EBD – O APOCALIPSE E O JUIZO FINAL – LIÇÃO 11 JUVENIS

EBD - O APOCALIPSE E O JUIZO FINAL - LIÇÃO 11 JUVENIS

 

EBD – O APOCALIPSE E O JUIZO FINAL – LIÇÃO 11 JUVENIS

CONECTADO COM DEUS

Conhecer a Deus é a maior dádiva do cristão e é nosso dever saber que Ele é Onisciente. Nada fica oculto aos seus olhos, pois Ele é presciente até mesmo do que poderia acontecer. Cada ação do ser humano, ao longo de toda história, está registrada por Deus e serão julgadas diante do Trono Branco. Seja fiel ao Senhor servindo-o de todo o coração, porque o juízo final reserva grandes surpresas, algumas amargas, até mesmo para muitos que se dizem dEle (Mt 7.22,23). E sobre os demais que o rejeitaram, disse Jesus: “Quem rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já têm quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último Dia” (Jo 12.48).

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  1. O JULGAMENTO FINAL

Nesta lição estudaremos a impressionante revelação do Julgamento Final. Todos que já habitaram na Terra comparecerão diante de Deus.

1.1. O que é o Julgamento Final?

Trata-se do último julgamento da história humana, no qual todos estarão na presença do Juiz Supremo. E os que rejeitaram Jesus, o grande Advogado (1 Jo 2.1), sem direito de defesa (Ap 20.12). Estes serão ressuscitados para a condenação e para a segunda morte (Ap 20.13). Será um momento de pavor e desespero para todos que não têm o nome escrito no livro da vida (Ap 20.15).

Acerca do Julgamento Final, o apóstolo João começa narrando a visão de um grande trono branco. Vejamos o que essa revelação significa.

  • O grande Trono: O Senhor se assenta em um alto e sublime trono (Is 6.1); justiça e juízo são a base desse trono (Sl 97.2b)”. Assim, o Justo Juiz julgará toda a humanidade (Ap 20.11).
  • Um Trono Branco: A cor branca revela pureza, santidade, triunfo e o perfeito juízo de Deus, que “se assenta sobre o trono da sua santidade” (Sl47-8b). Só alguém perfeito, essencialmente santo, poderia exercer tal juízo.
  • O Justo Juiz: Jesus Cristo é quem estará assentado no grande trono branco, pois o Pai deu-lhe o poder de julgar os vivos e os mortos (Jo 5.22,27; At 1042). Deus julgará a humanidade através dEle (Atos 17.31; Rm 2.16).

O juízo final é um momento reservado por Deus para um “acerto de contas” com a humanidade. Para aqueles que estão abrigados em Cristo, não haverá condenação, pois o próprio Jesus será o advogado. Ele, na verdade, pagou o preço pela liberdade do homem, e a liberdade do homem significa ter o direito à vida eterna.

Por sua vez, aqueles que não estão abrigados em Cristo Jesus não têm quem os defenda diante do justo juiz, e sobre estes está a acusação do pecado; e “pena” requerida é a morte, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6:23).

Outro aspecto interessante é o aspecto temporal do Juízo final! Ele será logo após o milênio, porém antes da eternidade. Ou seja, o juízo final será um “passaporte” para o estado eterno das coisas; quer para vida (a vida eterna), quer para morte (a segunda morte, a morte eterna; o que significa estar para sempre separado do Senhor, que é a vida).

1.2. No antigo testamento

O Juízo Final é anunciado desde o Antigo Testamento. Daniel profetizou: “naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.1,2).

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O livro do Apocalipse possui várias referências cruzadas com as profecias descritas no livro de Daniel. No antigo testamento, especificamente no período do rei Belsazar (ainda no império babilônico), veio a palavra do Senhor ao profeta Daniel através de sonhos e visões. Ele chegou a dizer que enquanto tinha essas revelações, o seu espírito foi abatido dentro do corpo; e que as visões da cabeça dele o espantavam (Dn 7:15).

Em um dado momento da sua visão acerca dos tempos futuros, ele relata uma trecho sobre o juízo final. Ele disse: “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; […] e assentou-se o juízo, e abriram-se os livros” (Dn 7:9,10).

