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EBD –  O amor do Pai por seus filhos – Lição 13 Adolescentes

EBD –  O amor do Pai por seus filhos – Lição 13 Adolescentes

Prefácio – Introdução

Um dos diálogos mais conhecidos da bíblia é o do Senhor Jesus com Nicodemos, que ao perguntar para o Mestre o que deveria fazer para herdar a vida eterna, teve como resposta que importava-lhe nascer de novo (da água e do espírito).

Entretanto, o ponto chave desse diálogo que queremos mencionar não se relaciona necessariamente com o novo nascimento, mas com o momento em que o Senhor Jesus explica o mistério da salvação pela ótica do amor divino, quando Ele diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito (fala deve mesmo), para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Pronto! Naquele momento Jesus revelava “um pedacinho” da graça, que possui relação direta com a misericórdia e o amor de Deus. O Senhor Jesus revelava o caráter incondicional do amor de Deus, pois quando nada podíamos oferecer, Ele nos ofereceu tudo: a vida.

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Nesse sentido, o amor de Deus como o centro da mensagem do evangelho é apregoado por meio de várias parábolas e passagens bíblicas. Umas dessas parábolas é a do filho pródigo; objeto dessa lição. Apesar de ser uma parábola muito conhecida, ela no ensina sobre o amor de Deus do ponto de vista de um relacionamento entre um pai e um filho. Vamos aprender juntos?

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Hora de Aprender

Por vezes nos Evangelhos vemos os escribas e fariseus censurando Jesus por causa de alguma coisa. As vezes em função de algo que falou (Mc 2.5-7); outras por algo que fez no sábado (Mc 2.23,24; Lc 6.6-11); e outras ainda por ignorar a tradição (Mc 7.1-6). Desta vez eles o criticam porque comia com os “cobradores de impostos e outras pessoas de má fama” (Lc 15.1). É com base nesse contexto que Jesus lhes conta esta história que ficou conhecida como a “Parábola do Filho Pródigo”.

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I – O FILHO PERDIDO QUE PARTIU

Esta história é sobre um pai que tem dois filhos e está prestes a vivenciar, talvez, a cena mais dramática que se poderia imaginar no mundo da época de Jesus: um filho solicitar sua herança com o pai ainda vivo. Tal atitude era o equivalente a desejar a morte do pai. Diante do pedido, o pai divide a herança entre os dois filhos e o mais moço, após arrumar suas malas, vai embora para “um país que ficava muito longe” (v.13), e passa a viver uma vida cheia de pecado, desperdiçando tudo o que tinha.

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Jesus descreve a trajetória do filho mais novo em quatro fases:

1ª) Da rebeldia: ocorre quando ele escolhe pedir sua herança e ir para uma terra distante e viver como se o pai não existisse (w. 11-13);

A rebeldia possui relação direta com a desobediência, porém com o agravante da insubmissão. Por sua vez, o quarto mandamento do Senhor nos orienta a honrarmos o nosso pai e a nossa mãe. Tal mandamento é relevante pois é o primeiro mandamento com promessa. O complemento desse mandamento diz: “para que te vá bem”, ou “para que sejas abençoado”. Dessa forma, entendemos que a rebeldia levaria o filho no sentido oposto à bênção de Deus.

2ª) Das consequências: acontece quando o período de escassez chega ao país e uma grande fome assola a população. O filho mais novo ficou só, sem dinheiro e com fome. Passou a trabalhar em uma fazenda, cuidando de porcos no chiqueiro e sendo tratado pior que os animais por causa da escolha errada que fez (vv.14-16);

Conforme comentamos acima, a rebeldia é uma rota oposta ao caminho do sucesso e da bênção; portanto, o adolescente desde já precisa conservar dentro de si a importância de ser um bom filho para os seus pais. No caso do filho pródigo, aconteceu o inevitável: ele infelizmente colheu os frutos das suas (más) escolhas e da afronta para com os seus pais.

