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EBD – O Casamento de Rute e Boaz: A Remição da Família – Lição 5 Adulto

EBD – O Casamento de Rute e Boaz: A Remição da Família – Lição 5 Adulto

TEXTO ÁUREO

“Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa.”  (Rt 3.11) Rute foi uma mulher que impactou a cidade não pela sua beleza, mas pelas suas virtudes. Sua beleza interior era mais esplêndida do que sua beleza exterior. O maior patrimônio que possuímos é o nosso nome, o nosso caráter. O bom nome vale mais do que as riquezas.

O compromisso de Deus com o povo de Israel.

8 E, passando eu por ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a ourela do meu manto e cobri a tua nudez; e dei-te juramento e entrei em concerto contigo, diz o Senhor JEOVÁ, e tu ficaste sendo minha.

Sábado – Jo 3.16; 1 Pe 1.18,19

Jesus Cristo, nosso Senhor, como Redentor eterno.

16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.  18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,

19 mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Rute 3.8-10; 4.11

Rute 3

8 – E sucedeu que, pela meia-noite, o homem estremeceu e se voltou; e eis que  uma  mulher jazia a seus pés.

9 – E disse ele: Quem  és  tu? E ela disse:  Sou  Rute, tua serva; estende, pois, tua aba sobre a tua serva, porque tu  és  o remidor.

10 – E disse ele: Bendita  sejas  tu do  Senhor, minha filha; melhor fizeste esta tua última beneficência do que a primeira, pois após nenhuns jovens foste, quer pobres quer ricos.

Rute 4

11 – E todo o povo que estava na porta e os anciãos disseram:  Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Leia, que ambas edificaram a casa de Israel; e há-te já valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém.

HINOS SUGERIDOS:  227, 505, 519 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO

O tema da presente lição é o casamento de Boaz com Rute. Esse casamento, ao longo da história da Igreja, é visto como um tipo de Cristo e a Igreja. No relacionamento de Boaz com Rute temos um tipo de relacionamento do Senhor Jesus Cristo com a sua Noiva. A história de Boaz e Rute também é a história de salvação de Deus para a humanidade.

  1. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

  2. A) Objetivos da Lição:
  3. I) Explicar o compromisso de Boaz com Rute;
  4. II) Esclarecer o casamento de Boaz com Rute;

III) Relacionar a remição da linhagem de Davi com a história de Rute.

  1. B) Motivação: O que o casamento de uma moabita com um remidor da família de Noemi tem a ver com o plano de salvação? Das coisas simples, aparentemente sem importância, brota uma bênção que abrange toda a humanidade. Deus usou uma crise de uma família para fazer a manutenção de um plano definido desde a fundação do mundo.
  2. C) Sugestão de Método: Inicie a aula de hoje perguntando o que é mais difícil quando aguardamos uma promessa? Crer em meio ao contexto completamente contrário ao que foi prometido? Ou esperar o tempo necessário, dias, meses, anos ou décadas, para ver se concretizar o que foi prometido? Explique que o assunto de hoje traz lições preciosas a respeito da promessa de salvação e, também, acerca de como devemos nos comportar diante da espera de uma promessa. Aguardar as promessas de Deus se cumprirem pode ser tão desafiador quanto o crer diante do improvável. Por isso, desenvolva esta aula de modo que a fé de seus alunos seja estimulada a enfrentar os obstáculos da espera.
  3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

  4. A) Aplicação: O casamento entre Boaz e Rute nos ensina que Deus usa as coisas simples para fazer cumprir um plano muito maior. Também temos a lição de que é necessário aprendermos a esperar o tempo e aguardar o processo devido para alcançar a promessa.
  5. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

  6. A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
  7. B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Contexto Histórico do Casamento entre Boaz e Rute”, localizado após o segundo tópico, explica os desafios e as condições legais que foram cumpridos para a união entre Boaz e Rute; 2) O texto “O Legado da Obediência”, localizado após o terceiro tópico, destaca o tema da redenção salvífica presente no livro.

