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EBD – O Plano de Livramento e o Papel de Ester – Lição 10 Adulto

EBD – O Plano de Livramento e o Papel de Ester – Lição 10 Adulto

TEXTO ÁUREO

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera.” (Is 64.4). O agir e o cuidado de Deus em favor do seu povo é certo porque ele é fiel.

VERDADE PRÁTICA

É nos momentos dramáticos difíceis da vida que mais aprendemos a confiar em Deus e a depender dEle realmente. Momentos difíceis são aulas e oportunidades que Deus nos dá, para aprendermos a esperar e confiar no seu agir.

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LEITURA DIÁRIA

Segunda – Et 4.1-5

Ester envia Hataque para perguntar o que se passava com Mardoqueu. 1 Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e vestiu-se de um pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor;

2 e chegou até diante da porta do rei; porque ninguém vestido de pano de saco podia entrar pelas portas do rei.

3 E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em pano de saco e em cinza.

4 Então, vieram as moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu silício; porém ele não as aceitou.

5 Então, Ester chamou a Hataque ( um dos eunucos do rei, que este tinha posto na presença dela ) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para quê.

Terça – Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11

O favor de Deus em livrar seus servos dos infortúnios. 3 E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. 4 E logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três.

5 Então, o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles saíram ambos.

6 E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele.

7 Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Hb 3:2;

8 Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do SENHOR; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? Ex 33:11; Dt 34:10;

9 Assim, a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e foi-se.

10 E a nuvem se desviou de sobre a tenda; e eis que Miriã era leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que era leprosa. 22 Mas, se diligentemente ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, então, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários. 11 Mas alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.

Quarta – Et 4.13

Se Ester não agisse nem ela mesma seria poupada. 13 Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.

Quinta – Et 4.14

Se o livramento divino não chegasse por intermédio de Ester, chegaria por outro meio. 14 Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?

Sexta – 1 Sm 25.18-35; Pv 19.2

A rainha Ester agiu com a sabedoria de outras mulheres na Bíblia. 18 Então, Abigail se apressou, e tomou duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de figos passados, e os pôs sobre jumentos, 35 Então, Davi tomou da sua mão o que tinha trazido e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; vês aqui que tenho dado ouvidos à tua voz e tenho aceitado a tua face. 2 Assim também ficar a alma sem conhecimento não é bom; e o que se apressa com seus pés peca.

Sábado – Et 5.2,3

O rei Assuero viu Ester e estendeu o seu cetro, disposto a atender-lhe. 2 E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro. 3 Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 4.5-17; 5.1-3,7,8

Ester 4

5 – Então, Ester chamou a Hataque (um dos  eunucos do rei, que  este  tinha posto na presença dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que  era  aquilo e para quê.
6 – E, saindo Hataque a Mardoqueu, à praça da cidade que  estava  diante da porta do rei,
7 – Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido, como também a oferta da prata que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lançar a perder.
8 – Também lhe deu a cópia da lei escrita que se publicara em Susã para os destruir, para  a  mostrar a Ester, e lha fazer saber, e para lhe ordenar que fosse  ter com  o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presença pelo seu povo.
9 – Veio, pois, Hataque e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.
10 – Então, disse Ester a Hataque e mandou-lhe  dizer  a Mardoqueu:
11 – Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei bem sabem que para todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado,  não há senão  uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu, nestes trinta dias, não sou chamada para entrar ao rei.
12 – E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester.
13 – Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os  outros  judeus.
14 – Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 – Então, disse Ester que tornassem  a dizer  a Mardoqueu:
16 – Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite,  e  eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não  é  segundo a lei; e, perecendo, pereço.
17 – Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.

Ester 5

1 – Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu  de suas vestes  reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
2 – E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.
3 – Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
7 – Então, respondeu Ester e disse: Minha petição e requerimento  é:
8 – se achei graça aos olhos do rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a minha petição e outorgar-me o meu requerimento, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar, e amanhã farei conforme o mandado do rei.

