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EBD  – HEDONISMO: SER FELIZ A QUALQUER CUSTO – LIÇÃO 4 JUVENIS

EBD  – HEDONISMO: SER FELIZ A QUALQUER CUSTO – LIÇÃO 4 JUVENIS

CONECTADO COM DEUS

Nesta lição, vamos tratar a respeito do hedonismo. Talvez você não conheça o seu significado na teoria, mas certamente já deve tê-lo observado em seu dia a dia. Torna-se cada vez mais comum pessoas que buscam a “felicidade” a qualquer custo, mesmo que tenha que ferir e magoar o próximo. Dentro da ideia hedonista, a pessoa não precisa se importar com Deus, com a natureza ou com seus semelhantes. A satisfação pessoal está acima de tudo e de todos e deve vir sempre em primeiro lugar. O lema do hedonista é: “Terei prazer ou vou me dar bem?” E nunca: “Estou agindo corretamente?” Quais desses questionamentos você tem usado como lema para a sua vida?

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1. O HEDONISMO

1.1. O que é

Segundo o Dicionário Teológico (CPAD), hedonismo é “uma doutrina filosófica, da época pós-socrática, segundo a qual o prazer individual e imediato é o supremo bem da vida humana”. Essa palavra tem origem no nome de uma deusa da mitologia grega que representava o prazer. A ideia dessa filosofia de vida parte do princípio de que os seres humanos devem realizar todos os seus desejos e buscar o que acredita ser a “felicidade”, mesmo que para isso tenha que prejudicar o próximo, agir sem ética, quebrando esses e demais princípios bíblicos. Segundo essa ideologia, os padrões bíblicos para as pessoas devem cair por terra, não havendo limites para a busca pelo prazer.

Muitas correntes filosóficas se desenvolveram na busca pela resposta sobre qual seria “o sentido da vida”. Algumas sãos mais radicais; outras menos radicais; mas muitas concordam que a dor e o sofrimento fazem parte da vida. E aqui, nesse primeiro momento, não se julga a “intensidade” da dor, mas apenas o fato de ela existir; nem que seja “a dor de levantar cedo”. Nesse sentido, algumas correntes defendem que o prazer é o mecanismo perfeito para “driblar” a dor (seja ela qual), e aqui podemos introduzir o conceito de hedonismo! Portanto, de maneira simples, o hedonismo defende que o prazer é o valor máximo norteador da vida; ou um caminho na busca da felicidade.

1.2. Como surgiu

Segundo os historiadores, o hedonismo surgiu na Grécia Antiga com o filósofo Aristipo de Cirene. Assim como Aristóteles, esse filósofo erroneamente acreditava que o ser humano deveria ter como o ideal de vida a busca pela satisfação, especialmente a física. Como podemos ver, tal ideologia não é nova ou exclusiva da nossa sociedade. Desde a Queda, o ser humano passou a buscar a realização de seus desejos, projetos e sonhos a todo o custo, inclusive sob a perda da comunhão com Deus. Infelizmente, muitos querem criar suas próprias normas e a viver guiados pela vaidade de seus desejos.

Os pensamentos filosóficos não necessariamente nascem sozinhos. “Como assim, professor”? Muitas vezes a sociedade filosófica como um todo está “pensando” sobre algo, e como fruto desses trabalhos, muitos outros pensamentos surgem (para complementar ou para contrapor o pensamento primário). Nesse sentido, o hedonismo surgiu em um contexto em que se discutia “a busca pela felicidade”; e também no contexto do pensamento “atomista” (filosofia de Demócrito que revela o universo como uma combinação de “vazios” e átomos). Aristipo, portanto, como primeiro idealizador do hedonismo, buscou trazer soluções para esses problemas que haviam sido levantados em outras correntes de pensamento.

Inicialmente a ideia do hedonismo era de certa forma reducionista, no sentido de que os nossos prazeres deveriam ser “educados” para “se contentar com o necessário e suficiente”. Em outras palavras, a busca pelo prazer deveria focar nos prazeres simples e de fácil acesso, pois se os nossos parâmetros de felicidade fossem estabelecidos em prazeres difíceis, mais complexa ainda se tornaria a vida. Esse pensamento foi defendido também por Epicuro (na verdade o hedonismo foi muito mais defendido por ele). Porém, apesar das origens “reducionistas”, veremos que essa filosofia é dotadas de sutilezas, e que na prática ela é muito enganosa!

