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EBD Lição 2- A Escolha entre a Porta Estreita e a Porta Larga 2º Trimestre 2024

EBD Lição 2- A Escolha entre a Porta Estreita e a Porta Larga 2º Trimestre 2024

Lição 2 – A Escolha entre a Porta Estreita e a Porta Larga.

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes

Data da aula: 14 de Abril de 2024

TEXTO ÁUREO

“Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.” (Lc 13.24). O verbo ‘porfiar’ (agonizomai) significa ‘agonizar’, sugerindo que todos devem se esforçar diligentemente para entrar pela porta estreita para o Reino. Deus oferece só uma porta para o céu, e é estreita. “Quaisquer que sejam os obstáculos, você deve entrar porque o preço do fracasso é muito alto”.

VERDADE PRÁTICA

A porta estreita não é uma opção, mas a única alternativa disponível para o crente entrar no céu. Só existe uma alternativa específica e restrita para alcançar a vida eterna, e essa que requer discernimento e compromisso por parte do crente. A decisão por trilhar pelo caminho da salvação requer da pessoa a renúncia aos deleites e prazeres deste mundo e a disposição para enfrentar os desafios da jornada cristã em direção ao Céu.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Pv 15.24

A ideia da “porta estreita” presente no AT 24 Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo.

Terça – Mt 5.39,48

Princípios celestiais da “porta estreita”

39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;

40 e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa;

41 e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.

42 Dá a quem te pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.

Ama os teus inimigos

43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo.

44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,

45 para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.

46 Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?

47 E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?

48 Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.

Quarta – Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24

Renúncia e a glória progressiva da “porta estreita”

24 Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me; Rm 6.6 sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado. Gl 5.24  E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

Quinta -1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21

A recompensa de quem entra pela “porta larga”

9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? 10 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. Gl 5.19-2119 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,

20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21 invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

Sexta – Is 1.15,16; 55.7; Jr 73-7

A “porta estreita” é um chamado ao arrependimento

15 Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.

16 Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal. 55.7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Jr 3-7 E eu disse, depois que fez tudo isto: Volta para mim; mas não voltou. E viu isso a sua aleivosa irmã Judá.

Sábado – Pv 28.13; 1 Jo 1.7

A “porta estreita” é um caminho de confissão e de perdão

13 O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. 1 Jo 1. 7Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

Hinos sugeridos: 208, 447, 570 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLIA EM CLASSE:

Mateus 7.13,14; 3.1-10

Mateus 7

13 – Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

14- E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

Mateus 3

1- E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia

2- e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

3- Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

4- E este João tinha a sua veste de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.

5- Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão,

6- e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.

7- E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?

8- Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento

9- e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.

10 – E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.

VENHA ASSISTIR A VÍDEO AULA.

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a analogia da “porta estreita” e da “porta larga”, mencionada pelo Senhor. Veremos que nosso Senhor teve a pretensão de mostrar aos pecadores o caminho para a salvação. Para compreendermos melhor a soteriologia de Cristo, responderemos às seguintes questões: o que significa a analogia de Jesus concernente à “porta estreita” e ao “caminho apertado”? Por que devemos escolher a porta estreita? De que maneira o pecador pode entrar pela porta que o leva para o Céu? E, por fim, aprenderemos que a consistência da vida cristã tem por base o arrependimento, a confissão de pecados e a experiência do perdão.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

       A) Objetivos da Lição:

  1. I) Explicar a analogia da “porta estreita” e do “caminho apertado” do ponto de vista bíblico e teológico;
  2. II) Destacar que a decisão pela porta estreita requer uma vida de renúncia e disposição para enfrentar os desafios da caminhada cristã;
  3. III) Apontar que a entrada pelo caminho estreito está baseada no arrependimento, confissão de pecados e novo estilo de vida.

