CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA
- JEOVANE SANTOS.
LIÇÃO 10 – O ENGANO DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Texto Áureo
Texto da Lição: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” (2 Pedro 2:1)
Explicação: Este versículo serve como um alerta sobre a presença de falsos ensinamentos que podem se infiltrar na igreja. Ele destaca a importância de discernir a verdade da Palavra de Deus e estar vigilante contra doutrinas que desviam do verdadeiro evangelho. Na prática, isso nos lembra de sempre comparar qualquer ensino com as Escrituras para assegurar que estamos seguindo a verdade de Deus.
Verdade Prática
Texto da Lição: A verdade prática da lição enfatiza que a verdadeira prosperidade está em viver de acordo com a vontade de Deus, e não em acumular riquezas materiais.
Explicação: Esta verdade prática resume a aplicação dos ensinamentos bíblicos, enfatizando que a verdadeira riqueza é espiritual e se manifesta em uma vida que reflete os valores do Reino de Deus. É relevante para os alunos porque desafia a visão materialista da prosperidade e os encoraja a buscar um relacionamento mais profundo com Deus.
Introdução
Texto da Lição: A introdução aborda a crescente popularidade da Teologia da Prosperidade e sua promessa enganosa de riquezas materiais como sinal de fé.
Explicação: Esta introdução captura a atenção ao destacar a controvérsia e o apelo da Teologia da Prosperidade, preparando o leitor para explorar como esses ensinamentos se desviam da verdade bíblica. Ela contextualiza a discussão ao mostrar a necessidade de discernimento e fidelidade às Escrituras.
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I – A Teologia da Prosperidade
1.1 A Confissão Positiva
Texto da Lição: A origem da Teologia da Prosperidade está na adaptação de uma corrente chamada “Confissão Positiva”, que surgiu com Finéias Parkhurst, um curandeiro que acreditava no poder da mente.
Explicação: A “Confissão Positiva” é uma prática que enfatiza o poder das palavras e do pensamento positivo para atrair saúde e riqueza. Finéias Parkhurst iniciou essa corrente, que foi posteriormente incorporada por outros líderes religiosos, tentando se alinhar ao Cristianismo. Isso resultou em movimentos que, embora se pareçam com o Cristianismo autêntico, acabam enganando muitos crentes desavisados. A Bíblia nos adverte sobre a importância de fundamentar nossa fé exclusivamente na Palavra de Deus, e não em filosofias humanas (Colossenses 2:8).
Aplicação Prática: Ao aplicar este subtópico, os cristãos são encorajados a examinar criticamente os ensinamentos que recebem, comparando-os sempre com as Escrituras. Uma prática útil pode ser o estudo sistemático da Bíblia, buscando entender o contexto dos versículos frequentemente usados por essas correntes, e orar por discernimento espiritual.
1.2 O Crescimento
Texto da Lição: Em 1891, E. W. Kenyon adaptou essas ideias ao Evangelho, promovendo-as através de livros e campanhas evangelísticas, muitas vezes descontextualizando textos bíblicos sobre cura e prosperidade.
Explicação: E. W. Kenyon foi um dos principais responsáveis por popularizar a Teologia da Prosperidade, utilizando sua habilidade de oratória e o conceito de “poder do pensamento positivo”. Ele deu ênfase a textos bíblicos que falam sobre cura e prosperidade, mas frequentemente fora de contexto, o que pode levar a interpretações errôneas. Jesus nos alertou sobre os falsos profetas e a necessidade de julgar os ensinamentos pelos seus frutos (Mateus 7:15-20).
Aplicação Prática: Para aplicar este subtópico, é importante que os cristãos desenvolvam a habilidade de interpretar a Bíblia corretamente, considerando o contexto histórico e cultural dos textos. Participar de estudos bíblicos em grupo e consultar comentários de teólogos respeitados pode ajudar a evitar interpretações equivocadas e a fortalecer a fé baseada na verdade bíblica.
1.3 Ser Pobre é uma Maldição?
Texto da Lição: A Teologia da Prosperidade ensina que ser pobre é uma maldição e que todo cristão deve ser rico materialmente.
Explicação: Este ensino sugere que a pobreza é um sinal de falta de fé ou de bênção divina, promovendo a ideia de que a riqueza material é um indicador de aprovação de Deus. No entanto, a Bíblia nos mostra que Deus ama tanto os pobres quanto os ricos e que a verdadeira riqueza é espiritual. Provérbios 22:2 afirma: “O rico e o pobre se encontram; o Senhor é o Criador de ambos.” A vida de Jesus e seus ensinamentos frequentemente destacam a importância de buscar valores espirituais acima dos materiais (Mateus 6:19-21).
