EBD – Conhecendo os Profetas Menores – Lição 6 Juvenis – 2° Trimestre 2024
Os profetas menores nos ensinam que um profeta é alguém que fala em nome de Deus. Deus escolhe homens e mulheres para transmitir Sua vontade ao povo, e é essencial que o povo reconheça a voz do profeta como sendo a voz de Deus e obedeça. No entanto, muitas vezes, mesmo quando os profetas são levantados e dirigidos por Deus, o povo se recusa a ouvir. Isso continua até os dias de hoje, com muitas pessoas buscando apenas palavras de bênção e prosperidade, mas rejeitando a correção e a exortação. Devemos lembrar que o profeta não fala por vontade própria, mas transmite a mensagem que Deus ordena. Muitos precisam ser corrigidos e exortados para mudar de vida e se comportar corretamente, buscando boas atitudes e amizades. Que Deus possa usar cada um de nós como Seus profetas, para guiar e corrigir aqueles que precisam.
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A IMPORTÂNCIA DOS PROFETAS MENORES.
1.1. Quem eram os profetas menores?
Na primeira lição deste trimestre, vimos que a organização do texto bíblico classifica os livros por estilo literário. Nesse sentido, encontramos na Bíblia os livros que pertencem aos seguintes grupos: históricos, poéticos e proféticos. Concernentes aos livros proféticos, temos aqueles que são chamados de “profetas maiores”, em razão de seus escritos comportarem maior quantidade de textos (capítulos e versículos). E temos os “profetas menores”, que constituem o grupo de livros proféticos que apresentam menor quantidade de texto, porém, não menos importantes. Essa seção da Bíblia, que estudaremos nesta lição, é com posta por 12 livros que levam os nomes de seus respectivos escritores, a saber: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
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EBD – Conhecendo os Profetas Menores – Lição 6 Juvenis – 2° Trimestre 2024
Na organização do texto bíblico, os livros são classificados em diferentes grupos baseados em seu estilo literário. Entre eles, temos os históricos, poéticos e proféticos. Os profetas são divididos em maiores e menores, não pela importância, mas pela quantidade de texto que escreveram. Os profetas maiores, como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e Lamentações, têm escritos mais extensos, enquanto os profetas menores, como Oséias, Joel, Amós, etc., têm escritos mais breves. Essa divisão não foi feita por Deus, mas é uma organização humana para facilitar o estudo e compreensão. Na Bíblia judaica, os 12 profetas menores são considerados um único livro, mas na nossa Bíblia, são separados em 12 livros individuais. É importante lembrar que essa divisão é útil para nosso estudo, mas é uma construção humana para organização.
1.2. Qual era a missão?
Os profetas menores tinham como missão confrontar a liderança política e espiritual, bem como o povo de Israel e Judá a respeito dos seus pecados de idolatria, injustiças sociais e demais desobediências à Lei de Deus. Muitas vezes, a mensagem anunciada petos profetas era representada por eventos que ocorriam nas suas próprias vidas, como, por exemplo, o casamento de Oseias comum a mulher advinda da prostituição. O próprio Deus ordenou o profeta a agir dessa forma, o que certamente escandalizava os religiosos da época, Porém, servia de exemplo para lhes mostrar que, do mesmo modo, o Senhor casou-se com um povo infiel que praticava a prostituição espiritual, isto é, a idolatria, distanciando-se cada vez mais dos seus caminhos (Os 1,2).
Os profetas menores tinham a missão de confrontar tanto a liderança política quanto espiritual, além do povo de Israel e Judá, sobre seus pecados, incluindo idolatria, injustiças sociais e outras desobediências à lei de Deus. Muitas vezes, sua mensagem era representada por eventos em suas próprias vidas, como o casamento de Oséias com uma mulher adúltera, ordenado por Deus para simbolizar a infidelidade do povo de Israel para com Ele. A missão principal dos profetas menores era pregar e anunciar a vontade do Senhor para ambos os reinos, o do Sul (Judá e Benjamim) e o do Norte (Israel). Alguns profetizaram especificamente para um dos reinos, outros para ambos, enquanto alguns profetizaram após o exílio babilônico. No entanto, houve um profeta dos profetas menores que não foi chamado para profetizar nem para o reino do Sul nem para o reino do Norte. Esse profeta foi Jonas. Ele foi enviado por Deus para profetizar à cidade de Nínive, uma cidade estrangeira. É interessante notar como Deus usou Jonas para mostrar Sua preocupação com todas as nações, não apenas com Israel e Judá.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PROFETAS MENORES
