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EBD – O TERCEIRO DIÁRIO DE VIAGEM – LIÇÃO 10 ADOLESCENTES

EBD – O TERCEIRO DIÁRIO DE VIAGEM – LIÇÃO 10 ADOLESCENTES

Vamos descobrir

Nesta terceira viagem, o Apóstolo Paulo permaneceu três anos em Éfeso. Durante esse tempo, foi possível preparar obreiros e discipular os novos convertidos. Foram diversos os desafios que o Apóstolo enfrentou nessa cidade, por conta da pregação do Evangelho. Desafios estes de natureza teológica e social dentro e fora da igreja. Após a estadia, Paulo dedicou-se a chegar em Jerusalém, e, nesta jornada, outros contratempos ganharam força.

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I – A PARADA DE 3 ANOS EM ÉFESO

Através do livro de Atos percebemos que o tempo de Paulo em Éfeso foi trabalhoso.

1.1. O derramamento de Poder em Éfeso.

Um judeu chamado Apolo, que cria em Jesus, chegou em Éfeso e anunciava com entusiasmo “o Caminho do Senhor” (At 18.24,25). Ele tornou-se um líder e pregava para judeus e gentios. Apolo, porém, não tinha vivido a experiência do Batismo no Espírito Santo, como a do dia de Pentecostes. Por isso, ele ensinava sobre o batismo de João e o arrependimento para receber a salvação em Jesus Cristo, mas não falava sobre o batismo no Espírito Santo (At 18.25). Algum tempo depois, ele partiu para Acaia (At 18.27).

Quando Paulo chegou a Éfeso, a igreja não entendia sobre o Batismo no Espírito Santo; eles apenas conheciam o batismo em águas feito por João Batista (At 19.1-3). Então, Paulo explicou que era necessário serem batizados em nome de Jesus. E também ressaltou que o Batismo no Espírito Santo é diferente do batismo em águas (At 19.4).

Após essa instrução, Paulo os batizou em nome de Jesus — conforme o mandamento (Mt 28.19). Depois disso, fez uma oração com imposição de mãos e eles receberam o Batismo no Espírito Santo. E, assim, falaram em línguas e profetizaram (At 19.6,7).

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Apolo era um Judeu, natural de Alexandria, descrito no livro de Atos como “varão eloquente e poderoso nas Escrituras” (At 18:24). Não sabemos como foi a sua conversão para o evangelho do Senhor Jesus, mas a Bíblia descreve que ele era instruído no Caminho do Senhor, porque diligentemente falava e ensinava as coisas do Senhor (At 18:25). No entanto, Apolo – apesar de muito bem ensinar os fundamentos do evangelho – não conhecia a promessa do batismo com o Espírito Santo.

No contexto da segunda viagem, consegue se lembrar de quando Paulo saiu da Acaia em direção a Jerusalém, e que antes passou em Éfeso juntamente com Priscila e Áquila? Pois bem; Priscila e Áquila estavam em Éfeso desde aquele dia (estavam morando lá), e ao ouvirem Apolo anunciar o evangelho (agora já no contexto da lição) o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus (At 18:25). Como em momento anterior eles conviveram com Paulo (inclusive tinham a mesma profissão), então eles tiveram muito tempo para amadurecer no conhecimento.

Iniciada a terceira viagem missionária de Paulo, partindo de Antioquia e percorrida toda a Galácia, Paulo chegou em Éfeso, na Ásia. Chegando lá, já não estava mais Apolo, que havia partido para Acaia (especificamente Corinto). Paulo então encontra alguns discípulos locais e pergunta para eles se haviam recebido o Espírito Santo quando creram. Eles não só não tinham sido batizados como desconheciam acerca do Espírito Santo (At 19:2). Ocorre que aqueles irmãos conheciam apenas o batismo de João (de imersão), mas ainda não haviam provado do sobrenatural. Paulo então explica a importância do batismo de João, mas ainda mais acerca da importância de ser batizado em nome do Senhor Jesus. Assim sucedendo, e impondo-lhes as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam (At 19:6).

1.2. O Enfrentamento de Espíritos Malignos

O tempo passou e Paulo continuou ensinando sobre o Reino de Deus. A Bíblia nos mostra que Deus fazia grandes milagres através de Paulo, promovendo cura dos enfermos e libertação dos oprimidos (At 19.11,12).

