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EBD- O amor na prática

Prefácio – Introdução

O amor é um mandamento? Como materializar o amor? Existem formas de praticar o amor? Quem é o meu próximo, a quem devo amar? O que o Senhor Jesus espera de mim em relação ao meu próximo? Quais ensinamentos a parábola do bom samaritano nos deixa, em relação ao conhecimento da verdade e à prática da verdade? O que significa produzir bons frutos no reino de Deus? Existe recompensa para aquele que assim procede (galardão)? Deus está atento às minhas atitudes? O que eu deixo de fazer é tão importante quanto aquilo que eu faço?

O Senhor Jesus é o maior exemplo de amor, pois mesmo sendo infinitamente superior a nós, morando na glória de seu Pai, escolheu despir-se da sua majestade e vir ao mundo, a fim de cumprir uma missão e recuperar as almas que se haviam perdido, possibilitando ao homem o direito de serem chamados filhos de Deus. Se perguntássemos se o Senhor Jesus precisava disso diríamos que não, pois Ele é suficiente. No entanto, por amor de nós, ele veio e venceu o mundo.

Nesse sentido, enquanto o Senhor Jesus ainda estava na terra, nos deixou muitos ensinamentos, principalmente sobre o modo como devemos proceder para com os nossos irmãos. Muitos dos seus ensinamentos foram passados por meio de parábolas, e uma dessas muitas parábolas ficou conhecida como “a parábola do bom samaritano”, que é a parábola objeto desta lição. O núcleo da parábola do bom samaritano é o amor e a prática do amor, onde o Mestre nos ensina que devemos fazer o bem sem acepção de pessoas.

Não é pelo muito conhecer (como no caso do sacerdote e do levita que conheciam a lei e a justiça, mas foram capazes de desprezar um homem ferido), mas pelo que fazemos com o nosso conhecimento. Portanto, essa lição faz um chamamento à prática do amor e da caridade para com o nosso próximo, pois tudo isso é agradável aos olhos do nosso Deus.

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Hora de Aprender

A parábola desta lição tem como pano de fundo um diálogo entre Jesus e um estudioso do Antigo Testamento. A conversa gira em torno de duas inteligentes perguntas: “[…] o que devo fazer para conseguir o vida eterna?” (Lc 10.25) e “[…] quem é o meu próximo?” (v.29).

Jesus não oferece uma resposta sem antes conduzir seu questionador a uma reflexão sobre o que as Escrituras dizem acerca da primeira questão levantada. O doutor da lei, sem pestanejar, afirma que a resposta está no cumprimento do mandamento duplo: Amar a Deus e amar o próximo (v.27). Concordando com sua resposta, Jesus diz: “faça isso e você viverá” (v.28). Entretanto, a segunda pergunta recebe um pouco mais de atenção.

Sempre que questionado, o Senhor Jesus gostava de devolver perguntas para os seus interrogadores a fim de fazê-los refletir. Muitas vezes as respostas para os nossos questionamentos estão dentro da própria pergunta. Em nossas orações (embora aqui os nossos sentimentos sejam outros, que não apenas de interrogar) devemos desenvolver o hábito de também ouvir o que Deus tem para falar conosco. A oração é uma oportunidade de dialogar com o nosso Pai celestial; e certamente, se nos atentarmos à sua voz, obteremos respostas para as nossas inquietações.

I – QUEM É O MEU PRÓXIMO?

Dando sequência à conversa, Jesus então lhe propõe uma história, cujo enredo gira em torno de um homem que havia sido assaltado e agredido e encontrava-se quase morto à beira do caminho. E que, passando por ele dois representantes da religião judaica, o sacerdote e o levita, ambos escolheram evitá-lo e seguir o caminho como se nada tivesse acontecido, afinal de contas, isso daria muita dor de cabeça para eles.

Entretanto, logo a seguir, vinha passando também um samaritano, que vendo o homem, parou e o ajudou. O samaritano, aos olhos dos religiosos de Jerusalém, eram pessoas desprezíveis. Mas, foi ele quem tratou as feridas do desconhecido, o retirou da estrada e o colocou em segurança em uma pensão.

Então, a partir dessa parábola, Jesus devolve a pergunta ao interprete da Lei: “[…] Na sua opinião, qual desses três foi o próximo do homem assaltado?” (v.36). Jesus o deixou em uma situação desconfortável Mesmo contra sua vontade, ele diz: ‘aquele que o socorreu” (v.37), sem referir-se ao samaritano, tendo em vista a hostilidade existente entre os judeus e o povo de Samaria. Jesus então o diz: “[…] pois vá e faça a mesma coisa” (v.37).