2.1. Por que menores?
Como mencionamos anteriormente, a nomenclatura “Menores” deve-se ao fato de os escritos desses profetas comportarem menor quantidade de texto em relação aos profetas Isaías, Jeremias, Ezequiel Daniel. Isso não significa que as suas profecias ou ministérios tenham menos importância doutrinária. Outros aspectos que diferenciam os profetas menores são a datação em que foram escritos, as diferenças de estilo literário e a brevidade no relato dos fatos. Dentre os profetas menores, há onze livros cuja mensagem aborda problemas relacionados à arrogância dos reis e ao destino de povos ímpios. Em contrapartida, o livro de Jonas trata da sua experiência no tocante ao chamado para pregar uma mensagem de juízo e arrependimento a um povo ímpio e cruel.
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EBD – Conhecendo os Profetas Menores – Lição 6 Juvenis – 2° Trimestre 2024
Os profetas menores receberam esse título porque seus escritos tinham menos volume em comparação com os profetas maiores, como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Isso não diminui a importância doutrinária de suas profecias ou ministério. Além da quantidade de texto, outros aspectos que diferenciam os profetas menores incluem a datação de seus escritos, diferenças de estilo literário e a brevidade de seus relatos. Enquanto a maioria dos livros dos profetas menores aborda questões relacionadas à arrogância dos reis e ao destino dos povos ímpios, o livro de Jonas se destaca por sua narrativa sobre a experiência do profeta em relação ao chamado para pregar uma mensagem de juízo e arrependimento a um povo ímpio e cruel, os assírios de Nínive.
Embora nem todos os profetas tenham escrito livros na Bíblia, alguns, como Elias e Eliseu, foram grandes homens de Deus que realizaram milagres poderosos. No entanto, os profetas que mais escreveram foram Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, sendo chamados de profetas maiores devido à extensão de seus escritos. Os profetas menores, por sua vez, profetizaram por um período estimado de 300 a 400 anos, tanto para o reino do Sul quanto para o reino do Norte. Jonas se destaca entre os profetas menores por sua missão singular de pregar contra a nação ímpia dos assírios em Nínive. Apesar de inicialmente resistir ao chamado por medo da crueldade do povo de Nínive, Jonas eventualmente cumpriu sua missão, tornando-se parte dos profetas menores da Bíblia Sagrada.
2.2. Qual o período de atuação dos profetas?
Os profetas considerados “menores” atuaram no período entre os séculos VIII e V. a.C. as datas não são precisas, porém, de acordo com os elementos históricos registrados em cada livro, é possível atribuir as seguintes datas aos respectivos livros proféticos: século VIII a.C.: livros: Oseias, Amós e Miqueias: século VII a.C.: livros: Naum, Habacuque e Sofonias; séculos VI-V a.C.: livros: Joel, Obadias, Ageu, Zacarias e Malaquias; data incerta: livro de Jonas. Obviamente, os livros que fazem parte do grupo dos “profetas menores” não estão necessariamente em ordem cronológica. Muitos desses profetas anunciavam a mensagem do Senhor concomitantemente aos profetas maiores. Os grandes diferenciais são as temáticas e abordagens desses profetas aos destinatários da mensagem. O maior divisor de águas para situar os anos em que esses homens exerceram seus respectivos ministérios é o evento do cativeiro babilônico. Ele serve de referência para demarcar os tempos de atuação de cada profeta.
Os profetas considerados menores atuaram no período entre o século VI e o 5º século antes de Cristo. Embora as datas exatas não sejam precisas, de acordo com elementos históricos registrados em cada livro, é possível atribuir as seguintes datas aproximadas aos respectivos profetas: no século VI antes de Cristo, temos os livros de Oséias, Amós e Miquéias; no 5º século antes de Cristo, temos os livros de Naum, Habacuque e Sofonias; Joel, Obadias, Ageu, Zacarias e Malaquias datam de um período incerto. O livro de Jonas não possui uma data precisa.
