EBD- Lição 13 Adolescentes- Um exílio e uma esperança- 2º Trimestre 2023
LEITURA BÍBLICA:2 Reis 17.9-23 2 Crônicas 36.11-21
LEITURA SEMANAL:
Segunda » 2 Rs 17.5;6
Terça » Jr 25.1,2,9
Quarta » 2 Rs 25.21
Quinta » Ez 1.1-3
Sexta » Hc 2.1-4
Sábado » Sl 126.1-6
TEXTO EM DESTAQUE: […] Povo de Israel, não fique assustado! Eu os libertarei dessa terra distante, da terra onde vocês são prisioneiros. Os descendentes de Jacó voltarão e viverão em paz […]. Jerem ias 30.10
1 -O JUÍZO DE DEUS SOBRE ISRAEL
Após a divisão do reino, Israel seguiu um caminho de apostasia e idolatria, adorando outras divindades e se afastando dos mandamentos de Deus. Ao longo dos séculos, Deus enviou profetas para advertir e chamar o povo ao arrependimento, mas a maioria rejeitou suas mensagens e persistiu em seus pecados.
Como resultado, Deus permitiu que a Assíria invadisse e conquistasse o Reino do Norte. O rei Oseias, em seu governo, não buscou a Deus e seus pecados contaminaram toda a nação. A queda de Samaria em 722 a.C. marcou o fim do Reino do Norte, e muitos israelitas foram levados cativos pela Assíria, perdendo sua autonomia e liberdade.
Esse período de cativeiro trouxe grande sofrimento, perdas e consciência do pecado para o povo de Israel. Foi um momento de provação e disciplina por parte de Deus, permitindo que eles experimentassem as consequências de sua desobediência.
No entanto, é importante ressaltar que, mesmo em meio à disciplina e ao exílio, Deus não abandonou completamente Seu povo. Ao longo da história de Israel, vemos Sua fidelidade e promessas de restauração, mesmo após o cativeiro assírio e o subsequente exílio babilônico. Deus continuou a agir em prol de Seu povo, trazendo-os de volta à terra prometida e restaurando Sua aliança com eles.
2-O JUÍZO DE DEUS SOBRE JUDÁ
Após o cativeiro de Israel pelo Império Assírio, Judá também seguiu um caminho de pecado e idolatria, desobedecendo aos mandamentos de Deus.
Deus permitiu que a Babilônia se tornasse a nova potência e instrumento de Seu juízo sobre Judá. Nabucodonosor conquistou Jerusalém em diferentes ocasiões, levando cativos e saqueando o Templo. Primeiro, em 605 a.C., quando levou um grupo de cativos, incluindo Daniel e seus amigos. Depois, em 597 a.C., quando o rei Joaquim se rendeu e mais cativos foram levados para a Babilônia. Por fim, em 586 a.C., após um cerco prolongado, Jerusalém foi destruída, o Templo foi arrasado e a maioria dos habitantes de Judá foi levada cativa.
Essa destruição e cativeiro foram resultado dos pecados, da idolatria e da decadência moral e espiritual do povo de Judá. O juízo de Deus trouxe tristeza e sofrimento para o povo, conforme registrado no livro de Lamentações, escrito pelo profeta Jeremias.
É importante observar que, mesmo em meio à disciplina e ao cativeiro, Deus não abandonou completamente Seu povo. Após o período de cativeiro na Babilônia, Deus permitiu que um remanescente retornasse à terra e reconstruísse o Templo em Jerusalém. A restauração e a redenção posterior são temas abordados nos livros de Esdras, Neemias e outros profetas posteriores. Deus continuou a cuidar de Seu povo e a cumprir Suas promessas, apesar dos períodos de juízo e disciplina.
JOGRAL PARA O ENCERRAMENTO DO 2º TRIMESTRE 2023 JUVENIS
3-DEUS NÃO DESAMPAROU O SEU POVO
mesmo durante o exílio e após a destruição de Jerusalém, Deus não abandonou completamente o Seu povo. Ele continuou a falar através de Seus profetas, como Habacuque, Jeremias e Ezequiel, que desempenharam um papel importante na história do povo hebreu nesse período.
3.1 HABACUQUE
Habacuque era um profeta que vivia em Judá durante um período de desafios morais e espirituais, com a Babilônia ganhando poder e prestes a dominar a nação. O profeta questionou a Deus sobre a aparente impunidade da iniquidade na sociedade.
Deus respondeu a Habacuque, revelando que Ele estava levantando os babilônios como instrumento de juízo sobre Judá. Isso trouxe perplexidade ao profeta, mas Deus também enfatizou a importância de viver pela fé, confiando nas promessas e na justiça de Deus. A famosa declaração “o justo viverá pela fé” é encontrada em Habacuque 2:4.
Confrontado com essa revelação, Habacuque aprendeu a confiar em Deus e se alegrar em Sua presença, independentemente das circunstâncias difíceis. Ele expressou sua fé e adoração a Deus, reconhecendo Sua soberania e poder, mesmo diante dos desafios que Judá enfrentaria.
O livro de Habacuque é um testemunho da busca do profeta por respostas de Deus em tempos de confusão e injustiça. Ele nos ensina sobre a importância da fé, da confiança em Deus e da alegria em Sua presença, mesmo quando não entendemos completamente os caminhos de Deus.