Hinos Sugeridos: 372, 432, 473 da Harpa Cristã

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PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO

Deus concedeu um grande livramento ao povo judeu diante das artimanhas de Hamã. Esta lição apresenta todo o processo de preparação para o grande livramento, desde o plano de Mardoqueu, o convencimento de Ester, bem como seu preparo para se colocar diante do rei para rogar o livramento do povo. Esta lição mostra como Deus atuou por meio desses personagens para providenciar socorro ao seu povo. Assim, o plano de Hamã não prosperaria diante da providência divina.

  1. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
  2. A) Objetivos da Lição:
  3. I) Relatar o plano de Mardoqueu e o temor de Ester;
  4. II) Considerar o processo de convencimento de Ester por Mardoqueu;
  5. III) Demonstrar o plano de Ester diante do rei Assuero.

B) Motivação: A atitude corajosa de Ester nos permite refletir como devemos agir em situações difíceis e até mesmo perigosa. O exemplo de Ester nos convida em, no lugar.

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos as atitudes de Mardoqueu e Ester em favor de todo o povo judeu. O decreto do rei estava assinado. A ordem de extermínio havia chegado a todas as províncias. O dia da matança estava definido. Era preciso clamar a Deus e agir sob sua direção. O clamor a Deus, a busca por sua direção, faz toda a diferença em qualquer situação.

PALAVRA-CHAVE: Livramento

I – O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER

  1. Lamento, choro e compadecimento.

Mardoqueu não escondeu seu abatimento. Mardoqueu revelou sua dor e sua necessidade urgente de ajuda. Vejam a importância de compartilhar nossos sentimentos com as pessoas certas, especialmente quando estamos em situações críticas. O apóstolo Paulo nos instrui a “chorar com os que choram” (Rm 12.15), o que significa que devemos nos unir com as aflições dos outros e buscar compreender suas dores. O quadro trágico produziu nele um profundo lamento. Do palácio, Ester soube da crítica situação do primo e compadeceu-se, mas não sabia os motivos. Sua atitude foi enviar roupas para vestir Mardoqueu, que as recusou. Ester precisava saber o que estava acontecendo de tão grave. Então, enviou Hataque, um dos eunucos, para perguntar a Mardoqueu porque agia daquele jeito (Et 4.1-5). A verdadeira compaixão vai além de simples gestos; ela envolve a disposição de entender e responder às necessidades reais dos que estão ao nosso redor. Mardoqueu não estava apenas querendo chamar a atenção de Ester. Seus sentimentos eram sinceros, assim como de todos os judeus das províncias, diante da ordem de matança emitida pelo rei. Mas também era preciso que a rainha soubesse de tudo que se passava. Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15). Ao enfrentarmos crises, a expressão sincera dos nossos sentimentos e a busca de apoio adequado são essenciais para atravessar os momentos de tribulação. Em um momento de profunda agonia, Jesus abriu o coração e rogou aos seus discípulos que não o deixassem só (Mt 26.36-38). Jesus nos mostrou a importância de termos companheiros em momentos difíceis e de abrir nosso coração para aqueles que podem nos apoiar.

