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EBD – Duas Importantes Mulheres na História de um Povo – Lição 1 Adultos

EBD – Duas Importantes Mulheres na História de um Povo – Lição 1 Adultos

TEXTO ÁUREO

“Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.” (Rt 4.14) Embora Noemi tivesse passado por grande tristeza e adversidade na vida, manteve sua fé em Deus. Por causa da sua fé perseverante, Deus ordenou os eventos de tal maneira que no final ela teve uma vida agradável e abençoada. Ela podia testificar, no fim da vida, que “o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tg 5.11).

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VERDADE PRÁTICA

Conhecidas ou anônimas, muitas mulheres foram fundamentais no plano divino de redenção da humanidade. Deus continua usando no palco e nos bastidores da vida muitos dos seus servos, não importa o lugar, o que importa é que o nome dele seja glorificado.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Mt 1.5-17; Lc 3.32

Rute: uma ascendente direta de Davi. 5 e Salmom gerou de Raabe a Boaz, e Boaz gerou de Rute a Obede, e Obede gerou a Jessé. 17 De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e, desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e, desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações. 32 e Davi, de Jessé, e Jessé, de Obede, e Obede, de Boaz, e Boaz, de Salá, e Salá, de Naassom,

Terça – Rt 4.13-15

Rute gera um filho de Boaz, seu remidor. 13 Assim, tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele entrou a ela, e o SENHOR lhe deu conceição, e ela teve um filho.
14 Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o SENHOR, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.
15 Ele te será recriador da alma e conservará a tua velhice, pois tua nora, que te ama, o teve, e ela te é melhor do que sete filhos.

Quarta – Et 2.5-7,15

Ester foi criada pelo primo, Mardoqueu. 5 Havia, então, um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem benjamita,
6 que fora transportado de Jerusalém com os cativos que foram levados com Jeconias, rei de Judá, ao qual transportara Nabucodonosor, rei de Babilônia. 2Rs 24:14;
7 Este criara a Hadassa ( que é Ester, filha do seu tio ), porque não tinha pai nem mãe; e era moça bela de aparência e formosa à vista; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha. 15 Chegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail, tio de Mardoqueu ( que a tomara por sua filha ), para ir ao rei, coisa nenhuma pediu, senão o que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres; e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.

Quinta – Et 2.16,17

Ester se torna rainha: um ato da providência divina 16 Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.
17 E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vasti.

Sexta – Rt 1.11-13

Mulheres sábias compreendem o seu papel no Reino de Deus. 11 Porém Noemi disse: Tornai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos fossem por maridos?
12 Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda tivesse filhos,
13 esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, que mais amargo é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do SENHOR se descarregou contra mim.

Sábado – Et 2.15-17

Mulheres que se portam de maneira humilde. 15 Chegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail, tio de Mardoqueu ( que a tomara por sua filha ), para ir ao rei, coisa nenhuma pediu, senão o que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres; e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.
16 Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.
17 E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vasti.

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Rute 4.13-22; Ester 7.1-7
Rute 4

13 – Assim, tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele entrou a ela, e o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho.
14 – Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.
15 – Ele te será recriador da alma e conservará a tua velhice, pois tua nora, que te ama, o teve, e ela te é melhor do que sete filhos.
16 – E Noemi tomou o filho, e o pôs no seu regaço, e foi sua ama.
17 – E as vizinhas lhe deram um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E chamaram o seu nome Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.
18 – Estas são, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom,
19 – e Esrom gerou a Arão, e Arão gerou a Aminadabe,
20 – e Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom,
21 – e Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede,
22 – e Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.

Ester 7

1 – Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 – disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.
3 – Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento.
4 – Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 – Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim? 6 – E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
7 – E o rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe era determinado pelo rei.

