EBD- Missões Transculturais: À sua Origem na Natureza de Deus.

EBD- Missões Transculturais À sua Origem na Natureza de Deus.

Lição 2 adulto- Missões Transculturais: À sua Origem na Natureza de Deus do 4 Trimestre 2023.

Deus como o primeiro missionário, nos ensina que, só se faz missões com amor. O que motiva um missionário a atravessar culturas para apresentar o Evangelho de Cristo é o amor de Deus por meio da entrega de seu único Filho, Jesus Cristo.

TEXTO ÁUREO

“Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.” (Gn 17.4).

Deus aqui já revelava a Abraão o seu proposito missionário, de salvar todos aqueles que aceitarem o seu plano de redenção.

VERDADE PRÁTICA

amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.

Missões transculturais requer empatia, afeto, boa vontade e muito amor de Deus derramado no coração do missionário. Só é possível fazer missões transculturais tendo como fundamento o amor de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Hb 11.8 Chamado a ir para um lugar completamente desconhecido.  

8 Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Gn 12:4;

Terça – Gl 3.8,16 O Senhor Jesus Cristo é o legítimo descendente de Abraão.

8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. 16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo.

Quarta – Gl 3.16; 4.4 A providência salvífica de Deus na história humana por meio de uma família.

16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo. Gl 3:8; 4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Gn 49:10; Dn 9:24; Mt 5:17;

Quinta – Ef 1.7; Gl 3-13; 4-5 O plano redentor de Deus como atividade executada por meio de Jesus Cristo.

13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; 5 para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.

Sexta – Gn 12.3 A natureza missionária de Deus na relação com a humanidade

3 E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Sábado – Mt 5.13-14 Igreja de Cristo – chamada para ser sal da terra e luz do mundo.

13 Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14 Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Gênesis 12.1-3; 17.1-8.

Palavra-Chave- Transcultural.

Pregar o Evangelho a outras culturas, chama-se isso de Missão Transcultural. O Evangelho do Reino não é monopólio, domínio de um só povo ou cultura; abrange o mundo inteiro, a todas as culturas e etnias diferentes da nossa.

INTRODUÇÃO

A palavra “transcultural” traz a ideia de um missionário que transpõe as barreiras da cultura de um povo, ou civilização, para apresentar o amor de Deus. Cheio do amor de Deus o missionário vai em busca das almas, rompendo fronteiras, costumes e culturas.

Isso implica interação com todos os grupos étnicos da Terra, com os diferentes aspectos da vida das pessoas. Na lição desta semana, veremos que Deus escolheu uma família, para, por meio dela, alcançar todas as famílias da Terra.

Em Abraão, Deus promete reunir em um só povo os moradores da Terra com o fim de adorá-lO e servi- -lO em santidade (Gn 12. 1-3). Esse processo se deu por Abraão, sua família, a nação de Israel, a II pessoa de Jesus e, finalmente, a Igreja. 

O fim se aproxima, e a obra não pode parar, vidas estão em jogo, almas não pode ir para uma eternidade sem Deus.

Assim, contemplaremos a natureza missionária de Deus, bem como o caráter do seu amor como a base de toda a prática missionária dos cristãos.

I – A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS.

  1. A natureza missionária de Deus no chamado de Abrão (Gn 12.1-3).

Deus falou a Abrão, e isso bastava para ele mudar o rumo de sua história e o rumo da história da humanidade.

A expressão “Sai-te da tua terra” revela uma ordem e um chamado de Deus para Abrão ir a um lugar que, a princípio, ele não conhecia (Hb 11.8). Não se espante se Deus lhe disser para desistir de um ambiente seguro e familiar a fim de fazer a sua vontade.

Junto com essa ordem, veio uma promessa: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). O chamado de Deus sempre vem acompanhado de bênçãos e vitórias não só para nós, mais para os outros também. Isso significa que o próprio DEUS pregou o evangelho primeiramente a Abraão prevendo sua extensão por toda a terra (Gl 3.8).

Nisso podemos ver missões tanto no exemplo, no comissionamento de Abraão, como também de maneira direta: as famílias da terra sendo abençoadas no patriarca Abraão.

Essa promessa diz respeito a uma bênção espiritual para o mundo por meio da descendência de Abraão.

Os verdadeiros filhos de Abrão não são aqueles que têm o sangue dele correndo em suas veias, mas os que têm a fé de Abrão habitando em seu coração.

Nesse sentido, o apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16).