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3ª) Do arrependimento: quando ele “cai em si”, ou seja, percebendo o equívoco de ter saído de casa e desprezado seu pai, ele então decide voltar arrependido; Ele decide pedir pela misericórdia do pai, a fim ser apenas um empregado em sua casa (vv.17-19);

O arrependimento é uma virtude, pois apesar de derivar de uma clareza de que agimos mal, exige uma humildade para reconhecimento. Muitos entendem que agiram mal, porém não conseguem superar a barreira do orgulho. O filho pródigo não só percebeu suas más obras, como reconheceu e tomou a decisão de voltar atrás.

4ª) Da alegria: ao chegar em casa, ele percebe que ao invés de acusação e castigo, o pai o recebe com perdão e acolhimento. Nesse momento, o pai organiza uma grande festa para celebrar o seu retorno e lhe devolve todos os direitos de filho (w.20-24).

O filho mais novo desta parábola representa os cobradores de impostos e as outras pessoas de má fama, que se distanciaram da presença do Senhor; àqueles que se iludiram com o mundo fora dos limites da casa do Pai celestial Jesus estava ensinando aos seus ouvintes que, apesar das escolhas erradas que fizeram, o arrependimento é o único caminho possível para àqueles que querem voltar para Deus(Pv 28.13; Mt4.17; Ap 2.5). Ou seja, Deus está sempre pronto para oferecer perdão e acolhimento para o filho que se arrepende e muda de vida.

O verdadeiro pai, aquele que em essência possui a paternidade, certamente amará os seus filhos de maneira absoluta. Nessa parábola, há uma forte “quebra expectativa” pois os leitores talvez imaginem que o fim desse jovem será triste, e que talvez não encontrasse mais abrigo na casa do seu pai. Porém, para a surpresa de todos, o pai já o estava aguardando; e sem questionar, o recebe de braços abertos. Se nós, homens falhos, poderíamos ser capazes de demonstrar tamanho amor (perdoador), quanto mais não nos amaria com grande amor o nosso Deus?!

II- O FILHO PERDIDO QUE FICOU DENTRO DE CASA

O filho mais velho sempre foi fiel ao pai e nunca se rebelou ou saiu de casa. Ao receber a notícia do retorno do seu irmão e ver a festa que o pai estava promovendo, ele ficou indignado. Ele criticou a atitude misericordiosa do pai, em resposta ao retorno do filho que estava perdido (w. 25-28).

O filho mais velho demonstrou profunda decepção com tudo que estava acontecendo e, irritado, escolheu ficar do lado de fora da casa, reclamando de ter trabalhado toda a vida como um “escravo” e nunca ter recebido um cabrito para festejar (vv.28-30).

Na cabeça dele, o pai jamais poderia perdoar àquele que demonstrou tamanha ingratidão pela família. Ele estava decidido a não perdoar o pai pelo que fez, e a não perdoar o irmão pelos seus erros; ele se sentiu injustiçado pelo pai.

Na parábola, esse jovem está tão perdido quanto o seu irmão, a diferença é que ele não consegue enxergar o quão distante está do pai. Ele é filho, mas se vê como escravo (v.29); é rico, pois o que é do pai, é dele também, porém, age como miserável; tem a companhia diária do pai, mas anda solitário (v.31). Que tristeza, ele está perdido na casa do pai!

O filho mais velho da história representa os escribas e fariseus que se consideravam santos demais e desprezavam os outros. Eles conhecem as Escrituras e são até mestres, mas se distanciaram do Pai. Jesus está ensinando que o Pai ama a todos os seus filhos. Os que estão perto e os que estão longe. Há perdão para todos.

Além disso, Ele mostra que não devemos ficar tristes e ressentidos com a generosidade do Pai Celestial, muito menos com os pródigos que creram e voltaram. Pelo contrário, nosso dever é nos alegrar e festejar a volta daqueles que estavam perdidos e foram achados, estavam mortos e voltaram a viver (v. 32).