Estas maravilhas despertaram a curiosidade de alguns judeus e eles tentaram imitar o Apóstolo, invocando o nome de Jesus (At 19.13). Como resultado, um espírito maligno lhes disse: “— Eu conheço Jesus e sei quem é Paulo. Mas vocês, quem são?” (At 19.15). Esse evento teve um grande impacto na cidade, a ponto de os praticantes de magia queimarem em público seus livros de encantos (At 19.18-20).

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Como era de costume, aonde Paulo chegava, ele procurava a sinagoga para ali pregar. A Bíblia relata que por três meses Paulo falou ousadamente, e disputava com eles e os persuadia acerca do Reino de Deus. Mas alguns deles se endurecessem e não obedeceram, e ainda falavam mal do evangelho perante a multidão. Por isso, Paulo retirou-se deles e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano (At 19:9). Paulo então ficou ali por mais 2 anos, de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos. A palavra de Deus diz que, pelas mãos de Paulo, Deus fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam (At 19:11,12).

Maravilhados com o agir de Deus através da vida de Paulo, alguns judeus tentavam o imitar, como no caso dos sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Aqueles jovens tentavam invocar o nome do Senhor Jesus a fim de repreender espíritos malignos, dizendo: “Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega” (At 19:13). Como resultado, eles foram confrontados por um espírito maligno que disse: “Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” (At 19:15). Aquele evento foi notório a todos os que habitavam em Éfeso, tanto judeus como gregos! E caiu sobre eles muito temor, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido. Como resultado, o arrependimento veio sobre grande parte daquela cidade, e muitos dos que tinham crido confessavam os seus pecados; e os que eram envolvidos com mágicas e encantamentos queimavam os seus livros na presença de todos (At19:16-19).

II – O CONFLITO RELIGIOSO E ECONÔMICO

O número de cristãos aumentou na cidade, ou seja, muitos abandonaram os rituais idólatras. E isso provocou controvérsia em meio aos produtores de objetos do templo da “deusa” Diana. Na cidade de Éfeso havia um grande templo dedicado à “deusa” Diana (ou Artemis). A movimentação religiosa neste templo atraia milhares de pessoas todos anos para a cidade e garantia uma grande arrecadação financeira.

A conversão de muitas pessoas à fé em Cristo trouxe um penoso prejuízo para o mercado dos ídolos. E, assim, instalou-se uma revolta contra Paulo e seus companheiros, liderada por Demétrio e os outros artesãos (At 19.24-28). A multidão ficou revoltada e descontrolada. Eles arrastaram Gaio e Aristarco para o teatro (At 19.29-31).

O nível do conflito aumentou e os cidadãos e os cristãos poderiam ser acusados de cometer crime contra a ordem no Império (At 19.32,40). Assim, o secretário da prefeitura instruiu o povo e os acusadores a se acalmarem e tratarem do assunto no tribunal ou nas reuniões formais da cidade (At 19.35-39). E, assim, a multidão foi dispersada (At 19.41).

Observe! Parte da economia da cidade de Éfeso estava relacionada ao turismo e comércio voltado para o templo de Diana. Muitos moradores da cidade tiveram encontro com Jesus, por isso, não mais praticavam os rituais pecaminosos e não mais compravam os objetos idólatras. Alguns cristãos até foram desprezados por seus amigos por abandonarem a tradição da cidade. O compromisso de servir a Deus traz mudanças de hábitos e impacta a família e o ciclo social.

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A pregação de Paulo – principalmente pelo tempo que ele passou ali em Éfeso – trouxe temor sobre os cidadãos de Éfeso, e muitos se converteram. Como resultado da conversão, eles abandonaram as suas práticas antigas. Aquela região era extremamente idólatra, e muitos eram os rituais no templo da deusa Artemis (para os gregos) e Diana (para os romanos). Ora, naquela cidade tinha um grande teatro (as ruinas ainda são existentes) e muitos eram os espetáculos; o que movimentava a economia. Porém, o enfraquecimento da religião local (pela conversão ao evangelho) fez com que os artífices se revoltassem, visto que já não estavam vendendo as suas imagens de escultura.