Assim, a partir de uma família, Deus providenciou a salvação para o mundo inteiro (Gl 3.16; 4.4). Por isso, podemos afirmar que a origem das Missões Transculturais está intrinsicamente relacionada com a natureza missionária de Deus.

A obra missionária está no coração de DEUS, e deve estar no nosso também.

EBD- Missões Transculturais: A sua Origem na Natureza de Deus (Lição 2 Adulto) EBD 4 Trimestre 2023.

2. A missão como atividade de Deus no mundo. A finalidade da missão transcultural faz parte da natureza divina.

Para conhecermos a missão como atividade de Deus no mundo é preciso voltar à revelação especial que o próprio Deus fez na sua Palavra. O capítulo 17 de Gênesis nos mostra o Deus soberano e excelso que se relaciona com um ser humano limitado (Gn 17.1).

“Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; [El Shaddai], anda em minha presença e sê perfeito” (Gn.17:1). Perceba que o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, é um Deus de relacionamento.

Ele tem tanto zelo pela sua promessa que trocou o nome de Abrão para Abraão a fim de reafirmar a sua aliança, que transcenderia ao cumprimento geográfico da promessa (Gn 12.1 cf. 17.5,8).

Aqui, fica clara a Missão como a atividade de Deus no mundo. Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista ator principal das atividades missionárias. Ele é a referência máxima para nossos esforços missionários.  Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2 Co 5.19).

 Resumindo Gênesis 17:1, fornece uma compreensão fundamental da missão de Deus como um chamado divino para a humanidade andar na fé, viver em obediência e fazer parte do plano de Deus para abençoar e transformar o mundo de acordo com Sua vontade soberana. Por isso, o nosso maior modelo missionário é o próprio Deus.

3. O nosso modelo missionário.

Missionários e defensores do evangelho como Lutero, John Wesley, Calvino, Billy Graham, realizaram grandes feitos em missões e evangelismo, mas o nosso modelo maior é o nosso Deus.

O modelo missionário básico de que dispomos para a Igreja na atualidade não se fundamenta em figuras ilustres da história da Igreja, nem em projetos contemporâneos de pessoas com feitos notáveis. Certamente que os modelos de hoje e os do passado merecem nossa atenção a fim de ampliar nossa visão missionária, principalmente, na aplicação das missões transculturais.

Sem dúvida, existem inúmeras figuras ilustres (homens e mulheres de Deus) a quem podemos nos espelhar para ampliar nossa visão missionária.

Contudo, nosso principal modelo de Missões revela-se no próprio Deus, cuja natureza missionária nos é demonstrada no Antigo Testamento (Gn 3-9;)

Lá no início, encontramos a Queda da humanidade (Gênesis 3). Apesar da desobediência e do pecado, Deus já começa a revelar Sua missão redentora.

Ao pronunciar julgamento sobre a serpente, Deus anuncia a futura derrota do mal pela semente da mulher (Gn.3:15). Essa é uma promessa de redenção e restauração.

Na história de Noé e a Arca (Gn.6-9), Deus demonstra Sua missão de preservar um remanescente da criação e oferecer salvação em meio ao juízo. Isso reflete a natureza compassiva e redentora de Deus.

Is 55.4). Este versículo ressalta a missão universal do Servo, que é enviado não apenas para o povo de Israel, mas para todas as nações. Ele é o guia e comandante que traz salvação e iluminação a todos. Isso reflete a natureza inclusiva e global da missão redentora de Deus.

A análise destes textos revela que a missão de Deus é uma missão universal de redenção e salvação, centrada em Cristo, que reflete Sua natureza amorosa, compassiva e soberana.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO- “DEUS É AMOR.

[…] O fato de que Deus é amor é revelado apenas na Bíblia. O amor divino é a qualidade dinâmica e estimulante pela qual Deus deixa a si mesmo e pela qual Ele se relaciona em toda a sua suficiência e beneficência com sua criação.

Seu amor o motiva eternamente a se comunicar e participar com o objeto de seu relacionamento.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Teologia Bíblica de Missões, editada pela CPAD, p.73.

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SINOPSE I

Deus é o modelo missionário da Igreja que pode ser observado a partir da eleição de uma família para alcançar todas as famílias da terra.

AUXÍLIO MISSIOLÓGICO.

“DEUS PAI COMO MISSIONÁRIO.