  1. Um obstáculo real.

Por intermédio de Hataque, Mardoqueu deixou Ester informada de todo o ardiloso plano de Hamã, enviando-lhe, inclusive, uma cópia do decreto de Assuero. Ele pediu que ela fosse ao rei e suplicasse pelos judeus. Ester precisava interceder pelo seu povo, mesmo correndo risco de vida. Isto nos desafia a sermos intercessores ousados, dispostos a enfrentar obstáculos para defender e ajudar os necessitados. A Bíblia nos exorta a sermos corajosos: “Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor” (Sl 31.24). Mas havia um grande obstáculo. Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro. Embora Ester fosse a rainha, sua posição não a isentava das leis do império. Ester revelou a Mardoqueu que já fazia trinta dias que o rei não a chamava à sua presença, o que aumentava o risco de sua intervenção ser fatal. Esta realidade destacava o medo e a insegurança que fazia parte da vida na corte persa, onde até mesmo a rainha precisava de permissão para ver o rei. Vejam os obstáculos que surgem a nossa frente para cumprirmos a vontade de Deus. Vejam que a fé em Deus muitas vezes exige coragem para enfrentar grandes riscos. A obediência a Deus pode colocar-nos em situações perigosas, mas como disse o apóstolo Paulo: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). A confiança em Deus deve superar o medo das consequências terrenas. Acredita-se que essa rigorosa norma existia porque os reis temiam ser vítimas de conspirações, como ocorreu com muitos deles, ao longo da história, mortos no trono. Precisamos estar preparados para enfrentar barreiras em nossa caminhada de fé. Pode ser uma oposição no trabalho, uma situação difícil na família ou um desafio pessoal. Como Ester, somos chamados a agir com sabedoria e coragem, confiando que Deus está no controle de todas as circunstâncias. “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Ef 3.20).

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  1. Autoritarismo e morte.

O que Assuero temia lhe sobreveio. Foi assassinado por um dos oficiais do palácio em 465 a.C., oito anos depois dos episódios narrados no livro de Ester. Dois de seus guardas, aliás, já haviam tramado sua morte anos antes (Et 3.21). Decisões autoritárias produzem muitos inimigos. É muito comum ditadores terem mortes trágicas, por vezes nas mãos de seus ex-súditos, como aconteceu na história recente com o ditador líbio Muammar Gaddafi (1942-2011). Lideranças autoritárias podem parecer eficazes a curto prazo, mas a longo prazo, elas geram ressentimento e rebelião. Jesus ensinou que a verdadeira liderança é servidora: “Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal” (Mc 10.43). A mansidão nos livra de muitos infortúnios (Pv 15.1). “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. E quando atacados, Deus é a nossa defesa (Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11) Quando Moisés foi atacado por seus próprios irmãos, Deus foi a sua defesa e puniu Miriã com lepra. Precisamos confiar na proteção divina em tempos de adversidade. Como crentes, podemos enfrentar perseguições e injustiças, mas devemos lembrar que Deus é nossa defesa. O apóstolo Paulo, que sofreu inúmeras perseguições, escreveu: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31). Esta confiança nos dá força para enfrentar qualquer desafio com coragem e fé.

SINÓPSE I

Não era simples ir ao palácio e interceder ao rei pelo povo judeu.

Auxílio VIDA CRISTÃ

CONFIANDO EM DEUS PARA AGIR

“Embora Ester fosse a rainha e compartilhasse alguns dos poderes do rei e suas riquezas, ela ainda precisava da proteção de Deus e de sabedoria. Ninguém está seguro em suas próprias forças em qualquer sistema político. É tolice acreditar que riqueza ou posição pode nos proteger contra o perigo. O livramento vem apenas de Deus.

Após ter sido expedido o decreto para matar os judeus, Mardoqueu e Ester poderiam ter se desesperado, decidindo salvar apenas a si próprios, ou ter somente aguardado uma intervenção de Deus. Ao contrário, eles viram que Deus os havia colocado em suas posições com um propósito, para que eles aproveitassem o momento certo e agissem. Quando estiver ao nosso alcance salvar as pessoas, precisamos fazê-lo. Em uma situação onde a vida é ameaçada, não se acovarde, não se comporte de forma egoísta, não espere que Deus faça todas as coisas. Ao invés disso, peça direção a Deus e aja! Deus pode tê-lo colocado na posição em que você se encontra apenas ‘para tal tempo como este?’” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.691).