B) Motivação: As figuras da “porta estreita” e do “caminho apertado” confrontam as pessoas que ouvem a mensagem do Evangelho. Do mesmo modo, leva os crentes à reflexão a respeito de se estão, de fato, se, portanto, de maneira digna a entrar na eternidade com Deus. Aproveite para conversar com seus alunos sobre o estilo de vida dos que estão aguardando ansiosamente pelo Arrebatamento da Igreja. Finalize este momento, perguntando: “Estamos, de fato, trilhando pelo caminho apertado?”

C) Sugestão de Método: O primeiro tópico desta lição aborda o conceito de porta e caminhos de acordo com a perspectiva bíblica da salvação. A analogia ou semelhança “caminho” aparece no Antigo Testamento, especificamente, para ilustrar a vida de renúncia ao pecado e decisão pela prática da justiça.

No Novo Testamento, a figura da “porta” é aplicada de maneira mais direta pelo próprio Cristo quando se compara à porta pela qual as ovelhas podem entrar, sair e encontrar pastagem (uma situação cotidiana das regiões camponesas de Israel). Relacione no quadro as duas situações e faça um exercício de correlação bíblica, isto é, identifique o sentido de cada ilustração no contexto bíblico. Você pode consultar as informações no Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, editado pela CPAD.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

  1. A) Aplicação: A trajetória da vida cristã é marcada por ofertas de prazeres e deleites terrenos que são renunciados pelos crentes à medida que vivem um relacionamento estreito com Deus. O cristão comprometido com o Evangelho mantém a obediência aos preceitos da Palavra de Deus, pois sabe que a devoção verdadeira requer disposição para viver um estilo de vida que expresse, de fato, a renúncia às obras da carne e o cultivo do Fruto do Espírito.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Os dois caminhos: o largo e o estreito”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a ideia de escolha entre dois caminhos presente no Antiga Testamento;

2) O texto “Porta”, ao final do segundo tópico, apresenta o uso frequente da palavra porta no contexto bíblico, bem como seu uso literal e figurativo.

INTRODUÇÃO.

O tema da porta estreita, em Mateus 7:13-14 no Sermão do Monte, nos faz refletir sobre o estilo de vida espiritual e ético que devemos adotar, opondo se aos valores de uma sociedade frequentemente distante de Deus.

Nesta lição, estudaremos o símbolo da porta estreita e da larga, do caminho apertado e do espaçoso.  A porta estreita e o caminho apertado representam o chamado de Jesus para uma vida de compromisso e sacrifício em seguir seus ensinamentos. Nosso propósito é pontuar algumas razões que nos mostram porque devemos escolher a porta estreita e, do ponto de vista bíblico, como entrar pelo caminho apertado. Ao enfatizar a porta estreita, Jesus está nos alertando para o fato de que o caminho para a vida eterna não é fácil nem amplo, mas sim restrito e desafiador. Ele nos chama a renunciar aos nossos próprios desejos e a seguir o caminho da obediência e da santidade. O caminho apertado nos leva a praticar os princípios divinos em nossa vida diária, buscando a justiça, a bondade e a misericórdia em todas as nossas ações. Nesse sentido, veremos que o início da nossa jornada deve levar em conta o caminho que nos conduz ao Céu.

Palavra-Chave Porta

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I- PORTAS E CAMINHOS

  1. A porta estreita.

A ideia de uma “porta estreita” como caminho para a vida está presente tanto na literatura judaica quanto na cristã. Por exemplo, essa concepção é encontrada no Antigo Testamento (Pv 15.24). No livro de Provérbios, nos é apresentado a diferença entre dois caminhos: o caminho da vida e o caminho do inferno. O caminho da vida é descrito como estreito, exigindo sabedoria e discernimento para ser seguido, enquanto o caminho do inferno é apresentado como amplo e fácil de trilhar, mas que conduz à destruição. Essa representação ilustra a natureza desafiadora do caminho para a verdadeira felicidade e realização espiritual. Sabemos que a porta é uma entrada existente em um edifício ou o muro de uma cidade, algo muito comum nos tempos antigos, em que a cidade era toda murada e, ao redor de todo o edifício, havia uma porta estreita. Assim como as portas estreitas das antigas cidades serviam para controlar o acesso e oferecer proteção contra invasores. A porta estreita do caminho da vida simboliza a necessidade de discernimento e compromisso para superar os desafios e tentações ao longo da nossa caminhada. Era por meio dessa porta que todos entravam e saíam da cidade. Embora o caminho seja exigente, Deus providenciou tanto a porta como o caminho através de Jesus Cristo (João 10:9; 14:6). Jesus é o único acesso para a salvação, pois Ele morreu pelos pecados da humanidade, conforme Atos 4:12. Portanto, fora dele não há salvação.
  1. O caminho apertado.

Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição. Nesse sentido, a linguagem figurada do “caminho apertado”, conforme Mateus 7. aponta para os que desejam a vida eterna. O caminho apertado nos leva a abraçar os ensinamentos de Jesus de maneira real. Isso inclui coisas como amar nossos inimigos, evitar a hipocrisia e focar em ajuntar tesouros no céu, em vez de bens materiais aqui na Terra. Esses princípios celestiais foram ensinados por Jesus no famoso Sermão do Monte, onde Ele compartilhou uma série de ensinamentos valiosos sobre como viver uma vida que agrada a Deus. Não por acaso, a palavra “apertado” vem do verbo grego thlibo que significa “prensar como uvas, espremer, pressionar com firmeza, caminho comprimido, contraído; metaforicamente, aborrecer, afligir, angustiar”. Seguir o caminho apertado não é fácil. Requer sacrifício e comprometimento. Assim como uvas são pressionadas para produzir vinho, nós também podemos sentir pressão em nossas vidas enquanto tentamos viver de acordo com os ensinamentos de Jesus. Podemos enfrentar oposição, desafios e até mesmo sofrimento. No entanto, é esse caminho que nos leva à verdadeira vida e à salvação eterna. Assim, o caminho apertado é o que nos leva a praticar os ensinamentos de Jesus de modo bem concreto: amar os inimigos, não praticar a hipocrisia, acumular tesouros no céu dentre outros princípios celestiais ensinados no Sermão do Monte (Mt 5.39,48). Assim, ao escolhermos por seguir o caminho apertado, estamos escolhendo uma vida de integridade, amor e serviço a Deus e aos outros. É uma jornada desafiadora, mas que nos leva a um destino eterno de paz e felicidade junto a Deus.
  1. Porta larga e caminho espaçoso.

A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo. É uma busca incessante pelo prazer e pelo desejo de satisfazer os próprios interesses, sem considerar as consequências espirituais ou morais de suas ações. Essa porta recebe muitas pessoas que expressam crenças e valores segundo a sua vã maneira de viver. Essa porta larga e o caminho espaçoso têm sido uma armadilha para muitos, levando-os a se afastarem da fé e a se desviarem dos caminhos de Deus. Um caminho que tem seduzido muitos por meio da busca irrefreada do prazer e das ideias que negam a Bíblia como nossa única regra de fé e conduta. É um caminho que promove a gratificação instantânea e as ideias que contradizem a verdade revelada na Bíblia. Tratam-se, pois, de uma porta e de um caminho em que entram pessoas que vivem segundo suas próprias ideias (Jz 21.25) e que não desejam ajustar-se aos ensinos das Escrituras Sagradas (Jo 7.38). Ao escolherem seguir esse caminho, estão optando por uma vida baseada em valores temporais e passageiros, em vez de se comprometerem com os princípios eternos do Reino de Deus.

SINOPSE I

A porta estreita e o caminho apertado representam uma vida de compromisso com Cristo.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICA

“Os dois caminhos: o largo e o estreito (Mt 7.13,14). O caminho da morte e o da vida aparecem no Antigo Testamento, na literatura intertestamental, nos escritos de Qumran e na literatura cristã primitiva […]. Na literatura de Qumran os dois caminhos são expostos como o ‘caminho da luz’ e o ‘caminho das trevas’. Jesus, de forma típica, apresenta as opções diante da audiência em paralelismo antitético: uma porta para a vida ou uma porta para a morte. A maioria das pessoas toma o caminho fácil, o qual é desastroso. A porta para a vida é difícil e restritiva; os verdadeiros discípulos são minoria. Dado o contexto de Mateus, a dificuldade da porta estreita é o caminho da justiça, na qual Jesus há pouco instruiu as pessoas” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Mateus-Atos. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 61).