Hinos Sugeridos: 115, 298, 515 da Harpa Cristã

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PLANO DE AULA (DO PROFESSOR)

1. INTRODUÇÃO

Neste trimestre estudaremos os livros históricos de Rute e Ester. Neles, veremos como Deus usou duas mulheres na história da salvação. Elas foram muito importantes para preparar todo o contexto necessário para o advento do Senhor Jesus, o nosso Salvador. Apresente o comentarista deste trimestre, pastor Silas Queiroz, membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB. Jornalista, Bacharel em Teologia e Direito, Procurador-Geral do município de Ji-Paraná, RO. Atua como pastor nas congregações de Ji-Paraná, cidade na qual reside.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar o perfil de Rute, a moabita;
II) Traçar o perfil de Ester, a judia que ascendeu ao posto de rainha;
III) Refletir a respeito da mulher cristã como protagonista no Reino de Deus.

B) Motivação:

Rute e Ester nos apresentam perfis de mulheres de Deus que podem nos inspirar em nosso relacionamento com Deus, no compromisso mútuo com o próximo. Não há dúvida de que os exemplos dessas duas grandes mulheres ressoam ainda hoje e influenciam as mulheres do século XXI.

C) Sugestão de Método:

Muito se discute a respeito do papel da mulher no mundo atual. A Bíblia revela mulheres fortes, moralmente corajosas e, ao mesmo tempo, dedicadas à sua família e aos negócios da cidade. Essa mulher bíblica que se revela em Rute e Ester, se revela em muitas mulheres hoje que amam a Jesus, sua igreja local e sua família. Por isso, introduza esta lição fazendo a contextualização entre a mulher cristã de hoje com a mulher da Bíblia em Rute e Ester.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Deus chama mulheres e as capacita para fazer uma grande obra em seu reino, para serem seu instrumento no século atual, de modo que o seu nome seja glorificado. Que o Espírito Santo continue a capacitar mulheres para a sua obra no mundo!

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Quando alguém diz”, localizado depois do primeiro tópico, ressalta a pessoa de Rute;
2) O texto “Ester”, ao final do segundo tópico, aprofunda a introdução a respeito de Ester.

INTRODUÇÃO

Rute e Ester são os dois livros da Bíblia que levam o nome de mulheres. Registram duas das mais belas, extraordinárias e dramáticas histórias sagradas. A primeira, ocorrida em Moabe e Belém, no período dos juízes, situando-se entre a morte de Josué e a coroação do rei Saul, que durou, aproximadamente, de 1375 a 1050 a.C. A segunda, na Pérsia, depois do cativeiro babilônico, entre 483 e 473 a.C.

Rute e Ester viveram em épocas, circunstâncias e contextos muito diferentes, mas expressaram as mesmas virtudes espirituais e morais: fé, convicção, humildade, coragem, obediência, simplicidade, pureza, abnegação, temor a Deus e disposição de servir. Essas são virtudes que o Espirito Santo nos dá para usarmos na obra de Deus. Essas duas mulheres foram fundamentais para a preservação do povo judeu, a descendência piedosa de Abraão. Suas vidas continuam sendo fontes de profunda inspiração para todos que desejam agradar a Deus e viver para a sua glória (Sl 147.11; 1 Co 10.31; Hb 11.6).

I – RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI
1. Uma moabita.

Descendentes de Moabe, filho da relação incestuosa de Ló, o sobrinho de Abraão, com sua filha mais velha (Gn 19.30-37), os moabitas eram um povo pagão, hostil agressivo a Israel desde os dias do rei Balaque (Nm 22.1-6; Dt 23.3,4; Jz 11.17). Habitavam a leste do mar Morto (atual Jordânia) e eram dados à idolatria e à imoralidade sexual (Nm 25.1,2; Ap 2.14).