1.3. No novo testamento

O próprio Jesus afirmou que Ele será o protagonista deste julgamento. O Pai Celestial deu ao seu Filho esta autoridade. Jesus virá em glória para julgar (Mt 25.31-46). Pedro disse que Cristo vai julgar os vivos e os mortos. Paulo declarou que Jesus irá julgar o mundo e o apóstolo João viu Jesus pronto para julgar (At 17.31; 1 Pe 4.5; Ap 20.4).

O Senhor Jesus triunfou sobre a morte e isso significa que com Ele está a vida. Ele dirá aos que estiverem à sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34); mas dirá aos que estiverem à sua esquerda: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41).

  1. OBJETIVOS DO JULGAMENTO FINAL

Todo julgamento possui objetivos, com o Juízo Final não seria diferente.

2.1. Revelar a perfeita justiça de Deus

O Senhor é perfeitamente justo e a sua perfeição se revela em atos de justiça (Gn 18.25; Sl 711-13 e Sl 98.9). Por isso, toda impiedade e injustiça praticadas terão a devida condenação.

A palavra de Deus diz que o Senhor ama a justiça (Sl 11:7), e que Ele já preparou o seu tribunal para julgar (Sl 9:7). O que falta, então, para o Senhor agir? Falta apenas a completude dos tempos, pois para cada propósito debaixo do céu há um tempo determinado por Deus, inclusive para o dia do Juízo.

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2.2. Declarar a sentença de cada um

Todos temos a escolha de receber ou rejeitar a Cristo; é o que conhecemos como livre-arbítrio. Todos os que rejeitarem a sua Salvação, vivendo no pecado, serão condenados no dia do Juízo (Mt 10.33; Mc 8.38 e Jo 12.48). Eles ressuscitarão para serem lançados no Lago de Fogo (Sl 9.17; Ap 20.14-15), onde passarão a eternidade separados de Deus. Esta é a segunda morte.

Não podemos esquecer dos falsos cristãos, para quem Jesus dirá: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 723). Mas, fique atento, o julgamento dos salvos não é esse, pois ocorrerá logo após o Arrebatamento, no Tribunal de Cristo. Ali seremos recompensados por nossa fidelidade ao Senhor (2 Co 5.10).

O salmo 34, verso 22, diz que “O Senhor resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nele confiam será condenado”. Essa é a garantia que temos pelo Senhor Jesus; garantia do resgate da salvação. No entanto, apesar de o Mestre ter ofertado a salvação, há muitos dos homens que preferem andar conforme os seus próprios prazeres, pois estão endurecidos e vivem uma vida separada de Deus (Ef 4:17-20). Os seus corações estão cobertos de vaidade; e por não terem provado do novo nascimento em Cristo Jesus, herdarão a morte eterna.

2.3. A destruição dos anjos caídos

No dia do Juízo Final, os anjos caídos possuem seu destino definido: o Lago de Fogo (Mt 25,41; Ap 20,14), onde estará a trindade do mal, lançada antes do julgamento final. O Anticristo e o Falso Profeta irão logo após a guerra do Armagedom (Ap ig.20). Cerca de mil anos depois, Satanás também irá para lá (Ap 20,10). Dessa forma, o mal será banido para todo o sempre!

Conforme comentamos, o juízo final representa a “consumação dos séculos” (fim dos tempos) e também marca a “inauguração” da eternidade (do estado eterno perfeito das coisas). Ora, perceba que ter a vida eterna representa – além do fato de estar para sempre com Deus – a ausência da morte, concorda? Acerca disso Paulo disse que o último inimigo a ser vencido é a morte (1 Co 15:26). Nesse sentido, em apocalipse 20 (v. 14) , no contexto do juízo final, têm-se o fim da morte e dos anjos caídos. Eles serão aniquilados e destinados para o lago de fogo; e não mais atormentarão o homem nem os reinos.