Os livros dos profetas menores não estão necessariamente em ordem cronológica. Muitos profetas anunciavam suas mensagens simultaneamente aos profetas maiores, mas diferiam em suas temáticas e abordagens. O evento do cativeiro babilônico serve como referência para marcar os períodos de atuação de cada profeta. Embora não haja uma data exata para determinar a ordem em que profetizaram, é importante destacar que o conteúdo das profecias é mais relevante do que a ordem cronológica.
Quanto à preferência de ser profeta antes, durante ou depois do cativeiro babilônico, isso depende das circunstâncias individuais e das demandas específicas de cada época. Cada período teria seus próprios desafios e oportunidades únicas.
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A ESTRUTURA DOS LIVROS
3.1. Visão panorâmica
Do ponto de vista panorâmico, os livros dos profetas menores estão organizados da seguinte forma: profetas que profetizaram antes do Cativeiro Babilônico: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque e Sofonias; e profetas que profetizaram após o Cativeiro Babilônico: Ageu, Zacarias e Malaquias. Os autores desses livros foram instrumentos de Deus para proclamar uma mensagem de repreensão à liderança política e espiritual que governava Israel e Judá, apontando os problemas políticos, sociais e espirituais. Mas não apenas a liderança, pois eles denunciavam o pecado, a injustiça e a apostasia do povo concernente à adoração ao único Deus e à obediência à sua Lei. A natureza da mensagem profética consistia na chamada ao arrependimento e à fidelidade a Deus. N esse contexto, muitos profetas anunciaram a vinda do Messias e a promessa da restauração do Reino davídico.
Os profetas menores foram instrumentos de Deus para proclamar uma mensagem de repreensão à liderança política e espiritual que governava Israel e Judá, apontando os problemas políticos, sociais e espirituais. Suas mensagens não se limitavam apenas à liderança, mas também denunciavam o pecado, a injustiça e a apostasia do povo em relação à adoração ao único Deus e à obediência à Sua lei. A natureza da mensagem profética consistia em um chamado ao arrependimento e à fidelidade a Deus. Muitos profetas também anunciavam a vinda do Messias e a promessa da restauração do reino davídico.
É importante destacar que todos os profetas, independentemente de serem escritores ou não da Bíblia Sagrada, profetizaram sobre o cativeiro babilônico. Eles advertiram o povo a se arrepender, caso contrário, Deus levantaria uma nação para castigá-los. Infelizmente, o povo não deu crédito às advertências dos profetas, e o tempo passou. Porém, como sempre ocorre, Deus agiu de acordo com a justiça divina. Os líderes políticos e espirituais, ao invés de orientarem o povo para Deus, se desviaram, levando o povo a se desviar também.
No reino do norte, por exemplo, dos cerca de 19 reis, todos se desviaram da presença de Deus, o que levou à sua eliminação. As 10 tribos do reino do norte desapareceram devido ao pecado e à sua saída da presença de Deus. No reino do sul, a situação não foi muito diferente, com cerca de 19 a 20 reis, dos quais apenas seis tentaram servir a Deus, enquanto os demais se desviaram. A liderança desviada influenciou o povo, levando-o ao pecado.
Assim como na época dos profetas menores, hoje também é crucial que os líderes espirituais e políticos estejam comprometidos com Deus, orientando o povo para Ele. A falta de oração, de compromisso e de vigilância espiritual pode levar o povo ao desvio. Portanto, é essencial buscar a Deus em oração, consagrar a vida e orientar os outros a fazerem o mesmo, tanto em público quanto em particular, pois Deus vê tudo. Que possamos aprender com as lições da história e buscar constantemente a misericórdia e a orientação de Deus em nossas vidas.