INTRODUÇÃO

O livro de Rute começa com fome e mortes, mas termina com duas grandes celebrações: o casamento de Boaz e Rute e o nascimento de Obede, o avô de Davi. O agir de Deus é tremendo. Nosso Deus é poderoso para reverter tragédias em bênçãos. Não há situação difícil que nosso Deus não consiga reverter na vida de quem crê Nele. Além de um redentor humano, a história nos apresenta parte da genealogia de Jesus Cristo, nosso Redentor divino-humano. Cem por cento Deus e cem por cento homem, Jesus Cristo veio e nos salvou do perdição eterna.

PALAVRA-CHAVE: REMIÇÃO.

I – O COMPROMISSO DE BOAZ COM RUTE

1. No lugar da bênção.

O exemplo de Rute nos ensina que a obediência e a submissão à vontade de Deus nos colocam no lugar da bênção.

A colheita da cevada e do trigo havia terminado e Rute permanecia servindo a Noemi e lhe obedecendo em tudo (Rt 2.23). Seu lema era: “Tudo quando me disseres farei” (Rt 3.5). A fidelidade de Rute resultou em uma bênção que ultrapassou suas próprias expectativas. Ao se casar com Boaz, Rute não apenas encontrou segurança e felicidade, mas também se tornou parte da linhagem do Salvador, Jesus Cristo. Esse resultado extraordinário demonstra como Deus honra a fidelidade e a obediência.

Rute teve oportunidades fora de casa, mas não se aventurou por parte alguma, como se fosse autônoma e independente (Rt 3.10). Não buscou falsas liberdades, como as que são pregadas hoje pela ideologia feminista.Em um mundo que valoriza a independência e a autonomia, devemos seguir o caminho de Rute, confiando na provisão e proteção de Deus e buscando Sua vontade acima de todas as coisas. Sua lealdade e sujeição fortaleceram o desejo de Noemi de vê-la casada novamente. Ter um novo lar era fundamental para a felicidade e segurança de Rute. O casamento é uma instituição divina fundamental para a solidez o fundamento da família, da igreja e de toda a sociedade (Gn 2.18; Ec 4.9-12; Hb 13.4). A bênção de Rute estava chegando e ela permanecia no lugar certo.

Assim como Rute, somos chamados a permanecer no lugar da bênção, obedecendo e submetendo-nos à vontade de Deus. Isso significa seguir Seus mandamentos, respeitar as autoridades que Ele coloca sobre nós e confiar em Sua providência. Em João 15.5, Jesus ensina: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Permanecer em Cristo é a chave para uma vida frutífera e abençoada.

  1. A iniciativa de Noemi.

Os cereais colhidos eram levados para a eira, um terreno plano preparado para a debulha das espigas. Noemi soube que naquela noite Boaz faria aquele trabalho. Era uma grande oportunidade para Rute se aproximar dele e demonstrar seu interesse em ser remida. Noemi instruiu Rute a esperar até que Boaz terminasse seu trabalho e se deitasse para descansar. Então, sem chamar a atenção, Rute deveria se aproximar, descobrir os pés de Boaz e deitar-se discretamente ao seu lado. Este ato não era arbitrário, mas sim um costume conhecido na época.

Em Rute 3.4-7, lemos como Rute seguiu as instruções de Noemi, demonstrando confiança e obediência. Sem que fosse notada, Rute deveria esperar que Boaz se deitasse, lhe descobrir os pés e deitar-se discretamente. Boaz saberia o que fazer quando notasse sua presença (Rt 3.4-7), o que demonstra tratar-se de um costume conhecido na época. Como resultado da orientação de Noemi, Rute se aproximou de Boaz de maneira respeitosa e conforme os costumes da época. Boaz, ao perceber o gesto de Rute, entendeu sua intenção e assumiu a responsabilidade de remi-la.

