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EBD – Os Inimigos do Cristão – Lição 5 / 2 trimestre 2024

EBD - Os Inimigos do Cristão - Lição 5 2 trimestre 2024

EBD – Os Inimigos do Cristão – Lição 5 / 2 trimestre 2024

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes | 5 de Maio de 2024

EBD – Os Inimigos do Cristão – Lição 5 / 2 trimestre 2024

TEXTO ÁUREO

“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. O Espirito Santo e a fonte de nossa nova vida, portanto, submetamo-nos a sua liderança. Não deixe que nada ou ninguém determine os valores e padrões de qualquer área de sua vida. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, orgulhosos irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.”  (Gl 5.25,26).

VERDADE PRÁTICA

Na jornada da fé há inimigos que tentam nos atrapalhar: o Diabo, a Carne e o Mundo; mas em Cristo somos mais que vencedores. O diabo a carne e o mundo são inimigos que o cristão vence a partir do conhecimento das Escrituras Sagradas e da submissão a seus ensinamentos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Mt 13.39; Lc 11.18

A realidade bíblica do Inimigo de nossas almas. 39 O inimigo que o semeou é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.  18 E, se também Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Pois dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu.

Terça – Mt 4.1-12

Como tentador, o Diabo atua para desestabilizar o crente 1 Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mc 1:12; Lc 4:1;
2 e, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
4 Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Dt 8:3;
5 Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6 e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Sl 91:11-12;
7 Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Dt 6:16;
8 Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.
9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás. Dt 6:13; Dt 10:20;

Quarta – Gl 5.19; 6.8

A realidade bíblica da Carne como inimiga da jornada 19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, 8 Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.

Quinta – 1 Jo 2.16

Concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.

Sexta – Jo 12.31; 15.18

O mundo como sistema que procurar oprimir o crente 31 Agora, é o juízo deste mundo; agora, será expulso o príncipe deste mundo.  18. Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim

Sábado – Tg 4.7

É preciso sujeitar-se a Deus e resistir o Diabo 7 Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 6.11-14; 1 João 2.15-17

Romanos 6

11 – Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.

12 – Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;

13 – nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.

14 – Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.

 

1 João 2

15 – Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.

16 – Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.

17 – E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

HINOS SUGERIDOS:  4, 33, 581 da Harpa Cristã

ASSITA A VÍDEO AULA DA LIÇÃO. CLIQUE AQUI

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PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO

A Palavra de Deus identifica três grandes inimigos que se colocam diante de nós ao longo de nossa carreira cristã: o Diabo, a Carne e o Mundo. Por isso, nesta lição, estudaremos cada um desses inimigos, o conceito bíblico de cada um deles, e como, do ponto de vista doutrinário, a Bíblia nos orienta a lidar com esses inimigos. Diante de nossa jornada para o Céu, nos deparamos com esses três inimigos. Dessa forma, devemos estar biblicamente instruídos e, espiritualmente preparados, para enfrentá-los ao longo da caminhada com Cristo.

  1. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
  2. A) Objetivos da Lição:
  3. I) Identificar o primeiro inimigo do Cristão: o Diabo;
  4. II) Explicar o conceito bíblico da palavra “carne”;
  5. III) Apresentar o termo “mundo”, enfatizando os três níveis de vícios infames de acordo com a lição.

 

  1. B) Motivação: Temos inimigos que nos atacam de maneira externa: O Diabo e o Mundo; e um inimigo que nos afronta do ponto de vista interno: a Carne. Ambos os inimigos constituem uma oposição que nos enfrenta tanto do ponto de vista externo quanto do interno. Quantas ciladas o Inimigo já armou para nós? Quantas armadilhas o sistema do mundo planeja para nos afrontar? Quantas tentações por meio de pensamentos, sentimentos e vontade estão a todo tempo nos confrontando?
  2. C) Sugestão de Método: Após fazer uma pequena revisão da aula anterior, inicie a aula de hoje perguntando se o crente tem inimigo. Dê oportunidade para cada aluno(a) falar livremente a respeito da pergunta colocada para ele(a). Controle bem o tempo para que a aula não seja prejudicada. Cinco minutos são suficientes para essa atividade. Em seguida, introduza o assunto lição, dizendo que a Palavra de Deus nos mostra que o crente não tem as pessoas como inimigas, mas sim os principados, potestades, príncipes das trevas e hostes espirituais da maldade que procuram induzir pessoas ao pecado e a rebelar-se contra Deus.
  3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

