EBD – Jesus o Mestre que Ensinava por Parábolas – Lição 1 Adolescente – 2° Trimestre 2024
Por que Jesus Cristo é chamado de mestre? Quais são as características de um verdadeiro mestre? O que significa uma parábola? Vocês conhecem alguma parábola? Vocês sabem se existe alguma parábola no Velho Testamento? E no Novo Testamento, conhecem alguma parábola? Por que Jesus Cristo falava por parábolas?
Jesus Cristo, de fato, era reconhecido como um mestre e doutor devido à autoridade, conhecimento e sabedoria com que ensinava. Sua palavra era pregada com uma autoridade que chamava a atenção das pessoas, e muitos se aproximavam para ouvir seus ensinamentos.
A autoridade de Jesus não vinha apenas de sua habilidade retórica ou conhecimento acadêmico, mas principalmente do fato de que Ele vivia aquilo que pregava. Sua vida estava em perfeita consonância com os ensinamentos que transmitia, e isso conferia legitimidade e poder às suas palavras.
Além disso, Jesus ensinava a vontade de Deus, e o próprio Deus confirmava Suas palavras por meio de milagres e sinais. As pessoas reconheciam a manifestação do poder divino em Sua mensagem.
É importante destacar também que Jesus frequentemente ensinava por meio de parábolas, histórias simples e acessíveis que continham profundas lições espirituais. Essas parábolas permitiam que as verdades espirituais fossem compreendidas de forma mais clara e profunda pelos ouvintes, e também serviam para desafiar e confrontar os corações das pessoas.
Portanto, ao longo deste trimestre, ao estudarmos as parábolas ensinadas por Jesus, poderemos compreender mais profundamente Sua mensagem e os princípios do Reino de Deus.
LEITURA BÍBLICA: Mateus 13.10-17
A MENSAGEM: “Então os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram: — Por que é que o senhor usa parábolas para falar com essas pessoas?” Mateus 13.10
Jesus respondeu aos discípulos explicando por que Ele usava parábolas para ensinar ao povo. Ele disse que a eles foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas para as multidões, Ele falava em parábolas para que “vendo, não vejam, e ouvindo, não ouçam nem compreendam” (Mateus 13:13).
Em outras palavras, Jesus utilizava parábolas como uma forma de ensinar verdades espirituais de maneira acessível e significativa, mas ao mesmo tempo, Ele reconhecia que nem todos estavam prontos para receber essas verdades. As parábolas permitiam que aqueles que tinham um coração aberto e receptivo entendessem as profundidades do Reino de Deus, enquanto aqueles que estavam endurecidos ou não estavam preparados espiritualmente não seriam capazes de compreender.
Portanto, as parábolas serviam como uma espécie de filtro espiritual, revelando a disposição do coração das pessoas para receber a mensagem de Deus. Para aqueles que buscavam sinceramente a verdade, as parábolas eram uma fonte de ensinamento profundo e revelador. Para outros, que estavam menos dispostos a ouvir e entender, as parábolas permaneceriam como meras histórias sem significado espiritual profundo.
INTRODUÇÃO
Estudiosos do Novo Testamento afirmam que cerca de um terço das palavras de Jesus encontradas nos Evangelhos escritos por Mateus, Marcos e Lucas foram transmitidas através de parábolas. Você sabia disso? Isso mostra que essa forma de compartilhar verdades foi devidamente pensada e aplicada por Jesus. Por essa razão, na aula de hoje, refletiremos sobre o significado, o propósito e a aplicação das parábolas para nós, cristãos do século XXL.
Jesus frequentemente utilizava parábolas para transmitir ensinamentos espirituais de maneira acessível e memorável. Essa forma de ensino era cuidadosamente pensada e aplicada, pois ele reconhecia sua eficácia em alcançar pessoas de diferentes níveis de compreensão espiritual.
Ensino Acessível e Memorável
As parábolas permitiam que Jesus usasse exemplos do cotidiano para ilustrar verdades espirituais complexas de forma compreensível. Essa abordagem tornava seus ensinamentos mais acessíveis e memoráveis para o público em geral.
Adaptação ao Público
Jesus sabia que as parábolas eram capazes de atingir tanto aqueles que estavam abertos para receber a mensagem quanto aqueles que estavam menos receptivos. Elas desafiavam os ouvintes a refletirem e a tirarem conclusões por si mesmos, incentivando o envolvimento ativo na busca por entendimento espiritual.
Aprofundamento para os Discípulos
Para os discípulos que buscavam um entendimento mais profundo, Jesus explicava o significado das parábolas, fornecendo insights espirituais mais detalhados. Isso demonstrava que as parábolas não eram apenas histórias, mas sim ferramentas poderosas de ensino que visavam transmitir verdades essenciais para a vida cristã.