Pertencendo a este povo, era de todo improvável que Rute fizesse parte da linhagem de Davi, família da qual viria o Messias, o Salvador do mundo (Gn 49.8-10; Is 11.1,10; Mq 5.2; Ap 5.5). A união de Rute e Boaz é um símbolo poderoso da redenção, mostrando como Deus pode transformar e redimir qualquer vida, independentemente de seu passado ou origem. Mas os caminhos de Deus são mais altos que os nossos; estão muito acima de nossa compreensão (Is 55.8,9; 8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR. 9 Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
Rm 11.33). Ele é soberano (Jó 42.2). Faz do improvável, provável e do impossível, possível quando cremos nEle, o tememos e obedecemos sem impor-lhe qualquer condição (Gn 18.14-16; Hb 11.8-11). A introdução de Rute na genealogia de Jesus mostra a soberania de Deus. Ele escolhe alguém de um povo inimigo para desempenhar um papel crucial na linhagem messiânica. Isso revela que os caminhos de Deus estão além da compreensão humana e que Ele pode usar qualquer pessoa para cumprir Seus propósitos (Isaías 55:8-9; Romanos 11:33). Portanto, a história de Rute destaca que Deus está no controle de todas as coisas e que Ele frequentemente realiza Seus propósitos através de meios inesperados e pessoas que o mundo pode desconsiderar.

2. A família belemita.

A história de Rute muda a partir de seu ingresso em uma piedosa família de Belém de Judá, que peregrinava nos campos de Moabe por causa da fome que assolava a terra de Israel (Rt 1.1). Eram Elimeleque, sua mulher, Noemi, e os filhos Malom e Quiliom. A decisão de Elimeleque de levar sua família para Moabe, uma terra pagã, era uma medida desesperada para escapar da crise, mostrando a severidade da fome em Israel. Depois de algum tempo na terra dos moabitas, Elimeleque morre, ficando Noemi na companhia de seus dois filhos (Rt 1.2,3). Rute se casou com Malom, o mais velho deles (Rt 4.10).

Esta união inter-racial era incomum e controversa, dada a conflito entre israelitas e moabitas. Ao final de quase 10 anos, também Malom e seu irmão Quiliom morreram. Viúva e sem filhos, Noemi decide voltar a Belém, motivada pela notícia de que a fome havia cessado em sua terra. Embora pudesse permanecer em Moabe – como decidiu Orfa, viúva de Quiliom –, Rute escolhe ir com sua sogra Noemi, declarando sua fé no Deus de Israel (Rt 1.4,6,16). Rute e Noemi retornam a Belém juntas, iniciando uma nova fase em suas vidas. O compromisso de Rute com Noemi e sua disposição de se integrar ao povo e à fé de Israel são elementos chave que moldam o restante de sua história

3. Matrimônio e maternidade.

Esta síntese biográfica tem seu ápice em Belém, com dois eventos que foram fundamentais para que o propósito de Deus se cumprisse na vida dessa moabita. Apegada à sua sogra e sempre disposta a obedecê-la e servi-la, Rute alcança o favor do Deus de Israel, “sob cujas asas te vieste abrigar” (Rt 2.12). O casamento com Boaz, parente de Elimeleque, e o nascimento de seu filho Obede (heb. “servo”) fazem de Rute uma ascendente direta de Davi (de quem foi bisavó) e integrante da genealogia de Jesus (Rt 4.1-22; Mt 1.5-17; Lc 3.32).

Obede, cujo nome significa “servo”, é uma figura crucial, pois ele se torna o avô do rei Davi, estabelecendo Rute como uma ancestral direta de Jesus Cristo, conforme registrado nas genealogias do Novo Testamento (Mateus 1:5-6; Lucas 3:32). Honrar o casamento e a geração de filhos traz a bênção de Deus para muitas gerações (Hb 13.4; Sl 127.3-5). Rute honrou o casamento e a maternidade, elementos que são altamente valorizados nas Escrituras. 4 Venerado honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.
A história de Rute mostra que ao seguir os preceitos de Deus e manter a fidelidade a Ele, mesmo em circunstâncias adversas, é possível alcançar grandes bênçãos e um legado duradouro. A inclusão de Rute, uma moabita, na linhagem de Davi e de Jesus Cristo, nos mostra a graça inclusiva de Deus, que transcende barreiras culturais e étnicas. Graça inclusiva é Deus, É Deus em Cristo Jesus reconciliando o perdido, desvalido, o totalmente desqualificado para ser salvo por si mesmo