Noemi reconheceu a oportunidade e guiou Rute em um caminho que não só poderia garantir sua segurança e futuro, mas também estava alinhado com os costumes e a vontade de Deus. Em Provérbios 15.22, lemos: “Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com a multidão de conselheiros eles se estabelecem.” Noemi foi esse conselheiro sábio e experiente para Rute. Estender a capa era sinal de compromisso de casamento (Rt 3.9). Em Ezequiel 16.8 essa prática é mencionada como metáfora, representando o compromisso de Deus com Israel.

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  1. Respeitando o processo.

Para encontrar-se com Boaz, Rute deveria banhar-se, se perfumar e vestir sua melhor roupa (Rt 3.3). A lealdade e a sujeição de Rute fortaleceram o desejo de Noemi de vê-la casada novamente. Assim como não exclui a ternura, a santidade não despreza a beleza, desde que com simplicidade, em pureza e moderação (Gn 24.16; Is 39.2; 1 Tm 2.9,10).

O servo e a serva de Deus são santos, mas isso não quer dizer que temos que andar mal vestido, tenho que me arrumar, mais nunca esquecer a decência. 9 Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, Tt 2:3; 1Pe 3:3;10 mas ( como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus ) com boas obras. Por volta da meia noite, Boaz acorda, assustado, com uma mulher deitada a seus pés, e pergunta: “Quem és tu?” (Rt 3.9). Esse gesto de Rute, poderia parecer inadequado para uma moça — especialmente pela hora e local, porém Boaz soube reconhecer a pureza da sua intenção, ressaltando a sua excelente reputação, de “mulher virtuosa” (3.11).

Orientada por Noemi, Rute se identifica, lembra-lhe a condição de remidor e pede que estenda sobre ela a sua capa. Como Noemi dissera, Boaz realmente entendeu! Ele era, de fato, um parente remidor, mas havia outro mais chegado, que tinha prioridade na remição. Um homem ético, um servo de Deus honesto, sabe respeitar o direito alheio. Era preciso aguardar, respeitando o processo: “[…] se te não quiser redimir, vive o Senhor, que eu te redimirei”.

O histórico de Rute a tornava uma mulher confiável. Assim, a afirmação de Boaz pode ter tido o sentido de dizer: “Eu compreendo teu gesto e tuas intenções. Fique tranquila. Tudo farei para que esta tua bendita iniciativa dê certo”.

O caráter santo de Boaz e Rute novamente se manifestam. Vejam a prudência, o domínio próprio, e o respeito dos dois. Sem qualquer contato íntimo, ela passou o restante da noite deitada aos pés dele e saiu bem cedo, para não ser percebida (Rt 3.9-14). Mesmo estando perto, uma bênção pode ser perdida se não soubermos esperar o tempo certo e respeitar o devido processo (Sl 27.14; Pv 20.21).

21 Entrando-se apressadamente de posse de uma herança no princípio, o seu fim não será bendito. Respeitar o processo também significa confiar que Deus tem um plano maior e melhor para nossas vidas do que podemos imaginar. Em Jeremias 29.11, Deus diz: “Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” Confiar nesse plano requer fé e a certeza de que, no tempo certo, Deus realizará Suas promessas.

SINÓPSE I

O compromisso de Boaz com Rute nos ensina a esperar o tempo certo e aguardar o devido processo para alcançar uma bênção.

II – O CASAMENTO ENTRE BOAZ E RUTE

  1. Concluindo o negócio.

Rute teve a iniciativa de sugerir a Boaz que exercesse o papel de remidor, conforme o costume da época. Rute, ao sugerir a Boaz que exercesse o papel de remidor, conforme o costume da época, demonstrou diligencia, ação e fé. Mas era fundamental que ele superasse o obstáculo que havia: a preferência do parente mais próximo. Boaz agiu rapidamente, como Noemi havia dito: “Sossega, minha filha, […] aquele homem não descansará até que conclua hoje este negócio” (Rt 3.18). ). A força moral de Boaz foi demonstrada no seu autocontrole, não tocando em Rute na noite anterior, e agora se mostraria presente também na forma como conduziu todo o processo de definição do resgate da moabita.

