientações. Ou seja, a intenção do Senhor também era preparar os nossos corações acerca das coisas futuras, para que o nosso presente fosse muito bem guiado. As bem-aventuranças descritas nesse livro testificam o quão “premiados” fomos pelo Senhor, pelo “acesso à informação” (profecia). Além disso, as bem-aventuranças destacam os benefícios da fidelidade ao Senhor.

2. As bem-aventuranças

2.1. Os que guardam as profecias

A primeira bem-aventurança é um convite à leitura, meditação e prática da Palavra de Deus.

Vejamos o que elas significam:

  • Bem-aventurado aquele que lê: É feliz quem lê com dedicação o Apocalipse, buscando adquirir sabedoria e discernimento;
  •  Bem-aventurados aqueles que ouvem: É feliz quem leva à sério e considera em sua vida o que aprouve ao Senhor revelar no Apocalipse, a fim de escolherem melhor os seus caminhos;
  • Bem-aventurado aquele que guarda: É feliz quem tem cuidado de meditar constantemente no que leu, a fim de praticar; quem age de acordo com o que o Espírito Santo revelou e requer.

Saiba que todo cristão precisa ler, ouvir e guardar a Palavra no coração e na mente, se desejam ser bem-aventurados de fato. Entretanto, é válido ressaltar, teologicamente, que esse trecho predito pelo apóstolo João, diz respeito ao contexto dos servos de Deus que viverão durante a Grande Tributação. Os que se arrependerem e passarem a assim proceder, também encontrarão felicidade, pois serão salvos e guardados pelo Senhor no momento mais sombrio da história humana.

Como mencionamos acima, o livro do apocalipse também tem por objetivo nortear o nosso modo de viver no presente, com base nas informações dos acontecimentos futuros. É o que diz o trecho final: “É feliz quem leva à sério e considera em sua vida o que aprouve ao Senhor revelar no Apocalipse, a fim de escolherem melhor os seus caminhos”.
A primeira bem-aventurança, portanto, diz exatamente sobre a felicidade de conhecer os prenúncios desses fatos; como quem diz: “felizes são aqueles que não serão ‘pegos de surpresa’, porque leram, ouviram e guardaram essas palavras”.
Entretanto, como diz bem no último parágrafo, existem alguns pontos da profecia que são direcionados a um grupo específico dos servos de Deus. Esse assunto é um pouco mais denso, e requer um pouco mais de atenção.
Nesse contexto, te perguntaria: qual diferença entre os Cristãos e os Judeus? Ambos servem – em regra – ao mesmo Deus, certo? Mas os Judeus não creem em Jesus como o Cristo, o filho de Deus enviado. Então apesar de serem “fiéis” a Deus (sim, eles são extremamente religiosos e aguardam até hoje a vinda do Messias), eles não creem no Senhor Jesus e por esse motivo, teologicamente, não seriam objeto do arrebatamento, no primeiro momento (visto que é a igreja de Cristo que será arrebatada).
Dessa forma, devemos entender que existe um “tratamento especial” dado por Deus para a nação de Israel (que ao longo da lição entenderemos). O que podemos adiantar é que na segunda vinda do Senhor Jesus (após o arrebatamento, e juntamente com a igreja), o Senhor livrará Israel do poder do Anticristo, da besta e do falso profeta. Isso significa que nesse momento Israel estaria enfrentando a grande tribulação. Portanto, sim; desde já entendamos que alguns trechos do livro do Apocalipse são direcionados apenas para eles (embora muitos deles não creiam nessas profecias, pelos motivos que já citamos em aulas passadas).

2.2. Os que morrem no Senhor

A segunda bem-aventurança é uma palavra de consolo aos servos de Deus que sofrerão a terrível perseguição do Anticristo. A felicidade dos mártires da Grande Tributação será a de descansar das lutas, aflições e sofrimentos (Ap 6.11). A morte para o cristão salvo não é motivo de preocupação, pois é uma transição para a vida eterna com Cristo. O apóstolo Paulo expressou o seu “desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23). Preciosa é à vista do Senhor a morte de seus santos (Sl 116.15). Todos os que morrem receberão uma recompensa por suas obras no Tribunal de Cristo (2 Co 5.10).