II- POR QUE ENTRAR PELA PORTA ESTREITA É DIFÍCIL

  1. Uma porta aberta, porém, difícil.

    Mesmo com essa porta aberta, há desafios que precisamos enfrentar para atravessá-la. A porta para a entrada na pátria celestial está aberta. Porém, há muitos impedimentos para que a alma. humana a atravesse: o egoísmo, o egoísmo, é a tendência de colocar nossos próprios interesses e desejos acima de tudo, mesmo que isso signifique ignorar as necessidades dos outros.  o ego inflado, a idolatria, dentre outros. O ego inflado também pode ser um obstáculo, nos impedindo de reconhecer nossa dependência de Deus e de nos submetermos à Sua vontade. Contudo, nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível extraordinário (Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24). Em outras palavras, abandonar nossas próprias vontades e desejos em favor da vontade de Deus. É um processo de transformação interior, no qual permitimos que Cristo viva em nós e nos guie em todas as áreas da nossa vida.
  2. As oportunidades da porta larga são atraentes.

    Muitas vezes, o caminho da porta estreita pode não parecer tão atrativo quando comparado ao caminho oferecido pela porta larga. No entanto, aqueles que optam pela porta larga acabam sendo enganados por ilusões passageiras. Para muitos, o caminho da porta estreita não é atraente, pois a porta larga oferece uma jornada de prazeres, deleites e libertinagem. O caminho da porta larga é caracterizado pelo amor ao mundo e pelas tentações que ele oferece. Entretanto, os que andam nesse caminho são dominados pelas ilusões da vida, enredando-se numa sedutora fantasia. É um caminho de apego prazeroso ao mundo e de desprezo a Deus (1 Jo 2.15,16). Infelizmente, aqueles que se entregam aos encantos do mundo acabam se distanciando do propósito divino para suas vidas e se encontram em um estado de alienação espiritual. Tragicamente, todos os que amam o mundo não terão direito a entrar nos céus (1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21). A Bíblia nos advertem sobre os perigos desse caminho, alertando-nos de que aqueles que amam o mundo não terão lugar no Reino dos Céus.  Por isso, o cristão comprometido com o Evangelho de Cristo sabe que “o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2.17). As promessas passageiras do mundo não podem se comparar à glória eterna reservada por Deus para aqueles que permanecem fiéis a Ele.
  3. As razões das exigências.

    Aqueles que decidem seguir pelo caminho da porta estreita são aqueles que reconhecem sua necessidade de Cristo e aceitam sua condição de pecadores. Diferentemente da porta larga e do caminho espaçoso, a porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria. Isso significa renunciar aos valores e padrões do mundo e abraçar um estilo de vida que reflete o caráter de Cristo. Eles estão dispostos a abandonar seu antigo modo de vida e começar de novo com Cristo, como novas criaturas. Só começa a trilhar pelo caminho da porta estreita quem se reconhece em Cristo como um pecador (2 Co 12.9) e com disposição de viver uma vida dirigida por Ele como um novo começo (2 Co 5.17). Essa jornada não é apenas uma mudança superficial, mas uma transformação completa do coração e da mente. A partir dessa jornada, o Evangelho nos faz caminhar em santidade, seguir os passos de Cristo e andar como Ele andou (1 Jo 2.6). Isto é: viver de acordo com seus ensinamentos. Então, estaremos prontos para criar raízes e enfrentam os obstáculos de nossa jornada crista (Lc 8.13,14). Não é uma jornada fácil, pois enfrentaremos desafios e obstáculos ao longo do caminho.