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1.3. O engano

Muitos seguem o hedonismo como um estilo de vida, ainda que nem mesmo conheçam o termo. Apesar da pregação do Evangelho nas mídias sociais, nos canais de TV, e nos vários trabalhos evangelísticos, a iniquidade está crescendo de tal modo que pode contaminar até os crentes fiéis se não vigiarem (Mt 24.12).

Segundo o hedonismo, não tem problema algum comer em excesso (glutonaria), embriagar-se ou entregar-se à sensualidade, como se não houvesse amanhã e nem um Deus a quem prestar contas (1 Co 15.32). Se nós, como representantes de Cristo na Terra, nos conformarmos com esse mundo, que esperança haverá? Por isso, diga não às ideologias contrárias à Bíblia, Não tenha medo de pregar a Palavra de Deus, mesmo que para isso você tenha que sofrer zombarias. Saiba que a sua missão não ficará inacabada e Deus irá recompensá-lo.

O obscurecimento da filosofia se dá quando da ausência de avaliação ética, moral, psicológica e até mesmo (modernamente) neurológica na busca pelo prazer. Assim, um nível extremo do hedonismo se relacionaria com a busca pelo prazer a qualquer custo, principalmente como escape para a dor. Grande problema, não é? Porque sendo assim, quais seriam os limites para essa busca incessante? E se esses limites excederem os limites pessoais e começaram a afetar os limites externos (das outras pessoas)?

Nesse contexto, há uma passagem interessante na Bíblia que retrata o curso natural do mundo em oposição aos limites definidos pelo Senhor, que diz: “Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas” (Sl 2:2, 3). Esse trecho “rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas” podemos traduzir como “retiremos de nós os seus limites; não queremos seguir a ‘baliza Divina’”. E esse é exatamente o conceito moderno que se dá ao hedonismo: uma busca demasiada e ilimitada pelo prazer, como sendo este o sentido da vida.

2. AS CONSEQUÊNCIAS DO HEDONISMO

2.1. Sentimentos ruins

O hedonismo tem atraído muitas pessoas que, sendo enganadas, passam a ter a alma adoecida com sentimentos ruins, como: a ganância, a inveja, a culpa, o vazio existencial, a mágoa e a frieza espiritual. Essa ideia enganosa de viver sem limites traz insegurança emocional além de muitos males, não só para o presente, mas também para o futuro. De que adianta realizar todos os seus desejos, fazer o que bem entender e depois da morte sofrer eternamente? Quem não deseja receber a vida eterna no Céu, em paz e sem sofrimento? Tal desejo é válido, mas o Céu é um presente de Deus para os que creem no sacrifício de Cristo e não vivem segundo as suas vontades carnais.

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Como falamos, o hedonismo traz consigo consequências nas esferas ética, moral, psicológica, neurológica e principalmente espiritual. Não precisamos fazer muito esforço para explicar os danos que as drogas e o alcoolismo podem causar na vida de muitos jovens (especialmente); mas não precisamos ir muito “adiante” para tal! A simples renúncia das obrigações em detrimento de atividades prazerosas, passivas e superficiais, causam danos tão graves quanto.

Por exemplo, o jovem que não consegue ter a disciplina para estudar para as suas provas (porque isso causa uma dor) e que, ao invés disso, ele decide assistir uma série ou ficar nas redes sociais, ele está simplesmente utilizando uma “moeda de troca”; substituindo a dor de ficar concentrado por algumas horas pelo prazer e a recompensa imediata ofertada por esses refúgios. Perceba que mais do que nunca os conceitos de “dor”, “prazer” e “felicidade” estão presentes em nosso contexto.

O simples exemplo que trouxemos traria sérias consequência para a vida acadêmica ou profissional do jovem; mas muito pior ocorreria se a “fuga da realidade” fosse feita através de práticas pecaminosas, como alcoolismo, imoralidades sexuais, e prazeres carnais em geral; pois sendo todas essas práticas reprovadas pelo Senhor, a vida espiritual é que seria afetada.

