Revista de adolescentes- Lição 09 – O Reinado de Davi- 2º Trimestre 2023
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As conquistas de Davi
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A conquista de Jerusalém
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O nome Jerusalém significa lugar de paz. Os hebreus tem uma impressionante relato sobre a origem dessa cidade.
Vamos aos fatos históricos a respeito desta afamada cidade.
Davi ainda um menino fora ungido como rei de Israel. Em um ato simbólico o profeta Samuel derramou óleo sobre a sua cabeça.
Demorou muito tempo e várias batalhas ganhas e outras marcantes até que Davi começasse a reinar. 2 Samuel 2 diz que Davi fora aclamado primeiro rei de Judá e isso durou um tempo.
No capitulo cinco, após vários acontecimentos, os jebuseus falaram uma palavra contra Davi, que despertou o seu espírito guerreiro, que até ali estava calmo. Is-Bosete, neto de Saul, fora morto.
Então todo o Israel levantou-se reconhecendo o reinado de Davi.
Antigos habitantes de Jerusalém.
Os jebuseus, que habitavam em Jebus, que depois fora rebatizada como Jerusalém, disseram o seguinte de Davi: “Davi não entrará aqui, e se o fizer os cegos e os coxos, os aleijados o repelirão. 2 Sm 5. 6”
Jerusalém
O rei jebuseu, sabendo que Davi fora ungido como rei de todo o Israel, levantou-se contra Davi, o ofendendo , dizendo que os cegos e os aleijados iriam combater contra Davi, se ele tentasse invadir Jebus, que seria rebatizada futuramente de Jerusalém.
A afronta era grande. Num dizer profético Davi convocou os soldados de Israel, contra Jebus dizendo que eles iriam enfrentar os cegos e os coxos, que eram os jebuseus.
Davi convocou os israelitas com as palavras dos jebuseus. Davi, profeta de Deus, rei ungido, que batalhava as batalhas de Deus, fora convocado mais uma vez para a batalha.
Seus inimigos eram os jebuseus cegos e aleijados. Davi não era inimigo do desvalido, mas os jebuseus o afrontaram dizendo que os incapazes iriam ganhar a guerra contra o recém empossado rei de todo o Israel.
Os cegos na Bíblia nos dão a idéia de gente sem visão, sem futuro, sem metas em Deus. Os jebuseus deveriam se unir a Davi e assim viveriam, mas antes optaram por se levantarem contra Davi e seu reinado.
Não fora Davi quem os provocara, mas eles mandaram as noticias de que eram contra Davi.
Os aleijados significam aqueles que não conseguem andar com firmeza, são gente com deficiência. Davi acusou os jebuseus de serem esses cegos sem visão e esses aleijados sem firmeza.
A fortaleza de Davi
Esse episódio deu a chance de Davi conquistar Jebus e torná-la sua fortaleza, com o novo nome de Jerusalém. Jebus era uma cidade fortificada e bem guardada, que aparentemente não tinha como ser conquistada.
Estudando as plantas, Davi e seus homens resolveram invadir pelo canal subterrâneo.
O único ponto fraco de Jebus era o seu canal subterrâneo.
Davi e seus homens arriscaram a vida, entraram pelo rio que passava debaixo da cidade de Jebus e conseguiram abrir os portões, para que os outros soldados pudessem entrar e assim conquistaram Jebus.
Jerusalém, um lugar de paz.
Davi fora nomeado agora rei de todo Israel, mas não tinha uma fortaleza, de onde pudesse governar.
Talvez Davi não tenha pensado em Jebus, mas Deus fez a oportunidade acontecer e Davi acabou encontrando um lugar só seu.
Aquela tornou-se “A cidade de Davi”, como a chamaram de pronto, mas posteriormente fora rebatizada de Jerusalém.
O nome Jerusalém significa lugar de paz. Anteriormente a cidade chamou-se Salém.
Os Hebreus tem uma impressionante relato sobre a origem dessa cidade.
Um rei conhecido apenas como Melquisedeque, rei de Salém. Segundo o escritor de Hebreus, sacerdote do Deus Altíssimo, Melquisedeque saiu ao encontro de Abraão.