3.2. Mensagem e propósito
A mensagem dos profetas é um alerta de Deus quanto à negligência da adoração, ao cuidado para com os necessitados e uma repreensão quanto à falta de zelo com 0 Templo. Vamos ver a mensagem de cada profeta:
A mensagem dos profetas é um alerta de Deus sobre a negligência na adoração e no cuidado para com os necessitados, além de uma repreensão pela falta de zelo com o templo. Cada profeta trazia uma mensagem específica que refletia as condições espirituais e sociais de seu tempo. As pessoas não tinham compromisso com o templo nem responsabilidade para com o altar do Senhor. Elas queriam adorar a Deus durante o dia, mas serviam a outros deuses à noite. Queriam oferecer sacrifícios, mas também se entregavam à idolatria.
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EBD – Conhecendo os Profetas Menores – Lição 6 Juvenis – 2° Trimestre 2024
Deus não aceita a divisão de Sua glória, Ele vê tudo e intervém no tempo certo. Ele levanta e abate conforme Sua vontade. Seu desejo é que nos arrependamos de nossos pecados e nos convertamos a Ele. É importante transmitir essa mensagem aos outros, especialmente aos jovens, para que compreendam a importância do arrependimento e da mudança de vida. Deus quer que tenhamos uma vida santa e digna diante dEle, e Ele nos ajudará em nossas fraquezas quando nos voltarmos para Ele em busca de auxílio e orientação.
Oseias — O livro de Oseias é o primeiro dos 12 profetas menores. Ele apresenta Deus como o amante divino. Assim, a pecaminosidade de Israel é representada em termos de infidelidade conjugal e injustiça. o próprio casamento do profeta se torna a mensagem que ele prega: Deus, motivado pelo amor, restaurará Israel da mesma maneira com o Oseias recebeu de volta a sua esposa infiel (Os 1.2).
O Livro de Oséias é o primeiro dos 12 profetas menores e apresenta a Deus como um amante divino. A pecaminosidade de Israel é retratada em termos de infidelidade conjugal e injustiça. O próprio casamento do profeta se torna uma mensagem que ele prega: Deus, motivado pelo amor, restaurará Israel da mesma maneira como Oséias recebeu de volta sua esposa infiel.
Deus instrui Oséias a se casar com uma mulher da casa de prostituição, simbolizando o relacionamento de Deus com Israel, que estava em pecado. Assim como Oséias recebeu sua esposa infiel de volta, Deus queria receber Israel de volta, cuidar dele, abençoá-lo e protegê-lo. O casamento de Oséias representa o relacionamento de Deus com Israel e mostra o desejo de Deus de restaurar e abençoar Seu povo.
Até mesmo os filhos de Oséias refletem essa comunhão com Deus e o direcionamento da vontade do Senhor. O livro de Oséias é uma poderosa ilustração do amor, da fidelidade e da misericórdia de Deus, mesmo diante da infidelidade e do pecado do Seu povo.
Joel — O Dia do Senhor é revelado ao profeta Joel por meio da imagem amedrontadora da praga de locustas. Joel chama a nação ao arrependimento. Quando a nação realmente se arrepende dos seus pecados, o Senhor julga os povos que a oprimiram. O profeta anuncia também o derramamento do Espírito e a restauração de tudo o que o povo havia perdido (Jt 2.28, 29).
O profeta Joel recebeu a revelação do dia do Senhor por meio da imagem da devastação causada pela praga de gafanhotos. Ele convoca a nação ao arrependimento, anunciando que Deus julgará os povos que oprimem. Além disso, Joel profetiza o derramamento do Espírito Santo e a restauração de tudo que o povo havia perdido.
Embora seja conhecido como o profeta do derramamento do Espírito Santo, é importante destacar que Joel também profetizou contra a nação de Israel, chamando o povo ao arrependimento. Ele enfatiza que se o povo se arrepender dos seus pecados, Deus estará disposto a perdoar e abençoar. Por outro lado, as nações que se levantaram contra Israel seriam castigadas por Deus.
O livro de Joel foi escrito para chamar a atenção não apenas do povo de Israel, mas também das nações que estavam perseguindo Israel. Ele adverte que aqueles que perseguem Israel serão perseguidos e destruídos por Deus. No entanto, Joel é especialmente lembrado como o profeta que anunciou o derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne, conforme registrado em Atos 2, durante a inauguração da igreja. Ele viu e profetizou esse evento significativo para a história do Cristianismo.
