EBD – COMPREENDENDO O QUE É O AMOR PRÓPRIO – LIÇÃO 2 ADOLESCENTES

EBD – COMPREENDENDO O QUE É O AMOR PRÓPRIO – LIÇÃO 2 ADOLESCENTES

Vamos descobrir

Podemos perceber na sociedade uma constante busca por aceitação e reconhecimento. Geralmente, as pessoas buscam esse tipo de validação no outro. Nas redes sociais isso fica claro, já que a cada postagem, elas buscam por curtidas, reações e comentários (preferencialmente positivos). Entretanto, nossa identidade não pode ser definida pelo outro. Nossa autoestima precisa ser construída a partir do que a Palavra de Deus diz a nosso respeito. Vamos aprofundar essa reflexão?

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I – IDENTIDADE E AUTOESTIMA

1.1. Por que somos como somos?

A vida do Ser Humano começa no ventre da mãe. Mesmo quando o corpo ainda está informe, a vida já está presente. Com apenas 22 dias de gestação, o coração começa a bater e ali, naquele pequeno ser, todo o DNA (ácido desoxirribonucleico) já está presente. No DNA está todo o projeto de Deus para a formação do nosso corpo. Ele carrega as caraterísticas do cabelo que teremos, do formato das unhas, a altura média, o contorno do nariz etc. Cada DNA é único. O que significa que, em toda a humanidade, ninguém é igual ao outro. Você é singular (Gn 1.27,31). Consegue perceber o quanto você é especial?

É dentro dessa perspectiva que precisamos compreender o nosso valor. O Salmista disse: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14 ARC). Você foi projetado por Deus. Foi Ele quem o formou. A origem da sua vida está nEle. Você já agradeceu a Deus por ser quem é?

Cada ser humano é único. A forma com que somos construídos revela a profundidade e a complexidade da criação. Só para entendermos um pouco; em nosso DNA (como bem trouxe a lição) temos 23 pares de cromossomos, e neles estão registrados a nossa bagagem genética. Em cada cromossomo temos cerca de 20 bilhões de bit de informação; e esses “dados” são os responsáveis pela descrição das nossas características. É como se as informações contidas em nosso DNA fossem suficientes para montarmos uma biblioteca.

Apenas por analogia, assim como um programa de computador possui um código o que o descreve (e por isso cada programa e software tem a sua interface e a sua funcionalidade), o ser humano também possui o seu “código de criação”. Ou seja, cada detalhe seu foi especificamente pensado.

É profundo pensar nisso porque bem sabemos que as máquinas são criadas por nós, os homens; mas e a “programação” do homem e todas as suas “informações” e funcionalidades (descritas no seu “código”), quem a fez, se não o próprio Deus? Pense o quão você não é importante! Glória ao Deus Altíssimo, o Pai da Ciência!

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1.2. Compreendendo nossa identidade

Ter a identidade pessoal construída a partir desse fundamento bíblico é fundamental para a edificação da autoestima (Sl 8.4,5). Mas, afinal, o que é isso? Autoestima é uma avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma. Ela pode ser positiva ou negativa.

Quando essa avaliação é positiva, a pessoa demonstra gostar de si mesma, admira suas características, conhece suas qualidades e o reconhece seu próprio valor. Em contextos assim, dizemos que a pessoa tem uma boa autoestima.

Em uma situação inversa, quando a visão de si mesmo é negativa, a pessoa se critica muito, sempre pensa que os outros não vão gostar dela ou do seu comportamento, fica com medo de ser rejeitada e não vê suas próprias qualidades. Nesse quadro, consideramos que a pessoa tem uma baixa autoestima. Ou seja, autoestima é um sentimento que cada pessoa tem em relação a sua própria identidade.

 

Como vimos anteriormente, cada ser humano é único; único em construção, personalidade e características; além de único em seu tempo. Aliás, você já se perguntou por que nasceu exatamente nesse tempo ou geração (e não em momentos passados ou em um tempo futuro)? Só em refletir um pouco nisso já é possível no mínimo “desconfiar” que realmente somos importantes – para a nossa família, para os nossos amigos, para o nosso contexto, e principalmente para Deus.

 

1.3. O mandamento bíblico

No texto base da nossa lição, (Mateus 22.36-39), vemos expressamente dois mandamentos. O primeiro é amar a Deus e o segundo é amar ao próximo. Entretanto, o segundo mandamento está atrelado ao princípio do amor-próprio: “[…] Ame os outros como você ama a você mesmo” (Mt 22.39). De modo que podemos compreender que a prática do amor ao próximo é antecedida pelo princípio do amor-próprio.

Porém, como isso funciona? Amar a si mesmo não é a mesma coisa que egoísmo ou orgulho. Amor-próprio diz respeito à valorização e preservação da vida, reconhecimento do Criador, construção de uma identidade pautada na Bíblia e cuidados com o corpo e com a mente, a fim de santificá-los. Quem ama a si mesmo escolhe seguir o bem, a verdade e o Caminho da Vida (Jo 14.6).