Não fora coincidência a conquista de Jerusalém por Davi, mas antes a vontade de Deus. Nossas lutas, que parecem ser às vezes tão só nossas, encontram eco no coração de Deus.
Muitas vezes não sabemos o que os nosso inimigos fizeram contra Deus, mas Ele sabe e resolve que a taça da ira deve ser derramada contra os seus inimigos e usa, muitas vezes aos pequenos filhos e filhas que são afrontados por esses, para que sejam destruídos de vez, por Deus.
Deus tinha metas para Jerusalém, que conta na sua genealogia com tão ilustre e enigmático personagem, que é Melquisedeque.
Deus ama a Jerusalém e lá caminhou em Jesus. O Filho de Deus andou por suas ruas estreitas ruas e lá ensinou os princípios sobre o Reino de Deus.
Em Jerusalém Deus é glorificado
Deus queria dar a Davi um lugar para ser chamado de seu, mas de certa forma Deus queria um lugar também, na Terra, para que ele pudesse também chamar de seu.
Em Jerusalém o Seu Templo fora erguido e seu nome seria glorificado para sempre.
Nunca menospreze ou ache-se menor, para receber tão grandes benesses do Senhor. Deus quer nos dar o melhor da terra. O lugar onde chamaremos de nosso, será o lugar onde Deus chamará de seu.
Davi fora afrontado, para conquistar a cidade que Deus um dia chamaria de sua.
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O retorno da arca da aliança
A Arca da Aliança era a principal representação da presença de Deus no meio de seu povo no Antigo Testamento.
A Arca da Aliança também é comumente chamada de Arca do Testemunho ou Arca do Concerto.
Tal designação se refere especialmente ao fato de que a Arca da Aliança guardava os principais símbolos da aliança entre Deus e o povo de Israel no Sinai.
A figura da Arca da Aliança é amplamente conhecida entre os cristãos. Porém, muita gente possui dúvida sobre o que era a Arca da Aliança realmente.
Também é verdade que muita gente interpreta equivocadamente o significado da Arca da Aliança nas Escrituras.
O que era a Arca da Aliança?
A Arca da Aliança era um baú retangular feito de madeira de cipreste revestido de ouro por dentro e por fora. A Arca da Aliança media cerca de 1,20 m x 90 cm x 90 cm (2,5 x 1,5 x 1,5 côvados).
Em cada uma de suas extremidades inferiores, havia uma argola de ouro. Nessas argolas eram inseridas varas que serviam de instrumento para transportar a Arca.
A tampa da Arca da Aliança era chamada de “propiciatório” (Êxodo 25:17).
Essa tampa era feita de ouro puro e nela ficavam as figuras de dois querubins, também de ouro batido.
Esses querubins haviam sido colocados um de frente para o outro, com suas asas estendidas.
Era em cima dessa tampa que o sacerdote derramava o sangue dos animais para propiciar a ira de Deus sobre o povo. Daí a designação “propiciatório”.
Como já foi dito, a Arca da Aliança também era designada por outros nomes. Ela é chamada de:
Arca do Concerto, ou mais literalmente, Arca do Testemunho (Êxodo 25:22), Arca do Senhor (1 Samuel 4:6), Arca de Deus (1 Samuel 4:18), e claro, Arca da Aliança (Josué 3:6).
A Arca da Aliança foi construída por Bazalel no Sinai, segundo modelo dado por Deus a Moisés (Êxodo 25:8; 31:2-7; 37:1-9).
A descrição completa da Arca da Aliança pode ser encontrada no capítulo 25 do livro do Êxodo.
Qual o significado e função da Arca da Aliança?
No Antigo Testamento a Arca é citada cerca de duzentas vezes com pelo menos vinte e duas designações diferentes.
Diante disso, a Arca da Aliança perece ter servido a várias funções ao longo do tempo. Sem dúvida, dentre todas as funções, duas se destacam como sendo as principais e fundamentais para todas as outras.
A Arca da Aliança era o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo.
A Arca da Aliança servia como local de armazenagem para as duas tábuas da Lei, que eram os mandamentos prescritos na aliança do Sinai.
