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EBD- LIÇÃO 12 JUVENIS “ A vida após o cativeiro”

CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA

  1. JEOVANE SANTOS.

COMENTADA: LIÇÃO 12 JUVENIS-“ A vida após o cativeiro”.

Em Destaque: “Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo.” (Neemias 1:3)

Leitura Bíblica em Classe: Esdras 1:1-7

Introdução: Nesta lição, vamos refletir sobre a vida do povo hebreu após o cativeiro babilônico. Neemias, que servia como copeiro do rei Artaxerxes, recebeu a notícia de que os judeus que haviam retornado a Jerusalém estavam vivendo em condições de grande miséria e desprezo.

Mesmo estando em uma posição confortável no palácio, Neemias sentiu a dor de seu povo e decidiu agir. Ele deixou seu lugar de segurança e privilégios para enfrentar os desafios de reconstruir Jerusalém, uma cidade em ruínas.

Neemias nos ensina sobre compaixão e liderança corajosa. Sua história é um exemplo poderoso de como Deus pode usar indivíduos para trazer restauração e esperança em tempos difíceis. Ao longo desta lição, exploraremos como Neemias, movido por sua fé e determinação, liderou a reconstrução dos muros de Jerusalém e inspirou o povo a se unir em prol de um objetivo comum.

Perguntas para Discussão:

  • O que motiva alguém a deixar sua zona de conforto para ajudar os outros?
  • Como podemos aplicar o exemplo de Neemias em nossa vida hoje?

Explicação Pentecostal: Neemias, com a ajuda de Deus, demonstrou que a fé ativa pode superar grandes desafios. Sua dependência de Deus em oração e ação nos mostra que, mesmo em meio às ruínas, a esperança e a restauração são possíveis.

Aplicação Prática: Os jovens são desafiados a identificar áreas em suas vidas onde podem ser agentes de mudança e a confiar em Deus para capacitá-los a enfrentar desafios e trazer transformação.

Versículos Sugeridos:

  • Neemias 1:11: “Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo…”
  • Esdras 1:5: “Então se levantaram os chefes das famílias de Judá e de Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do Senhor…”

Sugestão de Hino: Hino 212 da Harpa Cristã – “Restauração”

1. O Período Pós-exílio

1.1. O Contexto Samaritano

Texto da Lição: Após a destruição do Reino do Norte pela Assíria, em 722 a.C., os israelitas de Samaria foram forçados a conviver e misturar-se com povos pagãos trazidos de vários lugares conquistados pelo Império Assírio.

Explicação Pentecostal: A mistura cultural e religiosa que resultou na formação dos samaritanos criou uma divisão profunda entre eles e os judeus do Reino do Sul. Essa rivalidade, que persistiu até os dias de Jesus, é um exemplo de como a identidade cultural e religiosa pode ser uma fonte de conflito.

Aplicação Prática: Os jovens são incentivados a refletir sobre a importância da identidade cultural e religiosa e como isso pode afetar as relações interpessoais. Devemos buscar entendimento e reconciliação, aprendendo a valorizar as diferenças enquanto mantemos nossa fé.

Versículos Sugeridos:

  • 2 Reis 17:5-6, 24, 33: Descrevem a conquista da Assíria e a mistura de povos em Samaria.
  • Esdras 4:1-4: Relata a resistência dos samaritanos ao retorno dos judeus.

Perguntas para Discussão:

  • Como a história dos samaritanos pode nos ensinar sobre a importância da reconciliação?
  • O que podemos fazer hoje para superar divisões culturais e religiosas?

Definição de Termos:

  • Samaritanos: Descendentes de israelitas e povos estrangeiros, com práticas religiosas mistas.

Metodologia Sugerida: Organizar um debate sobre reconciliação e identidade cultural, usando a história dos samaritanos como ponto de partida.

Resumo Geral: A formação dos samaritanos e a rivalidade com os judeus nos ensinam sobre os desafios da convivência cultural e religiosa, destacando a necessidade de reconciliação e entendimento mútuo.

1.2. Cumprindo-se as Profecias

Texto da Lição: O povo de Judá foi levado cativo à Babilônia, mas em cumprimento das profecias, a Babilônia caiu e foi subjugada pela Pérsia, permitindo o retorno dos judeus.