3.2 JEREMIAS
Ele era filho de um sacerdote, mas desde o ventre de sua mãe, Deus o chamou para ser profeta (Jeremias 1:5). Jeremias enfrentou muitas dificuldades por ser fiel a Deus em sua missão profética.
Devido à sua vocação como profeta, Jeremias recebeu instruções de não se casar nem ter filhos, simbolizando a desolação e o juízo que cairiam sobre a nação (Jeremias 16:2). Ele também enfrentou perseguições e ameaças de morte por parte daqueles que não aceitavam sua mensagem (Jeremias 26:7-8). Além disso, Jeremias testemunhou a destruição de Jerusalém e do Templo, bem como a fome, o luto e a miséria que assolaram o povo hebreu durante o cerco babilônico (Lamentações 1:1-5).
Jeremias foi um profeta fiel que anunciou repetidamente o cativeiro babilônico que viria sobre Judá como consequência dos pecados e da rebelião contra Deus. No entanto, falsos profetas surgiram, contradizendo sua mensagem e afirmando que o cativeiro seria breve e que a nação retornaria em dois anos. Jeremias, no entanto, sabia que o cativeiro duraria setenta anos, conforme revelado por Deus (Jeremias 25:11).
Os registros da vida, ministério e mensagem de Jeremias estão contidos no livro de Jeremias, que documenta suas profecias, interações com o povo e sua luta em meio à oposição. O livro de Lamentações também é atribuído a Jeremias e apresenta suas lamentações em resposta à destruição de Jerusalém e ao sofrimento do povo. Esses livros destacam a importância da fidelidade a Deus e a inevitabilidade das consequências do pecado.
3.3 EZEQUIEL
Era filho de um sacerdote e também foi chamado para ser profeta (Ezequiel 1:1). Ele viveu durante o mesmo período que Jeremias, mas era mais jovem. Ezequiel foi levado como prisioneiro para a Babilônia juntamente com os cativos de Judá e passou a viver às margens do rio Quebar. Foi nesse lugar que ele teve visões e experiências da glória de Deus (Ezequiel 1:3).
Na Babilônia, Ezequiel foi usado por Deus para proclamar juízo sobre várias nações ímpias e trazer esperança para o povo de Judá. Ele anunciou as promessas de restauração após o cativeiro e falou sobre a vinda do Messias (Ezequiel 36:24-28; 34:15, 23; João 10:11). O ministério de Ezequiel serviu como um sinal vivo da presença e cuidado de Deus para com o seu povo (Ezequiel 3:16-17).
Durante o período de cativeiro, uma nova geração de hebreus foi formada, e ali eles reaprenderam a adorar somente ao Senhor, deixando para trás a idolatria que havia levado à queda de Jerusalém.
Após os 70 anos de cativeiro, Deus começou a cumprir suas promessas de restauração. O império persa sucedeu o império babilônico, e o novo imperador, Ciro, permitiu por meio de um decreto o retorno dos judeus a Jerusalém (2 Crônicas 36:22-23). Centenas de judeus começaram a retornar à região de Judá para reconstruir o Templo e a cidade de Jerusalém, liderados por pessoas como Zorobabel, Esdras e Neemias (Esdras 2:1-2, 64-65; Neemias 7:1, 8:1-3).
Alguns séculos depois, na mesma região, Deus cumpriu sua grande promessa: o Messias, Jesus Cristo, nasceu em Belém, na região de Judá (Mateus 1:1, 2:1).
Esses eventos e personagens demonstram a fidelidade de Deus em preservar e redimir seu povo, apesar das adversidades e do cativeiro. A história de Ezequiel, juntamente com os demais profetas e líderes mencionados, mostra o cuidado contínuo de Deus e o cumprimento de suas promessas ao longo da história de Israel.
CONCLUSÃO
A história do povo de Israel é marcada por momentos de desobediência e idolatria, o que levou a consequências como o exílio. No entanto, Deus, em sua imensa misericórdia, também anunciou o juízo e a esperança para o seu povo. Ele não abandonou seu plano e cumpriu todas as suas promessas e palavras.
Deus puniu o povo de Israel com o exílio devido às suas constantes desobediências e práticas de idolatria. Essa punição foi uma forma de disciplina para corrigir o povo e levá-lo a se arrepender e retornar ao caminho certo. No entanto, mesmo durante o exílio, Deus continuou a falar através dos profetas, anunciando a esperança de restauração e o futuro retorno do povo à sua terra.
Após os 70 anos de cativeiro, Deus cumpriu sua promessa de trazer o povo de volta à terra de Judá. Ele levantou líderes como Ciro, rei da Pérsia, que permitiu o retorno dos judeus e até mesmo apoiou a reconstrução do Templo em Jerusalém. A restauração do povo e a reconstrução da nação foram testemunhos da fidelidade de Deus em cumprir sua Palavra.
Essa história nos ensina sobre a paciência, a misericórdia e o amor de Deus. Mesmo quando enfrentamos as consequências de nossas ações, Deus está disposto a perdoar, restaurar e cumprir suas promessas em nossas vidas. Ele é um Deus que disciplina, mas também é um Deus de esperança e redenção.
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