Todo homem deve ser preparado para tomar iniciativas na vida, principalmente quando o assunto for casamento e vida conjugal. Boaz imediatamente tomou a iniciativa, convocando o parente mais próximo e os anciãos da cidade para resolver a questão de maneira honrada e transparente. Este ato demonstra não apenas sua diligência, mas também seu compromisso com a justiça e a honestidade. A liderança masculina pressupõe sugere atitude, amor responsável e honra à mulher como vaso mais fraco (Gn 2.24; Ef 5.25-28; 1 Pe 3.7). A expressão “vaso mais fraco” não diminui o valor da mulher, mas enfatiza que o marido deve oferecer cuidado e proteção.

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  1. Resgate e lei do levirato.

Boaz foi para a porta da cidade e logo viu o remidor, que ia passando (Rt 4.1). Um local comum para transações legais e decisões judiciais na antiga Israel. Não seria este mais um ato da providência divina? Com certeza. Boaz o convidou para tratar do assunto que lhe inquietava, e chamou 10 homens importantes da cidade para testemunharem o ato. Isso para garantir que ele conduzisse todo o processo de forma transparente e honrada. Em princípio, o remidor aceitou adquirir as terras que haviam sido de Elimeleque, mas desistiu quando Boaz o informou que o resgate incluía o dever de se casar com Rute, a moabita, para “suscitar o nome do falecido sobre a sua herdade” (Rt 4.5).

A aplicação das duas leis nesse caso – a do resgatador e a do casamento por levirato – certamente se deu porque apenas a aquisição das terras não faria que ficassem na família de Elimeleque. Assim, o resgate deveria ser acompanhado do casamento sob a lei do levirato. O remidor alegou motivos econômicos para a sua desistência: ele não aplicaria recursos em terras que não seriam de sua própria família, e sim dos sucessores de Elimeleque (Rt 4.6,10).

A desistência do remidor abriu caminho para Boaz cumprir o papel de resgatador, casando-se com Rute e garantindo que a herança de Elimeleque permanecesse em sua linhagem. Boaz demonstrou não apenas obediência às leis de Deus, mas também um profundo senso de responsabilidade e amor por Rute e Noemi.

  1. O registro público.

Seguindo mais um dos costumes da época, a transferência do direito de resgate foi selada com o remidor descalçando o sapato e entregando-o a Boaz (Rt 4.7,8). “Havia, pois, já de muito tempo este costume em Israel, quanto à remissão e contratos, para a confirmação de todo o negócio: o homem descalçava o sapato e o dava ao seu próximo; e isto era por testemunho em Israel” (Rt 4.7). Esse gesto indicava publicamente e visivelmente a transferência do direito de resgate de um homem para outro. O testemunho público para a remição e o casamento com Rute foi invocado por Boaz, ao receber o sapato, convocou o povo presente e os anciãos para testemunharem a transação e a sua decisão de casar-se com Rute.

Ele disse: “Vocês são testemunhas de que hoje comprei de Noemi toda a propriedade de Elimeleque, de Quiliom e de Malom. Também tomo por mulher Rute, a moabita, viúva de Malom, para manter o nome do falecido sobre a sua herança” (Rt 4.9-10). e recebeu uma confirmação uníssona: geral, “E todo o povo que estava na porta e os anciãos, disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Leia, que ambas edificaram a casa de Israel […]” (Rt 4.9-11). Rute foi acolhida na comunidade de Israel com as mais elevadas honras.

Apesar de ser uma moabita, sua fidelidade, coragem e amor foram reconhecidos e celebrados. O povo de Belém não só aceitou Rute, mas também a honrou, comparando-a às grandes mulheres de Israel. Quando um povo é guiado pelos ensinos divino, sempre da testemunho de fé acolhendo todos que se rende ao senhorio de Deus.

