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EBD – O PAPEL DO TALENTO MUSICAL – LIÇÃO 6 PRÉ ADOLESCENTES

EBD – O PAPEL DO TALENTO MUSICAL – LIÇÃO 6 PRÉ ADOLESCENTES

CONHECENDO + DE DEUS

Olá, amigo e amiga pré-adolescentes, a paz do Senhor! A Palavra de Deus ensina e incentiva a adorar a Deus com louvores. Desde os tempos antigos, a adoração com cânticos e agradecimentos faz parte dos cultos oferecidos a Deus. O livro de Salmos, por exemplo, trata-se de um hinário disponível aos judeus. Vários salmos foram escritos em momentos difíceis da história do povo de Deus ou relatam as experiências dos salmistas e a forma como clamaram a Deus e alcançaram vitória.

A título de curiosidade, por exemplo, os salmos 120 a 134 são conhecidos como “cânticos dos degraus” (ou cânticos de romagem). Entende-se que essa coletânea de 15 salmos acompanhava os peregrinos durante a subida para Jerusalém na época das grandes festividades.

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  1. ADORAR X CANTAR

Você sabe qual é a diferença entre adorar e cantar? Há muitas pessoas que pensam que cantar na igreja é sinônimo de adoração. Todavia, veremos nesta lição que a adoração trata-se de uma devoção a Deus mais profunda.

 

  1. a) Louvor e cântico. Certamente, você já ouviu na igreja alguém dizer assim: “Vamos adorar a Deus!” Logo, os músicos e cantores vão ao altar e, às vezes, nos falam: “Levante as suas mãos e adore a Deus, diga que Ele é maravilhoso!” Isso é muito bom, mas a adoração não se limita a essas práticas. Adorar é um ato de louvor e louvar significa “elogiar, falar bem, aplaudir”. Vemos na Bíblia alguns exemplos de louvor como ações de uma pessoa (Pv 31.31); e a natureza louvando a Deus (SI 98.8). E o que mais encontramos? O ser humano louvando a Deus (SI 51.15): “… como é bom cantar hinos em Tua honra, ó Altíssimo” (SI 92.1).

Perceba que o louvor está acima do cântico. Até mesmo a natureza louva ao senhor, e não apenas os seres humanos. Salmos 150 diz “tudo que tem fôlego louve ao Senhor”; e por isso entendemos que os pássaros, peixes, seres microscópicos, literalmente “tudo que tem fôlego” louva o Deus que lhes deu a vida! Portanto, podemos entender que o louvor possui endereço, direcionamento; e o destinatário é o Senhor Deus criador. Ao contrário disso, o cântico (o ato de cantar) não necessariamente terá o Senhor como “destinatário”.

A forma (modo) como se eleva o Senhor em louvor e adoração é um outro ponto a ser discutido, mas entendemos que é multiforme (no sentido de que existem várias maneiras de nos manifestarmos e oferecermos o nosso louvor).

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  1. b) Adoração no início. O ser humano adora a Deus desde a sua criação. Adão e Eva, por exemplo, já viviam em perfeita comunhão com Deus. Depois do Dilúvio, o primeiro homem a sacrificar foi o patriarca Noé (Gn 8.20). Mais adiante, durante o Êxodo, a forma de adorar do povo hebreu era diferente, pois não existia templo. Os altares eram construídos e as ofertas queimadas eram oferecidas no altar (Êx 29.18). Essa prática se tornou necessária porque, quando o homem pecava, ele se afastava de Deus e, pelos sacrifícios oferecidos no ato de adoração, retornava à comunhão. Após a construção do Tabernáculo, a adoração era feita de forma coletiva, porém, ainda era necessário oferecer sacrifícios. No Novo Testamento, a adoração a Deus passou a ser nas sinagogas e no Templo em Jerusalém. Somente após o surgimento da Igreja, a adoração aproximou-se do modelo que se segue nos dias atuais com oração, louvor e pregação da Palavra de Deus (cf. At 2.46,47).

A criação dos seres vivos e principalmente do homem têm como objetivo o engrandecimento e glorificação do nome do Senhor. Até mesmo os céus manifestam a glória de Deus (Sl 19:1). Portanto, no Éden, o homem provava de uma plena comunhão com Deus; conversava com o Senhor e o Senhor conversava com ele. Havia ali um contexto de relacionamento. Com a descaracterização do estado de pureza inicial (através do pecado), o homem perdeu essa comunhão inicial (e também foi expulso do Éden). Desde então, a forma de adorar, orar, louvar, sofreu mutações e foi adaptada para essa “nova realidade”.