II – MARDOQUEU CONVENCE ESTER

  1. Confiando na providência divina.

Ester apresentou a Mardoqueu sua impossibilidade de dirigir-se ao rei. Nos últimos 30 dias ela não havia sido chamada por Assuero. Mardoqueu não se contentou com a resposta de Ester. Pediu que dissessem a ela que não confiasse em sua posição, por estar no palácio, pois a ordem real era o extermínio de todos os judeus, sem exceção (Et 4.13). Se Ester não se dispusesse a interceder junto ao rei, Mardoqueu confiava que a providência divina se manifestaria de outra forma. A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em Deus, acima de tudo (Et 4.14). Quando enfrentamos desafios aparentemente insuperáveis, devemos lembrar que Deus é soberano e está no controle de todas as coisas. Mesmo quando os recursos humanos parecem limitados ou inexistentes, podemos confiar que Deus proverá uma saída. Quando supervalorizamos pessoas, por mais importantes que sejam, nos esquecendo que nosso socorro vem de Deus, fazemos delas nossos ídolos (Sl 121.1,2). “Elevo os meus olhos para os montes; de onde vem o meu socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra” (Sl 121.1-2). Nossa verdadeira ajuda vem de Deus, o Criador de todas as coisas, e não de seres humanos, por mais poderosos que sejam. Deus abomina todo o tipo de idolatria (Jr 17.5).

  1. Primeiro Deus, depois o homem.

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Este versículo nos orienta a colocar Deus em primeiro lugar em todas as áreas de nossa vida, confiando que Ele proverá o que necessitamos.

Ester convenceu-se de que precisaria agir. Antes de tudo, porém, era preciso clamar a Deus, para que a dirigisse e lhe desse graça diante do rei. Ao clamar a Deus primeiro, Ester demonstrou fé e dependência no Senhor, sabendo que apenas Deus poderia abrir o coração do rei e conceder-lhe favor. Este exemplo é importante em nossa vida diária, pois nos lembra que devemos buscar a orientação divina em todas as nossas decisões e ações. Em sua resposta a Mardoqueu, pediu que ajuntasse todos os judeus de Susã e jejuassem por ela durante três dias. Ela faria o mesmo junto com as moças que a assistiam no palácio (Et 4.16). Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de Deus e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a Deus. Uma triste característica de nossos dias são o secularismo e o materialismo (Lc 18.8). No secularismo e no materialismo a confiança é colocada em recursos humanos e habilidades pessoais, mais Ester nos chama a um retorno à dependência de Deus. Inspirados no ateísmo, isto é: a crença de que não existe Deus, rejeitam e negam as realidades espirituais e veem o homem como o senhor de sua existência e de seu destino; como a medida de todas as coisas. Autoconfiança e soberba humana são de origem maligna (Tg 4.13-16). É necessário adotarmos uma postura de humildade e dependência de Deus, reconhecendo que Ele é o verdadeiro Senhor de nossas vidas e do nosso destino. Em todas as nossas empreitadas, seja em decisões pessoais, profissionais ou ministeriais, é fundamental buscarmos a direção de Deus primeiro, através da oração e do jejum, como fez Ester.