Reflexão Ativa e Busca por Entendimento
O uso das parábolas por Jesus incentivava a reflexão ativa e a busca por entendimento espiritual, tanto para aqueles que estavam dispostos a aprender quanto para os discípulos que buscavam um aprofundamento espiritual. Elas continuam sendo uma fonte rica de ensinamento e reflexão para os cristãos até os dias de hoje.
1 – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS COM PROPÓSITOS
1.1. O que uma Parábola
Essa expressão vem do grego parabole que significa “colocar as coisas lado a lado”, com a finalidade de fazer uma comparação entre elas. Sendo assim, podemos dizer que uma parábola é uma espécie de comparação, tirada do cotidiano da vida, para esclarecer outra realidade. As parábolas já eram utilizadas em abundância no ambiente cultural judaico da Antiga Aliança. A parábola de Jotão (Jz 9.7,8), a história contada pelo profeta Natan a Davi.
As parábolas, narrativas breves, ilustram lições espirituais ou morais usando elementos do cotidiano, facilitando a compreensão.
Origem e Significado
O termo “parábola”, do grego “parabole”, significa “colocar lado a lado para comparar”. Assim, as parábolas comparam eventos cotidianos com realidades espirituais.
Uso no Antigo Testamento
No Antigo Testamento, parábolas eram empregadas para transmitir ensinamentos e confrontar questões morais. Exemplos incluem a parábola de Jotão e a parábola usada por Natã para confrontar Davi.
Jesus e as Parábolas
Nos Evangelhos, Jesus frequentemente ensinava por meio de parábolas, usando histórias simples para transmitir verdades espirituais profundas.
Interpretação Necessária
As parábolas requerem explicação para compreender seu significado verdadeiro. Jesus frequentemente explicava suas parábolas aos discípulos, mostrando como as histórias se relacionavam com verdades espirituais.
Busca por Compreensão
Estar próximo de Jesus e buscar compreensão é essencial para entender plenamente o significado das parábolas e aplicá-las em nossas vidas.
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1.2. O propósito das Parábolas
Parábolas não são histórias contadas para entreter ou distrair pessoas. De acordo com Jesus, sua finalidade era: esconder a verdade das pessoas satisfeitas consigo mesmas (as incrédulas) e revelar a verdade às pessoas que tinham fome e sede de justiça (os que creem), conforme podemos ler em Marcos 4.10-12.
As parábolas de Jesus eram ricas em significado e propósito, adaptando-se ao contexto e à compreensão dos ouvintes.
Revelação de Verdades Espirituais
Por um lado, as parábolas eram uma ferramenta para revelar verdades espirituais aos receptivos e sedentos por conhecimento divino. Aqueles que buscavam sinceramente entendimento encontravam nas parábolas uma forma clara e acessível de compreender os ensinamentos de Jesus.
Juízo Divino e Corações Endurecidos
Por outro lado, as parábolas também serviam como juízo divino contra os corações endurecidos e incrédulos. Jesus discernia entre aqueles receptivos à verdade e os que rejeitavam seu ensino, usando parábolas para obscurecer a verdade aos corações obstinados.
Propósito Profundo e Reflexão
Jesus não buscava meramente entreter, mas sim usar as parábolas para revelar verdades espirituais profundas, exigindo resposta pessoal e reflexão dos ouvintes.
Desafio e Abertura ao Evangelho
Assim, as parábolas de Jesus tinham o propósito de revelar verdades espirituais aos buscadores sinceros e desafiavam os corações endurecidos a reconsiderarem sua postura, abrindo-se para a mensagem do Evangelho.
EBD – Jesus o Mestre que Ensinava por Parábolas – Lição 1 Adolescente – 2° Trimestre 2024
2 – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS QUE PRECISAM DE INTERPRETAÇÃO
As parábolas são histórias importantes que foram contadas por Jesus – o nosso Salvador. Por isso, elas merecem toda a nossa atenção e dedicação. Assim, a grande pergunta que precisamos responder é: o que devemos ou não fazer ao interpretar uma parábola? Vamos destacar aqui algumas dicas:
Vamos refletir sobre as preciosas parábolas contadas por nosso amado Salvador, Jesus Cristo. Essas histórias são mais do que simples narrativas; são lições de vida, ensinamentos que iluminam nosso caminho rumo à salvação.
Importância das Parábolas
Quando nos deparamos com uma parábola, devemos nos dedicar a estudá-la e examiná-la com todo o nosso coração. Afinal, foi o próprio Jesus quem as contou, e tudo o que Ele disse carrega uma grande importância para nós, pois tem um profundo significado em nossas vidas.