Daí o vem o nome “Arca do Testemunho” (Êxodo 25:16; Números 4:5; Josué 4:16). A Arca da Aliança também guardava o vaso de maná e a vara de Arão.
Partindo desses dois conceitos básicos, podemos ver a Arca sendo considerada como representando o trono de Deus (1 Samuel 4:4; 2 Samuel 6:2); servindo como um guia para o povo de Israel no deserto (Números 10:33-36); como um tipo de paládio de guerra, tendo muita ênfase na história da conquista de Jericó (Josué 6), além de ter desempenhado um papel muito importante na travessia do Jordão (Josué 3:4).
A captura da Arca da Aliança
No tempo dos Juízes, a Arca foi levada para Silo, tendo já passado por Gilgal e Betel (Juízes 2:1; 20:27; 1 Samuel 1:3; 3:3).
Ela permaneceu em Silo até ser capturada pelos filisteus. Em 1 Samuel 4:11, temos a descrição dessa captura no campo de batalha em Ebenézer.
Naquela ocasião um terrível pesar abateu os israelitas, conforme fica claro na triste expressão “foi-se a glória de Israel”.
Por causa do pecado e desobediência, o povo de Israel foi culpado da derrota para os filisteus e da consequente captura da Arca da Aliança.
Entretanto, a captura da Arca causou grandes problemas aos filisteus (1 Samuel 5). Após sete meses de pragas, os filisteus devolveram a Arca da Aliança para Quiriate-Jearim, onde ela ficou por aproximadamente vinte anos (2 Samuel 5; 7:2).
A Arca da Aliança em Jerusalém
Quando Davi subiu ao trono, ele estabeleceu que Jerusalém seria a capital política e religiosa da nação de Israel, levando a Arca da Aliança para lá.
A Arca ficou instalada numa tenda em Jerusalém (2 Samuel 6). Posteriormente, quando o rei Salomão construiu o Templo, a Arca ficou abrigada nele (1 Reis 6:19; 8:1-9).
A Bíblia informa que a Arca da Aliança foi recolocada no santuário durante as reformas do rei Josias (2 Crônicas 35:3).
O profeta Jeremias também profetizou sobre um tempo em que a Arca da Aliança não seria mais utilizada, pois Jerusalém deveria ser chamada de trono de Deus (Jeremias 3:16).
Após essas referências, os livros históricos do Antigo Testamento raramente se referem à Arca.
Mas é provável que ela tenha continuado a ser usada nas grandes festas religiosas de Jerusalém. Alguns Salmos falam de cerimônias em que que a Arca da Aliança pode ter sito utilizada (Salmos 24, 68, 118, 132).
Nessas cerimônias, muito provavelmente a Arca foi carregada na frente do povo, pelos sacerdotes.
A imprudência diante da Arca da Aliança no episódio envolvendo Uzá, foi algo bastante significativo (2 Samuel 6:7).
Esse evento causos temor no próprio rei Davi, que enviou a Arca para a casa de Obede-Edom. Ela acabou ficando ali por três meses (2 Samuel 6:9-11).
Onde está a Arca da Aliança?
Existe muita especulação sobre onde estaria a Arca da Aliança atualmente. Apesar de muitas teorias, a grande verdade é que o paradeiro final da Arca é um mistério.
Muitos estudiosos defendem uma hipótese plausível de que a Arca da Aliança foi perdida durante a destruição de Jerusalém pelo exército de Nabucodonosor em cerca de 587 a.C.
Então a Arca pode ter sido capturada e levada para a Babilônia como um tipo de despojo de guerra. Dessa forma, ela pode ter sido mantida como troféu ou mesmo ter sido destruída pelos babilônios para extrair seu ouro.
Caso os babilônios tenham mantido a Arca da Aliança preservada, essa condição pode ter mudado quando a própria Babilônia caiu diante da coalizão Medo-Persa.
De qualquer forma, essa sugestão da perda da Arca no período de exílio explora principalmente a referência já citada do capítulo 3 do livro de Jeremias, onde o profeta fala sobre a ausência da Arca da Aliança.