  4. A) Aplicação: Nossos alunos precisam sair desta aula com plena consciência de que temos inimigos perigosos que têm como propósito de nos remover do caminho para o Céu. Uma vez fortalecidos pelo Espírito Santo, tenhamos perseverança para superá-los ao longo da nossa carreira.
  5. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

  6. A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
  7. B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Demônios”, localizado depois do primeiro tópico, destaca identidade dos demônios para aprofundar o tópico; 2) O texto “Os Atos da Natureza Pecaminosa e o Fruto do Espírito”, ao final do segundo tópico, expande a reflexão a respeito da “carne” como o segundo inimigo do cristão.

INTRODUÇÃO

Na jornada da vida cristã nos deparamos com perigos que ameaçam a trajetória do nosso caminho para o céu. São inúmeros os perigos e as ameaças Nela, encontraremos três inimigos que buscam nos atrapalhar: o Diabo, a carne e o mundo. Esses três são os mais perigosos. O Diabo e mundo estão do lado externo de nossa trajetória; a carne, porém, está do lado de dentro: é a nossa natureza pecaminosa. Com a vigilância, com o conhecimento e a prática da palavra e com a oração, esses três podem ser vencidos. Por isso, nesta lição, estudaremos esses três inimigos da Jornada da Vida Cristã.

PALAVRA-CHAVE: INIMIGOS

I – O PRIMEIRO INIMIGO DO CRISTÃO: O DIABO

1. O Diabo é real. Apesar de encontrarmos diversos pensamentos que negam a existência do Diabo, como cristãos, nossa convicção se baseia na Palavra de Deus.