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Amós — Amós profetizou para o Reino do Norte e protestou contra o estilo de vida luxuoso da classe governante que resultou em apatia moral e espiritual. O exílio era o julgamento de Deus sobre essas más obras (Am 5.12-16).
O livro de Amós foi direcionado ao reino do norte, composto pelas 10 tribos de Israel. Amós protestou contra o estilo de vida luxuosa da classe governante, que resultou em apatia moral e espiritual. Ele denunciou a opressão dos pobres pelos governantes, que buscavam cada vez mais explorar e enriquecer às custas dos necessitados.
É importante ressaltar que Amós não profetizou para Jerusalém, o reino de Judá ou a tribo de Benjamim, mas especificamente para o reino do norte. Ele confrontou diretamente a injustiça social e a exploração dos menos favorecidos pela elite governante.
Deus levantou Amós como um profeta da justiça divina, chamando atenção para as consequências da opressão e do enriquecimento injusto. Ele instou o povo e seus líderes a se arrependerem e a mudarem seus caminhos, advertindo que o julgamento de Deus sobre suas obras poderia resultar no exílio. A mensagem de Amós é uma poderosa denúncia contra a injustiça e uma chamada ao arrependimento e à retidão moral e espiritual.
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Obadias — A mensagem de Obadias era uma condenação sobre Edom. Os edomitas traíram Judá e degolaram os seus refugiados. Mas havia uma promessa de restauração para Judá, enquanto os edomitas seriam devastados (Ob 12-15).
O profeta Obadias entregou uma mensagem de condenação contra Edom. Os edomitas, vizinhos de Judá, foram culpados por atos cruéis, como sair contra Judá e matar seus refugiados. Enquanto Edom se regozijava com o sofrimento de Judá e até mesmo facilitava a perseguição de Israel pelas outras nações, Deus estava observando.
Obadias foi levantado por Deus para profetizar contra esse comportamento dos edomitas. Ele denunciou suas ações cruéis e sua colaboração na perseguição de Israel. O profeta declarou que Deus traria juízo sobre Edom por suas transgressões.
Enquanto os edomitas enfrentariam devastação, Obadias também trouxe uma mensagem de esperança para Judá. Ele profetizou a restauração e a proteção de Judá, enquanto os edomitas seriam punidos pelo mal que fizeram. A mensagem de Obadias é um lembrete poderoso de que Deus vê e julga todas as ações dos homens.
Jonas — O livro de Jonas relata a história do profeta. Após receber a comissão, ele decide fugir e sofre as consequências dessa escolha. No ventre do grande peixe, contudo, Jonas recebe uma nova chance para cumprir a missão, e o povo de Nínive se arrepende Un 1.2,17).
O livro de Jonas narra a história do profeta que recebeu a comissão divina para pregar para o povo de Nínive, uma cidade ímpia. Porém, Jonas, em desobediência, decide fugir da vontade de Deus. No entanto, ele acaba sofrendo as consequências dessa escolha ao ser engolido por um grande peixe. Mesmo assim, Jonas recebe uma segunda chance para cumprir sua missão.
Quando finalmente decide obedecer, Jonas prega a mensagem de arrependimento para o povo de Nínive. Surpreendentemente, o povo se arrepende sinceramente, buscando a Deus em jejum e consagração. Deus, vendo o arrependimento genuíno do povo, decide perdoá-los e abençoá-los.
No entanto, Jonas, indignado com o perdão divino, chega até mesmo a desejar a própria morte. Isso revela uma falta de compreensão por parte do profeta sobre a natureza do perdão de Deus. Assim como Jonas, muitos podem ter dificuldade em entender o perdão divino, mas é importante compreender que Deus perdoa aqueles que verdadeiramente se arrependem e buscam uma vida consagrada a Ele.
Miqueias — O profeta Miqueias protesta contra as injustiças da sociedade, bem com o contra a falsa religião. Por fim, o Senhor pronúncia um julgamento contra o seu povo, seguido de uma futura restauração (Mq 2.1-3).