Esse relato é capaz de nos ensinar três importantes lições sobre o próximo. Em primeiro lugar, o próximo é um ser humano sem distinção de cor, nacionalidade, religião ou condição social. Em segundo lugar, ele é uma pessoa que compartilha conosco o dom da vida. Em terceiro lugar, ele é uma pessoa sujeita as mesmas lutas, dificuldades e dores impostas pela presença do pecado no mundo. Como fica evidente, o próximo é sempre um indivíduo, criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27), em necessidade, a quem devemos nos aproximar com compaixão para auxiliá-lo.

VEJA

O diálogo entre Jesus e o doutor da Lei citado em Lucas 10 tem como núcleo o fato de que o doutor da lei não lhe fazia perguntas genuinamente para obter respostas, mas na tentativa de apanhar o Senhor Jesus em alguma contradição (o que era impossível); ou seja, quando o doutor da lei lhe pergunta “quem é o meu próximo”, ele não queria verdadeiramente a resposta para essa tão importante pergunta.

No entanto, o que este doutor da lei não esperava é que a resposta para essa pergunta (ou o que ele iria fazer após obter essa resposta) vincularia a sua própria salvação, visto que essa segunda pergunta derivou de uma primeira, quando ele anteriormente havia questionado: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então, veja que se ele não cumprisse o disposto nas respostas  para as perguntas que ele mesmo fez (no primeiro momento com ironia), estaria pecando. Fica inclusive a lição no sentido de que nenhum homem poderá afrontar a sabedoria de Deus.

 No que se refere ao termo “o meu próximo”, o Senhor Jesus nos ensina que não deve ser aplicado de maneira seletiva, onde apenas aquele que me interessa devo considerar, e aquele que não me interessa devo ignorar. Ao contrário; o nosso próximo é todo aquele que estende a mão por misericórdia, e principalmente os que são “apresentados” a nós pelo próprio Deus. Ou seja, fechar os olhos para a necessidade dos nossos irmãos como se em nada nos afetasse, é uma prática abominável para o Senhor, que deseja que vivamos uma vida de comunhão uns com os outros, na bondade e no amor.

II – AMOR NA PRÁTICA

A lição central da parábola do Bom Samaritano, para os discípulos de Jesus, é que todo cristão é chamado a demonstrar compaixão pelo necessitado. E por isso, vamos analisar mais de perto algumas ações do samaritano que devem servir de princípios para nossa prática cristã:

2.1 Uma visão atenta e cuidadora do outro

Jesus diz que, quando o samaritano ”[…] viu o homem, ficou com muita pena dele” (Lc 10.33). Nós vivemos em uma sociedade com inúmeras pessoas egoístas. Elas não conseguem ver além de si mesmas e de seus sonhos pessoais. Mas Jesus é o mestre da compaixão e do cuidado (Mt 9.36) e nos chama a seguir seu exemplo (Jo 13.15,35 e 15.12,14).

A Bíblia conta a história de um homem muito justo chamado Jó; varão temente e que se desviava do mal. Jó é muito conhecido por ter suportado uma das maiores provações, mas também tem muito a nos ensinar sobre o seu caráter. Nos versículos 12, 15 e 16 do capítulo 29 do seu livro, ele diz que “livrava o miserável e o órfão quando clamavam e não tinha quem os socorressem” (12) ; que era “o olho do cego e os pés do coxo” (15); que “era pai dos necessitados” (16) e que “as causas de quem não tinha conhecimento inquiria com diligência” (16). Entendemos que quando Deus nos dá uma porção, essa porção deve ser usada no reino para produzir e frutificar; e Jó não fechava os olhos para a necessidade dos seus próximos (de todos aqueles que estavam ao seu alcance e que ele poderia ajudar). Ter a sensibilidade de olhar e perceber a falta do irmão deve ser um dom a ser perseguido, pois produz frutos que apontam para a eternidade.

2.2 Aproximação

Jesus destacou que o samaritano chegou perto do homem ferido. Vivemos um tempo marcado por contradições, pois ao mesmo tempo que estamos perto, por meio das redes sociais, também estamos mais longe das pessoas. Rompa a barreira da distância e se aproxime de pessoas que precisam de ajuda.