Interpretação Correta
No entanto, é crucial entender que não podemos interpretar as parábolas de acordo com nossos próprios desejos ou inclinações. Não podemos simplesmente dar asas à nossa imaginação e criar interpretações que se adequem às nossas vontades. Isso seria um grande equívoco!
A Orientação da Palavra de Deus
A Palavra de Deus interpreta a própria Palavra. Assim como para entender qualquer texto bíblico, precisamos recorrer à própria Bíblia para nos guiar. Da mesma forma, ao interpretar uma parábola, devemos deixar que a própria Palavra de Deus nos guie e ilumine.
Evitando Erros na Interpretação
Portanto, evitemos cometer erros ao interpretar as Escrituras. Não podemos nos deixar levar por interpretações pessoais ou distorcidas. Ao invés disso, busquemos a verdade nas Sagradas Escrituras, permitindo que a luz divina nos conduza em nosso entendimento.
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2.1. Devemos considerar o contexto
É necessário estudar o contexto histórico da parábola, considerando as questões sociais, religiosas, políticas e geográficas envolvidas na história. Com esse exercício nos esforçamos para entender a parábola, prestando atenção aos detalhes que Jesus destacou. quando contou cada uma para as pessoas da sua época.
É crucial compreender que para entender verdadeiramente as parábolas de nosso Senhor Jesus Cristo, devemos mergulhar no contexto histórico em que foram contadas. Devemos nos esforçar para compreender as questões sociais, religiosas, políticas e geográficas que estavam presentes na época em que Jesus caminhava entre nós.
Além das Palavras
Ao nos dedicarmos a esse exercício, estamos nos esforçando para enxergar além das palavras, captando a essência e a mensagem profundamente arraigada em cada parábola. Devemos prestar atenção aos detalhes que Jesus destacou ao contá-las às pessoas de sua época. Afinal, essas histórias foram moldadas para se conectar com as realidades vividas por aqueles que as ouviam naquele momento específico.
Contexto dos Ouvintes de Jesus
Quando consideramos para quem Jesus estava falando e qual era o contexto religioso, político e geográfico da época, somos capazes de alcançar uma interpretação mais autêntica e significativa. Devemos nos questionar: quem eram os ouvintes de Jesus naquela ocasião? Como era o cenário político e religioso daquela região? Qual era a situação social em que viviam?
Interpretação Unívoca
Somente ao levarmos em conta esses elementos podemos chegar à verdadeira interpretação das parábolas. Devemos compreender que a interpretação bíblica é única e indivisível. Não há espaço para múltiplas interpretações divergentes. Há apenas uma verdade, e todas as outras interpretações estão equivocadas.
Portanto, meus amados, estejamos atentos e dedicados ao estudo e à compreensão das Escrituras. Busquemos a verdade em cada palavra, permitindo que o Espírito Santo nos guie e nos ilumine no caminho da verdadeira interpretação das parábolas de nosso Senhor. Que Deus nos abençoe e nos conceda discernimento para compreender Sua Palavra.
2.2. Devemos considerar o que está na parábola, não o que foi omitido dela
Qualquer tentativa de interpretar uma parábola considerando aquilo que não foi dito ou está ausente, corre o risco de estar equivocada. E como pensarmos no sentimento da mãe que foi omitida na parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32) ou no tamanho das lamparinas das moças loucas (Mt 25.1-13). Os elementos ausentes são dispensáveis para o entendimento da parábola. Precisamos nos deter naquilo que é essencial.
Assim como não podemos inferir os sentimentos de uma mãe que não foram expressos na parábola do filho pródigo, ou especular sobre o tamanho das lamparinas das moças loucas, devemos nos ater ao que é essencial.
Evitando Detalhes Desnecessários
É fundamental focar no que foi realmente dito na parábola, pois tudo o que está presente tem seu significado e importância. Devemos evitar a tentação de nos preocuparmos com detalhes que não estão explicitamente presentes no texto.
Restrição à Interpretação
Não temos autoridade para adicionar ou remover nada do que foi expressamente dito nas Sagradas Escrituras. Nossa interpretação deve estar firmemente enraizada no texto e apenas no que está escrito.
Que possamos, portanto, nos apegar à Palavra de Deus com humildade e reverência, buscando compreender e aplicar aquilo que nos foi revelado, sem tentar adicionar ou subtrair nada do que está escrito. Que o Espírito Santo nos guie em nossa compreensão das parábolas e nos conduza à verdadeira sabedoria espiritual.