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SINOPSE II

Seguir pelo caminho apertado requer uma disposição em seguir na contramão da maioria.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“Porta. Uma palavra mencionada muitas vezes na Bíblia Sagrada. Na versão KJV em inglês, é a tradução de sete palavras hebraicas e uma grega. Os dois termos hebraico frequentemente usados são: delet, referindo-se à própria porta, e petah, uma porta de entrada.

A palavra ‘porta’ é utilizada tanto no sentido literal como de modo figurativo. Uso literal (por exemplo, Gn 19.6, 9; 2 Rs 9.10). As portas comuns eram feitas de madeira, mas às vezes eram feitas de espessos pedaços de pedra, tanto para casas como para tumbas. Cadeados de madeira, latão, ou ferro eram usados (Jz 3.24,25). Nas tendas as portas eram aberturas cobertas por uma aba (Gn 18.1,2).

Uso figurativo. Provavelmente, o uso mais frequente de porta de modo figurativo seja como símbolo de oportunidade, especialmente para o testemunho e o serviço cristão (por exemplo, 1 Co 16.9; 2 Co 2.12; Cl 4.3; Ap 3.8).

O termo porta é também usado para representar o caminho pelo qual uma pessoa entra em algum lugar. O próprio Cristo é a porta pela qual o ser humano alcança a salvação (Jo 10.9; cf. At 14.27; Os 2.15). Aquele que está próximo é considerado como ‘estando à porta’ (Mt 24.33; Tg 5.9; Ap 3.20; Gn 4.7)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1576).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“PORTAS DA CIDADE

No mundo antigo, as portas desempenhavam um papel crítico nas defesas de uma cidade. As portas geralmente eram o ponto mais fraco nos muros de uma cidade e, portanto, muitas vezes o ponto de ataque dos exércitos sitiantes. Para uma cidade ser forte, não bastavam muros maciços; tinha de ter portas fortes.

As portas da cidade também eram o local dos tribunais judiciais, bem como o local onde os impostos eram recolhidos. Jeremias 38.7 indica que o rei realizou a corte em uma das portas de Jerusalém. Quando os profetas do AT atacam a injustiça, eles frequentemente se referem às portas da cidade como lugar de justiça (Am 5.15).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Bíblico Baker, editado pela CPAD, p.400.

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III – ENTRANDO PELA PORTA E PELO CAMINHO DO CÉU

  1. Arrependimento de pecados.

Por meio das palavras do arauto divino, João Batista (Mt 3.1-10), a mensagem pregada por ele para entrar no Reino de Deus é o Arrependimento. O arrependimento começa com a convicção do pecado, quando a pessoa reconhece sinceramente suas falhas e transgressões diante de Deus. Esse reconhecimento leva à contrição do pecado, um profundo pesar pelo que foi feito de errado. É um momento de humildade diante do Senhor, reconhecendo a própria incapacidade de alcançar a salvação por si só. João é uma voz que ecoa entre a Antiga e a Nova Alianças, confirmando as palavras dos profetas do Antigo Testamento, pois sua mensagem de arrependimento era a mesma pregada por Isaías e Jeremias (Is 1.16,15; 16 Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal.  55.7; 7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Jr 7.3-7). 3 Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar. Por essa razão, é importante ponderar avaliar que o arrependimento bíblico não é uma questão meramente emocional, mas uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador. O arrependimento não é apenas um sentimento passageiro de tristeza ou remorso, mas uma decisão consciente e duradoura de mudar de vida. Não se trata apenas de se sentir mal pelos erros cometidos, mas de agir de forma decisiva para corrigi-los e buscar uma vida de santidade e obediência a Deus. Por meio da pregação e da aceitação do Evangelho, mediante a ação regeneradora do Espírito Santo, o pecador renuncia ao pecado, reorienta a vida e firma uma resolução de deixar o caminho espaçoso para tomar o caminho que conduz para a vida eterna.
  1. Confissão de pecados.

