EBD – Manifestações do Espirito Santo nos Crentes – Lição 5 Pré -Adolescentes
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Olá, querido(a) aluno(a). Você já parou para refletir sobre o que as pessoas pensam a seu respeito? Certamente, você já deve ter ouvido o discurso: “Não importa o que as pessoas pensam, e sim o que você pensa de si mesmo”. Mas isso não é verdade. Como cristãos, precisamos nos preocupar sim com o que pensam a nosso respeito. Isso não significa que precisaremos da aprovação das pessoas, e sim que a forma como nos comportamos deve fazer a diferença na sociedade. Mais importante do que desfrutar dos dons espirituais é ter um bom testemunho cristão.
A presente lição, que traz por tema “Manifestações do Espírito Santo nos crentes”, tem por objetivo esclarecer as atitudes e comportamentos esperados daquele que possui a virtude do Espírito Santo sobre si, especialmente sobre o bom testemunho e a evidência dos dons de línguas e profecia. Ou seja; qual é a relação entre tais institutos e uma vida marcada pelo Espírito Santo? Qual a marca daquele que foi alcançado pelo Senhor?
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O BOM TESTEMUNHO
A palavra “testemunho” aparece muitas vezes na Bíblia, porém, com significados diferentes. O primeiro exemplo é o dos crentes da Igreja Primitiva e diz respeito à proclamação da mensagem do Evangelho pelo poder do Espírito (At 1.8). Os discípulos eram testemunhas dos milagres operados pelo Senhor e receberam a missão de divulgar o que viram e ouviram. Outro significado para testemunhar tem a ver com o comportamento do crente: a forma como fala ou se relaciona com as outras pessoas. O caráter cristão é demonstrado por meio de um bom testemunho observado pelas pessoas ao redor, principalmente, pelos não crentes.
O testemunho comporta dois “polos”, ativo e passivo; onde o “polo ativo” representa a posição que ocupamos de testemunha sobre algum ato ou fato (no caso prático, a igreja primitiva era testemunha dos milagres e do agir do Espírito); e por sua vez, o “polo passivo” representa a condição de sermos objeto de um testemunho (como verdadeiras cartas escritas, que pelos outros é lida).
- a) A história exemplar. Você conhece a história do profeta Eliseu? Este era um homem que tinha um testemunho exemplar porque diariamente ele tinha o cuidado de andar de acordo com a Palavra de Deus. Na cidade de Suném, morava uma mulher de muitas posses. Ela e seu marido eram ricos. Ao observar a forma como o profeta se comportava, aquela mulher concluiu que se tratava de alguém digno da confiança deles. A Bíblia afirma: “Ela disse ao seu marido: — Tenho a certeza de que esse homem que vem sempre aqui é um santo homem de Deus” (2 Rs 4.9).
É falso o argumento de que não devemos nos importar com o que os outros pensam ao nosso respeito. Precisamos diferenciar a preocupação que deriva da vaidade¹ (sendo essa danosa; podendo levar até ao desenvolvimento de transtornos) da preocupação com o nosso testemunho² (sobre qual imagem estamos transmitindo).
Enquanto a primeira “preocupação” tem a ver com o ego e o orgulho, a segunda e válida preocupação tem a ver com o nome daquele a quem representamos; o nome do Senhor. Isso nos leva ao entendimento de que o servo de Deus deve sim se preocupar com a luz que ele carrega; a luz de Cristo (Jo 8:2).
Na passagem citada, o profeta Eliseu apresentava uma conduta que falava muito sobre QUEM ele servia. Havia ali uma conformidade de expectativas e realidade! O mundo está pronto para julgar tanto aquele que dá bom testemunho quanto o que não dá. Dessa maneira, devemos ter responsabilidade com a “bandeira” de filhos de Deus (Jo 1:12) que carregamos, e ter o comportamento condizente com esse título.