A existência do Diabo como pessoa é descrita desde o primeiro livro da Bíblia. No Antigo Testamento, as ações de Satanás são descritas em Gênesis, 1 Crônicas, Jó, Salmos, Isaías, Ezequiel e Zacarias. O Novo Testamento mostra a atuação do Diabo por cerca de 25 vezes das 29 passagens dos Evangelhos em que Jesus o menciona. O Diabo, por exemplo, pode ser observado na tentação de Jesus no deserto. Satanás tentou Jesus em várias áreas, mostrando sua natureza enganadora e maliciosa. No entanto, Jesus resistiu firmemente às tentações, demonstrando a maneira pela qual os cristãos podem enfrentar e vencer os ataques do Diabo por meio da Palavra de Deus (Mateus 4:1-11). Em seu ministério, nosso Senhor atesta a realidade de Satanás (Mt 13.39); 39 O inimigo que o semeou é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. Lc 11.18). 18 E, se também Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Pois dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu.
  1. A descrição de Satanás. Satanás é descrito como uma figura real, não apenas como um símbolo ou conceito abstrato.
As Escrituras Sagradas descrevem Satanás como um ser espiritual que pertencia a uma ordem angelical dos querubins, sendo o mais exaltado deles (Ez 28.12,14). Em Judas 9, por ele pertencer a uma ordem elevada, está registrado que o Arcanjo Miguel contendeu com Satanás a respeito do corpo de Moisés, mas não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele. De fato, Satanás é o chefe dos anjos caídos. Ele possui poder, porém, suas ações estão limitadas, mas é visto como o deus deste século, o príncipe da potestade do ar (2 Co 4.4; Ef 2.2). Como cristãos, não devemos descuidar do poder de Satanás, mas também não devemos temê-lo excessivamente. Em vez disso, devemos confiar no poder de Deus para nos proteger e nos fortalecer contra as astutas ciladas do inimigo (Efésios 6:10-18). Ao nos revestirmos da armadura espiritual fornecida por Deus, podemos resistir firmemente às investidas de Satanás e permanecer firmes na fé. Também podemos afirmar que Satanás é um ser que possui personalidade, ou seja, ele tem inteligência (2 Co 11.3), 3 Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Raiva (Ap 12.17), desejos (Lc 22.31) e vontade própria (Is 14.13,14; 2 Tm 2.26). Nosso Senhor considerava Satanás como uma pessoa e, por isso, usou pronomes pessoais para se referir a ele (Mt 4.1-12; com satanás cf. Jó 1.6-12; 2.1-4).
  1. A identidade do Inimigo.
Podemos conhecer o Inimigo por meio dos nomes que a Bíblia usa para descrevê-lo: Serpente, refere-se a sua sagacidade e astúcia (Gn 3.1; Ap 12.9); este nome destaca a malícia e astúcia de Satanás, nos lembrando à história da tentação no Jardim do Éden. Satanás, mencionado 52 vezes, adversário ou opositor (Zc 3.1; Mt 4.10; Ap 20.2); A palavra significa adversário ou opositor, enfatizando o papel de Satanás como inimigo declarado de Deus e de Seu povo. Diabo, aparece 35 vezes, acusador (Mt 4.1; Ef 4.27); Este nome, que significa acusador, destaca a natureza de Satanás como aquele que busca acusar e condenar os crentes diante de Deus. Maligno, revela o seu caráter (1 Jo 5.18,19); reflete o jeito perverso e maligno de Satanás, que busca causar o mal e a destruição. Dragão Vermelho, revela sua ferocidade (Ap 12.3,7,9,10); Este título revela a ferocidade e poder destrutivo. Tentador, ação tentadora no campo da mentira e da imoralidade (At 5.3; 1 Co 7.5); destaca a ação tentadora de Satanás, que busca desviar os crentes do caminho da verdade e da retidão, muitas vezes utilizando mentiras e imoralidades (Atos 5:3; 1 Coríntios 7:5). Enganador (Ap 12.9; 20.2,3); Reflete a habilidade de Satanás em enganar e iludir as pessoas, levando-as ao erro e afastando-as de Deus. Belzebu, chefe dos demônios (Lc 11.15); significa chefe dos demônios, indicando a liderança de Satanás sobre as hostes malignas. Belial, pessoa má, sem valor (Jz 19.22; 1 Sm 30.22; 2 Co 6.15). Este nome é associado à pessoa má e sem valor, indicando a natureza depravada e destrutiva de Satanás. Esses nomes revelam uma natureza cruel, perversa e destruidora do nosso Inimigo. Ao compreendermos esses aspectos da identidade de Satanás, estamos mais preparados para reconhecer suas artimanhas e ciladas. Conhecendo suas táticas, podemos resistir com firmeza às suas investidas, mantendo-nos firmes na fé.

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SINÓPSE I

O primeiro inimigo do cristão, o Diabo, é descrito na Bíblia como um ser real.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“DEMÔNIOS. […] Os demônios são seres que têm personalidade e inteligência. Como membros do reino de Satanás (veja Mt 12.26), eles fazem parte de um império maligno altamente organizado, que tem autoridade sobre ‘as potestades do ar’ (Ef 2.2). Como agentes da promulgação dos propósitos de Satanás, os demônios são inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12.43-45).

Os espíritos demoníacos são completamente malignos, mal-intencionados, e estão sob a autoridade de Satanás (veja Mt 4.10,). A fim de vencer os esquemas e as tentações de Satanás e suas forças demoníacas, os cristãos devem travar uma contínua guerra espiritual contra eles (Ef 6.12).

[…] Os demônios podem causar enfermidades e doenças físicas ao corpo humano (Mt 9.32-33; 12.22; 17.14-18; Mc 9.20-22; Lc 13.11,16), embora não possa ser afirmado, de maneira nenhuma, que toda doença e enfermidade sejam resultado de espíritos malignos (Mt 4.24; Lc 5.12-13” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1707).

II – O SEGUNDO INIMIGO DO CRISTÃO: A CARNE.  Na caminhada cristã, enfrentamos não apenas inimigos externos, mas também lutas internas contra forças que nos afastam da vontade de Deus.