Demétrio tomou a palavra e fermentou os demais artífices dizendo que Paulo convencia e afastava uma grande multidão; e que pregava dizendo que não eram deuses os que se faziam com as mãos. Ele argumentou que a profissão deles caia em descrédito, e que o próprio templo da “grande deusa Diana” corria perigo de ser estimado em nada. Então, todos se encheram de ira e um grande alvoroço se levantou na cidade. Precisou o escrivão da cidade intervir para apaziguar a multidão e despedir o ajuntamento.

Esse é um grande retrato sobre a inimizade que há entre Deus e o mundo! São esferas de interesse totalmente opostos. Nesse sentido, o apóstolo João nos deu o seguinte conselho: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. […] Porque tudo o que há no mundo […] não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa […], mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 Jo 2:15-17).

III – A PARADA FINAL EM JERUSALÉM

Após tudo ser resolvido, Paulo seguiu viagem para seu destino final.

A chegada de Paulo e seus companheiros foi festejada pela igreja em Jerusalém (At 21.17). O Apóstolo entregou a oferta das igrejas da Macedônia e Acaia (Rm 15.22-28) e compartilhou com eles como as Boas-Novas de Jesus estavam sendo pregadas entre os não judeus (At 21.19). Os irmãos explicaram que alguns judeus estavam falando mal de Paulo pela cidade, espalhando que ele ensinava o abandono da Lei de Moisés (At 21.20,21). O Apóstolo, então, aceitou participar de um ritual de purificação para demonstrar que essa ideia era um boato (At 21.22-24).

Passados os dias da purificação, Paulo estava no templo e foi visto por alguns daqueles judeus que o perseguiam por onde ele passava na Ásia Menor. Eles o acusaram falsamente de ensinar contra o povo de Israel, a Lei de Moisés e o templo e de profanar o lugar sagrado por ter levado gentios ali (At 21.27, 28). Foi um alvoroço! O povo arrastou Paulo para fora do templo para matá-lo. Foi quando chegou o comandante romano com suas tropas. Somente neste momento os agitadores pararam de bater em Paulo. A confusão cessou e o apóstolo foi levado preso (At 21.30-33).

Antes de chegar em Jerusalém, Paulo saiu de Éfeso (Ásia) e foi para a Macedônia. Depois passou três meses na Grécia e retornou para Ásia, seguindo para Trôade. Foi em Trôade que Paulo pregou até à meia-noite, e o jovem Êutico caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo. Após ser levantado como um morto, desceu Paulo até lá e o abraçou. Depois disso, levaram vivo o jovem e ficaram não pouco consolados.

Depois disso navegou Paulo a Mitilene, Quios, Samos, Trogílio e Mileto. De Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja e os anunciou que iria para Jerusalém (finalmente), mas que não sabia o que lá haveria de acontecer com ele. Naquele momento ele deu instruções preciosas àqueles servos de Deus, acerca do cuidado com a sã doutrina e da conduta dos irmãos. E acompanharam-no até ao navio que partiria para Jerusalém.

Chegando Paulo em Jerusalém, os irmãos o receberam de boa vontade, e todos glorificaram a Deus com as obras que Paulo lhes relatou acerca da viagem missionária; “e contou-lhes minuciosamente o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios” (At 21:19). Após esse momento de euforia, os irmãos de Jerusalém relataram a Paulo que a sua “fama” era grande também em Jerusalém, porém julgavam mal dele dizendo que por onde ia ensinava os judeus a se apartarem da lei de Moises, e que não deveriam circuncidar os filhos (fizeram uma generalização negativa acerca de Paulo).

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Passados os dias, quando os Judeus da Ásia (onde Paulo tinha ido fazer missão) avistaram a Paulo, se alvoroçaram e clamaram: “Varões israelitas, acudi! Este é o homem que por todas as partes ensina a todos, contra o povo, e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos e profanou este santo lugar” (At 21:28). Então, uma grande confusão se formou em Jerusalém, pois procuravam matá-lo! Para conter o alvoroço, chegou ali o tribuno, com os soldados, os centuriões. Então Paulo foi conduzido para a fortaleza; e diferente tratamento recebeu quando anunciou ao tribuno que era romano.

O restante da história veremos nas próximas lições; sobre o que aconteceu após a prisão de Paulo; as cartas que ele escreveu; e a forma como passou os seus últimos dias.

 

CONCLUSÃO

O ministério do Apóstolo Paulo foi conduzido por Deus. Mesmo quando a situação parecia complicada, havia um propósito maior: a pregação do Evangelho do Senhor Jesus e a salvação de almas.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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