SINÓPSE II

O casamento de Boaz com Rute ressalta que a liderança masculina pressupõe atitude, amor responsável e honra à mulher como vaso mais frágil.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“O CONTEXTO HISTÓRICO DO CASAMENTO ENTRE BOAZ E RUTE

Noemi provavelmente pensou que Boaz era seu parente mais próximo. Ele possivelmente desejou casar-se com Rute porque sua resposta demonstra que pensava algo sobre isto. Com certeza, não intentou desposar Noemi porque era muito velha para gerar filhos (1.11,12). Outro membro da família era o parente mais próximo; portanto, tinha o direito de tomar Rute como sua esposa. Caso sua resposta fosse negativa, Boaz estaria livre para casar-se com ela (3.13).

Boaz marcou o encontro com seu parente no portão da cidade. Este era o centro das atividades locais. Ninguém podia entrar ou sair daquela localidade sem passar por lá. Os ambulantes instalavam seus negócios naquele local, que também servia como câmara municipal. Oficiais da cidade juntavam-se para realizar suas transações comerciais. Por existirem tantas atividades, este era um bom lugar para o encontro das testemunhas (4.2) e um local apropriado para Boaz fazer sua proposta.

Boaz habilmente apresentou seu caso ao primo. Primeiro, transmitiu novas informações ainda não mencionadas na história — Elimeleque, o falecido marido de Noemi, ainda possuía uma propriedade que estava à venda. Como parente mais próximo, este tinha a prioridade para comprar a terra, o que ele concordou (Lv 25.25). Entretanto, Boaz disse que, de acordo com a lei, se ele adquirisse a propriedade também teria que casar-se com a viúva […]” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.360).

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III – A REMIÇÃO DA LINHAGEM DE DAVI ATRAVÉS DE RUTE E BOAZ

  1. O nascimento de Obede.

Consumado o casamento, Boaz podia tomar a Rute por mulher: “[…] e o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho” (Rt 4.13). Foi grande a celebração das mulheres de Belém, pois entendiam como Deus estava agindo em favor de Noemi (Rt 4.14). As mulheres de Belém comemoraram grandemente esse nascimento, reconhecendo a mão de Deus agindo em favor de Noemi: “Bendito seja o Senhor, que não deixou hoje de te dar remidor, para que o seu nome seja afamado em Israel” (Rt 4.14). Antes amargurada e acreditando estar sob castigo divino (Rt 1.13,20,21), a viúva de Elimeleque recebeu uma “renovação da vida” (Rt 4.15 – NAA), e teria, agora, alguém que cuidaria dela em sua velhice. Sua transformação de uma viúva desesperada para uma avó jubilosa isso nos mostra a capacidade de Deus de trazer renovação e esperança, mesmo nas circunstâncias mais sombrias.

Era mesmo o começo de uma nova fase na vida de Noemi. Através do nascimento de Obede, Rute torna-se um instrumento da providência divina, trazendo renovação e redenção para sua família. Os netos enchem os avós de orgulho e alegria (Pv 17.6). Os netos são coroa de honra para os idosos; os pais são o orgulho de seus filhos. Neles, os idosos projetam o prolongamento da vida, recebem novo ânimo e encorajamento. É uma recompensa por terem tido filhos e se dedicado a eles (Sl 128.6). ). 6 E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.

  1. Boaz, um tipo de Cristo.

Se Noemi, Rute ou Orfa não se casassem com alguém da família de Elimeleque, a linhagem ancestral de Davi teria sido profundamente alterada. Noemi já não tinha idade para gerar filhos (Rt 1.12). Orfa voltou para os moabitas (Rt 1.14). O Deus de Israel encontrou Rute, cuja vida foi guiada por um caminho de renúncia, amor, pureza e muita submissão. O Deus de Israel tinha planos especiais para Rute. Ela, cuja vida foi marcada por renúncia, amor, pureza e submissão, seguiu um caminho que a levou a encontrar Boaz. Este encontro é mais do que um simples evento histórico; é um símbolo profundo da relação entre Cristo e Sua Igreja. O casamento entre Boaz e Rute nos ensina que Deus usa as coisas simples para fazer cumprir um plano muito maior.