  1. Conceito bíblico de carne.

quatro definições para a palavra “carne” na Bíblia:
1) o tecido muscular do corpo humano e dos animais (Gn 2.21); 21 Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
 2) o corpo humano inteiro (Êx 4.7); 7 E disse: Torna a meter a mão no peito. E tornou a meter a mão no peito; depois, tirou-a do peito, e eis que se tornara como a sua outra carne.
 3) o ser humano segundo a sua fragilidade e mortalidade (Sl 78.39); 39 porque se lembrou de que eram carne, simples mortais, um vento que passa e não volta.
 4) a natureza humana pecaminosa (Gl 5.19; 19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,  6.8). 8 Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.
 A carne representa nossa fragilidade, nossa mortalidade e, principalmente, nossa natureza pecaminosa. O apóstolo Paulo nos alerta sobre as obras da carne em Gálatas 5:19, enfatizando que a carne nos conduz a práticas contrárias à vontade de Deus. Dentre muitas perspectivas da palavra carne na Bíblia, a expressão “concupiscência da carne” tem grande relevância (1 Jo 2.16).
É a busca desenfreada por prazeres mundanos, sem considerar princípios éticos ou morais. Davi e Bate-Seba (2 Samuel 11).
Quando o apóstolo João usa esse termo, ele se refere à satisfação carnal em todas as suas dimensões: glutonarias, sensualidade, bebedeira, relações sexuais ilícitas. A expressão revela que não há critério ou norma moral num contexto em que a busca pelo prazer individual dita a tendência. É o egoísmo em grau elevado. Devemos resistir às tentações da carne e buscar uma vida de santidade e retidão, vivendo de acordo com os princípios e valores do Reino de Deus.
  1. A Carne no Novo Testamento.
Na perspectiva do Novo Testamento, o termo grego sárx, isto é, “carne”, é uma referência direta à totalidade da natureza humana pecaminosa, à parte de Deus, degradada, sem a presença do Espírito Santo. Em suas cartas, o apóstolo Paulo evidencia o que uma natureza dominada pela carne pode produzir (Gl 5.19-21; Cl 3.5,9). Como disse Paulo, a carne representa uma tendência humana para buscar satisfação pessoal, agindo de forma independente de Deus e seguindo nossos próprios desejos e impulsos. A carne opõe-se a Deus e aos seus propósitos, pois ela tenciona caminhar de modo independente do Altíssimo; seu desejo e vontade estão fora dos planos divinos, ela faz com que o ser humano aja como se fosse o próprio Deus. Ao entendermos pela palavra a influência da carne em nossas vidas, somos capacitados a resistir às tentações e aos impulsos egoístas que nos afastam de Deus.
  1. A perspectiva doutrinária da palavra carne.
Do ponto de vista doutrinário, o termo “carne” na Bíblia não se refere apenas ao aspecto físico do corpo humano, mas também à natureza moral e espiritual corrompida pelo pecado.
Doutrinariamente, a “carne” é a natureza humana depois da queda de Adão. Quando falamos sobre “carne” como a natureza pecaminosa, estamos nos referindo aos impulsos e inclinações que nos levam a agir de maneira contrária aos princípios divinos. Essa natureza caída nos inclina ao egoísmo, à rebelião contra Deus e à busca desenfreada pelo prazer pessoal, independentemente das consequências ou dos valores morais estabelecidos por Deus. Como vimos, a expressão “carne” pode ser usada para se referir ao corpo humano (1 Co 15.39), 39 Nem toda carne é uma mesma carne; mas uma é a carne dos homens, e outra, a carne dos animais, e outra, a dos peixes, e outra, a das aves. Mas também à natureza pecaminosa (Rm 8.6). 6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Nesse sentido, embora uma mesma palavra possa trazer sentidos diferentes, não há razão de confundir-se entre “carne” como corpo e “carne” como natureza pecaminosa, pois o que é produzido pela natureza pecaminosa, logo, é reconhecido; como por exemplo: a idolatria é uma obra da carne, ou seja, da natureza humana pecaminosa (Gl 5.20). Essas manifestações da natureza pecaminosa revelam nossa condição decaída e a necessidade de redenção e transformação que só podem ser encontradas em Cristo.