Existem referências nos livros apócrifos que afirmam que Jeremias teria escondido a Arca da Aliança.
Supostamente ele teria colocado a Arca em uma caverna no Monte Nebo, juntamente com a tenda e o altar de incenso, antes da destruição de Jerusalém.
Porém, os estudiosos ressaltam a grande improbabilidade de isto ter ocorrido, além de não haver qualquer evidência histórica disto.
Particularmente, penso que a melhor definição de onde está a Arca da Aliança, depende da nossa compreensão sobre o papel importante e específico que ela desempenhou no início da História de Israel.
Ela serviu, especialmente, como símbolo visível da presença de Deus habitando com seu povo.
Passado essa finalidade, o próprio Deus permitiu que ela fosse tomada e destruída, evitando que ela se tornasse o maior alvo de idolatria já visto.
A Arca da Aliança nas igrejas atuais.
Esse tópico está diretamente ligado ao assunto anterior no que diz respeito à finalidade já cumprida da Arca da Aliança. Falando em idolatria, não faltam réplicas da Arca da Aliança nas igrejas evangélicas atuais. De chaveiro a decoração de púlpito, a figura da Arca é empregada em grande escala.
Tudo isto revela a falta de compreensão do verdadeiro papel e significado da Arca da Aliança ao longo da História.
Talvez muitos líderes evangélicos até entendem que a figura da Arca da Aliança tem sido completamente mal interpretada na atualidade.
Porém, sua aplicação como importante elemento nas estratégias de marketing dessas denominações, faz com que tais líderes acabem engolindo mais essa heresia.
Aliás, infelizmente uma heresia a mais ou uma heresia a menos parece não fazer muita diferença no famoso mundo gospel.
Nesse cenário decadente, a Arca da Aliança é apenas mais um item na capitação de novos fiéis.
Muitas dessas igrejas também usam o shofar e o candelabro em seus cultos. Elas também elegem seus líderes como verdadeiros sacerdotes que estão num nível superior aos demais.
Na defesa por um evangelho judaizante, até seus cantores são designados como levitas.
Em Cristo a Arca não é mais necessária
Para quem realmente tem preocupação sobre a legitimidade ou não da utilização da réplica da Arca da Aliança e dos demais elementos utilizados nos cultos do Antigo Testamento em nossos dias, uma leitura cuidadosa da Epístola aos Hebreus, principalmente o capítulo 9, pode ser muito útil.
Segundo o autor de Hebreus, voltar a essas práticas é retornar a um estágio anterior da revelação de Deus.
É abraçar a Antiga Aliança e desprezar a Nova Aliança em Cristo. É trocar o definitivo pelo que era temporário.
Diante disso, o autor bíblico faz uma exortação à perseverança na fé.
Ele cuida de mostrar a superioridade de Cristo em relação à religiosidade revelada no Antigo Testamento, onde tais elementos serviam para apontar para a obra definitiva e completa realizada por Jesus.
A Arca da Aliança no Antigo Testamento era o símbolo máximo da presença de Deus e da propiciação. Mas agora, em Cristo temos a revelação real de Deus (Colossenses 1:15).
Na Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo nos ensina que Deus ofereceu Jesus como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça (Romanos 3:25).
Não necessitamos mais do propiciatório da Arca, pois Cristo é a propiciação perfeita pelos nossos pecado. Agora que Cristo veio, a função de tutor da Lei Cerimonial, juntamente com seus símbolos e rituais, foi encerrada (Gálatas 3:23-27).
O Reinaldo de Davi
O adultério de Davi
Qualquer desobediência da palavra de Deus é pecado. Jamais devemos sugerir que há pecadinho e “pecadão”.
Mas, nesta vida, alguns pecados levam a consequências maiores.
Alguns pecados machucam outras pessoas mais profundamente do que outros.
Alguns causam sequelas desastrosas e irreversíveis.
Não é por acaso que o adultério sempre se encontra entre os piores dos pecados, tanto nos olhos de Deus como entre os homens.
Deus não nos deixa sem defesa contra este pecado destruidor de vidas.
Além de várias advertências bíblicas, há diversos exemplos de como o adultério complicou a vida de pessoas que o praticaram, e de suas vítimas inocentes.
