EBD – AUNIDADE DA IGREJA – LIÇÃO 3 PRÉ – ADOLESCENTES
CONHECENDO + DE DEUS
Olá, querido(a) pré-adolescente! Você sabia que a unidade é um princípio bíblico? Quando Deus criou o homem, Ele disse: Não é bom que o homem viva sozinho…” (Gn 2.18). O ser humano foi formado para viver em comunhão com outras pessoas. Por isso, entendemos que não nascemos para ficar na solidão, no isolamento, sem nos relacionar com as outras pessoas. A Bíblia diz: que é melhor serem dois do que um (cf. Ec 4.9-12). Na lição de hoje, vamos estudar sobre a unidade da Igreja.
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1. IGREJA UNIDA JAMAIS SERÁ VENCIDA!
A comunhão é uma característica da Igreja Primitiva. Em Atos dos Apóstolos, capítulo 2, encontramos o relato de como era o comportamento dos irmãos. Eles perseveravam seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo o amor cristão, compartilhando o pão e fazendo orações (cf. At 2.42).
a) Falando de unidade.
Paulo também ensinava aos crentes da igreja de Corinto acerca da unidade. Ele dizia, muitas vezes, que apesar de o corpo ser dividido em muitos membros, ele é único, cada membro tem sua importância (1 Co 12.20). Algumas tarefas não funcionam direitamente sem que haja união. A igreja só conquista grandes vitórias quando trabalha unida. No lugar onde não há companheirismo e cooperação tudo se torna difícil. Você já assistiu aos jogos olímpicos? As equipes precisam trabalhar de forma sincronizada, haja vista que o desempenho de um dos atletas pode afetar toda a equipe. Da mesma forma é a Igreja: devemos caminhar unidos para alcançar os objetivos.
Não necessariamente união e unidade se equivalem em seus conceitos. Isso porque a união se relaciona com um “somatório” (agrupamento, associação), enquanto a unidade, por sua vez, traz o sentido de uniformidade. Isso significa que uma união pode ser “desfeita” (desagrupada), porém a unidade é caracterizada pela indissociabilidade ou não-divisão. Nesse sentido, a igreja de Cristo é representada pela unidade, onde todos nós somos considerados membros de um só corpo, o corpo de Cristo, que é a cabeça da igreja. Cite-se que a união é importante, e cumpre o seu papel (devemos viver em união); mas a nossa marca deve ser a unidade na fé.
b) Unidade na dificuldade.
Na igreja de Corinto, Paulo não desistiu dos irmãos. Ele ensinava sobre a importância de viverem unidos (1 Co12.21). Enquanto houver união entre todos os membros, a Igreja do Senhor avançará e nenhum mal poderá resistir à sua força e autoridade (Mt 16.18). Se andarmos como sábios, o Senhor estará sempre conosco (cf. Pv 4.12b).
A união e a unidade têm como efeito a colaboração e o cuidado mútuo. Ora, utilizando a analogia do corpo, eu lhe pergunto se seria possível amar apenas uma das suas mãos e desprezar a outra. Não tem como, não é mesmo? Afinal, não são ambas as mãos partes integrantes do mesmo corpo? Dessa forma, enxergar o amor de Deus na vida dos nossos irmãos nos fará também amá-los como a nós mesmos.
Com isso, uma vez a unidade gerada no ambiente, andaremos na força do Senhor; e a união do povo de Deus supera toda e qualquer dificuldade; a exemplo dos nossos irmãos da igreja primitiva, que suportaram as mais difíceis afrontas e perseguições, mas prevaleceram sobre todas elas, e por esse motivo a palavra de Deus chegou até nós!
2. OS MEMBROS
Em Gênesis, quando Deus criou o homem no Jardim do Éden, o princípio da unidade foi praticado. E Deus disse: “Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós” (Gn 1.26). Ali, Deus não estava falando com os anjos. Estavam reunidos naquela ocasião: Deus Pai, o Filho e o Espírito Santo. Isso mostra que Deus nunca atuou sozinho, mas sempre em conjunto. Semelhantemente, a Igreja foi criada por Deus e a sua existência depende da união entre os seus membros.
A natureza em seus aspectos nos revela aspectos compostos, e não meramente singulares. Talvez você diga: “Acho que não entendi! O que isso significa”? Significa que de maneira orgânica, quase que tudo o que conhecemos é um conjunto de partes que formam um todo. Deus nos ensina na natureza o princípio da união e da unidade.
Seja na química (com ligações entre os elementos); na física (com as variáveis espaço, tempo, força, gravidade, etc.), na música com os acordes (um somatório de notas), e até mesmo na culinária (um mix de temperos e ingredientes formam um sabor todo especial).
Isso significa que o belo está presente nas mais diversas composições; e falar de composição significa que estamos falando de um “conjunto”, de um “arranjo”, e não necessariamente de um elemento isolado. Compreendido?
a) A beleza da Igreja.