Matheus 22:39, parte b, diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Este é o segundo principal mandamento de acordo com os ensinamentos do Senhor Jesus, ficando abaixo apenas do amor a Deus sobre todas as coisas.

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O amor ao próximo é importante pois ao cumprir este mandamento muitos outros serão cumpridos: se eu amo o meu irmão, não vou contender com ele, não vou mentir para ele, não buscarei o seu mal, não vou cobiçar o que é seu; entre tantas outras derivantes.

No entanto, perceba que este mandamento possui um condicionante; que é o “como”; ou “assim como”; ou “da mesma maneira”; o que implica que o amor próprio vem primeiro! Como diz um ditado popular: “cara um dá aquilo que tem”. Ora, se eu não tenho amor dentro de mim, como poderei oferecer amor para outra pessoa? Se não estou bem comigo mesmo, como poderei fazer o bem para outras pessoas?

Sobretudo, também temos que tomar cuidado para não confundir o amor próprio com egoísmo, o que é muito comum na geração atual. As pessoas utilizam o amor próprio como um “escudo de proteção”, e vivem de modo a fazer de tudo pela própria “felicidade”, mesmo que isso seja apoiado no egoísmo. Não é assim que o Senhor nos ensinou!

II – CUIDADO COM AS INFLUÊNCIAS

Muitas vezes, o mundo tenta influenciar a identidade dos cristãos através da cultura e da propagação de ideias. Nós precisamos ter cuidado e rejeitar toda influência antibíblica. A sociedade secularizada tenta desconstruir o padrão bíblico de identidade, criticando os valores e comportamentos dos cristãos que obedecem a Deus (1 Jo 5.19). Considerando esse contexto, vamos destacar duas influências que tentam afetar a identidade do cristão:

2.1. O suposto “padrão de beleza”

As mídias apresentam adolescentes com seus corpos expostos e sensualizados como o padrão de um comportamento aprovável. Elas tentam promover certos comportamentos, modas e padrões de consumo (a 2.8). Os cristãos, porém, não se deixam enganar por essas sutilezas. Nós conhecemos muito bem o padrão bíblico (1 Pe 1.16) e sabemos que devemos seguir a vontade de Deus (Rm 12.2).

Entretanto, sabemos que muitos adolescentes são tentados a se compararem com exemplos expostos nas mídias. E, por isso, muitos acabam se sentindo mau com sua aparência e estilo de vida. Essa comparação acarreta a autocrítica e o sentimento de desprezo pessoal. A intenção do Inimigo é esta mesmo: deixar o adolescente cristão inseguro com a sua própria identidade.

Entretanto, o adolescente cristão não deve ser influenciado pela moda ou pelas mídias; antes, deve reconhecer que foi feito à imagem e semelhança do Criador (Gn 1.26,27). Ele também deve saber que seu corpo deve ser honrado e preservado porque é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19,20); e precisa construir sua identidade e autoestima pautadas na Palavra de Deus (Sl 139.14).

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Você já se perguntou como nasce um padrão? Muitas vezes um padrão é fruto de uma tendência; e as “tendências” são especulativas (ou seja, não quer dizer que seja “o ideal”). Isso é muito comum nas redes sociais, onde os artistas e famosos agem, vestem, comem, bebem, de acordo com aquilo que no momento é uma tendência (ou referência). Todavia, nós sabemos que a vida é mais do que um momento!

As “modas” vem e vão, e com o tempo “passam”. Já nascem com um “prazo de validade”. Nós, porém, fomos feito para uma eternidade. A nossa vida não se resume ao mundo, muito menos a um momento. A busca pelo “ideal” ou pelo “belo” não é de hoje! Desde sempre o homem enfrenta essa enfadonha corrida para o nada, e por isso Salomão escreve e categoriza tudo isso em Eclesiastes como vaidade de vaidades.

O nosso “padrão” não é dessa terra, mas determinado por Deus. Ele nos fez para vivermos um propósito específico, e as nossas características são especiais para o cumprimento desse propósito. Não despreze o dom que Deus te deu (como Paulo disse a Timóteo).

2.2. O mau uso das redes sociais

Apesar de a internet ter muitas ferramentas úteis para o trabalho e para os estudos, ela também apresenta riscos quando é mal utilizada. As redes sociais afetaram os relacionamentos, ou seja, os princípios da convivência e da confiança, tão estimados em uma boa amizade, não possuem muito valor em uma rede social (Pv 27.9,10). Ao contrário, ao invés de amigos, o que são valorizados são seguidores, fotos, edição de vídeo e likes.