Falamos bem no tópico anterior, então esse tópico apenas veio para completar o nosso raciocínio! Essa bem-aventurança visa estabelecer uma esperança em Deus àqueles que forem tentados e martirizados. Esse consolo tem por objetivo fomentar a fé do servo de Deus para resistir até o fim, e confiar na sua salvação.
Existe uma divergência doutrinária sobre a aplicação do texto acima; se seria para os cristãos perseguidos e martirizados ao longo da história (pelo amor ao evangelho) ou se seriam os servos de Deus (não necessariamente os Cristãos; por exemplo os Judeus) que haveriam de ser tentados na grande tribulação. O comentarista da lição aponta para o segundo pensamento, no sentido de que seriam os crentes que passaram por grande tribulação (ou seja, essa bem-aventurança seria dedicada a eles). Como informamos, é um assunto mais denso, e que deve ser passado com sabedoria para o seu aluno.
De maneira simples, apenas informem aos seus alunos que essa bem-aventurança visa incentivar a fé e a fidelidade do servo de Deus, mesmo quando tentado; no sentido de que haverá recompensa no céu para aquele que for fiel (essa é a nossa esperança).

2.3. Os que guardam as suas vestes

A volta de Jesus será repentina e surpreendente. Ele virá como um ladrão (1 Ts 5:4). Ou seja, o Senhor virá sem avisar. Nesta bem-aventurança, o Senhor orienta a termos duas atitudes que são as de vigiar e guardar as vestes. Vigiar é estar alerta, atento e consciente acerca dos sinais dos tempos e também com a vida espiritual. Não seja desatento, viva preparado para o seu encontro pessoal com o Senhor. Viva em integridade, sempre aguardando Jesus a qualquer momento (Mt 25.13). A segunda atitude é guardar as vestes, cujo significado é o de não sujar as vestes espirituais (Ap 21.27b), vivendo em retidão, pureza e fidelidade a Deus.

Essa bem-aventurança funciona como um chamamento à santidade; pois pelo fato de não sabermos nem o dia nem a hora da vinda do Senhor, devemos viver prontos! Nesse sentido, os termos “vigiar” e “guardar as vestes” são os alertas feitos pelo Senhor.
Porém, como falamos; não há necessidade de ter medo! Na verdade, devemos nos alegrar pelos conselhos do Senhor (afinal, isso é uma bem-aventurança)! Ele foi muito paciente e bondoso conosco, deixando as orientações necessárias para estarmos apresentáveis a Ele naquele grande dia!

2.4. Os chamados à Ceia do Senhor

Ser convidado para um evento importante nos faz sentir especiais, não é mesmo? Imagine ser for para o casamento de Cristo com a Igreja (Ap 19.7,9)! Neste dia, somente os convidados entrarão nesta grande festa. Essa bem-aventurança é a felicidade de quem tem o nome na lista de convidados, ou seja, no Livro da Vida, pois aquele que não for achado escrito nesse livro será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.15).

Essa outra bem-aventurança representa uma verdadeira comemoração, júbilo e alegria daqueles que forem contados entre os salvos, cujos nomes constavam no “cartório do céus” (glória a Deus!). Ela descreve o prémio para aqueles que leram, ouviram, e guardaram as palavras do livro: ser um dos convidados da grande Ceia do Senhor. Desejamos que o máximo de pessoas esteja assentado nessa mesa, pois o desejo do nosso Deus é que o homem se arrependa e encontre a salvação.

3. Felizes os que não experimentarão a segunda morte

É impossível ler o livro de Apocalipse, e não ficar imaginando como será a experiência de vida – ou morte – eterna. O livro revela que alguns eleitos participarão da ressurreição, restrita aos santos que morreram em Cristo na Grande Tributação. Estes são os 144 mil convertidos da tribo de Israel (Ap 7.4); as duas testemunhas (11.3,4); os mártires mortos por amor a Palavra de Deus (6.9; 20.4); a grande multidão dos remidos pelo sangue do Cordeiro (7,9).

A Igreja genuína não participará desse momento, pois os mortos em Cristo, antes da Grande Tribulação, ressuscitarão primeiro, durante o Arrebatamento (l Ts 4.16).

Essa bem-aventurança traz consigo as seguintes promessas divinas: Esses não experimentarão a segunda morte, a qual ocorrerá após a condenação do Juízo Final; serão sacerdotes de Deus e de Cristo; reinarão com Jesus durante mil anos; e desfrutarão de um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1).