- b) Dedicado ao dom. O profeta naquele tempo era alguém extremamente zeloso da Lei. Mas, além de zelar, era necessário obedecer ao ponto de ter um bom comportamento e influenciar positivamente às pessoas. Imagine se Eliseu fosse um tipo de profeta que se preocupasse apenas em profetizar, porém não se comprometesse com o bom testemunho? Essa história nos ensina que mais importante do que profetizar e operar milagres é ser exemplo dos fiéis (cf. 1 Tm 4.12).
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Buscar e ser uma pessoa com muitos dons é muito bom, ainda mais quando utilizamos todos eles na obra de Deus. No entanto, a lição nos revela a importância de ter uma postura racional e consciente no cotidiano, e não apenas “no momento da busca”. Eliseu não vivia apenas pelo dom (ou “apoiado” no dom de profecia); mas de maneira racional também cuidava da sua postura e conduta, de maneira que como homem também era respeitado (não apenas como um profeta). Assim deve ser o servo de Deus; guiado não penas por “ondas espirituais”, mas pela constância e aplicação diária.
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AS LÍNGUAS SÃO IMPORTANTES
Você sabia que o dom de línguas foi dado ao crente para o seu próprio crescimento? Paulo disse: “Quem fala em línguas estranhas, ajuda (edifica) a si mesmo” (1 Co 14.4). As línguas também podem ter o mesmo valor da profecia. Mas para isso acontecer é preciso que a pessoa tenha o dom de interpretar as línguas que estão sendo faladas. Somente assim os ouvintes serão ajudados e poderão crescer espiritualmente (1 Co 14.5-13).
- a) A finalidade das línguas. As línguas como dom têm a finalidade de trazer a edificação espiritual ao crente. O dom pode ser usado também para anunciar a mensagem de Deus (quando houver intérprete) para edificação da igreja (1 Co 14.5). As línguas têm também a finalidade de comprovar o batismo no Espírito Santo. A Bíblia relata que os da casa de Cornélio que creram no Evangelho, receberam o dom do Espírito e falaram em línguas (At 10.44-47).
O dom de línguas é importante pois funciona como uma evidência do batismo com o Espírito Santo! Como falamos nas aulas passadas, existe diferença entre ter o Espírito Santo (que ocorre a partir do momento em que a pessoa declara a sua fé no Senhor Jesus) e ser Batizado com o Espírito Santo, que por sua vez, representa um revestimento de poder e autoridade da parte de Deus. Nesse sentido, o dom de línguas representa uma das “facetas” disponíveis para o crente batizado.
Falar em línguas traz edificação própria, pois quem fala e ora pelo Espírito Santo expressa para Deus, com precisão, aquilo que pela sua boca talvez não conseguiria (o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis; Rm 8:26). Além disso, o dom de línguas também traz edificação para igreja como um todo quando atrelado ao dom de interpretação (e assim, todos podem entender a mensagem do Espírito à igreja).
- b) Promessa das línguas. Deus anunciou ao profeta Joel que nos últimos dias o Espírito Santo se manifestaria entre o seu povo. Os mais jovens profetizariam, os velhos teriam sonhos, os moços teriam visões, isto é, Joel relata a manifestação dos dons espirituais na Igreja. Assim, todos seriam alcançados pelo Espírito para levar a mensagem do Evangelho (Jl 2.28). E, finalmente, Paulo orienta para “buscar com zelo o dom de profetizar, porém, não proibir ninguém de falar em línguas” (1 Co 14.39).
A promessa do Batismo com o Espírito Santo não haveria de repousar apenas sobre os apóstolos, mas também sobre a nossa geração! Além disso, cremos que a cada dia que passa, mais próximos estamos da vinda do Senhor Jesus, e isso significa que as gerações dos últimos dias precisam estar em um “estado espiritual” muito mais aguçado, pois as investidas do adversário tendem a se multiplicar!
Vivemos um tempo de cumprimento de promessas. Temos disponíveis para nós tesouros que foram anunciados há muito tempo pelo profeta Joel. Cabe-nos buscar esses dons que a nós foram disponibilizados; e isso alcançamos com oração e quebrantamento!