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SINOPSE I

Rute era uma mulher moabita, de família belemita, que escolheu viver com sua sogra após a morte de seu esposo.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“QUANDO ALGUÉM DIZ: ‘Deixe- me contar sobre a minha sogra’, esperamos algum tipo de declaração negativa ou anedota humorística, pois muitas delas têm sido alvo de ridicularização ou comédia. […] Não é dito muito sobre Noemi a não ser que amava e cuidava das noras. Obviamente, a vida dela foi um poderoso testemunho para a realidade do Senhor. Rute foi atraída para ela — e para o Deus dela. Nos meses que se sucederam, o Todo- poderoso levou esta jovem viúva moabita a um homem chamado Boaz, com quem posteriormente se casou. Como resultado, ela se tornou bisavó de Davi e ancestral do Messias. Que profundo impacto teve a vida de Noemi!” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.354.).

II – ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS
1. De Belém para Susã.

Cerca de cinco séculos depois de Rute, a Bíblia nos apresenta outra mulher notável, Ester, também usada providencialmente por Deus para a preservação do povo de Israel. Filha de Abiail, tio de Mardoqueu, Ester era judia. Órfã de pai e mãe, foi criada pelo primo Mardoqueu (Et 2.5-7,15). Seu nome hebraico era Hadassa, que signifi ca “murta”, uma das plantas favoritas do mundo antigo, de folhas perfumadas e flores brancas ou rosadas, usadas para perfumar ambientes e fazer grinaldas para os nobres nos banquetes. Já o nome persa Ester (stara) significa “estrela”. Ester fazia parte da geração de judeus nascidos no cativeiro. Conforme Isaías e Jeremias haviam profetizado, o fim do cativeiro babilônico foi decretado por Ciro, rei da Pérsia, no ano 538 a.C. (Is 44.26,28; 45.1,4,5,13; Jr 29.10-14). No entanto, a maioria dos judeus permaneceu na Babilônia, sob domínio persa. A história de Ester nos ensina que a verdadeira grandeza não é medida por status ou posição, mas pela disposição de servir a Deus e aos outros com humildade e fidelidade. A vida de Ester mostra que, mesmo quando não vemos a totalidade do plano de Deus, podemos confiar que Ele está trabalhando todas as coisas para o bem daqueles que O amam (Romanos 8:28). Ester enfrentou situações de extrema dificuldade e risco, mas sua história demonstra que a providência divina está sempre em ação, guiando e protegendo aqueles que são fiéis a Ele.

2. De órfã a rainha.

Susã era capital do novo império (Et 1.1,2). Lá viviam Ester e Mardoqueu, dentre milhares de outros judeus. A história de Ester ocorre durante o reinado de Xerxes I (Assuero), quando, devido à desobediência da rainha Vasti, o rei procura uma nova rainha. Dotada de rara beleza, Ester integrou o grupo de moças virgens que se candidataram para suceder a rainha Vasti, deposta pelo rei Assuero por sua desobediência, como escreve o historiador judeu Flávio Josefo. Vasti se recusou a comparecer a um banquete oferecido pelo rei nos jardins de seu palácio (Et 1.5-8,10-12,21,22). Em um inequívoco claro ato da providência divina, Ester se tornou rainha em seu lugar (Et 2.16,17). Cinco anos depois, essa jovem judia, agindo com sabedoria e muita coragem, obteve de Assuero um decreto que livrou da morte o povo judeu de todo o império (Et 8 e 9).

Demonstrando coragem e sabedoria, Ester revela sua identidade judaica ao rei e denuncia os planos de Hamã. O rei, comovido e irado, ordena que Hamã seja executado e emite um decreto permitindo que os judeus se defendam de seus inimigos (Ester 7:3-10; 8:11-12). Como diz Matthew Henry, “ainda que o nome de Deus não se encontre [no livro de Ester], o mesmo não se pode dizer de sua mão, guiando minuciosamente os fatos que culminaram na libertação de seu povo”.

Ambas as histórias de Rute e Ester são exemplos poderosos de como Deus usa mulheres em posições improváveis para realizar Seus propósitos. Rute, uma viúva moabita, se torna parte da linhagem messiânica ao se casar com Boaz e dar à luz Obede, o avô do rei Davi. Ester, uma órfã judia em um palácio persa, salva seu povo da destruição através de sua posição como rainha. Enquanto Rute exemplifica a inclusão dos gentios no plano de Deus, Ester destaca a proteção e providência divina sobre o povo de Israel no exílio.