Explicação Pentecostal: O cumprimento das profecias bíblicas, como as de Jeremias e Isaías, demonstra o controle soberano de Deus sobre a história. Isso nos lembra que, mesmo em tempos de aparente derrota, Deus está trabalhando para cumprir Seus propósitos.

Aplicação Prática: Os jovens são encorajados a confiar nas promessas de Deus, sabendo que Ele é fiel para cumprir Sua palavra, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis.

Versículos Sugeridos:

  • Isaías 41:1-4; 44:26-28; 45:1-6: Profecias sobre Ciro e o retorno dos judeus.
  • Jeremias 29:10: Profecia sobre o retorno do cativeiro.

Perguntas para Discussão:

  • Como o cumprimento das profecias fortalece nossa fé em Deus?
  • De que maneira podemos aplicar essa confiança nas promessas de Deus em nossas vidas hoje?

Definição de Termos:

  • Ciro: Rei da Pérsia que permitiu o retorno dos judeus a Jerusalém.

Metodologia Sugerida: Conduzir um estudo bíblico sobre profecias cumpridas, destacando a fidelidade de Deus.

Resumo Geral: O cumprimento das profecias sobre o retorno do povo judeu demonstra o controle soberano de Deus sobre a história, encorajando-nos a confiar em Suas promessas.

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2. O Retorno para Jerusalém

2.1. Um Sonho Realizado

Texto da Lição: O retorno a Jerusalém foi visto com muita alegria, como um sonho realizado. O Salmo 126 ilustra bem essa felicidade, comparando o retorno a um sonho que se tornou realidade.

Explicação Pentecostal: O retorno a Jerusalém simboliza a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas. Esse momento de alegria reflete a esperança e a renovação espiritual do povo de Deus, que viu a restauração de sua terra e de sua identidade.

Aplicação Prática: Os jovens são encorajados a ver os momentos de restauração em suas vidas como cumprimento das promessas de Deus, celebrando as vitórias e reconhecendo a mão de Deus em cada realização.

Versículos Sugeridos:

  • Salmo 126:1-3: “Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.”
  • Esdras 1:1-3: Relato do decreto de Ciro permitindo o retorno.

Perguntas para Discussão:

  • Como podemos reconhecer e celebrar os “sonhos realizados” em nossas vidas?
  • O que o Salmo 126 nos ensina sobre a alegria da restauração?

Definição de Termos:

  • Restauração: Ato de restaurar ou renovar algo que estava destruído ou em ruínas.

Metodologia Sugerida: Realizar uma atividade de gratidão onde os jovens compartilhem momentos em que viram a fidelidade de Deus em suas vidas.

Resumo Geral: O retorno a Jerusalém foi um sonho realizado, simbolizando a fidelidade de Deus e a alegria da restauração do povo de Israel.

2.2. As Expedições de Retorno

Texto da Lição: O retorno a Jerusalém ocorreu em três expedições ao longo de aproximadamente 100 anos, lideradas por Zorobabel, Esdras e Neemias.

Explicação Pentecostal: Cada expedição teve um propósito específico na restauração do povo de Deus. Zorobabel liderou a reconstrução do Templo, Esdras promoveu uma reforma espiritual, e Neemias reconstruiu os muros da cidade, cada um desempenhando um papel crucial na restauração física e espiritual de Jerusalém.

Aplicação Prática: Os jovens são desafiados a identificar suas próprias missões e propósitos, reconhecendo que Deus pode usar diferentes pessoas em diferentes momentos para cumprir Seus planos.

Versículos Sugeridos:

  • Esdras 1:5-6: Retorno liderado por Zorobabel.
  • Esdras 7:6-10: Retorno de Esdras com uma missão espiritual.
  • Neemias 2:2-8: Neemias recebe permissão para reconstruir os muros.

Perguntas para Discussão:

  • Qual a importância de cada expedição no processo de restauração de Jerusalém?
  • Como podemos descobrir e cumprir nossos próprios papéis na obra de Deus?

Definição de Termos:

  • Expedição: Viagem organizada com um objetivo específico, geralmente de exploração ou conquista.

Metodologia Sugerida: Conduzir um estudo em grupo sobre as diferentes expedições e discutir o impacto de cada uma na restauração de Jerusalém.