Um exemplo clássico é Davi, o segundo rei de Israel. Vamos aprender as lições valiosas deste tropeço triste na vida dele.
Erros que levaram Davi ao pecado
Quando uma pessoa se entrega à tentação, pode se encontrar numa situação praticamente impossível, onde não tem força para resistir.
É essencial aprender como evitar essas situações difíceis. O exemplo de Davi sugere algumas coisas que vão nos ajudar
. (1) Devemos nos dedicar ao papel que Deus nos deu. Davi não se ocupou com seus próprios deveres.
2 Samuel 8 e 10 mostram que Davi era um guerreiro bem-sucedido.
De fato, seu papel como um dos primeiros reis era de comandante do exército de Israel. Ele corajosamente conduziu suas tropas a vitória após vitória.
Mas, num determinado ano, Davi ficou para trás e mandou Joabe e seus servos à batalha (2 Samuel 11:1).
Enquanto muitos dos homens de Israel arriscaram a vida na guerra, ele ficou na casa do rei em Jerusalém.
Hoje, um dos fatores que contribui ao pecado é falta de ocupação e dedicação em nosso trabalho.
Homens desempregados mostram uma tendência maior de se envolver numa série de pecados, incluindo adultério, abuso de álcool e outras drogas, etc.
Jovens ociosos tendem a se envolver em coisas erradas, por ter muito tempo livre. Mulheres sem responsabilidade participam mais das coisas do Adversário (1 Timóteo 5:13-15).
(2) Não devemos alimentar pensamentos errados. Uma vez que Davi se colocou no lugar errado, ele foi tentado. Ele viu Bate-Seba, uma mulher bonita, tomando banho (2 Samuel 11:2).
Neste momento, ele deveria ter virado os olhos para outra coisa, procurando não pensar mais na imagem do corpo da mulher de outro.
Nós não devemos hospedar pensamentos maus, porque levam às consequências graves (Jeremias 4:14; 6:19).
O domínio próprio, uma das características fundamentais do servo de Deus, inclui a disciplina para controlar nossos próprios pensamentos (Gálatas 5:22-23; 2 Pedro 1:6; Filipenses 4:8-9; 2 Coríntios 10:4-6).
É bom lembrar que um passarinho pode passar por cima da nossa cabeça, mas não temos que o convidar a fazer ninho em nossos cabelos.
(3) Devemos respeitar as advertências sobre o pecado. Davi ignorou, pelo menos, três advertências contra seu pecado, antes de ter relações com Bate-Seba.
Primeiro, como conhecedor da palavra de Deus, ele sabia que sua cobiça e o ato de adultério são pecados contra Deus.
Mesmo entre dois solteiros, tais relações são erradas. Segundo, ele já era casado, e o compromisso de casamento deveria ter sido mais um impedimento.
Quantos homens têm evitado o pecado de adultério por causa de uma aliança ou fotografia da esposa, os lembrando do compromisso matrimonial na hora de tentação? Terceiro, ele sabia, antes de a convidar para casa, que Bate-Seba era mulher casada (2 Samuel 11:3).
Nós devemos sempre respeitar as advertências sobre o pecado e suas consequências, antes de cometê-lo.
(4) Não devemos procurar circunstâncias que facilitam o pecado. Davi estava no lugar errado e pensou nas coisas erradas. Cada passo o levou mais perto do relacionamento pecaminoso que ia piorar a vida dele e de outras pessoas.
Quando ele perguntou sobre Bate-Seba e a convidou para a casa dele, ele se colocou numa situação onde a tentação seria mais forte ainda.
Ele já sentiu atração de longe, como resistiria quando estava a sós com ela? Há muitas lições aqui.
A pessoa que sente a tentação de usar drogas deve ficar longe dos lugares onde as tem, e das pessoas que as usam.
A pessoa tentada a beber deve evitar bares e festas onde servem bebidas alcoólicas. Um casal de namorados deve evitar lugares escuros e isolados, e jamais deve usar roupas sensuais ou participar de atividades que enfatizam o sexo.