3. No campo ou no palácio.

Os exemplos de Rute e Ester mostram que os princípios divinos podem ser aplicados em qualquer contexto. Seja no campo humilde de Moabe ou no luxuoso palácio persa, a fidelidade e a confiança em Deus resultam em provisão e proteção divina.
Assim como Rute, Ester é um exemplo inspirativo do quanto valem a fidelidade e a confiança em Deus, seja qual for o contexto em que vivamos. Podemos estar enfrentando desafios financeiros, problemas de saúde, ou situações de injustiça e opressão. Porém, assim como Rute e Ester, somos chamados a viver de acordo com os princípios divinos, sabendo que Deus é fiel e justo.

A fé em Deus não depende do contexto externo, mas de uma confiança inabalável em Sua soberania e bondade. Os princípios divinos são absolutos e imutáveis; suficientes para orientar nossa conduta em qualquer tempo e lugar (Sl 19.7-9; 119.89-91). As vidas de Rute e Ester nos mostram que, independentemente de onde estamos, os princípios divinos nos guiarão e resultarão em bênçãos e provisão. Dessa forma, devemos firmar nossa fé na Palavra de Deus, que é eterna e imutável, confiando que Ele está no controle de todas as circunstâncias de nossas vidas.

SINOPSE II

Ester é a mulher judia de Belém; era órfã, mas foi para Susã, a capital do império, para se tornar rainha.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“ESTER

A beleza e o caráter de Ester conquistaram o coração de Assuero (ou Xerxes), e assim o rei fez de Ester sua rainha. Mesmo em sua posição tão favorecida, ela arriscou a própria vida, entrando à presença do rei sem ser chamada. Não havia sequer a garantia de que o rei a receberia. Embora fosse a rainha, não estava completamente segura. Mas, com cautela e coragem, Ester decidiu arriscar sua vida, abordando o rei a favor de seu povo. […]

Neste ínterim, Deus estava trabalhando ‘nos bastidores’. O Senhor fez com que o rei lesse os registros históricos do reino, à noite, e descobrisse que Mardoqueu certa vez salvou a sua vida. Assuero não perdeu tempo para honrar Mardoqueu por tal ato. Durante o segundo banquete, Ester revelou ao rei a conspiração de Hamã contra os judeus, e este foi sentenciado. […] O risco que Ester correu confirmou que Deus era a fonte de sua segurança” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.692).

III – MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS ator principal DA HISTÓRIA

1. O protagonismo feminino.

A liderança masculina, instituída por Deus (Gn 1.26; cf. Ef 5.22,23), não anula o propósito divino com a mulher, nem lhe retira a possibilidade de, em muitas circunstâncias, ser protagonista da história. É importante entender que a ordem estabelecida por Deus na criação não implica em inferioridade ou humilhação, mas sim em um propósito harmonioso e complementar entre homens e mulheres.

Isso não implica, todavia, na necessidade de confundir ou inverter os papéis entre homem e mulher. Efésios 5:22-23 Paulo nos mostra que a liderança masculina, de maneira que a mulher é chamada a submeter-se ao marido como ao Senhor, enquanto o marido é instruído a amar a esposa como Cristo amou a igreja, estabelecendo um relacionamento de cuidado, proteção e amor sacrificial. Este modelo não exclui a possibilidade de mulheres desempenharem papéis de destaque. Pelo contrário, confirma que homens e mulheres têm funções complementares que, quando respeitadas, promovem harmonia e propósito divino. Os exemplos de Rute e Ester são eloquentes neste sentido. Não foi a altivez, mas a humildade, a submissão e a obediência que tornaram, tão relevante, a vida dessas mulheres.