Resumo Geral: As três expedições de retorno a Jerusalém, lideradas por Zorobabel, Esdras e Neemias, foram fundamentais para a restauração física e espiritual do povo de Deus.

3. A Reconstrução

3.1. Foco e Oração x Oposição

Texto da Lição: Com o retorno dos cativos, Jerusalém precisava ser reconstruída. Os muros estavam caídos, os portões queimados e o povo em grande pobreza.

Explicação Pentecostal: Neemias é um exemplo de liderança focada e dependente de Deus. Apesar das ameaças e oposição, ele permaneceu firme, confiando em Deus e motivando o povo a continuar a obra. Sua história nos ensina que, quando permanecemos focados e em oração, Deus nos capacita a superar qualquer oposição.

Aplicação Prática: Os jovens são encorajados a enfrentar os desafios com oração e determinação, sabendo que Deus está ao lado daqueles que O buscam e confiam em Sua força.

Versículos Sugeridos:

  • Neemias 4:16-23: Descrição das estratégias de Neemias para enfrentar a oposição.
  • Neemias 6:15-16: Conclusão da reconstrução dos muros em 52 dias.

Perguntas para Discussão:

  • Como Neemias conseguiu motivar o povo a continuar a reconstrução apesar da oposição?
  • De que maneira a oração pode nos ajudar a enfrentar desafios em nossas vidas?

Definição de Termos:

  • Oposição: Resistência ou hostilidade enfrentada durante a realização de uma tarefa ou objetivo.

Metodologia Sugerida: Realizar uma dinâmica de grupo onde os jovens compartilhem desafios pessoais e orem juntos, buscando força e foco em Deus.

Resumo Geral: A reconstrução de Jerusalém sob a liderança de Neemias destaca o poder do foco e da oração em meio à oposição, mostrando que com Deus, todas as coisas são possíveis.

3.2. Os Profetas da Reconstrução

Texto da Lição: Durante o período pós-exílio, surgem dois profetas fundamentais: Ageu e Zacarias, que exortaram o povo a priorizar a reconstrução do Templo.

Explicação Pentecostal: Ageu e Zacarias foram usados por Deus para despertar o povo de sua apatia espiritual. Eles lembraram os judeus da importância de colocar Deus em primeiro lugar, assegurando que a glória do segundo Templo seria maior que a do primeiro, não por sua aparência, mas por sua significância espiritual.

Aplicação Prática: Os jovens são desafiados a colocar Deus em primeiro lugar em suas vidas, reconhecendo que a verdadeira satisfação vem de um relacionamento restaurado com Ele.

Versículos Sugeridos:

  • Ageu 1:5-6: Exortação de Ageu sobre a prioridade do Templo.
  • Ageu 2:7-9: Promessa de que a glória do segundo Templo será maior.
  • Zacarias 1—8: Visões de Zacarias sobre a reconstrução do Templo.

Perguntas para Discussão:

  • Por que é importante priorizar nosso relacionamento com Deus?
  • Como podemos aplicar as mensagens de Ageu e Zacarias em nossa vida diária?

Definição de Termos:

  • Exortar: Incentivar ou advertir alguém a fazer algo, geralmente com urgência ou seriedade.

Metodologia Sugerida: Conduzir uma reflexão sobre as prioridades pessoais e como podemos garantir que Deus esteja no centro de nossas vidas.

Resumo Geral: Os profetas Ageu e Zacarias desempenharam um papel crucial na reconstrução espiritual do povo, lembrando-os da importância de colocar Deus em primeiro lugar e assegurando que a glória do segundo Templo seria maior que a do primeiro.

Para Concluir

Texto da Lição: A história da reedificação do Templo nos revela que, por maiores que sejam os desafios, não podemos desanimar na obra do Senhor.

Resumo: A reconstrução do Templo e a restauração do povo de Deus após o cativeiro nos ensinam lições valiosas sobre perseverança, prioridade espiritual e a graça redentora de Deus. Mesmo diante de dificuldades e oposição, somos chamados a manter nosso foco e dedicação à obra do Senhor, confiando que Ele nos capacita e nos guia.

Explicação Pentecostal: A intimidade com Deus e o serviço em Seu Reino são fundamentais para nossa caminhada de fé. A história do retorno e reconstrução nos lembra que, mesmo quando enfrentamos as consequências de nossos erros, Deus oferece esperança e um caminho de volta para Ele. Sua graça é suficiente para nos restaurar e nos fortalecer.