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A IMPORTÂNCIA DAS PROFECIAS!
Quando o apóstolo Paulo ensinava os irmãos da igreja em Corinto, ele os incentivava a buscarem os dons espirituais. Entretanto, o apóstolo deixou bem claro sobre a necessidade de priorizar as profecias. O apóstolo Paulo insistia quando falava: “principalmente o dom de profetizar” (1 Co 14.1). Ele conhecia bem o Antigo Testamento. Por isso, além de ter recebido sabedoria divina para instruir as igrejas, o apóstolo Paulo valorizava também a tradição dos profetas da Antiga Aliança, assim como seus profundos ensinamentos.
Dentre todos os dons, Paulo encorajava a busca pelo dom de profecia, justamente por sua “utilidade” na congregação. Como comentamos anteriormente, o dom de línguas traz edificação própria (ou coletiva, quando combinado com o dom de interpretação). Por sua vez, o dom de profecia tem a capacidade de edificar a congregação como um todo, e principalmente o indouto e o infiel (1 Co 14:24).
- a) A missão do profeta. Os profetas eram homens que guiavam o povo pelas ordens divinas. Deus mostrava e eles conseguiam entender as mensagens do Senhor. Como isso acontecia? Incentivados pelo Senhor, falavam sobre juízos, davam conselhos e avisavam o povo sobre tudo o que aconteceria (cf. Jr 1.4; Is 45.1). Deus revelava seus propósitos por meio de visões e sonhos (cf. Jr 31.28; Dn 7.1).
Os profetas do antigo testamento (cujo “modelo” se encerrou em João Batista) muitas vezes traziam mensagens exortativas, conselhos da parte de Deus, mas principalmente anunciavam os tempos futuros (seja um juízo que haveria de vir, ou uma mensagem de esperança e misericórdia). Entendemos que o livro de apocalipse, enquanto um livro profético, “encerrou” o prenúncio das coisas que hão de vir; aquelas que Deus nos quis revelar. Ou seja, a revelação da parte de Deus (acerca da igreja e dos últimos dias) já foi dada através de João. Entretando, também entendemos Deus ainda fala através de profecias, porém hoje através do dom do Espírito Santo (muito embora o “conteúdo” dessas profecias seja mais uma palavra direcionada e específica da parte de Deus; tanto para um irmão em específico quanto para toda a igreja).
- b) Profecias de Deus. Nos dias atuais, o ministério profético não perdeu a sua importância. Podemos perceber, através dos ensinos dos apóstolos, o valor das profecias para qualquer época. E qual a função da profecia hoje? Os dons são importantes porque dão à igreja poder do Espírito para fazer a missão de Deus de forma prática. O objetivo principal é a edificação dos crentes como era antigamente. Quem foi chamado para o dom ministerial de profetizar deve colocar-se na posição de porta-voz, representante do Reino de Deus (cf. 1 Co 14.1 -5; Ef 4.11 -13). Por essa razão, o apóstolo Paulo destaca a importância do dom espiritual de profecia. As profecias servem de alerta para que a igreja não perca a fé e esteja atenta aos acontecimentos dos últimos dias.
Conforme citamos acima, Deus ainda fala com o seu povo por meio de profecias, pelo dom do Espírito Santo. A principal função é trazer edificação para a igreja, no sentido de que, tanto para Cristão quanto para o não Cristão, fica evidente naquele ambiente onde é profetizado que o nosso Deus ainda é o mesmo; o Deus que dá sonhos; o Deus que dá avisos e conselhos; o Deus que zela e dá livramentos; o Deus que adverte e convida ao arrependimento; e todas essas evidências encontramos através das profecias dos santos servos de Deus; bem como através de sonhos e visões.
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CONCLUSÃO
Caro(a) pré-adolescente, ser instrumento de Deus, possuir dons espirituais, tudo isso é fundamental, mas a forma como tratamos as pessoas é ainda mais importante. Deus quer que seus filhos deem bom testemunho da sua Palavra. Alcance vidas para o Reino de Deus através das suas atitudes!