O profeta Miquéias protestou veementemente contra a injustiça social e a falsa religiosidade que estavam prevalecendo na sociedade de sua época. Ele denunciou o massacre e a humilhação dos mais fracos, assim como a hipocrisia religiosa que permeava o povo de Israel.
Deus, por meio de Miquéias, pronunciou um julgamento contra seu próprio povo devido às suas más ações. No entanto, esse julgamento foi seguido pela promessa de uma futura restauração. Isso mostra que, apesar do castigo divino pelos pecados cometidos, Deus também oferece esperança de restauração para aqueles que se arrependem e buscam uma vida de retidão.
A mensagem de Miquéias nos lembra da importância de vivermos de acordo com os princípios de justiça e retidão, buscando sempre a verdadeira adoração a Deus e o cuidado com os mais vulneráveis da sociedade. Devemos refletir sobre nossas próprias ações e estar preparados para enfrentar as consequências delas, seja para o bem ou para o mal.
Naum — Naum anuncia a destruição da Assiria, assim como de sua capital, Ninive. Com isso, o povo de Judá seria aliviado de muitas tensões (Na 2).
A história dos profetas Jonas e Naum apresenta um interessante contraste no relacionamento entre Deus e a cidade de Nínive.
Jonas foi enviado por Deus para pregar ao povo de Nínive, uma cidade conhecida por sua grande maldade. Surpreendentemente, o povo de Nínive se arrependeu genuinamente de seus pecados, e Deus, em Sua misericórdia, perdoou-os e abençoou a cidade. No entanto, após cerca de cem anos, a cidade voltou à prática do pecado e da injustiça.
Diante dessa recidiva ao pecado, Deus levantou o profeta Naum para proclamar juízo contra a cidade. Naum anunciou a destruição iminente de Nínive como consequência de sua maldade persistente. Deus cumpriu Sua promessa de julgar a cidade, demonstrando tanto Sua misericórdia quanto Sua justiça.
Essa narrativa nos lembra da importância do arrependimento genuíno e da manutenção da fidelidade a Deus. Ela também nos alerta sobre as consequências da persistência no pecado e da rejeição da misericórdia divina.
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Habacuque — O profeta questiona a Deus sobre as injustiças e corrupções da sociedade. Finalmente, o livro termina com a com preensão de Habacuque acerca dos propósitos divinos e sua expressão de fé, louvor e esperança, mesmo diante de circunstâncias desfavoráveis (Hb 1.2; 3.17,18).
O livro do profeta Habacuque é marcado por um diálogo profundo entre o profeta e Deus sobre as injustiças e a aparente inatividade divina diante do mal. Habacuque questiona a Deus sobre o sofrimento do povo justo diante da prosperidade dos ímpios e sobre a aparente tolerância de Deus diante da injustiça.
Em meio a essas dúvidas e questionamentos, o profeta Habacuque expressa sua fé, louvor e esperança em Deus, mesmo diante das circunstâncias desfavoráveis. Ele reconhece a soberania de Deus e Sua capacidade de agir de maneira justa e redentora, mesmo quando as coisas parecem estar fora de controle.
Um dos versículos conhecidos do livro de Habacuque é Habacuque 2:4, que diz: “O justo viverá pela sua fé”. Esse versículo destaca a importância da fé e da confiança em Deus, mesmo em meio às adversidades.
Em resumo, o livro de Habacuque nos lembra da importância de confiar em Deus e de manter nossa fé, mesmo quando as circunstâncias parecem difíceis. Ele nos encoraja a louvar a Deus e a esperar em Seu tempo e em Sua justiça.
Sofonias — O livro de Sofonias trata de uma condenação direta sobre a condição espiritual de Judá e Jerusalém. O profeta anuncia também o Dia do Senhor com o um dia de julgamento, porém, o remanescente será salvo (Sf 3.8,9).
O livro de Sofonias trata principalmente da condição espiritual de Judá e Jerusalém, trazendo uma condenação direta sobre o pecado e anunciando o dia do Senhor como um dia de julgamento. O profeta Sofonias alerta sobre as consequências do pecado e da desobediência ao Senhor, indicando que haverá um dia de juízo no qual Deus intervirá para punir os ímpios e restaurar os justos.