A palavra de Deus ensina que “aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hb 9:27). Essa rica passagem nos revela (também) a existência do “pós vida” chamado eternidade.
A eternidade é a representação de uma dimensão superior, cujos conceitos de tempo e espaço não são aplicáveis conforme os preceitos humanos e materiais que conhecemos. Por mais que nos esforçássemos, não conseguiríamos explicar, pois para essa dimensão não conseguimos simplesmente “apontar” (como fazemos com o tempo e dizemos: “ele é para frente”; ou como fazemos com altura e profundidade, quando dizemos: “é para cima”; ou “é para baixo”). Em resumo, a eternidade é mais que infinito; é uma peculiaridade em si.
Portanto, ao homem caberá uma eternidade com Deus ou uma eternidade longe do criador (isso por si só é pior do que o próprio inferno). Essa “eternidade longe do Senhor” é descrita como a segunda morte. “Por quê”? Porque se a vida está com o nosso Deus, quem está distante dele já não pode ver a luz.
Portanto, essa bem-aventurança traz dois aspectos: o da felicidade daqueles que passarão a eternidade com Deus (com o dono da vida), e o da tristeza daqueles que provarão da segunda morte; a morte espiritual; a morte eterna.
Que o Deus de paz conserve a sua palavra em nossos corações para com Ele estamos nesse tempo que é eterno. Que o Deus de poder também nos dê estratégias para pregar o evangelho e levar muitos ao arrependimento, a fim de que não pereçam distante do Senhor.

4. Felizes os que se santificam

4.1. As vestes lavadas no sangue do Cordeiro

Ter as vestes lavadas no sangue do Cordeiro tem um significado muito sério. Por este ato, reconhecemos a justificação, em que Cristo morreu por nossos pecados e pagou um alto preço pela nossa salvação (Is 53.5; 1 Pe 1.18-20). Pelo sangue de Jesus recebemos a bênção de ser feitos santos, filhos de Deus (Jo 1.12; Hb 13.12). Lavar as vestes também representa a prática diária de se consagrar ao Senhor, apresentando-se diante dEle de mãos limpas e coração puro. Feliz quem está Limpo diante de Deus, pois entrará pela cidade santa e terá direito à Árvore da Vida (Ap 22.14).

O sacrifício de Jesus na cruz do calvário representa o ato de sermos feitos, por Ele mesmo, agradáveis a Ele. Isto é, Ele pagou o preço pelo nosso resgate e também nos justificou, para que enfim pudéssemos, Nele, provar da santidade e da transformação, a fim de estarmos aptos aos “padrões exigidos” para uma eternidade com Deus.
Portanto, “lavar as vestes no sangue do cordeiro” representa a purificação e santificação através do novo nascimento em Cristo Jesus, momento em que passamos a exercer o “título” de “filhos de Deus” (Jo 1:12). Feliz é aquele que alcançou essa condição!

4.2. Acesso a Árvore da Vida

Como você deve se Lembrar, o pecado corrompeu a criação divina, impedindo o ser humano de viver em plena comunhão com Deus (Gn 3.8-10; Is 59.2).

A Bíblia nos mostra que, antes da Queda, no Jardim do Éden, o homem tinha acesso à árvore da vida, ainda que dela não pudesse comer (Gn 2.16,17). Através da redenção em Jesus Cristo, contudo, teremos de novo acesso a ela. E, mais ainda, de comer os seus frutos (Ap 22.2,19). A árvore da vida que estava no Éden, estará então à disposição dos remidos pelo sangue do Cordeiro. Aleluia!

Entraremos na Nova Jerusalém pelas portas e desfrutaremos da maravilhosa presença de Deus de forma gloriosa e inimaginável (1Co 2.9; Ap 21.22-24). Viveremos a mais genuína e eterna felicidade!

Como veremos nas próximas lições, o estado eterno e perfeito das coisas revelará um “mundo” sem pecados e maldades, pois o próprio Deus projetou no seu filho Jesus essa possibilidade (Ele reconciliou consigo mesmo todas as coisas; 2 Co 5:18).
Assim, nesse contexto, teremos não apenas acesso à árvore da vida, como também poderemos os frutos dela comer. Esse momento é marcado pelo perfeito governo do nosso Deus; em um reino de plena comunhão. Ali não haverá mais choro, desespero ou preocupações, pois estaremos aos cuidados do nosso Deus!
Bendito é o Senhor, nosso Deus, para todo o sempre!

PARA CONCLUIR

As bem-aventuranças do Apocalipse nos mostram o padrão de felicidade que devemos buscar, muito diferente da que o mundo apregoa. Ser feliz à luz das Escrituras Sagradas, em especial, é ler, ouvir e guardar as palavras desse livro. Felicidade é poder viver e morrer no Senhor, alegrando-se perpetuamente em sua salvação. Enfim, ser feliz é ser lavado pelo sangue do Cordeiro, participar como Noiva de suas Bodas, entrar na Nova Jerusalém, comer da árvore da Vida e viver em plena e perfeita comunhão com o nosso Salvador.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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