Algumas consequências negativas das redes sociais já foram mapeadas por profissionais da área da saúde. São elas: o aumento da ansiedade, popularização do sentimento de rejeição e sensação de autoestima baixa. Isso ocorre mediante a extrema exposição pessoal à medida em que há uma busca, a todo custo, pela aprovação dos outros (que muitas vezes são desconhecidos).

A despeito das várias funcionalidades úteis das redes sociais, precisamos estabelecer parâmetros saudáveis no uso delas. Você não pode permitir ser definido pelo padrão de regras numéricas que regem as redes. Lembre-se que Jesus ama você (Jo 3.16). Ele o amou primeiro (1 Jo 4.19). Ele morreu na cruz . para salvar a sua vida. E, no Reino de Deus, o que importa é a nossa vida real.

Quem sabe o propósito inicial das redes sociais era uma troca de experiência, uma aproximação entre as pessoas, e por consequência um desenvolvimento pessoal. Esse seria talvez o “modelo racional” de uso das redes. Porém, a maldade e o senso de comparação tornam o uso das redes sociais, em muitos casos, como algo prejudicial.

Além dos possíveis danos psicológicos, neurologicamente o uso demasiado das redes sociais também é prejudicial! As substâncias liberadas no cérebro e os neurotransmissores potencializados literalmente causam um efeito de “dopagem” nos usuários; o que produz um efeito viciante, e até mesmo dependência.

Portanto, controle o seu tempo de uso e tenha intencionalidade no consumo (ou produção) de conteúdo. Isto é; não utilize as redes de maneira passiva ou em um “modo automático”, como quem apenas está buscando o prazer, pois é exatamente esse tipo de comportamento que traz prejuízos.

III – APRENDENDO A VALORIZAR A VIDA

Deus nos deu a vida. E a Bíblia nos ensina a administrar bem a nossa vida, o tempo e as oportunidades (Ef 5.15-17). Precisamos aprender a valorizar cada manhã como uma oportunidade de viver os propósitos de Deus (Lm 3.22,23).

A vida é bela e passageira; por isso, precisamos valorizá-la (Sl 39.5). Quando entendemos esse princípio bíblico, fica claro que não devemos comparar a nossa vida com a de outras pessoas. Cada um tem seu próprio tempo. Cada pessoa tem experiências que estão de acordo com seu próprio desenvolvimento físico, mental e social.

Por isso, você não pode se comparar a ninguém. Alguns vão vivenciar seu ritmo de aprendizado e crescimento mais rápido; outros, mais lento. O importante é seguirmos na caminhada, acreditando que o Senhor tem o controle de todas as coisas. Assim, o que sonhamos acontecerá no tempo certo, se for a vontade de Deus.

A vida foi soprada em nós por Deus, a quem nossa Alma pertence. Fomos enviados nesse tempo e nessa geração para viver os propósitos de Deus, e sermos participantes de uma grande obra que nos encaminha para o Reino de Deus.

Não é pecado sonhar, desejar e realizar; ao contrário disso! A palavra de Deus diz que o sonho realizado é árvore de vida (Pv 13:12b). Deus não nos chamou para o abatimento ou para a tristeza! Ele nos chamou para darmos o nosso melhor todos os dias; e o nome dessa virtude se chama excelência.

Em um outro provérbio a palavra de Deus nos ensina: “Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte“ (Pv 22:29). Este provérbio nos traz uma outra virtude chamada diligência, que caminha junto com a excelência. O jovem que desde cedo busca por essas qualidades tem na palavra de Deus a garantia de que será bem-sucedido.

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O tempo que temos é o mesmo para todos; as mesmas 24 horas. Porém, a forma como gerenciamos o nosso tempo define os rumos dos nossos caminhos. Se você gasta o seu tempo consumindo conteúdo em redes sociais, além de prejudicar o seu psicológico e a sua capacidade cognitiva, deixará de adquirir conhecimento útil. Claro que o jovem deve aproveitar a sua mocidade e realizar atividades que condizem com a sua idade, mas muitas das decisões que tomamos na juventude refletirão ao longo da nossa vida.

O maior conselho, por fim, é estar aos pés do Senhor Jesus. Com Ele está essência da vida! Ele é o melhor amigo e o melhor conselheiro, e todas as suas palavras são verdade. O jovem que teme ao Senhor será seguido pelas bençãos, pois à mão direita do Senhor há delícias perpetuamente (Sl 16:11).

 

CONCLUSÃO

O amor-próprio nada mais é do que gostar de si mesmo e valorizar quem você é. Tudo em você (cor de pele, olhos, cabelos, altura, personalidade) aponta para o poder e a grandeza do Criador, seu Pai. Tudo o que Deus fez é bom. Você é incrível porque foi feito (a) por Deus. Partindo dessa perspectiva bíblica, vigie e tome cuidado com as sutilezas mundanas que tentam influenciar a sua identidade. Preserve sua identidade cristã neste mundo.

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