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SINÓPSE II

O segundo inimigo do cristão, a Carne, pode se referir ao corpo, mas também a natureza humana caída.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“Como é que Deus, como o Senhor soberano, permitiria a existência de tamanha oposição? […] Na estratégia da redenção, a tolerância divina quanto à oposição satânica é só provisória; não faz parte do processo da redenção da humanidade. Pelo contrário: a vontade de Deus é que todos triunfemos sobre a oposição satânica. Deus não está secretamente por trás das obras de Satanás, embora possa obrigar tais obras a concorrerem para a redenção do homem. Mas não há nada em comum entre Satanás e Deus.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, editado pela CPAD, pp.208-10.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Os Atos da Natureza Pecaminosa e o Fruto do Espírito

Não há passagem na Bíblia que mostre um contraste mais claro entre o modo de vida dos crentes cheios do Espírito Santo (isto é, aqueles que têm o Espírito de Deus vivendo neles, Jo 3.5; Rm 8.9; 1 Co 6.19; 2 Co 1.22; 1 Jo 4.13) e o das pessoas ainda controladas pela sua natureza, que Gl 5.16-26. Paulo comenta as diferenças gerais dos modos de vida, enfatizando que o Espírito de Deus está em guerra contra a natureza humana pecadora. Paulo também incluía uma lista específica tanto dos atos da natureza pecaminosa (isto é, rebelde e desafiadora a Deus), como os frutos (isto é, os traços de caráter, os efeitos) do Espírito.

A ‘natureza pecaminosa’, ou a ‘carne’ (gr. sarx), indica a natureza humana com os seus desejos corruptos e a sua tendência de desafiar a Deus e seguir o seu próprio caminho. […] Os que seguem as tendências e os comportamentos da natureza pecaminosa não podem fazer parte do reino de Deus (Gl 5.21). Por esse motivo, é preciso resistir a esta natureza pecaminosa e matá-la, espiritualmente, por meio de uma contínua batalha espiritual que os cristãos devem travar e vencer pelo poder do Espírito Santo […]” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.2166).

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III – O TERCEIRO INIMIGO DO CRISTÃO: O MUNDO

  1. Perspectivas bíblicas da palavra “mundo”.

Há cinco conotações bíblicas para a palavra mundo: 1) a terra (Sl 24.1); 2) o conjunto das nações conhecidas (1 Rs 10.23); 3) a raça humana (Sl 9.8; Jo 3.16); 4) o universo (Rm 1.20); 5) os que se opõem a Deus.
Esses têm o Diabo como chefe e vivem na impiedade (Jo 12.31; 15.18). De modo geral, a Bíblia usa a palavra “mundo” para descrever duas grandes realidades:
  1. a) o planeta Terra em que habitamos (Sl 19.4);
  2. b) as pessoas que vivem de maneira independentes de Deus. A passagem de 1 João 2.15, quando diz para “não amarmos o mundo”, a ideia é a de uma sociedade separada de Cristo e que se manifesta contrariamente a Deus, pois está dominada pelos vícios mais infames, e cujas ações não condizem com a vontade de Deus. Essas pessoas são influenciadas pelo Diabo, que é o líder daqueles que estão imersos na impiedade e na desobediência a Deus (João 12:31 e 15:18). Na epístola, esses vícios são classificados em três níveis: concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Quando a Bíblia nos aconselha para não amar o mundo, ela está se referindo a essa sociedade separada de Cristo. Os valores e práticas contrários aos princípios divinos caracterizam essa sociedade. Isso inclui a busca desenfreada por prazeres carnais, a cobiça por bens materiais e a arrogância da vida baseada em si mesmo, conhecida como a soberba da vida.
  1. Três níveis de vícios infames.

As concupiscências da carne, dos olhos e a soberba da vida são níveis de vícios infames que todo cristão encontrará diante de sua jornada:

  1. a) A concupiscência da carne.

    A concupiscência da carne tem a ver com a natureza humana completamente dominada pelo pecado, corrompida, decaída, todo ato do corpo para fins maléficos e imorais. Por exemplo a prática da fornicação, adultério, glutonaria e sensualidade, onde colocar o prazer sexual acima dos princípios e valores divinos é comum. (1 Coríntios 6:18).
  2. b) A concupiscência dos olhos.