SINÓPSE III

O casamento de Boaz e Rute tornou-se um tipo do relacionamento espiritual de Cristo com a Igreja

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“O LEGADO DA OBEDIÊNCIA”

As genealogias no livro de Rute são apresentadas fornecendo dez gerações, explicando as omissões e, portanto, as diferenças com outros registros. As genealogias do Novo Testamento (Mt 1.3-6; Lc 3.32,33) são construídas sobre a precisão registrada no livro de Rute (Rt 4.17-22), o que também é a ligação mais vital na linhagem traçada de Abraão até Cristo. Contudo, o nome de Rute não aparece de fato nesses versículos (vv. 17-22), talvez por sua história ser o cerne do livro de Rute.

Mateus incluiu o nome dela. Rute era pura e deu testemunho das qualidades do mais alto caráter em contraste com outras mulheres mencionadas, o que pode ter sido a razão de ele a ter mencionado pelo nome. Ainda assim, ela também precisava de um go’ēl, um remidor. E exatamente como Rute, não pertencente ao povo de Deus, proibida de entrar na congregação do Senhor (Dt 23.3) e sem esperança — alienada de Deus — se humilhou aos pés do parente remidor, Boaz, pedindo sua aceitação e ajuda, todas as mulheres têm de se humilhar aos pés do Senhor Jesus e buscar sua redenção salvífica. Ao fazer isso, assim como Rute encontrou a segurança terrena, você encontrará o descanso celestial” (Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher – Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.486-87).

CONCLUSÃO

A história de Rute é uma história de redenção. Rute encontrou essa redenção essa salvação. Uma moabita foi não somente remida, mas entrou para a genealogia família linhagem do Redentor da humanidade, Jesus, o filho de Davi. Como é maravilhoso fazer parte da família de Deus. Ao lado de Tamar e Raabe, Rute proclama a graça de Deus, que se manifesta a todos, judeus e gentios (Tt 2.11). Que proclamemos com poder a vida e a obra de nosso Redentor divino-humano, Jesus Cristo, o Salvador dos homens (1 Tm 4.10; 10 Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis.

At 4.12). 12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.

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REVISANDO O CONTEÚDO

  1. Qual era o lema de Rute e como isso foi importante em sua vida?

Seu lema era: “Tudo quando me disseres farei” (Rt 3.5). Rute teve oportunidades fora de casa, mas não se aventurou por parte alguma, como se fosse autônoma e independente (Rt 3.10).

  1. Qual foi a iniciativa de Noemi que levou ao compromisso de Boaz com Rute?

Os cereais colhidos eram levados para a eira, um terreno plano preparado para a debulha das espigas. Noemi soube que naquela noite Boaz faria aquele trabalho. Era uma grande oportunidade para Rute se aproximar dele e demonstrar seu interesse em ser remida.

  1. Que processo deveria ser aguardado por Rute e Boaz?

Ele era, de fato, um parente remidor, mas havia outro mais chegado, que tinha prioridade na remição. Era preciso aguardar, respeitando o processo: “[…] se te não quiser redimir, vive o Senhor, que eu te redimirei”.

  1. Por que houve a necessidade da aplicação das leis do resgate e do casamento por levirato?

A aplicação das duas leis nesse caso – a do resgatador e a do casamento por levirato – certamente se deu porque apenas a aquisição das terras não faria que ficassem na família de Elimeleque. Assim, o resgate deveria ser acompanhado do casamento sob a lei do levirato.

  1. O que o nascimento de Obede representa no plano de redenção?

O Deus de Israel encontrou Rute, cuja vida dirigiu por um caminho de renúncia, amor, pureza e muita submissão. Ela, como um tipo da Igreja, encontrou-se com Boaz, um tipo de Cristo, nosso Redentor eterno (Jo 3.16; 1 Pe 1.18,19).

VOCABULÁRIO

Remição: Ato ou efeito de remir; resgatar, quitar, liberar da pena ou dívida.

 

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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