Quando o filho que estava “perdido” retorna para casa, o seu irmão poderia ter várias reações, mas a que ele teve foi de indignação. Perceba que ele não levou em conta o fato de que o seu irmão estava bem e vivo, e que havia retornado arrependido. Ao invés disso, ele julgou o seu irmão como indigno, pois havia desperdiçado o dinheiro do seu pai. Poderíamos dizer que ele não teve dentro de si misericórdia.

Devemos lembrar que todos nós somos carentes de misericórdia, pois se não fosse pela compaixão de Deus, nós não teríamos sido alcançados nem perdoados. Agora veja que, se sou carente de misericórdia, por que negaria misericórdia para alguém? Dessa forma, devemos aprender com Deus e perdoar, porque primeiro fomos perdoados; amar, porque primeiro fomos amados; ter compaixão, porque primeiro fomos alcançados.

Alguns talvez poderiam até imaginar que estão distantes de viver uma situação semelhante “na prática”, mas não nos enganemos. Quando no nosso íntimo julgamos que uma certa pessoa, pelo que fez ou deixou de fazer, não é digna de salvação, estamos anulando o poder transformador da graça de Deus. Portanto, lembremo-nos do ensinamento do Senhor Jesus, que disse: “aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração…” (Mt 11:29).

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III- O PAI AMOROSO

Essa parábola, do começo ao fim, aponta em direção ao amor de um pai que, apesar das atitudes erradas de seus filhos, está sempre disposto a perdoar e acolher na comunhão da família os que se arrependem. Por essa razão, o pai apresentado pela parábola representa Deus, o Pai Celestial, aquele que “[…] amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Como vimos, o mesmo pai que foi ao encontro do filho mais novo para abraçá-lo e recebê-lo, sai também ao encontro do filho mais velho para conciliá-lo e convencê-lo a entrar e se ajuntar à comemoração.

O amor que Deus demonstra aos cobradores de impostos e pecadores em nada nega ou anula seu amor pelos escribas e fariseus. Pelo contrário, tal amor lembra-nos da natureza radical da graça salvadora que vem ao nosso encontro (Ef 2.8-10), mesmo sem merecermos, quando nós ainda éramos inimigos de Deus (Rm 5.10) e nos oferece generosamente vida ^ abundante (Jo 10.10) e reconciliação eterna com o Pai.

Não importa a situação que você ou algum amigo esteja vivenciando, dentro ou fora da comunhão da igreja local, saiba que existe um Deus amoroso que chama a todos para perto de si. Basta, perante um arrependimento sincero e confissão dos pecados, clamar ao Senhor Jesus.

O apóstolo Paulo diz que “Deus mostra o seu amor por nós” no momento em que “Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Rm 5:8). Isso revela um caráter incondicional do amor do Deus, pois o momento da “decisão” de entregar o seu filho revela um momento em que não tínhamos nada para oferecer. Portanto, caro adolescente, entenda que não é pelo que somos ou pelo que fazemos que o Senhor Deus nos amará ou “deixará” de dos amar. Ele nos ama porque somos obra das suas mãos, e por Ele fomos gerados.

Dessa forma, caso alguém se encontre caído, ou esteja sofrendo duras consequências de uma escolha mal tomada, entenda que Deus é aquele que proporciona oportunidades de nos arrependermos; tão somente deseja um arrependimento verdadeiro. A palavra de Deus nos garante que “um coração quebrantado e contrito Deus não rejeitará” (Sl 51:17).

CONCLUSÃO

Definitivamente não há como ficar indiferente a tamanho amor revelado por nós. O Pai Celestial continua amando e chamando pecadores ao arrependimento, a fim de que possam desfrutar dos benefícios de sua paternidade. Compartilhe essa boa notícia com seus amigos e creia que o Espírito Santo irá convencê-los que o Pai os ama.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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