    A concupiscência dos olhos tem a ver com tudo o que envolve a mente e a imaginação. Ela cria o desejo pelas coisas pecaminosas oferecidas pela mídia, música, filmes, literatura, a arte para ceder aos desejos carnais. Isso pode incluir o desejo por riquezas materiais, como a cobiça por bens alheios, a inveja das conquistas dos outros e o consumo excessivo de entretenimento que promove valores contrários aos princípios cristãos. A pornografia é um exemplo claro desse tipo de vício, onde a busca por satisfação visual leva a um consentimento em conteúdos obscenos e imorais que corrompem a mente e o coração.
  3. c) A soberba da vida.

    Esse nível de vício expressa a autoglorificação do homem no pecado, denotando mostrando seu egoísmo, vanglória e ateísmo. É o homem da atualidade desprezando o Criador em oposição deliberada decidida.
        Modelo práticos desse vício incluem a arrogância, a busca por status e poder, a vaidade e a idolatria do eu, que colocam o homem em oposição contradição à vontade de Deus e à humildade cristã.
  1. Vencendo o mundo.

Vencer o mundo não significa necessariamente isolar-se dele, mas sim viver de forma diferente, influenciando-o positivamente com nossas ações e testemunho. Devemos ser luz e sal neste mundo, refletindo o caráter de Cristo em tudo o que fazemos (Mateus 5:13-16).
Há um sistema carnal que age sob o controle do Maligno, que busca nos remover do caminho que leva ao céu por meio de ideologias anticristãs, estilos de vidas que não glorificam a Deus e formas contrárias aos valores do Evangelho. Para vencer essas investidas é preciso ter uma vida cheia do Espírito (Ef 5.18). O Espirito Santo nos capacita a discernir entre o que é de Deus e o que é do mundo, e nos fortalece para resistir às tentações e armadilhas que encontramos em nosso caminho. É preciso também viver plenamente em Cristo Jesus, fazendo a vontade de Deus (Mt 7.21). é importante buscar viver em conformidade com os mandamentos e princípios divinos, como,? alinhando nossas atitudes e escolhas com a vontade de Deus. Mt 7.21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Sendo assim, precisamos nos sujeitar a Ele, resistir ao Diabo, pois temos a sublime promessa: “ele fugirá de vós” (Tg 5.7). Tiago nos lembra que, ao resistirmos ao maligno, ele fugirá de nós (Tiago 4:7). Essa é uma promessa poderosa que nos dá confiança para enfrentar as investidas do inimigo.

SINÓPSE III

O terceiro inimigo do cristão, o Mundo, apresenta três níveis de vícios infames: a concupiscência da carne, dos olhos e a soberba da vida.

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APLICATIVO - DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA

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CONCLUSÃO

O apóstolo Pedro nos adverte a respeito do plano do Inimigo em nos tragar (1 Pe 5.8) 8 Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; com o objetivo de destruir a obra realizada por Cristo em nossas vidas. Ele quer enfraquecer a nossa caminhada rumo aos céus. A ação diabólica é feita mediante aos ataques do Inimigo. Então, para não ceder aos seus ardis, precisamos viver constantemente sob a presença do Espírito Santo, preparados e fortalecidos em Deus (Gl 5.16; 16 Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Ef 6.10). 10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. O que o Senhor Jesus atestou em seu ministério?

Em seu ministério, nosso Senhor atesta a realidade de Satanás (Mt 13.39; Lc 11.18).

  1. Cite ao menos três nomes em que podemos conhecer o Inimigo na Bíblia.

Serpente, adversário e Maligno.

  1. O que a expressão “concupiscência da carne” revela?

A expressão revela que não há critério ou norma moral num contexto em que a busca pelo prazer individual dita a tendência. É o egoísmo em grau elevado.

  1. Qual a perspectiva do Novo Testamento em relação a palavra grega sárx, ou seja, carne?

Na perspectiva do Novo Testamento, o termo grego sárx, isto é, “carne”, é uma referência direta à totalidade da natureza humana pecaminosa, à parte de Deus, degradada, sem a presença do Espírito Santo.

  1. De acordo com a lição, quais são os três níveis de vícios infames?

A concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida.

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