A colocação de nosso Senhor, no poço de Jacó, em Samaria, de que Deus é Espírito (Jo 4.24), é muito interessante. Pouco tempo depois, João acrescentou, através da revelação do Espírito Santo, que Deus também é luz e amor (1 Jo 1.5; 4.8,16).

Não importa o que mais essas caracterizações misteriosas e profundas possam indicar, elas certamente implicam que Deus é um Deus amigo. Sua natureza interior não é antissocial.

Enquanto que a Bíblia declara a ‘diversidade’ de Deus — sua santidade — ela ensina com igual ênfase que Deus é um Deus de relacionamentos. Ele é o Deus vivo, não o absoluto impessoal de Aristóteles ou o Deus isolado do judaísmo recente. Ele tão pouco é o Brahma neutro do hinduísmo ou o deus ausente do deísmo.

Ele é o Deus e o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, o Deus de Moisés, o Deus de Israel.

Ele é nosso Pai. ‘Porque sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador… o Criador de Israel, vosso Rei’ (Is 43-3-15)- Tais passagens podem ser grandemente multiplicadas tanto a partir do Antigo como do Novo Testamento” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.70,71).

II – AMOR DE DEUS: O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO.

O amor de Deus. É a fonte, a razão e o objetivo de toda a missão. O amor de Deus é o que nos inspira, nos sustenta e nos impulsiona na obra missionária.

  1. O amor de Deus.

A Bíblia mostra que Deus é amor (1 Jo 4.8,16).

O amor de Deus é a base de todo o plano de redenção revelado na Palavra de Deus. O apóstolo João afirma que Deus é amor (1João 4:8,16).

Esse amor nos mostra quem Deus é, não é apenas uma qualidade de seu comportamento, mas sua própria essência. Assim, tudo o que Deus faz é motivado por esse amor.

No Antigo Testamento vemos o seu amor no relacionamento com todos os homens (Dt 33.3). Também contemplamos esse amor na escolha de Deus por Israel (Dt 7.7; Os 11.1; Ml 1.2) e em seu relacionamento com esse povo num processo de renovação de alianças em que sua misericórdia e benignidade são reveladas (Dt 7.9; Is 54.5-10).

No Novo Testamento, esse amor de Deus por todas as criaturas é afirmado e ampliado (Jo 3.16).

A crucificação de Cristo é o ápice desse amor, mostrando que Deus estava disposto a sacrificar seu próprio Filho para resgatar a humanidade do pecado e da morte.

O Altíssimo é revelado como amoroso, pois Ele mesmo é o amor (1 Jo 4.8,16) e este, por sua vez, é a sua própria essência. Portanto, o amor é a base de todo o plano de redenção revelado na Palavra de Deus.

Esse amor é demonstrado de maneira suprema através de Jesus Cristo. Esse amor não apenas salva a humanidade, mas transforma os crentes para viverem vidas de amor e refletir a imagem de Deus, que é amor.

2. A Redenção no Antigo Testamento.

A Redenção, em termos gerais, refere-se à ação de resgatar ou libertar alguém ou algo através de um preço ou sacrifício. No contexto bíblico, isso frequentemente se refere à libertação da escravidão do pecado e das consequências dele.

Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor. Esse é o conceito básico para a visão bíblica da salvação. No Antigo Testamento, a redenção está associada à vida familiar, social e nacional de Israel nos seguintes aspectos:

  1. a) resgate para libertação de um escravo (Lv 25.48-55);
  2. b) recuperação de um campo (Lv 25.23-34;
  3. c) resgate de um macho primogênito (Êx 13.12-16);
  4. d) resgata de alguém que seria condenado à morte (Êx 21.28-36).

Além disso, a Bíblia mostra também Deus agindo de forma redentora em favor do homem:

  1. a) quando Jacó invoca: “o Anjo que me livrou de todo o mal” (Gn 48.15,16);

b) quando Deus declara a intenção de livrar Israel da servidão do Egito, dizendo: “Vos resgatarei com braço estendido” (Êx 6.6).

Apesar da redenção ser completamente realizada no sacrifício de Jesus Cristo no Novo Testamento, o Antigo Testamento está repleto de simbolismo, profecias e tipos que apontam para esse evento central na história da redenção.

Enfim, a Redenção é um tema unificador nas Escrituras, demonstrando o plano redentor e amoroso de Deus para a humanidade desde os tempos antigos até a consumação em Jesus Cristo.

A Redenção no Novo Testamento.