Como Davi multiplicou o seu pecado
Uma série de erros e pecados mentais levou Davi ao ato de adultério.
A Bíblia não oferece nenhuma cena romântica para justificar o erro. Simplesmente diz: “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela” (2 Samuel 11:4).
Muitos filmes e novelas de hoje procuram colocar o pecado no contexto de romantismo e “amor” inegável. Procuram fazer do pecado alguma coisa bonita e agradável.
Mas, as Escrituras relatam os fatos. Ela veio, e eles pecaram. Neste momento, Davi deveria ter sentido remorso profundo e tristeza sincera.
Mas, ele não virou para Deus naquela hora. Achou que o pecado poderia ser escondido, e as conseqüências evitadas.
Foi o começo de uma série de pecados que parecem tão estranhos na vida de um homem escolhido por Deus.
Ao adultério, Davi acrescentou mentiras. Quando soube que Bate-Seba estava grávida, ele chamou Urias para descansar em casa com a esposa.
Ele achou possível esconder seu pecado, enganando o próprio marido traído.
Mas Urias não facilitou o plano de Davi. Um soldado dedicado, ele recusou tirar férias quando os colegas estavam na batalha. Frustrado, Davi avançou das mentiras ao homicídio.
O próprio Urias levou a carta que selou a morte dele e de mais alguns soldados.
Neste plano sinistro, o rei envolveu mais uma pessoa. Joabe, o comandante do exército, serviu de cúmplice sem saber os motivos de Davi.
As tentativas de esconder o pecado geralmente levam o pecador ao fundo do poço. Davi, cujo coração costumava ser dedicado ao Senhor, se entregou ao pecado e à vontade do diabo.
Não escondeu nada de Deus.
Talvez Davi conseguiu enganar os vizinhos, e até o próprio coração.
Mas, ninguém é capaz de esconder de Deus. “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hebreus 4:13).
Deus mandou Natã, um profeta, para confrontar Davi com seu pecado (2 Samuel 12:1-14).
Ele contou a história de um homem pobre que perdeu sua única ovelha por causa da maldade do vizinho rico. Davi ficou bravo, e demandou o castigo duro do ladrão.
Falou que este homem teria que pagar quatro vezes o valor da ovelha, e que seria morto pelo crime.
Natã disse a Davi: “Tu és o homem.” Ele o acusou de pecados contra Deus, contra Urias, e contra Bate-Seba. Davi confessou o pecado, e Deus lhe poupou a vida.
O arrependimento sincero de Davi
Há algumas diferenças notáveis quando comparamos a confissão de Davi com outras famosas confissões na Bíblia.
Adão e Eva procuraram culpar outras pessoas para justificar sua desobediência (Gênesis 3:12-13).
Caim mentiu para Deus, tentando negar sua culpa (Gênesis 4:9).
Arão apontou o dedo para o povo, e fingiu que o bezerro de ouro tinha aparecido praticamente sozinho (Êxodo 32:21-24).
Saul disse que tinha obedecido a palavra de Deus. Depois, quando reconheceu sua culpa, ele se preocupou em manter sua posição de honra perante o povo, em vez de mostrar um espírito quebrantado (1 Samuel 15:13,24,30). Judas sentiu remorso e confessou sua traição, mas fugiu da presença de Jesus e se suicidou (Mateus 27:3-5).
Mas o arrependimento e a confissão de Davi foram diferentes. Davi não ofereceu desculpas.
Ele não perguntou sobre as consequências. Ele se entregou nas mãos do Deus justo, e simplesmente confessou a culpa do pecado cometido: “Pequei contra o Senhor” (2 Samuel 12:13).
O Salmo 51 mostra a profundidade do remorso de Davi. Ele assumiu plena responsabilidade pelo pecado, e pediu a ajuda de Deus para renovar seu coração.
É este arrependimento que Deus quer. O pecador que volta para Deus precisa reconhecer seu pecado, e não retornar frigidamente (Jeremias 3:10,13).
Consequências do pecado perdoado
Deus não tirou a vida de Davi. Ele foi perdoado, mas ainda tinha que sofrer muitas consequências graves.
