CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA
- JEOVANE SANTOS.
COMENTADA: LIÇÃO 9 JUVENIS Deus levanta profetas”.
Perguntas para Discussão:
O que significa ser um profeta nos dias de hoje? |
Como podemos identificar uma verdadeira mensagem de Deus?
Texto Áureo: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1.20,21).
Significado: Este versículo enfatiza a origem divina das profecias, destacando que são revelações do Espírito Santo e não meras opiniões humanas.
Verdade Prática: A verdadeira profecia é uma comunicação direta de Deus, que deve ser recebida com reverência e discernimento, aplicando-se à vida cotidiana dos cristãos.
Explicação Pentecostal: Na teologia pentecostal, os profetas são vistos como instrumentos do Espírito Santo, chamados para edificar, exortar e consolar a Igreja, trazendo mensagens que refletem a vontade de Deus.
Aplicação Prática: Os cristãos são desafiados a ouvir a voz de Deus e a estarem abertos à direção do Espírito Santo, buscando viver de acordo com a Palavra profética.
Versículos Sugeridos: Jeremias 1.5; Amós 3.7; Efésios 4.11-13.
Sugestão de Hino: “Aos pés da Cruz” – Harpa Cristã, número 118.
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1. O MOVIMENTO PROFÉTICO
1.1. Os profetas na Bíblia
O termo “profeta” refere-se a um ministério constante na nação de Israel, com seu registro começando na época da monarquia.
Abraão é reconhecido como o primeiro profeta (Gênesis 20.7).
Moisés também é considerado profeta (Deuteronômio 18.15), e 70 anciãos profetizaram quando a unção de Moisés foi repartida sobre eles, embora não tenham continuado a profetizar (Números 11.17).
Juízes como Débora (Juízes 4.4-5) e Samuel (1 Samuel 3.20; 9.9) também foram considerados profetas.
O ministério profético, conforme conhecido no Antigo Testamento, chegou ao fim com João Batista.
1.2. O serviço dos profetas
Durante a monarquia, os profetas atuavam como conselheiros do rei, como o profeta Natã (2 Samuel 12), que foi crucial para a correção do rei Davi em relação ao seu pecado contra Urias (Cf. 2 Samuel 11.1-15).
Além dos profetas que serviam na corte, Deus levantou profetas do meio do povo, pessoas comuns como Eliseu e Amós.
Os profetas eram frequentemente chamados de “homem de Deus” (Deuteronômio 33.1; 2 Reis 2.16), uma designação que os distinguia das demais pessoas (Cf. 2 Reis 4.9).
A atuação dos profetas foi ainda mais necessária durante o período monárquico, pois eram os únicos que tinham a coragem de corrigir comportamentos pecaminosos e desvios espirituais, mesmo que estes viessem de reis e sacerdotes.
Esses mensageiros do Altíssimo desempenharam um papel crucial na história do povo de Deus, anunciando tanto o juízo e o perdão divino quanto a esperança messiânica e a restauração futura.
2. TIPOS DE PROFETAS
2.1. Profetas literários
Na Bíblia, os profetas podem ser classificados em literários e não literários.
Profetas literários são aqueles que registraram suas profecias de forma escrita, abrangendo desde Isaías até Malaquias. Esses livros contêm as mensagens divinas que foram preservadas ao longo do tempo, permitindo que as gerações futuras conheçam e aprendam com as advertências e promessas de Deus.
2.2. Profetas não literários
– Por outro lado, os profetas não literários são mencionados na Bíblia, mas não registraram suas profecias por escrito. Exemplos incluem:
– Aías (1 Reis 11.29) |
Elias (1 Reis 17; 19)
Eliseu (1 Reis 19.16; 2 Reis 3.11; 2 Reis 5.8)
Natã (2 Samuel 12)
Gade (1 Samuel 22.5; 2 Samuel 24.11)
Micaías (1 Reis 22.8-14)
Apesar de alguns profetas não terem escrito suas mensagens, a atuação deles foi fundamental para a nação de Israel e continua a ser relevante para nós hoje. Suas vidas e ministérios refletem a importância da fidelidade a Deus e a necessidade de ouvir Sua voz em tempos de crise e decisão.
3. A MISSÃO DOS PROFETAS
3.1. Perseguição aos profetas
A missão de um profeta é clara: entregar a mensagem de Deus, independentemente de quem seja o destinatário, seja um rei (autoridade política), um sacerdote (autoridade religiosa) ou o povo em geral (nação).
Desafios enfrentados: Por entregarem exatamente o que o Senhor mandava, muitas vezes mensagens que não eram agradáveis, os genuínos profetas enfrentavam severa perseguição. Alguns foram até sentenciados à morte por reis que não toleravam ouvir palavras que os contrariassem (Cf. 2 Crônicas 18.6-26).