Os membros da Igreja são bem diferentes, porém, quando estão unidos, funcionam perfeitamente. Paulo ensinou que Deus colocou cada parte diferente do corpo conforme ele quis (cf. 1 Co 12.18). Alguns membros ocupam funções significativas no corpo, mas, para Deus, todos têm o mesmo valor porque vieram dEle (Rm 8.16). Assim, ninguém precisa se sentir rejeitado por talvez pensar que é um membro menos importante. Deus quer usar cada pessoa de forma especial (1 Co 12.22). Você se lembra de Davi? Deus o escolheu quando ainda era um jovem (1 Sm 16.11-13); e o profeta Samuel que ungiu Davi foi escolhido pelo Senhor quando ainda era um menino (cf. 1 Sm 3.1-4).
Como mencionamos acima, as composições revelam um “trabalho final”, seja na música, na colunaria, na arte, ou até mesmo na ciência. Todavia, perceba que aquele “resultado” só foi alcançado justamente pela junção das partes. Por exemplo; uma receita só fica perfeita e bem elaborada quando todos os ingredientes necessários estão presentes. Por que então diríamos que um tempero ou um ingrediente é mais importante do que o outro, visto que o sabor final é justamente o resultado da mistura de todos eles? Dessa forma, espiritualmente, Deus designou cada um dos membros do corpo de Cristo para uma função toda especial, onde não há mérito nem demérito entre elas, pois se equivalem em importância para o dinamismo do reino de Deus.
b) O membro especial.
No corpo humano, cada membro tem uma função especial ajudando no bom funcionamento de todo o corpo. Com os olhos é possível ver tudo e com os pés andamos ou corremos. Assim é a Igreja, o Corpo de Cristo. Enquanto um profetiza, o outro tem o dom de ensinar. Outros têm a capacidade de liderar, coordenar, aconselhar, enquanto que alguns têm a capacidade de cantar e edificar a igreja por meio dos louvores. Foi o Senhor quem fez assim para que a Igreja pudesse anunciar a mensagem do Reino.
Perceba que entre os que cantam, pregam, profetizam, ensinam, aconselham e auxiliam não há hierarquia, mas apenas designação de função. Ou seja, não é um maior do que o outro, mas cada um possui a sua relevância. Por fim, todos esses ensinamentos não se contradizem com a posição eclesiástica dos nossos líderes, isso porque, nesse segundo contexto, estamos falando da igreja enquanto instituição! Os nossos pastores e líderes, portanto, foram chamados por Deus para uma tarefa específica de direcionamento, e por esse motivo devemos a eles sim a obediência e o respeito.
3. UMA IGREJA ATUANTE E TRIUNFANTE.
Na época da Igreja Primitiva, os cristãos contribuíam para que o Evangelho se expandisse por todos os lugares. Era uma igreja atuante e triunfante. E qual era o segredo dessa igreja? O livro de Atos ressalta que os crentes daquela época estudavam as Escrituras todos os dias e perseveravam nos ensinamentos dos apóstolos. Assim a igreja se fortalecia na fé e o Espírito Santo agia com liberdade porque havia unidade entre os crentes (1 Co 12.7-11).
a) Unidos em amor.
A maioria dos cristãos daquela Igreja prosseguia obediente ao modelo de justiça e amor. Sabe qual foi o resultado dessa união? Surgiram pastores, mestres e evangelistas que cuidavam da espiritualidade e do fortalecimento dos irmãos. Assim a Igreja crescia muito a cada dia (cf. At 2.47).
Uma igreja sadia é “produzida” através do conhecimento da palavra de Deus e da aplicação da sã doutrina. O desenvolvimento dos membros produz o desenvolvimento do corpo como um todo. Se a palavra de Deus chegou até a nossa geração é porque muitos servos de Deus perseveraram no passado.
b) A Unidade é espiritual.
Paulo ensinava que o Senhor tem o desejo de guiar a Igreja em unidade. Por isso, Ele deu dons ministeriais e espirituais aos cristãos querendo ver um Corpo atuante na prática do bem (Ef 4; 1 Co 12). O poder da unidade da igreja está diretamente ligado à prática espiritual, pois em unidade todos exercitavam o hábito de orar e jejuar. Esse era o segredo de seguirem triunfantes (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2).
Apesar de nos desenvolvermos humanamente e evidenciarmos as relações humanas, sabemos que os nossos laços de união e unidade são espirituais. É através do mover do Espírito Santo que os dons operam no meio do povo de Deus, pois Ele é quem tem para entre nós repartir. Portanto, o aperfeiçoamento é alcançado através da prática espiritual, conforme nos ensina a igreja primitiva.
CONCLUSÃO
Os crentes da Igreja de Atos enfrentaram muitas lutas devido às perseguições do império Romano. A Igreja, porém, obedecia a Deus e pregava o Evangelho por toda parte (At 1.8; 4.1-3; 5.40; 9.16). Os crentes dos dias atuais também precisam manter esse compromisso, não apenas pregando, mas, principalmente, praticando o Evangelho apesar das