Ele foi humilhado quando um dos próprios filhos tomou algumas de suas mulheres. E, como Davi falou que o ladrão do cordeirinho deve pagar quatro vezes, ele mesmo pagou quatro vezes.
Tirou a vida de Urias, e pagou com a vida de quatro de seus filhos.
O filho de Bate-Seba nasceu, e morreu logo depois (2 Samuel 12:15-25).
Depois, Amnom foi morto pela espada de Absalão (2 Samuel 13:23-36). Joabe matou o rebelde Absalão (2 Samuel 18:9-18).
Depois da morte de Davi, Salomão mandou que Adonias fosse morto (1 Reis 2:13-25).
As consequências do pecado de Davi mostram um fato importante.
Deus pode perdoar o pecador, sem tirar todas as consequências do pecado. Há muitas pessoas arrependidas de seus pecados que ainda vão ficar muitos anos encarceradas.
Há famílias destruídas por causa de pecados já confessados e perdoados por Deus. Deus pode perdoar um assassino, mas este perdão não ressuscita a vítima.
Ele pode perdoar a mãe que abusou álcool ou outras drogas durante sua gravidez, mas a criança que nasceu com defeitos físicos ou mentais por causa desses vícios continua sofrendo.
Deus é capaz de perdoar as mulheres e médicos que fazem abortos, mas as crianças já mortas nunca nascerão vivas. Muitos outros exemplos provam que o pecador perdoado, ou suas vítimas, podem continuar sofrendo depois do perdão.
Através da fé, arrependimento e batismo, Deus lava os pecados e nos purifica.
Assim, escapamos das consequências eternas do pecado. Mas, às vezes, continuamos sofrendo as consequências temporâneas dos erros do passado.
Como Deus vê o adultério
O adultério tem se tornado um pecado comum e até glorificado em novelas, filmes, livros e revistas
. Mas, desde a criação do primeiro par de seres humanos, Deus sempre tem ensinado a mesma coisa.
As relações sexuais pertencem exclusivamente ao casamento lícito. Ele sempre condena a fornicação e o adultério.
A vontade de Deus para os dias de hoje é bem clara: um homem pode casar com uma mulher, e os dois terão relações normais até a morte.
Estude bem as seguintes passagens: Mateus 19:4-6; Romanos 7:2; 1 Coríntios 7:1-9; Hebreus 13:4.
Enfrentamos tentações, como Davi as enfrentou. O próprio Deus considerou Davi “homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” (Atos 13:22).
“Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Coríntios 10:12). Quando respeitamos a vontade de Deus, receberemos as grandes bênçãos de felicidade nesta vida, e por toda a eternidade.
Porque Davi foi um homem segundo o coração de Deus?
Ser um homem segundo o coração de Deus significa ser uma pessoa comprometida com a vontade e os propósitos do Senhor.
A Bíblia diz que Davi era um homem segundo o coração de Deus. Ele foi a pessoa que Deus escolheu, conforme o Seu agrado, para ser o líder sobre o povo de Israel.
Lemos que Davi era um homem segundo o coração de Deus no contexto da sucessão no trono de Israel.
Naquela época Saul reinava sobre os israelitas. Mas ele acabou fazendo o que era mal perante o Senhor, e por isso foi rejeitado.
Então através do profeta Samuel, deus lhe avisou: “O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo; porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou” (1 Samuel 13:14; cf. 1 Samuel 15).
John MacArthur comenta a expressão “um homem que lhe agrada” dizendo que em vez de Saul, Deus haveria de escolher um homem com o coração segundo o Seu; ou seja, alguém dedicado a obedecer a Deus.
Depois, na ocasião em que o profeta Samuel foi enviado à casa de Jessé para ungir o novo rei de Israel, esse caráter de Davi foi enfatizado.
Quando Samuel ficou impressionado com a imponência de Eliabe, Deus o advertiu: “O SENHOR não vê como vê o homem.
O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (1 Samuel 16:7).
Já nos tempos do Novo Testamento, Paulo de Tarso citou esse testemunho acerca de Davi em sua pregação em Antioquia.