Certamente o nosso olhar e admoestação tem por objetivo o cuidado e a recuperação do jovem que se encontra em uma situação semelhante à descrita. Sabemos que nem sempre é o desejo do jovem estar entregue aos prazeres, porque no fundo o que ele quer é apenas distração ou “desafogo mental”. Portanto, cabe a nós buscarmos de Deus os melhores conselhos e dicas para promover uma vida pura diante do Senhor, mas também disciplinada e compromissada. Tudo isso é possível, inclusive, com uma carga equilibrada de emoções, para que se não desenvolva ansiedade e outros problemas emocionais.

2.2. A morte eterna

Jesus falou que, um dia, todas as nações serão reunidas para serem julgadas diante dEle, que como um pastor apartará os bodes das ovelhas: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna” (Mt 25.46). Aqueles que não se arrependeram de seus pecados e buscaram somente os prazeres desta vida, vão enfrentar o tormento eterno, o inferno. Não estamos querendo assustar você, mas este lugar de tormento e sofrimento é real e não foi preparado para o ser humano, mas sim para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Deus é bom, mas também é justo e as pessoas receberão o que elas escolheram. Você já foi alcançado pela graça divina e ela nos dá condições para nos arrependermos e andarmos retamente. Deus não nos criou para irmos para o inferno; entretanto, o caminho que escolhemos irá determinar o nosso destino.

O alerta que a lição traz vai muito no sentido de que devemos provar do novo nascimento em Cristo Jesus; porque o novo nascido é a cada dia aperfeiçoado para a vida eterna. Ao contrário disso, aquele que não se arrependeu de suas más obras e que continua na prática da iniquidade está cada vez mais distante de passar a eternidade ao lado do Senhor, pois a própria palavra de Deus reprova tais práticas!

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A Bíblia diz: “Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21:27); e ainda acrescenta: “Fora ficam os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira” (Ap 22:15).

3. DIGA NÃO AO HEDONISMO

3.1. Vivendo de modo a agradar a Deus

Como manter-se puro vivendo num mundo marcado pelo hedonismo? Isso só é possível por meio do Espírito Santo, que habita no crente. O Consolador quer auxiliá-lo, continuamente, na renovação de sua mente, vontade e emoções para a glória de Deus. Ele mostrará o que você deve fazer e o que evitar. Se você seguir as bondosas e sábias instruções do Espírito Santo, encontrará proteção e segurança. Não obedecer ao seu comando é perigoso, pois o fim é o desastre aqui e na eternidade.

O Salmista indaga e responde no Salmo 119: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra” (v. 9). Portanto, lembre-se que a Palavra de Deus é fonte de Sabedoria e instrução da Prudência. Meditar na palavra de Deus fará do jovem uma pessoa honrada e sensata. Sobretudo, o Espírito Santo é o nosso auxiliador diante das adversidades e tentações. Não deixe para orar apenas quando estiver no estado de angústia e sofrimento, mas cultive uma vida de oração e devoção ao Senhor, pois o trabalho “preventivo” e de desenvolvimento autocontrole é muito melhor do que o trabalho “corretivo”.

3.2. Não seja guiador por sua carne

A sociedade hedonista em que estamos inseridos faz um forte apelo ao sexo. As pessoas são incentivadas a ter uma vida sexual ativa, antes mesmo de casar, fazendo o que bem desejam. Mas Deus estabeleceu o sexo para ser desfrutado dentro do casamento, entre marido e mulher, isso antes mesmo que o pecado entrasse no mundo (Gn 2.21-25).

Ao nascer, fomos dotados de instintos específicos, sem os quais nossa sobrevivência seria impossível. O impulso sexual foi dado por Deus, inclusive para a preservação da espécie. Depois da Queda, no jardim do Éden, o homem pecador passou a deturpar este impulso divino, gerando os muitos desvios que sabemos existir hoje. Contudo, isso não invalida a intenção de Deus de abençoar o ser humano e perpetuar a espécie, através de uma sexualidade sadia.

A vida sexual saudável, dentro do casamento, tem a bênção de Deus, além de dar alegria e prazer ao ser humano (Hb 13.4). Entretanto, o hedonismo tem trabalhado em favor da banalização do sexo. Você deve estar atento para não cair em suas ciladas. A Bíblia adverte: “Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz, com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2.22). A prática do sexo fora do matrimônio é chamada na Bíblia de fornicação e é pecado contra o Templo do Espírito Santo (Ap 21.8: Gl 519:1 Co 6.18).