É o livramento proporcionado por Cristo ao oferecer-se para morrer em nosso lugar (Rm 3.24; Ef 1.7). Com a sua morte vicária, livrou-nos das consequências eternas do pecado original.

No Novo Testamento, a redenção é estritamente exatamente, rigorosamente, uma atividade divina que é realizada por meio de Jesus Cristo (Ef 1.7; Gl 3.13; 4.5). Nesse caso, a remissão do pecador é assegurada com base no preço do resgate pago a Deus Pai por Jesus Cristo em sua morte na cruz (Tt 2.14;).

14 o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.

Hb 9.12; 1 Pe 1.18,19) cuja obra redentora é declarada no Novo Testamento (Hb 9.25-28). No entanto, a experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14). Portanto, o plano de redenção do pecador é o glorioso anúncio da obra missionária que está fundamentada no amor de Deus.

A Redenção no Novo Testamento, portanto, é uma obra central realizada por Jesus Cristo através de sua morte e ressurreição. Vai além de uma liberação de pecados, abrangendo a reconciliação com Deus, a transformação através do Espírito Santo e a promessa de uma redenção completa no futuro. Ela é a expressão máxima do amor e da graça divina, revelando o plano eterno de Deus para a salvação da humanidade.

SINOPSE II

O amor de Deus é o princípio fundamental da história da redenção e, por isso, é o fundamento das Missões Transculturais.

III – VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL DA MISSÃO

1. Um Deus Missionário.

Sem dúvida, a Bíblia Sagrada revela um Deus missionário que interage, se comunica, não apenas com uma nação específica, mas com toda a humanidade desde o início.

O Antigo Testamento revela um Deus missionário. No livro de Gênesis, Deus trata não somente com uma nação específica, mas com toda a humanidade:

a) A queda do homem (Gn 3.15).

Após a queda de Adão e Eva no Jardim do Éden, Deus profere uma promessa que tem implicações redentoras para toda a humanidade.

Ele se dirige à serpente (representando Satanás) e declara: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn.3:15). Esta é uma alusão à futura vinda de Jesus Cristo, que esmagaria a obra de Satanás.

Essa promessa inicial de redenção é universal em seu alcance, apontando para a salvação que seria oferecida a toda a humanidade através da descendência da mulher, Jesus Cristo.

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b) O dilúvio (Gn 6.13).

Antes do dilúvio, a corrupção e a violência eram generalizadas na humanidade. No entanto, Deus escolheu Noé e sua família para preservar a vida e recomeçar a humanidade. Embora a destruição fosse iminente, Deus demonstrou misericórdia ao permitir a preservação de um remanescente justo.

Essa escolha de Noé e sua família para a preservação é um exemplo de Deus se importando ainda com toda a humanidade, mostrando que mesmo em meio ao juízo, Ele tem um plano para a salvação e a continuidade da humanidade.

c) A eleição de um povo para abençoar a todos os demais, após a Torre de Babel (Gn 12.3).

Após a confusão das línguas na Torre de Babel e a dispersão da humanidade, Deus escolhe Abraão para ser o pai de uma nação abençoada. Deus declara a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn.12:3).

Essa promessa revela o plano divino de abençoar toda a humanidade por meio de uma nação escolhida.

Nesses textos, a falha do homem está caracterizada, bem como o juízo de Deus e a sua promessa. Assim, o Deus missionário estabeleceu uma estratégia de abençoar a todos os povos por meio de Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem […] e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Aqui vemos a base para a missão global de Deus.

Dinâmica Missões Transculturais: A sua Origem na Natureza de Deus (Lição 2 Adulto) EBD 4 Trimestre.

  1. A escolha de Israel e sua missão.

Por meio de Abraão e sua fé, Deus escolheu Israel para ser um povo especial ao longo da história; para que participasse de modo especial do seu plano de redimir toda a humanidade.

De acordo com a narrativa bíblica, Abraão é considerado o pai da fé, sendo escolhido por Deus para estabelecer uma aliança especial. Ele foi instruído por Deus a deixar sua terra natal e ir para uma terra que Deus lhe mostraria. Abraão obedeceu e foi prometido que ele seria pai de uma grande nação e que todas as famílias da Terra seriam abençoadas por meio dele.

Ao estabelecer um relacionamento vertical e correto com Deus, Israel seria o exemplo para as demais nações. Era desejo do Altíssimo que Israel se distinguisse dos outros povos como sua joia preciosa. Ele queria que a santidade de Israel, como exemplo vivo do poder e de sua graça, atraísse o restante das nações.