3.2. Mensagem profética de esperança
A maioria dos profetas legítimos do Antigo Testamento não só anunciavam o juízo que viria como consequência da desobediência, mas também proclamavam a esperança da vinda do Messias e uma restauração futura.
Consequências da mensagem: Mesmo assim, muitos profetas foram perseguidos, rejeitados, esbofeteados, presos e, até mesmo, mortos (Mateus 23.29-36). A coragem de proclamar a verdade, mesmo diante da rejeição, é uma característica marcante dos verdadeiros profetas.
4. OS FALSOS PROFETAS
4.1. Acautelai-vos dos falsos profetas
Os falsos profetas eram conhecidos por sua imoralidade e por profetizarem aquilo que o rei e o povo desejavam ouvir. Eles prestavam um desserviço à população, confundindo-a e não transmitindo a verdadeira mensagem de Deus, mas apenas o que era agradável aos ouvidos (Cf. Jeremias 23.32; Ezequiel 13; Miquéias 3.5-7).
4.2. Discernindo o espírito de engano
Em Deuteronômio 13, são apresentadas recomendações sobre como lidar com os falsos profetas. Esses alertas permanecem válidos e eficazes até os dias de hoje. Qualquer um que conduza o povo à idolatria ou a comportamentos que não estejam de acordo com a Palavra de Deus e o caráter de Cristo é considerado um falso profeta.
Importância do discernimento: É crucial lembrar que temos o Espírito Santo, que nos auxilia a discernir todas as coisas (Cf. 1 João 2.20; 4.1).
PARA CONCLUIR
Ser profeta é uma missão árdua, que requer, até hoje, não apenas o chamado de Deus, mas também coragem para anunciar com ousadia a Sua vontade. Os verdadeiros profetas falam movidos pelo Espírito Santo e se preocupam em agradar a Deus, não aos homens. O Senhor, dono da mensagem, é quem se encarregará do futuro. Portanto, o profeta genuíno não se preocupa com “status” ou rejeição; seu compromisso é obedecer a Deus que o chamou.
Texto Teológico Extra: A Relevância do Ministério Profético na Atualidade
A Natureza do Chamado Profético
O ministério profético é uma vocação divina que transcende o tempo e as circunstâncias. No Antigo Testamento, os profetas eram escolhidos por Deus para serem Seus porta-vozes, comunicando verdades espirituais e advertências ao povo de Israel.
Essa função não se limitava apenas à predição de eventos futuros, mas incluía a chamada ao arrependimento, a administração da justiça e a proclamação da esperança messiânica. O mesmo princípio se aplica hoje: o chamado profético continua a ser uma ferramenta essencial para a edificação da Igreja e a orientação dos crentes na verdade de Deus.
O Papel do Espírito Santo
Na teologia pentecostal, o Espírito Santo desempenha um papel crucial na vida do profeta. É Ele quem capacita, inspira e direciona os profetas em sua missão. Em Atos 2, vemos o cumprimento da promessa de Jesus sobre o derramamento do Espírito Santo, que habilita todos os crentes a profetizarem.
Essa dinâmica é fundamental para a compreensão de que o ministério profético não é exclusivo de um grupo seleto, mas acessível a todos aqueles que buscam a direção de Deus.
Profetas e a Comunidade de Fé
Os profetas têm a responsabilidade de manter a integridade da comunidade de fé. Eles devem ser instrumentos de correção e exortação, sempre apontando para a verdade bíblica e desafiando os crentes a viverem em conformidade com a Palavra de Deus.
A ênfase na responsabilidade moral e espiritual dos profetas é um tema recorrente nas Escrituras. Em um mundo repleto de enganos e falsidades, a voz profética é vital para guiar a Igreja em direção à santidade e à fidelidade.
O Perigo dos Falsos Profetas
A advertência contra os falsos profetas é uma constante nas Escrituras. Jesus, em Mateus 7.15-20, nos alerta sobre a necessidade de discernimento, afirmando que pelos frutos conheceremos os falsos profetas. Essa chamada ao discernimento é ainda mais relevante nos dias atuais, onde a desinformação e as doutrinas enganosas podem facilmente se infiltrar na comunidade cristã.
A Igreja deve estar atenta e fundamentada na Palavra de Deus, utilizando a sabedoria do Espírito Santo para identificar e rejeitar mensagens que não estão alinhadas com a verdade.
Conclusão
O ministério profético, tanto no passado quanto no presente, é um componente vital da vida cristã. Os verdadeiros profetas são aqueles que, movidos pelo Espírito Santo, proclamam a verdade de Deus, exortando a Igreja ao arrependimento e à esperança.
Em um tempo de incerteza e confusão, a voz profética deve ser ouvida e valorizada, pois ela nos direciona à comunhão com Deus e à transformação espiritual. Que possamos estar abertos à direção do Espírito e dispostos a ouvir a mensagem que Ele deseja comunicar através de Seus servos.
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