Não é segredo que uma das maiores fontes de prazer é o sexo; e a melhor maneira de educar os nossos jovens sobre assuntos dessa categoria não é deixando de falar sobre, mas justamente tratando de maneira bíblica. Antes de tudo, devemos entender que tudo que Deus fez foi perfeito; e cada detalhe foi minimamente pensado.

A instituição do casamento e da relação matrimonial quando alicerçadas no Senhor trazem bênçãos sem medidas. O casamento nos santifica; nos aproxima do amor; nos aproxima de Deus. Nesse contexto, o sexo é um dos elementos presentes no casamento (não o único e talvez não o principal); que também foi criado e pensando por Deus! Aliás, o prazer também foi um instituto criado por Deus! Afinal, poderíamos ter um mecanismo de frutificação com prazer mitigado (por que não?); mas mesmo assim o Senhor trouxe elementos sensoriais para que a nossa experiência fosse singular.

O que ocorre, no entanto, é a perversão dos meios; ou a forma como os prazeres são buscados! O sexo fora do casamento (seja no contexto de fornicação, prostituição ou adultério) são abominados pelo Senhor! Esses atos são espécies de um gênero denominado “imoralidade sexual”. Acerca disso, o apóstolo Paulo ressalta que esses pecados são destrutivos pois afetam o próprio corpo (no sentido humano e espiritual); e ainda faz ressalvas dizendo “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Co 6:18,19).

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Portanto, no contexto do hedonismo, a utilização do sexo como prática banal para busca do prazer representa uma perversão dos conceitos e propósitos de compromisso com Deus e com o nosso cônjuge. Guardar a pureza sexual, no contexto de jovem solteiro ou de casado, representa uma grande virtude; além de significar respeito para com o casamento e para com Deus.

3.3. Cristianismo é renúncia

Seguir a Jesus envolve renunciar a nossa própria vontade pecaminosa, isto é, aos desejos da nossa carne. Não existe Cristianismo sem cruz, sem renúncia. Sabemos que há uma guerra entre o nosso espírito, que deseja se aproximar de Deus, e a nossa carne que almeja vaidades que nos conduzem ao oposto. Paulo, ao escrever aos gálatas (Gl 5.17-25), fala a respeito desse assunto. Ele foi um servo do Senhor que soube o que era renúncia. Ele considerou até o que ele estimava como uma completa perda, se comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, Jesus Cristo. “Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e estar unido com ele” (Fp 3.8 – NTLH).

A juventude é uma fase única na vida de cada ser humano; com muitos ciclos, descobertas e transformações. Nem sempre o jovem consegue realizar a melhor gestão das suas emoções e sentimentos, e muitas vezes a busca pelo prazer se torna uma via de acesso para a fuga da dor. Como vimos, isso é o que prega o hedonismo; onde o homem não é “obrigado” a sofrer, já que tem a opção de saciar a sua carne. Porém, não é assim que aprendemos do Senhor Jesus! Ele disse para a mulher samaritana que a água material é imperfeita, pois bebendo o homem torna a ter sede. Por sua vez, a água que jorra do trono de Deus sacia a sede da alma! Com isso, entendemos que vale a pena renunciar os prazeres da carne, pois além de nos distanciarem de Deus, são materialmente imperfeitos, pois são incapazes de resolver os nossos problemas (apenas trazes uma sensação). Vale a pena permanecer nos caminhos do Senhor; pois aquele que aborrecer a sua vida aqui na terra (renunciar os prazeres da carne) herdará a vida eterna (Mt 16:25).

 

PARA CONCLUIR

Na lição deste domingo, aprendemos que o hedonismo erroneamente busca o prazer, a felicidade a todo o custo, mesmo que para isso tenha que passar por cima de alguém e dos princípios de Deus, Essa ideologia leva pessoas a realizarem seus desejos, mas depois, leva suas almas ao vazio e os seus espíritos ao Inferno. Apenas por meio das Escrituras, você terá poder do alto para resistir a todo tipo de tentação, sedução e engano.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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