Aplicação Prática: Na prática, os cristãos são chamados a redefinir o conceito de prosperidade, entendendo que ela não está necessariamente ligada a bens materiais. Devemos focar em ser ricos em boas obras, generosidade e amor, como ensinado em 1 Timóteo 6:17-19. Encoraja-se a prática de atos de bondade e a busca por um relacionamento mais profundo com Deus, que é a fonte de verdadeira satisfação e prosperidade.
II – A Autoridade do Crente
2.1 Nossa Palavra Tem Poder
Texto da Lição: Os adeptos da Teologia da Prosperidade acreditam que a palavra do crente tem a mesma autoridade que a inerrante Palavra de Deus.
Explicação: Este ensinamento sugere que o que declaramos com nossa boca pode determinar nossa realidade, atribuindo às palavras humanas um poder quase divino. No entanto, a Bíblia ensina que somente a Palavra de Deus é inerrante e tem autoridade suprema (Isaías 55:11).
Embora nossas palavras sejam importantes e reflitam nosso coração (Lucas 6:45), elas não têm o poder criador de Deus. Devemos ter cuidado com o que falamos, mas sempre lembrando que nossa fé deve estar fundamentada na Palavra de Deus e não em declarações humanas.
Aplicação Prática: Na vida prática, é essencial que os cristãos usem suas palavras para edificar e encorajar os outros, refletindo o amor e a verdade de Cristo. Pode-se praticar a meditação nas Escrituras para que nossas palavras sejam guiadas pela sabedoria divina e não por desejos pessoais. Participar de grupos de oração e estudo bíblico pode ajudar a alinhar nossa fala com a vontade de Deus.
2.2 Tudo é Decorrente da Falta de Fé?
Texto da Lição: A Teologia da Prosperidade ensina que enfermidades e sofrimentos são resultado da falta de fé.
Explicação: Este conceito implica que se alguém está passando por dificuldades, é porque não tem fé suficiente. A história de Jó, um homem justo e temente a Deus que sofreu imensamente, refuta essa ideia. Jó manteve sua fé apesar das perdas e sofrimentos (Jó 1:1-22).
As Escrituras mostram que o sofrimento pode ter propósitos divinos, como fortalecer nossa fé ou nos ensinar lições importantes (Romanos 5:3-5). Deus pode permitir dificuldades para nos moldar e nos aproximar dEle.
Aplicação Prática: Os cristãos são encorajados a confiar em Deus mesmo em meio ao sofrimento, reconhecendo que Ele tem um propósito maior. Devemos apoiar uns aos outros em tempos difíceis, oferecendo oração e encorajamento. É útil manter um diário de oração para registrar como Deus trabalha em nossas vidas, mesmo nas dificuldades, fortalecendo nossa fé e testemunho.
2.3 A Vontade de Deus
Texto da Lição: Benny Hinn, um dos principais propagadores da Confissão Positiva, afirmou que nunca devemos dizer “se for da tua vontade” ao orar, sugerindo que devemos dar ordens a Deus.
Explicação: Essa perspectiva desafia a soberania de Deus, insinuando que podemos ditar o que Ele deve fazer. No entanto, as Escrituras ensinam que devemos orar segundo a vontade de Deus, reconhecendo Sua autoridade e sabedoria superiores.
Em 1 João 5:14, lemos: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” Jesus é o nosso exemplo perfeito de submissão à vontade do Pai, como demonstrado em Sua oração no Getsêmani: “faça-se a tua vontade” (Mateus 26:39, 42). Ele nos ensina a confiar no plano divino, mesmo quando não entendemos completamente.
Aplicação Prática: Na prática, os cristãos devem buscar entender e aceitar a vontade de Deus em suas vidas, orando com humildade e submissão. Podemos praticar isso começando nossas orações com louvor e reconhecimento da soberania de Deus, e pedindo que Sua vontade seja feita em todas as situações. Participar de estudos sobre a oração pode ajudar a aprofundar nosso entendimento sobre como orar de forma eficaz e alinhada ao coração de Deus.
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III – Crenças e Práticas
3.1 Perspectiva Eterna ou Terrena
Texto da Lição: A Teologia da Prosperidade anuncia o que as pessoas desejam ouvir, prometendo bênçãos materiais e ignorando a realidade das fragilidades humanas.
Explicação: Este ensino foca em recompensas terrenas e materiais, desviando a atenção dos crentes do verdadeiro propósito da vida cristã, que é buscar o Reino de Deus e sua justiça (Mateus 6:33).