Quando confessamos nossos pecados, estamos reconhecendo diante de Deus que erramos, que falhamos em cumprir seus mandamentos e que precisamos do seu perdão e restauração. O ministério de João Batista foi impactante, de modo que iam ter com ele toda Judéia e a província do Jordão (Mt 3.5). Os que iam até João confessavam os seus pecados para serem batizados. Ao confessar nossos pecados, estamos exercendo humildade diante de Deus, reconhecendo nossa fraqueza e imperfeição diante da sua santidade. Ora, a Bíblia diz que todos pecaram e separados estão da glória de Deus (Rm 3.23). Sem que o homem reconheça que é pecador, jamais compreenderá que precisa de um Salvador. A confissão é um ato de responsabilidade, pois assumimos diante de Deus a culpa pelos nossos erros, sem tentar escondê-los ou transferi-los para outros, como fez Adão no Jardim do Éden. Nesse aspecto, a confissão pessoal dos pecados é uma perspectiva nova que aparece com o ministério de João Batista. Em Israel, a confissão era nacional e se dava em dia especial como no Dia da Expiação (Nm 5.7). Por meio do modelo de vida de João Batista, a confissão de pecados passou a fazer parte da tradição cristã. Desse modo, a pessoa confessa os seus pecados (Sl 32.5) e afirma que crê em Deus Poderoso e Salvador (Rm 10.9,10). Assim, quando o homem reconhece em confissão que é um pecador, ele recebe o perdão de seus pecados (Pv 28.13; 1 Jo 1.7). Ao nos voltarmos para Deus em confissão e arrependimento, podemos experimentar a restauração e a paz que vêm do perdão divino.
  1. Produzindo frutos de arrependimento.

Para João Batista, o batismo e a confissão somente não seriam as provas verdadeiras da mudança de vida. João Batista, um precursor de Jesus, ensinava que o arrependimento genuíno não era apenas uma questão de palavras, mas de ações e mudança de vida. Era preciso apresentar frutos na vida como a marca de um arrependimento sincero.  Ele não se contentava apenas com o batismo e a confissão, mas buscava evidências concretas de transformação na vida daqueles que se arrependiam. Em Lucas, podemos contemplar frutos concretos que João Batista esperava de quem se arrependesse: honestidade, misericórdia, respeito às autoridades, dentre outros (Lc 3.11-14). Esses eram sinais claros de que o coração e a natureza da pessoa haviam sido genuinamente transformados. Isso era a prova de que a natureza da pessoa havia sido verdadeiramente transformada. Portanto, uma pessoa que teve um encontro verdadeiro com Jesus produzirá frutos dignos de arrependimento, uma nova forma de pensar e agir, um novo estilo de vida (Mt 3.2; 21.29; Mc 1.15).  O verdadeiro arrependimento não se limita a palavras ou emoções momentâneas, mas resulta em uma mudança real de pensamento, comportamento e estilo de vida. Aqueles que verdadeiramente se arrependem experimentam uma nova maneira de viver, alinhada com os princípios e valores do Reino de Deus.

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SINOPSE III

O verdadeiro encontro com Jesus produz no crente frutos dignos de arrependimento.

CONCLUSÃO

No momento que inicia sua jornada com Cristo, o cristão deve ter a consciência de que escolheu o caminho estreito e a porta apertada para trilhar o caminho do céu. Pense nisso. Isso significa que precisamos renunciar ao eu, nossos pensamentos e desejos, para que Cristo apareça (2 Co 5.17). A renúncia deve ser total. Isso só é possível por meio de um verdadeiro arrependimento, confissão de pecados e a experiência do perdão.

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. O que significa dizer “caminho apertado”?

Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição.

  1. O que a “porta larga” e o “caminho espaçoso” simbolizam?

A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo.

  1. O que o Senhor Jesus ensinou a respeito de fazer o caminho da “porta estreita”?

Nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível.

  1. O que a “porta estreita” requer da pessoa?

A porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria.

  1. Que tipo de disposição deve haver no arrependimento bíblico?

Trata-se de uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador.

 

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