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  1. OS FUNDAMENTOS DO JUÍZO FINAL

O ato de julgar alguém para condenar ou absolver não é uma tarefa fácil. Existem regras e fundamentos a serem seguidos para que a justiça seja exercida. Na Palavra de Deus encontramos os fundamentos do Juízo Final:

3.1. O próprio Deus

O Senhor é essencialmente santo e justo. Por isso, Ele não tolera o pecado e “cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14,12). Peta sua perfeita justiça, todos serão recompensados, de acordo com as próprias obras (Rm 2.6). Assim será também no Juízo Final.

Deus é o justo juiz, porquanto a justiça é participante na sua natureza. O salmo 19 diz que os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente (v. 9b). Isso significa que o julgamento do Senhor não é baseado no argumento (como quem “manipula” a lei ou como quem encontra brechas na lei; isso quem faz são os homens). Os juízos do Senhor são verdade e justiça ao mesmo tempo! Representam “peso e medida”!

3.2. A palavra de Deus

A Bíblia garante um julgamento justo e perfeito, no qual “os ímpios não subsistirão” (Sl 1.5). Jesus declarou: “a palavra que eu tenho pregado, essa há de julgar no último dia” (Jo 12.48). Isto significa que quem desprezou a Palavra do Senhor será condenado.

A palavra de Deus é comparada a uma espada, pelo poder de penetração que possui. A Bíblia diz que ela é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hb 4:12). Ou seja, essa palavra pode ser para muitos a vida (o alimento da alma; o pão da vida) bem como para alguns motivo de escândalo e morte (pelo poder de confrontação).

Sobre isso disse Pedro: “Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido”. […], e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra […]” (1 Pe 2:6-8).

3.3. A consciência humana

A Bíblia não fala claramente sobre o que acontecerá a quem nunca ouviu falar de Jesus. Mas indica que a consciência é um fundamento importante. Através dela, o ser humano é capaz de avaliar suas ações e condutas: se estão certas ou erradas, ainda que não conheçam a Palavra. Por isso, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, declarou que as suas obras também serão julgadas pelo Senhor (Rm 2.14-16).

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Sabemos que ao longo da história da humanidade, muitos partiram para a eternidade em sua ignorância, sem ter (quem sabe) a oportunidade de conhecer a verdade. Como ficaria o julgamento dessas pessoas?

O apóstolo Paulo – em uma de suas viagens missionárias – entrou na Cidade de Atenas para pregar e viu um altar direcionado “Ao Deus desconhecido” (ler Atos 17:22-34). Aqueles cidadãos “reverenciavam” (ainda que juntamente com outros deuses) um Deus que nem conheciam! Naquele momento o apóstolo Paulo aproveitou a oportunidade para pregar o evangelho de Cristo Jesus!

Paulo basicamente disse que a criação testificava desse Deus; a própria vida testificava Dele; e disse que o Senhor não estava distante, porque “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). Basicamente Paulo estava dizendo que para onde o homem olhasse, se com sensibilidade olhasse, veria as “digitais” de Deus, que está presente em cada detalhe da criação.

Nesse sentido, podemos imaginar que desde o princípio muitos homens provavelmente tiveram uma “sensibilidade” e, ainda que no seu íntimo, renderam glórias a Deus, ao criador (não necessariamente da maneira corrompida dos atenienses, mas de uma maneira pura e sincera; mesmo não conhecendo a esse Deus). A boa essência, aquela presente em Abel, no princípio; e também observada em Enoque, Noé, Abraão. Certamente muitos compartilhavam dessa boa essência.

 Não existe disposição expressa acerca da forma como esses homens “anônimos” serão julgados, mas cremos que serão “ponderados” por suas consciências, conforme o juízo da sua época, e proporcional ao tempo em que vivia. Toda essa proporcionalidade mostra o quão justo e verdadeiro é o Senhor!

PARA CONCLUIR

Ao estudar sobre o Juízo Final, vemos a soberania, onisciência e amor infinito de Deus. Ele enviou o seu Filho, a fim de nos salvar da condenação eterna. Sem Cristo, todos nós padeceríamos! Por isso, aproveite a oportunidade e responsabilidade que você tem hoje, de anunciar e viver de modo digno de tão grande salvação. O nosso lugar não é o Lago de Fogo, mas o Céu, junto ao nosso Salvador!

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