  1. Confiar em Deus não é tentá-lo.

Ester confiava em Deus, mas não agiu de forma a tentá-lo (Mt 4.5-7). Não tentarás o Senhor teu Deus, foi o que Jesus disse ao diabo lá no deserto. Confiar em Deus significa depender Dele em fé, sem assumir riscos desnecessários ou esperar que Deus opere milagres a nosso bel-prazer. Confiar em Deus não significa agir de maneira imprudente, acreditando que Deus sempre nos protegerá de todas as consequências. Através do jejum, os judeus pediam a intervenção divina para que o rei aceitasse a presença de Ester e ela alcançasse o que pretendia. Todavia, isso poderia não acontecer. Por isso, mesmo confiando, Ester estava disposta a morrer: “perecendo, pereço” (Et 4.16). Décadas antes, na Babilônia, três outros judeus haviam demonstrado a mesma fé e disposição (Dn 3.16-18). O que disseram os 3 jovens da fornalha de fogo ardente? “Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará… mas, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses” (Dn 3.17-18). Eles confiavam na soberania de Deus, quer Ele os livrasse ou não. Milagres acontecem, mas são conforme a vontade de Deus e não como um capricho nosso (Daniel 3:17-18). Isso nos ensina a buscar a vontade de Deus acima da nossa e confiar que Ele sabe o que é melhor para nós em todas as situações. Em nossos dias são difundidas crenças errôneas que acreditam ser possível mandar em Deus e pô-lo “na parede”. A soberania divina não pode ser desafiada por ninguém (Jó 2.9,10). Jó, em meio ao seu sofrimento, repreendeu sua esposa por sugerir que ele amaldiçoasse a Deus e morresse, afirmando: “Receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?” (Jó 2.10). Esta resposta de Jó reflete a aceitação da soberania divina, independentemente das circunstâncias.

SINÓPSE II

Antes de se dirigir ao rei, Ester conclamou um jejum pela causa.

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III – O PLANO: ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM BANQUETE

  1. Prudência, preparação e ação.

Ao decidir entrar à presença de Assuero, Ester estava sujeita a qualquer reação dele quando a visse: vida ou morte. Era um grande desafio. Por isso, Ester se preparou espiritual, emocional e fisicamente: depois de três dias de jejum, pôs sua veste real e foi ao pátio interior da casa do rei, diante do salão onde ficava o trono (Et 5.1). Sua conduta nos ensina como devemos ser precavidos prevenidos para tomar atitudes importantes, que podem impactar nosso futuro (Pv 19.2). “Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com seus pés erra o caminho.” Portanto, a reflexão e a preparação são essenciais para evitar erros e tomar decisões sábias. Mulheres sábias, como Ester e Abigail, conseguem resolver grandes problemas e evitar muitas tragédias (1 Sm 25.18-35). Em nossa vida diária, devemos seguir o exemplo de Ester e Abigail. Antes de tomar decisões importantes, especialmente aquelas que podem ter consequências de longo alcance, é vital buscar orientação espiritual, preparar-se mentalmente e tomar ações cuidadosas. A oração e o jejum, como os praticados por Ester, são meios poderosos de buscar a direção de Deus e fortalecer nossa resolução. A prudência envolve a capacidade de antecipar as consequências de nossas ações e de se preparar adequadamente para elas. Por outro lado, imprudências e precipitações podem levar a prejuízos irreparáveis (Pv 14.1). O livro de Provérbios nos lembra que “a mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derruba” (Pv 14.1).

  1. Estendendo o cetro.

Assentado em seu trono, Assuero viu Ester e estendeu para ela seu cetro de ouro (Et 5.2). A disposição de Assuero para ouvir Ester e a extensão do cetro são evidências da providência divina na história de Ester. Deve ter sido um grande alívio para a corajosa judia. Ela se aproximou e tocou a ponta do cetro, cumprindo o protocolo legal. A coragem de Ester em se apresentar diante do rei sem convite resultou em um ato de favor real. Isso mostra que coragem, combinada com preparação e oração, pode abrir portas que parecem impossíveis. Como era incomum alguém se apresentar diante do rei sem ter sido chamado, Assuero logo perguntou o que estava acontecendo: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3). A disposição de vontade do rei foi manifestada com o uso de uma frase que era comum nessas ocasiões, mas que, segundo estudiosos, não se interpretava de forma literal. Essa expressão, ao mesmo tempo que grandiosa, não era geralmente interpretada de maneira literal. Em vez disso, servia como uma forma de demonstrar generosidade e abertura para ouvir a solicitação de alguém que estivesse em uma posição difícil. Herodes usou essa mesma expressão (Mc 6.21-23). Embora a promessa de Herodes tenha sido feita em um contexto diferente, a intenção de demonstrar generosidade e disposição para atender pedidos é a mesma.