2. Cumprindo os papéis.

Noemi dá testemunho de que Rute cumpriu bem a função de esposa (Rt 1.8). 8 disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo. Essa declaração mostra o cumprimento fiel dos deveres de Rute como esposa. Mesmo após a morte de seu marido, sua lealdade e cuidado para com Noemi mostram um caráter excepcional.
Seu extraordinário relacionamento com a sogra não nos permite outra conclusão. Ambas eram mulheres sábias, que conheciam bem os seus papéis (Rt 1.11-13), o que é fundamental para uma boa convivência em família, inclusive entre nora e sogra (Pv 14.1). 1 Toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola derriba-a com as suas mãos. Em um mundo onde os papéis familiares muitas vezes são questionados ou mal compreendidos, a sabedoria bíblica proporciona um fundamento sólido para relacionamentos saudáveis. Nora e sogra, assim como outros membros da família, podem aprender a respeitar e apoiar uns aos outros, promovendo a harmonia e a paz no lar.

3. Educação familiar.

A Bíblia destaca a importância da educação e disciplina no lar como fundamentais para a formação do caráter. Provérbios 29:15 nos diz: “A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.” A disciplina e a orientação dos pais são importantes para ajudar os filhos a desenvolverem sabedoria e discernimento. Além disso, Provérbios 29:17 afirma: “Corrige teu filho, e te dará descanso; sim, dará delícias à tua alma.
Não foi apenas a beleza de Ester que lhe fez ser escolhida rainha, mas também sua humildade e seu bom comportamento no palácio (Et 2.15-17). Apesar de órfã, Ester havia recebido uma boa educação de Mardoqueu, a quem devotava obediência e profundo respeito (Et 2.10; 4.1-4). Mardoqueu ensinou Ester a ser sábia, prudente e fiel, preparando-a para enfrentar desafios imensos, como interceder pela salvação de seu povo. É no lar que os indivíduos aprendem valores fundamentais como respeito, humildade, obediência e integridade, que são essenciais para enfrentar os desafios da vida com coragem e sabedoria. É no lar que somos forjados moldado para os grandes desafios da vida (Pv 29.15,17; 15 A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe. 17 Castiga o teu filho, e te fará descansar e dará delícias à tua alma. 30.17).

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SINOPSE III

A Bíblia apresenta mulheres como protagonistas da história,
cumprindo devidamente o papel estabelecido por Deus.

CONCLUSÃO

Deus continua usando mulheres para cumprir seus propósitos. Algumas se tornam conhecidas e tem seus nomes.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. A quais períodos históricos estão ligados os livros de Rute e Ester?
O Livro de Rute, ocorrida em Moabe e Belém, no período dos juízes, que durou, aproximadamente, de 1375 a 1050 a.C. O Livro de Ester, na Pérsia, depois do cativeiro babilônico, entre 483 e 473 a.C.
2. Quem eram os moabitas?
Os moabitas eram um povo pagão, hostil a Israel desde os dias do rei Balaque (Nm 22.1-6; Dt 23.3,4; Jz 11.17).
3. Que eventos representam o ápice da história de Rute quanto aos propósitos de Deus em sua vida?
Esta síntese biográfica tem seu ápice em Belém, com dois eventos que foram fundamentais para que o propósito de Deus se cumprisse na vida dessa moabita: apego a sua sogra e o casamento com Boaz.
4. Como a providência divina se manifesta no livro de Ester?
Em um inequívoco ato da providência divina, Ester se tornou rainha em seu lugar (Et 2.16,17). Cinco anos depois, essa jovem judia, agindo com sabedoria e muita coragem, obteve de Assuero um decreto que livrou da morte o povo judeu de todo o império (Et 8 e 9).
5. Para ser protagonista da história a mulher precisa desempenhar papel masculino?
Não. Os exemplos de Rute e Ester são eloquentes neste sentido. Não foi a altivez, mas a humildade, a submissão e a obediência que fizeram tão relevante a vida dessas mulheres.

VOCABULÁRIO

Incestuoso: Relativo ao incesto; relação sexual entre parentes dentro dos graus em que a lei, a moral ou a religião proíbe e condena.
Ascendente: Diz-se de pessoa de quem se descende, procede.

 

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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