Ao resumir a história do povo de Israel, Paulo falou sobre a ascensão e queda do rei Saul. Em seguida ele explicou sobre como Deus levantou Davi como rei em Israel, do qual testemunhou: “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” (Atos 13:22).
Paulo ainda ressaltou que foi da descendência de Davi, conforme a promessa, que Deus trouxe a Israel o Salvador que é Jesus (Atos 13:23).
Ser um homem segundo o coração de Deus significa ser perfeito?
A verdade de que Davi era um homem segundo o coração de Deus não quer dizer que ele era alguém sem defeitos.
Ao contrário disso, a Bíblia afirma a natureza pecaminosa de Davi. Ele próprio, em vários de seus salmos, reconhece a miséria de seu pecado.
Inclusive, um dos episódios mais marcantes da história de Davi é aquele em que ele é repreendido pelo Senhor através do profeta Natã por causa de seu grave pecado envolvendo Urias e Bate-Seba (2 Samuel 12).
Então como alguém imperfeito poderia ser chamado de “o homem segundo o coração de Deus”? O Salmo 51 nos ajudar a entender esta questão:
Davi tinha consciência da realidade de sua natureza pecaminosa: “Eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim […] Eu nasci em iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:3,5).
Davi não tinha problema em confessar o seu pecado a Deus: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos” (Salmo 51:4).
Davi demonstrava genuíno arrependimento diante de seus pecados. Ele não se conformava em ficar no erro.
Ele clamava pela misericórdia de Deus para que suas transgressões fossem apagadas. Ele clamava pela purificação divina: “Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado” (Salmo 51:2).
Davi entendia que sua comunhão com Deus dependia da graça divina e não da força de sua vontade.
Ele sabia que seu coração era enganoso: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Salmo 51:10).
A preocupação de Davi não era perder seu poder, sua riqueza ou sua fama.
Sua maior preocupação era ser privado de sua comunhão com Deus: “Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito” (Salmo 51:11).
Davi era uma pessoa comprometida com a glória de Deus e com a proclamação de Sua vontade: “Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti […]
Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores” (Salmo 51:13,15).
Algumas lições sobre ser um homem segundo o coração de Deus
Conclusão
Quando olhamos para a vida de Davi, entendemos algumas verdades fundamentais sobre o que significa ser um homem segundo o coração de Deus.
Ser um homem segundo o coração de Deus não é resultado de méritos próprios, mas da graça de Deus. Davi era um homem segundo o coração de Deus porque ele agia de acordo com a vontade de Deus. Mas como vimos, Davi era um homem imperfeito. Porém, ele sabia que dependia da graça e do poder do Espírito Santo para que seu coração estivesse alinhado ao coração de Deus.
Ser um homem segundo o coração de Deus é ser plenamente satisfeito no Senhor. É entender que a vontade divina prevalece sobre a vontade dos homens; e isso inclui a nossa própria vontade.
Davi dizia que não andava à procura de grandes coisas ou de maravilhosas realizações pessoais; mas que esperava no Senhor e descansava nele como um filho descansa nos braços de sua mãe (cf. Salmo 131).
Ser um homem segundo o coração de Deus é crer na soberania absoluta do Senhor sobre todas as coisas.
É confiar em Deus em toda e qualquer circunstância. Enquanto fugia da revolta de Absalão, Davi dizia: “Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhor me sustenta” (Salmo 3:5).
Na maioria das vezes ser alguém segundo o coração de Deus será completamente o oposto de ser alguém segundo o coração dos homens. Ou agradamos a Deus, ou agradamos aos homens.
Não há meio termo! Saul foi alguém segundo o coração dos homens e acabou rejeitado por Deus (cf. 1 Samuel 9:18-22; 15:24).
Ser um homem segundo o coração de Deus significa estar submetido ao pronto exame do Senhor. No Salmo 139, por exemplo, o salmista reconhece sua limitação diante da soberania e da grandiosidade de Deus.
Então ele ora para que Deus o examine e avalie se há nele algo que ofende ao Senhor; pois ele quer ser conduzido pelo caminho eterno (Salmo 139:23,24).
Os homens e mulheres segundo o coração de Deus são aqueles que são sondados, corrigidos, instruídos e guiados pelo Senhor.