  1. Em sintonia com Deus.

As circunstâncias narradas no livro de Ester nos permitem dizer que ela, em seu coração, estava em plena sintonia com Deus. Ester, ao agir em sintonia com Deus e esperar pelo momento certo, não apenas salvou seu povo, mas também demonstrou uma fé inabalável na sabedoria e no timing divinos. Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã. Ela não se precipitou, mesmo diante de uma oferta generosa do rei. Na ocasião, o rei renovou sua disposição em atender a qualquer pedido de Ester. Era a segunda oportunidade, mas ainda não era o momento adequado. A sabedoria de Ester em esperar pelo momento certo e sua paciência são exemplos de como a providência divina pode estar em operação, guiando cada passo. Ester convida Assuero e Hamã, para outro banquete, no dia seguinte, quando faria seu pedido. Uma noite decisiva mudaria o curso da história. Durante essa noite, eventos importantes ocorreram, como a insônia de Assuero e a leitura dos anais do reino, que trouxeram à tona os feitos de Mardoqueu e a trama contra ele. Esses eventos prepararam o cenário para que Ester apresentasse seu pedido com maior eficácia. Os desígnios de Deus são perfeitos. A providência divina estava guiando Ester em todos os detalhes. A história de Ester ilustra como Deus está no controle dos detalhes e como, muitas vezes, a nossa paciência e discernimento são necessários para que a providência divina se manifeste.

SINÓPSE III

Nenhum ser humano ficará impune diante da santidade e justiça de Deus.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

A DECISÃO DE ESTER

“‘Salve a sua pele’” e ‘Seja sempre o primeiro’ são lemas mundiais que refletem nossa egoísta perspectiva de vida. A atitude de Ester contrasta muito com essa visão. Ela sabia o que precisava fazer, e que isso poderia custar sua própria vida. Contudo, ela disse: ‘E perecendo, pereço’. Devemos ter o mesmo compromisso de fazer o que é certo a despeito das possíveis consequências. Você procura salvar a si mesmo permanecendo em silêncio em vez de defender o que é certo?

[…] Deus estava no controle, mas mesmo assim Mardoqueu e Ester tiveram que agir. […] Deus escolhe trabalhar através daqueles que agem de forma determinada em seu favor. Devemos orar como se todas as coisas dependessem de Deus e agirmos como se tudo dependesse de nós. Devemos evitar dois extremos: nada fazer, e achar que devemos fazer tudo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 692-93).

CONCLUSÃO

Confiar em Deus e depender dEle nos faz viver experiências extraordinárias. A confiança em Deus é o alicerce da vida cristã, pois reconhecemos que Ele é capaz de cuidar de todas as nossas necessidades e guiar nossas vidas de maneira perfeita. Dependência implica em humildade e submissão, reconhecendo que nossas habilidades e forças são limitadas e que precisamos dEle em todos os aspectos da vida. O agir divino manifesta-se em todas as áreas de nossa vida. O Deus Todo-poderoso jamais perde o controle. Só a Ele glória! Deus não age apenas em aspectos espirituais ou religiosos da nossa vida. Ele se interessa e cuida de todos os detalhes – seja em nossa saúde, relacionamentos, trabalho, finanças ou emoções. Quando O permitimos, Ele guia todas essas áreas para o nosso bem (Romanos 8:28).

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. O que aprendemos com o exemplo de Mardoqueu quanto a compartilhar nossos sentimentos?

Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15).

  1. Qual era o obstáculo para o plano de Mardoqueu?

Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro.

  1. O que a expressão “socorro e livramento doutra parte virá” nos revela?

A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em Deus, acima de tudo (Et 4.14).

  1. O que aprendemos com a atitude de Ester em pedir, antes de tudo, três dias de jejum?

Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de Deus e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a Deus.

  1. Por que podemos afirmar que Ester estava em plena sintonia com Deus?

Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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