2.3. Devemos evitar a alegorização excessiva
Alegoria é uma forma de linguagem utilizada para representar um significado, de forma figurada. Algumas pessoas, quando leem uma parábola na Bíblia, tentam buscar significados de cada detalhe. Por exemplo, na parábola do “bom samaritano” é comum algumas pessoas tentarem atribuir significados figurados ao azeite, ao vinho ou à estalagem quando a proposta inicial da parábola era responder à pergunta acerca do próximo (Lc 10.29).
Muitas vezes, algumas pessoas são tentadas a buscar significados figurados para cada detalhe das parábolas, como o azeite, o vinho ou a estalagem na parábola do bom samaritano. No entanto, a proposta inicial dessas parábolas é responder a perguntas específicas, como a questão sobre quem é o próximo.
A Única Interpretação Verdadeira
É preciso lembrar que há apenas uma interpretação verdadeira das parábolas, e devemos ter cuidado com a tentação de espiritualizar excessivamente cada elemento. Interpretar alegoricamente cada detalhe pode ser perigoso, pois desvia o foco do significado original da parábola.
Abordagem Inicial Literal
A interpretação das parábolas deve começar com uma abordagem literal, entendendo o texto conforme está escrito. Se após essa interpretação inicial ainda houver dificuldades de compreensão, então podemos recorrer a alegorias dentro de um contexto e significado que estejam em conformidade com a interpretação bíblica.
Evitando Distorções
Devemos evitar cair na armadilha de atribuir significados espirituais a tudo indiscriminadamente. Não podemos interpretar as parábolas de acordo com nossa própria vontade ou entendimento, mas sim de acordo com a vontade de Cristo e o que está claramente escrito nas Sagradas Escrituras.
EBD – Jesus o Mestre que Ensinava por Parábolas – Lição 1 Adolescente – 2° Trimestre 2024
3. PARABOLAS: HISTÓRIAS X QUE EXIGEM UMA RESPOSTA.
As parábolas de Jesus convocavam homens e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão, não apenas com a verdade revelada através delas, mas, sobretudo, com a pessoa que as ensinava: Jesus. A finalidade do ensino por parábolas era levar as pessoas a assumirem uma vida compromissada com Deus, santa, digna. Cada história desafiava os ouvintes a abandonarem os pecados e a viverem em obediência às Escrituras. Jesus é o Mestre dos mestres e cada um dos seus ensinamentos deve ser valorizado, honrado e seguido.
O propósito dessas parábolas era levar as pessoas a uma vida comprometida com Deus, uma vida santa e digna. Cada história desafiava os ouvintes a abandonarem os pecados e a viverem em obediência às Escrituras. Jesus é o Mestre dos Mestres, e cada um de seus ensinamentos deve ser valorizado, honrado e seguido.
A Prática da Palavra
Compreendam, meus professores, que todo ensinamento de Cristo deve ser praticado e executado. Ele não apenas pregava a palavra de Deus para que as pessoas pudessem conhecer, mas para que pudessem mudar de vida, se converter. Assim também ocorria com as parábolas: elas não apenas ensinavam, mas semeavam uma mudança de comportamento, de ação, de atitude.
Resistência e Aceitação da Transformação
Muitas pessoas resistiam a essa mudança, pois não queriam abandonar seus velhos hábitos. No entanto, aqueles que estavam dispostos a mudar suas vidas encontravam lugar no coração de Jesus. Ele não apenas oferecia conhecimento por conhecimento, mas buscava a transformação, a libertação, a renovação das vidas.
A Prática da Palavra no Dia a Dia
Entendam que a verdadeira transformação acontece na prática, não apenas nas palavras. Cristo deseja que pratiquemos Sua palavra, não apenas a ouçamos. Não adianta buscar conhecimento apenas por buscar; devemos aplicá-lo em nosso dia a dia, em nossos relacionamentos, em nossas ações.
Vivendo o Evangelho de Cristo
O evangelho de Cristo não é apenas conhecido, mas é vivido. Precisamos aplicar Sua palavra em nossas vidas, não segundo nossa vontade, mas segundo a vontade dEle. Que possamos praticar e executar a palavra do Senhor em todos os aspectos de nossas vidas, para Sua glória e para o bem de todos ao nosso redor.
CONCLUSÃO
Sinta-se hoje desafiado a ouvir e a aplicar as palavras de Jesus em sua vida diária. Seja um discípulo dedicado do Senhor em casa (no trato com seus familiares), na escola (na relação com seus colegas e professores), nas redes sociais e, principalmente, na igreja. Abra o seu coração para aprender mais sobre o Senhor Jesus e sobre o Reino de Deus. As parábolas de Jesus são vivas e têm muito a nos ensinar. Entenda que cada parábola é uma convocação de Jesus à uma decisão para o arrependimento e para vivermos uma vida de fé. esperança e amor.
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