A Bíblia nos adverte a não acumular tesouros na terra, onde tudo é passageiro, mas a investir em tesouros celestiais, que têm valor eterno (Mateus 6:19-20). A vida cristã não é isenta de dificuldades, mas é através delas que muitas vezes crescemos espiritualmente e nos aproximamos mais de Deus.
Aplicação Prática: Na prática, os cristãos são chamados a reavaliar suas prioridades, focando mais em seu crescimento espiritual e em seu relacionamento com Deus do que na busca por bens materiais.
Uma maneira de aplicar isso é dedicar tempo regularmente para refletir sobre suas metas e valores, assegurando-se de que estão alinhados com os ensinamentos de Jesus. Além disso, engajar-se em atividades que promovam o serviço e a generosidade pode ajudar a cultivar uma perspectiva mais eterna.
Conclusão
Resumo: Nesta lição, exploramos as falácias da Teologia da Prosperidade, que promete riquezas materiais como um sinal de fé e desvia o foco dos crentes das verdadeiras riquezas espirituais. Discutimos a importância de fundamentar nossa fé na Palavra de Deus e não em filosofias humanas que distorcem as Escrituras.
Aprendemos que a verdadeira prosperidade está em viver de acordo com a vontade de Deus e que o sofrimento pode ser uma parte do crescimento espiritual, como exemplificado na vida de Jó.
Reflexão Final: Ao concluirmos esta lição, somos desafiados a examinar nossas próprias crenças e práticas à luz da Palavra de Deus. Devemos buscar uma compreensão mais profunda das Escrituras para não sermos enganados por ensinos que prometem o que é temporário e passageiro.
Encorajo você a refletir sobre como pode integrar esses princípios em sua vida diária, buscando sempre a vontade de Deus e confiando em Sua soberania. Que possamos orar e meditar sobre esses temas, pedindo a Deus discernimento e sabedoria para viver de maneira que O agrade.
Comentário Adicional 1: A Centralidade de Cristo
Explicação: A Teologia da Prosperidade frequentemente desvia o foco de Cristo para as bênçãos materiais. No entanto, o verdadeiro evangelho coloca Jesus no centro de nossas vidas. Ele é a fonte de nossa verdadeira paz e alegria, independentemente das circunstâncias materiais.
Filipenses 4:11-13 nos ensina que podemos encontrar contentamento em Cristo em qualquer situação. Nossa fé deve ser baseada no relacionamento com Ele, e não em ganhos materiais.
Aplicação Prática: Os cristãos são encorajados a cultivar um relacionamento mais profundo com Cristo através da oração, estudo bíblico e comunhão com outros crentes. Podemos praticar a gratidão diariamente, reconhecendo as bênçãos espirituais que temos em Cristo.
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Comentário Adicional 2: A Importância da Comunidade
Explicação: A Teologia da Prosperidade pode promover uma mentalidade individualista, onde o foco está no que cada um pode obter para si mesmo. No entanto, a Bíblia nos chama a viver em comunidade, apoiando uns aos outros e compartilhando nossas bênçãos (Atos 2:44-45). A verdadeira prosperidade é vista na unidade e no amor dentro do corpo de Cristo.
Aplicação Prática: Envolva-se ativamente na sua comunidade de fé, procurando maneiras de servir e apoiar os outros. Participar de grupos de estudo ou ministérios de serviço pode fortalecer os laços comunitários e ajudar a viver os princípios bíblicos de generosidade e apoio mútuo.
Comentário Adicional 3: A Soberania de Deus
Explicação: A Teologia da Prosperidade muitas vezes ignora a soberania de Deus, sugerindo que podemos controlar nosso destino através de nossa fé ou palavras. No entanto, as Escrituras afirmam que Deus é soberano sobre todas as coisas (Romanos 8:28). Ele tem um plano perfeito para cada um de nós, que pode incluir desafios que nos moldam e nos aproximam dEle.
Aplicação Prática: Confie na soberania de Deus em todas as circunstâncias, sabendo que Ele está no controle e trabalha para o nosso bem. Podemos praticar essa confiança entregando nossas preocupações a Deus em oração e buscando Sua orientação em todas as decisões.
Comentário Adicional 4: O Valor do Sofrimento
Explicação: Embora a Teologia da Prosperidade veja o sofrimento como um sinal de falta de fé, a Bíblia ensina que o sofrimento pode ter um propósito redentor. Tiago 1:2-4 nos encoraja a considerar o sofrimento como uma oportunidade para crescer em perseverança e maturidade espiritual.
Aplicação Prática: Ao enfrentar desafios, busque entender o que Deus pode estar ensinando através deles. Mantenha um diário de oração para registrar como Deus está trabalhando em sua vida, mesmo nas dificuldades, e busque apoio em sua comunidade de fé para enfrentar os tempos difíceis juntos.