O dia do Senhor é frequentemente associado a um momento de juízo divino, no qual Deus intervém na história humana para julgar e castigar os pecadores. Esse dia pode manifestar-se de várias formas ao longo da história, incluindo eventos como o cativeiro de Judá e Jerusalém, e também é associado à grande tribulação mencionada na Escritura.
É importante estar vigilante e preparado espiritualmente para o dia do Senhor, pois será um momento de prestação de contas diante de Deus. Muitos creem que o arrebatamento da igreja acontecerá antes da grande tribulação, como um evento no qual os crentes serão levados para estar com o Senhor antes do juízo final sobre a terra.
Ageu — A mensagem de Ageu é um despertamento aos exilados que retornaram do cativeiro. Eles estavam empenhados em seus próprios interesses, enquanto a Casa de Deus estava em ruínas (Ag 1.9,10).
Ageu foi um profeta que surgiu após o retorno dos exilados da Babilônia, quando o povo de Judá estava reconstruindo Jerusalém. A mensagem de Ageu era um chamado ao despertamento espiritual, pois, em vez de se dedicarem à reconstrução do templo de Deus, os retornados estavam mais preocupados com seus próprios interesses e embelezamento de suas próprias casas.
Deus levantou Ageu para repreender o povo por sua negligência para com a casa do Senhor. Enquanto cada um se empenhava na construção de suas próprias moradias, o templo de Deus estava em ruínas. Ageu os exorta a considerar suas prioridades espirituais, a edificar a casa de Deus antes de cuidarem de seus próprios lares. Ele os lembra de que, ao priorizarem o serviço a Deus e Sua casa, seriam abençoados em todas as áreas de suas vidas.
A mensagem de Ageu é relevante até os dias de hoje, pois nos lembra da importância de colocarmos Deus em primeiro lugar em nossas vidas e de dedicarmos nosso tempo e recursos para Sua obra. É um chamado ao despertamento espiritual e à busca do reino de Deus acima de nossos próprios interesses materiais.
Malaquias — Malaquias denuncia o comportamento da nação pós-exílica. O povo não estava servindo ao Senhor devidamente. O profeta predisse também a vinda de um mensageiro que restauraria a religião (Ml 4 5. 6).
A mensagem dos profetas menores, incluindo Malaquias, foi essencialmente uma chamada ao arrependimento, à justiça e à renovação espiritual do povo de Israel. Eles foram levantados por Deus para advertir o povo contra a injustiça, a corrupção e a negligência espiritual. Ao longo de suas profecias, esses profetas enfatizaram a importância da fidelidade a Deus, da adoração verdadeira e do cumprimento das obrigações religiosas, como o dízimo e as ofertas.
Malaquias, especificamente, repreendeu o povo por seu descaso para com Deus, especialmente em relação às ofertas e dízimos. Ele profetizou sobre a vinda do Messias e também sobre um mensageiro que prepararia o caminho para Ele, uma referência a João Batista. A mensagem de Malaquias era clara: o povo precisava se arrepender de seus pecados e voltar-se para Deus, caso contrário, enfrentariam as consequências de seu afastamento.
Essas mensagens proféticas continuam relevantes nos dias de hoje, pois nos lembram da importância da integridade espiritual, do compromisso com Deus e da prática da justiça. Como canal do Espírito Santo, é nosso dever proclamar essas verdades e conduzir as pessoas ao arrependimento e à renovação espiritual. Que possamos ser fiéis mensageiros de Deus, assim como os profetas menores foram em sua época.
CONCLUSÃO
Deus levantou cada um dos chamados “profetas menores” a fim de trazer uma mensagem de arrependimento, juízo e renovação espiritual ao seu povo. Esse mesmo propósito permanece atualmente a partir da igreja. Enquanto não chega o grande Dia da Volta de nosso Senhor, devemos anunciar que o julgamento divino virá. Que Deus nos faça canais do seu Espírito Santo para esta geração!
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