Entretanto, Israel fracassou nesse propósito. A promessa estabelecida em Gênesis 17.8 foi invalidada pela apostasia e infidelidade da nação (Is 24.5).

5 Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna.

Jr 31.32). porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR.

Por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2 Rs 17), enquanto Judá, posteriormente, foi levada para o cativeiro em Babilônia (2 Rs 25; 2 Cr 36).

Com o passar dos anos, a iniquidade se multiplicou de modo que não restou alternativa a não ser a repreensão pelo cativeiro (Jr 25.8-12).

Mas Deus sabe trabalhar vejam: Tanto as vitórias de Israel quanto a sua queda serviram de testemunho para que as outras nações soubessem que o relacionamento com Deus não pode ser estabelecido de forma superficial, inconsistente e inseguro.

  1. A escolha da Igreja.

O Senhor Deus sempre desejou que os gentios fossem levados à luz. A salvação por meio de Cristo é o cumprimento divino da promessa dada a Abraão de abençoar todas as famílias da Terra.

Embora Israel tenha fracassado em seu ministério intercultural, Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento – a Igreja de Deus. Essa Igreja herdou uma incumbência divina, sendo chamada a participar com Deus na evangelização do mundo. Por isso, fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-14).

Resumindo, a transição do ministério intercultural de Israel para a missão universal da Igreja é vista como parte do plano redentor de Deus para toda a humanidade, culminando em Jesus Cristo e sendo proclamada e vivida pela Igreja na Nova Aliança.

A missão da Igreja é compartilhar o amor e a salvação de Deus com todos, independentemente de sua origem cultural, refletindo a natureza inclusiva e global do reino de Deus.

SINOPSE III

A missão transcultural da Igreja está fundamentada no caráter missionário de Deus.

AUXÍLIO MISSIOLÓGICO

“DEUS ESPÍRITO SANTO COMO MISSIONÁRIO

O Espírito Santo é a presença de Deus no mundo. Ele é um membro da Trindade que vai aonde lhe é destinado.

Ao compartilhar com o Pai e o Filho os aspectos qualitativos de personalidade, divindade, Ele, também, é ‘luz e amor’. Ainda assim, raramente a doutrina do Espírito Santo é relacionada a missões mundiais, embora esse pareça ser o principal ímpeto da operação do Espírito de acordo com as Escrituras.

O grande livro de Harry Boer, Pentecost and Missions (Pentecostes e missões), portanto, não é apenas bem-vindo, mas muito necessário. Ele harmoniza um tanto a questão, embora o livro seja totalmente desconsiderado pelos teólogos de hoje.

As duas principais emanações redentoras de Deus são a encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo e Pentecostes, a vinda do Espírito Santo. Há, porém, um ministério pré-pentecostes e um ministério pós-pentecostes do Espírito Santo.

O ministério pré-pentecostes é totalmente exposto no Antigo Testamento e nos Evangelhos, enquanto que o ministério pós-pentecostes relaciona-se em particular a missões mundiais. Podemos falar disso como o ministério geral ou universal do Espírito Santo, tendo em mente que o Espírito Santo é a presença de Deus e é onipresente. Como tal, Ele está em operação no universo humano” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.92,93)

CONCLUSÃO

Vimos a natureza missionária de Deus desde o início da Bíblia. A partir de uma família, Deus planejou a salvação para a toda a humanidade.

O plano de reconciliação entre o Criador e a humanidade foi estabelecido desde os tempos antigos e a vontade de Deus era que Seu povo O divulgasse às demais nações.

Isso revela que o plano redentor de Deus está fundamentado no seu excelso e glorioso amor pelo mundo todo (Jo 3.16). É esse amor que estimula a Igreja de Cristo levar a sério a obra missionária até que o Senhor Jesus volte. Deus não desistiu do pecador. Por isso, Ele conta conosco, pois é a sua vontade “que todos os homens se salvem” (1 Tm 2.4).

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. O que o apóstolo Paulo escreve a respeito da bênção de Abraão?

O apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16).

  1. Segundo a lição, por que Deus é o nosso maior modelo missionário?

Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o nosso maior o modelo missionário é o próprio Deus.

  1. O que significa redenção?

Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor.

  1. Quando que a experiência de redenção do crente estará completa e consumada?

A experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14).

  1. Para quem Deus transferiu o ministério missionário?

Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento – a Igreja de Deus.

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Revista da ebd do 4 Trimestre 2023

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