No antigo testamento, por exemplo, existia a necessidade da intermediação de um sacerdote, para que a oferta fosse levada ao Senhor. Existia toda uma cerimônia, além de um momento específico para tal. No novo testamento, por sua vez, temos que o Senhor Jesus é o nosso Sumo Sacerdote (Hb 7:14-16); então a nossa adoração é de certa forma “aperfeiçoada” por Ele; e por meio Dele temos acesso ao pai (por isso o Senhor Jesus é tão importante para nós). Dessa maneira, a nossa adoração e a nossa entrega agora devem ser feitas não necessariamente em uma data ou local específico, ou por meio de alguém em específico; mas os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em Espírito e em Verdade (Jo 4:23).

 

  1. A IMPORTÂNCIA DO PREPARO NA ADORAÇÃO

Certa vez, Jesus disse a uma mulher em Samaria: “Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em Espírito e em verdade” (Jo 4.23). Note que, segundo a explicação do Senhor, a verdadeira adoração não está limitada a tempo e espaço.

  1. a) Jesus e a adoração. Durante a conversa com Jesus, a mulher samaritana lhe perguntou onde era o lugar certo para adoração, se na Sinagoga dos Samaritanos ou no Templo dos Judeus (por uma questão cultural). Ele respondeu que o importante não era o lugar, mas como se deveria adorar: “em Espírito e em verdade” (Jo 4.24). Você sabe o que isso significa? Jesus se propôs a mostrar que a sua morte seria o sacrifício suficiente e único para o perdão de pecados e reconciliação com Deus. Isso significa que a relação com Deus deve ser espiritual e verdadeira. Não se trata de cumprir apenas uma formalidade cerimonial como faziam os judeus daquela época.

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Saber que não estamos limitados a uma data, um local ou uma pessoa, nos faz entender que temos liberdade para adorar e buscar a face do Senhor em todo o tempo! Na ocasião da morte do Senhor Jesus, o véu que separada o santo lugar do santíssimo lugar (santo dos santos) foi rasgado; e simbolicamente essa grande evento traduz que agora não há mais separação (cerimonial) entre Deus e o homem, por meio do Senhor Jesus (o nosso Sumo Sacerdote). No entanto, o requisito exigido pelo Pai é que a nossa adoração seja em Espírito e em Verdade. O que isso significa?

O Espírito de Deus, deixado como promessa pelo Senhor Jesus, é quem nos conduz para uma adoração agradável ao Pai. Isso significa que, se estamos no Senhor e se temos o Espírito Santo em nós (que vem pela fé no Senhor Jesus), então por Ele seremos direcionados (Rm 8:26). A Verdade, por sua vez, é o “objeto racional” da nossa adoração, pois a nossa adoração precisa ser intencional e voluntária (Deus não aceita adoração forçada e nem mesmo louvores de lábios mentirosos). O Senhor sonda os corações dos homens e esquadrinha as nossas intenções!

 

  1. b) Como adorar. Você gosta de louvar a Deus? Saiba que a verdadeira adoração nasce no coração, é diária e trata-se de um conjunto de ações. Adoramos pública ou coletivamente nos cultos onde há oração, cânticos espirituais, ofertas e estudo da Palavra (Mt 18.20). Além disso, em nosso dia a dia, também adoramos a Deus com sinceridade quando vivemos em santidade (Rm 12.1) e buscando ao Pai em oração com ações de graças (Ef 5.19). O louvor é uma das formas mais prazerosas de estar em contato com o Pai. Já percebeu o que acontece quando você canta um hino que exalta e engrandece o nome do Senhor? Quando você menos espera, está sentindo a presença dEle. Quer seja tocando um instrumento ou louvando, façamos tudo para a glória de Deus (cf. 1 Co 10.31).