Em uma lição direcionada aos adolescentes, importa mais ainda falar sobre a necessidade de sair da superficialidade das redes sociais. Muitas vezes o que se passa no mundo digital não reflete a realidade. Portanto, o jovem cristão precisa desenvolver a habilidade de integração nos seus grupos locais, para que essa integração gere amizade e intimidade, e assim possam ajudar uns os outros e dividir as cargas uns dos outros. A comunhão deve ser tal que, por exemplo, se tenho dois casacos e o meu irmão não tem nenhum, devo me sentir tocado em dividir um com ele. O nosso Deus deseja de nós um amor prático, com frutos e manifestações, e não apenas de palavras; e a aproximação é o primeiro passo.

  1. Atitudes concretas

Diz o texto que o samaritano “limpou os seus ferimentos com azeite e vinho e em seguida os enfaixou” (v.34). Ele fez o que era possível naquele momento para auxiliar o necessitado. Através dessa parábola, Jesus nos mostra que não podemos fechar os olhos à dor do outro (1 Jo 3.18).

Como já citamos, a sensibilidade é um dom que deve ser perseguido a fim de que a nossa visão seja transformada pelas lentes do amor e da caridade. Isto é, não olhar apenas para as nossas necessidades, mas também para as necessidades do nosso próximo, que talvez não tenha o mesmo recurso que temos, ou até mesmo a rede de apoio (ou família) que temos. A partir de então, estaremos aptos a produzir frutos de justiça no reino de Deus.

 III – O AMOR CRISTÃO NA SOCIEDADE

Através dessa a parábola, Jesus nos mostra que há sempre uma possibilidade concreta de ferirmos como os ladrões da parábola; de sermos feridos como o homem encontrado semimorto; de ignorarmos o ferido como fizeram o sacerdote e o levita; ou de socorrermos o ferido como fez o samaritano.

O fato de sermos ainda adolescentes não tira de nós a responsabilidade de discernir entre o que é certo e errado. Pelo contrário, temos os mandamentos e devemos guardá-los em nossos corações (Sl 119.11; 1 Jo 2.14). Também temos acesso às Escrituras para leitura (Js 1.8: Sl 1.2; 1 Tm 4.13.15), a fim de aprender a seguir o caminho correto. Então, siga os mandamentos de Jesus e ame o próximo.

Essa parábola nos fornece subsídios no que se refere à identificação de personalidades. Temos a figura do ladrão (aquele que feriu), a figura do homem ferido (o necessitado), a figura do sacerdote e do levita (conhecedores da lei e da verdade, mas que apesar disso não praticavam a justiça, por serem seletivos), e por fim, a figura do bom samaritano (o que atentou para o contexto e agiu conforme a justiça).

VEJA.

 É preciso entender que cada “personagem” revela uma essência, e que a essência defendida pelo Senhor Jesus foi a do bom samaritano, pois demonstrou uma sensibilidade tal que nem mesmo os conhecedores da lei foram capazes. Além disso, importa destacar a capacidade de sermos ajudados, pois a necessidade não deve ser motivo de orgulho (devemos nos permitir ser ajudados, caso sejamos nós aquele que esteja precisando). Fato é que, no reino de Deus, a justiça, o amor e a caridade devem ser disseminados, pois as obras acompanham a fé. Sabemos que a nossa salvação se dá por meio da graça, através da fé no Senhor Jesus, mas também sabemos que as obras acompanham todo aquele que foi alcançado pela salvação.

CONCLUSÃO

Constantemente somos desafiados a vivermos fora da lógica do amor de Deus. Mas como vimos o amor é a única possibilidade de escolha para os discípulos de Jesus. Amar é um mandamento. Por essa razão, nosso desafio hoje e sempre é mantermo-nos fiéis ao Senhor, amando-o acima de todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmo.

“Amar ao próximo como a nós mesmos” é um mandamento a ser refletido com bastante cuidado, pois com a medida com que medimos a nós (e entendemos que sempre desejaremos o nosso bem) devemos medir o nosso próximo. A maior demonstração de amor deve ser oferecer Jesus para o nosso amigo (no colégio, por exemplo), mas certamente as pessoas também possuem necessidades materiais. Estar sensível e atento aos detalhes, estar pronto para ajudar e prestar socorro (e não fechar os olhos) são sinais e frutos que devem acompanhar a nossa jornada aqui na terra.

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Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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