Aplicação Prática: Os jovens são incentivados a não desanimar diante dos desafios, mas a buscar sempre a presença de Deus e a se dedicar à Sua obra. A reconciliação com Deus é sempre possível, e Ele nos chama a retornar a Ele com corações arrependidos e dispostos a servir.

Versículos Sugeridos:

  • Esdras 6:14-15: Conclusão da reconstrução do Templo.
  • Zacarias 1:3: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Convertei-vos a mim, diz o Senhor dos Exércitos, e eu me converterei a vós, diz o Senhor dos Exércitos.”

Sugestão de Hino: Hino 212 da Harpa Cristã – “Restauração”

Reflexão Final: Que possamos aprender com o exemplo dos que vieram antes de nós, dedicando nossas vidas à obra de Deus e buscando sempre Sua presença, confiantes de que, em Sua misericórdia, Ele nos restaura e nos fortalece.

Enriquecimento Teológico: A Reconstrução do Templo e a Restauração Espiritual

O Templo como Símbolo da Presença de Deus

Na teologia bíblica, o Templo de Jerusalém representa a presença de Deus entre Seu povo. Sua reconstrução após o exílio não foi apenas uma questão de restaurar um edifício físico, mas simbolizou a renovação do relacionamento entre Deus e Israel.

O Templo era o lugar onde Deus manifestava Sua glória e onde o povo podia se aproximar Dele através do culto e dos sacrifícios. A destruição do Templo durante o cativeiro babilônico havia sido um sinal do afastamento de Deus devido à desobediência do povo, e sua reconstrução representava uma nova oportunidade para restaurar essa comunhão.

A Reconstrução como Ato de Obediência e Fé

A reconstrução do Templo e dos muros de Jerusalém, liderada por figuras como Zorobabel, Esdras e Neemias, foi um ato de obediência e fé. Apesar das dificuldades e da oposição, esses líderes e o povo demonstraram uma determinação inabalável para cumprir a vontade de Deus.

Este período histórico nos ensina que a verdadeira reconstrução começa com o arrependimento e a renovação espiritual. Ageu e Zacarias, os profetas da reconstrução, exortaram o povo a priorizar o culto a Deus, lembrando-lhes que a glória do segundo Templo seria maior, não por sua magnificência, mas pela presença de Deus entre eles.

A Glória do Segundo Templo

Quando Ageu profetizou que a glória do segundo Templo seria maior que a do primeiro (Ageu 2:9), ele apontava para uma realidade futura que transcenderia o aspecto físico do Templo.

Teologicamente, isso prefigura a vinda de Cristo, em quem a plenitude da presença de Deus habita (Colossenses 2:9). Jesus, ao entrar no Templo e purificá-lo, cumpriu e superou a função do Templo como o lugar de encontro entre Deus e a humanidade. Assim, a reconstrução do Templo pós-exílico se torna um prenúncio do ministério reconciliador de Cristo.

A Restauração como Processo Contínuo

A história da reconstrução nos lembra que a restauração espiritual é um processo contínuo. A obra de Deus em nossas vidas não é instantânea, mas requer tempo, paciência e perseverança. Assim como o povo de Israel precisou de profetas para guiá-los e lembrá-los de suas prioridades espirituais, nós também precisamos da Palavra de Deus e da comunidade de fé para nos apoiar e nos exortar em nossa jornada espiritual.

Aplicações para a Vida Cristã

  1. Prioridade Espiritual: Devemos colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas, reconhecendo que a verdadeira satisfação e paz vêm de um relacionamento restaurado com Ele.
  2. Obediência e Perseverança: Assim como os israelitas enfrentaram desafios na reconstrução, somos chamados a perseverar em nossa fé, mesmo diante das adversidades.
  3. Comunhão e Adoração: A importância do Templo nos lembra da necessidade de comunhão com Deus e com a comunidade de fé, onde podemos crescer e ser edificados juntos.
  4. Esperança em Cristo: A promessa de uma glória maior no segundo Templo nos aponta para Cristo, nossa esperança e redenção, que nos convida a uma vida de plenitude em Sua presença.

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Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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