Podemos adorar ao nosso Deus com louvores, com palmas, com instrumentos variados, com cânticos espirituais, com pensamentos voltados para Ele, com um bom olhar, entre tantas outras. No entanto, entendemos que uma das melhores formas de adorarmos ao Senhor é oferecendo-o o culto racional (Rm 12:1) que é o nosso modo de viver; a nossa conduta de vida. O devocional, a leitura diária da palavra, uma vida de oração, a busca pela santidade; olhos que buscam pelo bem e pela pureza; uma vida que agrade ao Senhor por completo; é isso o que o nosso Deus busca em nós, e essa é a melhor maneira de adorá-lo e agradá-lo.

 

  1. A IMPORTÂNCIA DOS MÚSICOS NA IGERJA

Em quais situações você canta? É mais comum cantarmos quando estamos alegres, não é mesmo? A própria Bíblia nos orienta assim (Tg 5.13), mas também cantamos em momentos de tristeza e dificuldade (At 16.25). O louvor é uma excelente forma de expressar sentimentos, principalmente, com relação a declarar as maravilhas do Senhor.

 

  1. a) A música no Antigo e Novo Testamento. Davi e Asafe: o que eles tinham em comum? Eles eram músicos. Davi, desde a infância, tinha a música em seu coração e, quando se tornou rei, um dos seus atos foi levar a Arca do Senhor para a tenda que ele havia feito. Nesse evento, Davi escolheu músicos para tocarem e cantarem alegremente em adoração a Deus (cf. 1 Cr 15.16). Davi nomeou Asafe como um dos líderes dos músicos do Templo. A música estava presente em diversas ocasiões: festas, guerras, celebrações e até nos funerais. No Novo Testamento, encontramos a música cantada, sem acompanhamento instrumental. O nascimento de Jesus, por exemplo, foi marcado por um coro de anjos louvando a Deus (Lc 2.13,14).

Falando especificamente sobre as músicas (e não sobre os músicos), temos que elas são um verdadeiro meio de acesso à dimensão espiritual, pois consegue penetrar não apenas no consciente (razão), mas tocam também a alma. Não era assim que acontecia com Saul? Enquanto atormentado por espíritos, somente através da música (inspirada por Deus e tocada por um instrumento de Deus – Davi), é que ele encontrava paz de espírito.

Poderíamos dizer também que a música é um idioma. A sua inspiração pode ser espiritual, e consequentemente a sua recepção (e efeitos) também será espiritual. Portanto, devemos ter muito cuidado com o que ouvimos; pois as músicas podem nos nutrir tanto de coisas boas quanto de coisas ruins.

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Por isso muitas vezes advertimos acerca das músicas seculares; não apenas por “ser ou não ser” pecado (as pessoas se limitam a isso), mas pelos danos que elas podem provocar; afinal, quem inspirou essas pessoas? Sobre quem dizem as suas canções? O que se busca produzir em quem as escuta? Muito cuidado com as sutilezas do adversário! Somos morada do Espírito de Deus!

  1. b) O Músico e o culto. Parece estar claro que a função do músico na igreja está além de tocar um instrumento musical. O músico tem a responsabilidade de conduzir o povo à adoração, criando um ambiente favorável à manifestação dos dons ministeriais e espirituais. É preciso que o músico saiba que a sua função é tão sagrada quanto a de um pastor e requer dedicação ao estudo da Palavra (Cl 3.23). Além disso, a função do músico requer também o constante aperfeiçoamento de seus conhecimentos na área musical. Afinal de contas, o verdadeiro adorador cresce com a igreja.

Agora falando dos músicos em si (e não apenas das músicas), temos que estes são verdadeiros instrumentos de condução coletiva à adoração. De maneira análoga, são quase que intermediários (intermediam a adoração). Trata-se de uma função sagrada, e por isso exige uma vida de pureza e santidade diante de Deus.

Além disso, os músicos devem constantemente buscar o aperfeiçoamento das suas habilidades; afinal se no nosso ofício secular devemos buscar desenvolver o nosso melhor, quanto mais não nos empenharíamos em ofertar o nosso melhor para o nosso Deus?! Ele merece toda a nossa dedicação, porque tudo é para honra e glória do nome Dele.

CONCLUSÃO

Caro(a) amigo(a), seja você um músico ou não, louve e adore ao Senhor. Não precisamos ser cantores profissionais para adorar a Deus. Basta que tenhamos um coração dedicado a oferecer o nosso melhor para Ele. Deus procura adoradores que o adorem com sinceridade (cf. Jo 4.23, 24).

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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