EBD – Os mártires – Lição 5 – Juvenis
CONECTADO COM DEUS
A vida cristã requer de nós radicalidade e compromisso. Servir a Deus significa estar disposto a padecer por Ele, se preciso. Atualmente, ao redor do mundo, ainda existem cristãos fortemente perseguidos por sua fé. Em nosso país, temos a liberdade de servir a Cristo publicamente. Então, aproveite e seja fiel a Jesus custe o que custar. Porque se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor (Cf. Rm 14.7,8).
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Quem são os mártires?
A palavra “mártir” significa “testemunha”. No contexto cristão, são pessoas que sofrem perseguições e até mesmo a morte por testemunharem a respeito de Cristo. Os mártires preferem sacrificar suas vidas, do que negarem ao Senhor (At 7.59,60).
1.1. O martírio de Israel e da Igreja
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos revelam histórias de martírios e tentativas de extermínio do povo de Deus. Inclusive, ao longo da história da Igreja, há registros escritos por meio do sangue dos mártires, que deram suas vidas peta causa do Evangelho.
Nas Escrituras Sagradas podemos encontrar uma lista de sofrimentos que eles passaram por causa da fé: foram apedrejados, cortados ao meio, mortos à espada, injuriados, abandonados, tiveram fome, passaram frio, sofreram escárnios, cadeias, açoites e prisões (Hb 11.36,37). Contudo, foram aprovados pelo próprio Deus, legitimados por Ele como heróis da fé: “homens dos quais o mundo não era digno” (v.38).
Um ponto interessante a se pensar é o fato de que poucas pessoas (ou praticamente nenhuma) se submeteriam a dor, sofrimento, tortura e até a morte, se não fosse por uma profunda convicção. Os apóstolos sabiam exatamente com quem tinham caminhado; tinham certeza de quem serviam; tinham convicção do seu chamado. Eles permaneceram fiéis até o fim e suportaram todas as perseguições por amor ao senhor Jesus e à igreja.
1.2. O martírio do povo de Deus
- No Egito: A tentativa de faraó de exaurir os hebreus e de matar os seus filhos, ainda em fase de amamentação (Êx 1.8-22; 5.6-8).
- No Império Persa: A ousadia maligna de Hamã ao tentar, por meio de decreto real, exterminar todos os judeus, mas Deus deu o livramento, através da rainha Ester (Et 3.7-11; 7.1-6).
- Guerras contra Israel: O povo escolhido enfrentou inúmeras invasões de nações inimigas, porém, o Senhor os preservou, como tem feito até hoje (Jz 4; 2 Rs 17: 25.21; 2 Cr 36.20; Jr 13.19).
- O infanticídio de Herodes: Inúmeros bebês em Belém foram assassinados, no intuito de matar Jesus (Mt 2.16-18),
- Tramas contra o Messias: Dentre os próprios judeus, sempre houve um grupo que arquitetava a morte prematura de Jesus (Mt 12.14; 26.1-5; Mc 14.1).
- Ameaças contra a Igreja de Cristo: Jesus predisse que, tal como o perseguiram, também prosseguiriam aos seus discípulos (Jo 15.20) e assim ocorre até hoje. Os cristãos da Igreja Primitiva oravam, apresentando ao Senhor as ameaças que sofriam (At 4.29; 12.1-11),
- As mortes de Estevão e Tiago: Com o crescimento da Igreja e a expansão do Evangelho, os primeiros cristãos entraram para a lista dos mártires (At 754-60; 12.1,2).
- Cristãos mortos em arenas de Roma: Os romanos foram inimigos implacáveis dos cristãos; divertiam-se ao vê-los devorados por leões em suas arenas.
- O Holocausto: Perseguição aos judeus, conhecida como o maior genocídio do século, no qual morreram cerca de 6 milhões de judeus pelo regime nazista alemão, entre os anos de 1933 e 1945.
- A Igreja perseguida na atualidade: Em vários países do mundo, hoje, irmãos são proibidos de professarem a fé em Cristo, sofrendo injustiças, maus tratos, prisões, perda de suas posses, ameaças aos seus entes queridos e até a morte – muitas vezes autorizada pela Lei de sua nação. Procure se informar e orar pela Igreja perseguida!
A excelente apresentação que a lição nos trouxe revela que desde os tempos antigos o povo santo é perseguido; talvez até (de maneira análoga) desde o episódio no Eden entre Cain e Abel (Gn 4:8-16). Tudo isso nos leva a crer que a luta de fato não é contra carne nem contra o sangue (Ef 6:12) porque, embora literal, a perseguição não se dá apenas ao povo de Deus, mas ao plano do Senhor e toda a sua obra. O desejo do adversário é de atrapalhar o desenvolvimento da igreja, mas as suas investidas têm o objetivo de afrontar ao dono da obra (ou seja, a perseguição não é um fim em si). Rendemos graças a Deus pelo seu infinito poder e pela grandiosa obra realizada através do Senhor Jesus, que comprou a culpa da humanidade e aniquilou o poder da morte sobre o homem, para todos aqueles que Nele estão abrigados. Contra esta verdade não há condenação e nem perseguição (Rm 8:1-8). Felizes são aqueles que são conhecidos como “o povo de Deus” (literalmente propriedade exclusiva do Senhor).
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1.3. Os mártires do Apocalipse
Os mártires do Apocalipse são aqueles que se converterão a Cristo durante o período da Grande Tribulação e morrerão por causa da sua fé (Ap 6.9).
Após o Arrebatamento da Igreja, judeus e não-judeus vão aceitar a Cristo como Senhor e Salvador (79). Eles rejeitarão a marca da besta, ao Anticristo e não se prostrarão em adoração a ele (Mt 24.23-25; 2 Ts 2.1-12).
Vamos entender isso melhor? Após a era da Igreja na terra, o Senhor voltará a sua atenção e cuidado para Israel (Rm 11.25-32). Na Grande Tribulação, Israel será perseguido e muitos judeus renovarão a sua Aliança com o Senhor, reconhecendo Jesus Cristo como o Messias (Zc 12.10). Isto será consequência de um grande movimento evangelístico que acontecerá nessa época e multidões se converterão a Cristo.
O Anticristo não aceitará adoração a outro deus que não seja ele e matará inúmeros cristãos (Ap 13.4-8). Haverá um derramamento de sangue como nunca visto antes, os cristãos serão degolados e isso será algo normal (Ap 12.11; 17.6; 20.4), conforme predito por Jesus: “vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome” (Mt 24.9).
Um ponto que causa muita divergência doutrinária é sobre se a igreja passará pela grande tribulação (e pelo martírio). A corrente doutrinária adotada por nós entende que a igreja não passará pela grande tribulação, visto que nesse momento ela estará com o Senhor Jesus (por ocasião do arrebatamento). Tente imaginar, no entanto, que muitos dos que ficaram na terra se arrependeram e temeram pelo Senhor após esse grande evento. Esses sim (que infelizmente não subiram no arrebatamento) é que, por defenderem o nome do Senhor no período do governo do anticristo, sofrerão perseguições, sofrimentos, tormentas e crueldades. Segundo a Bíblia, os principais “afetados” durante a grande tribulação serão os Judeus não convertidos ao evangelho, porquanto não reconheceram o Senhor Jesus como o Messias, o Cristo; Salvador das suas almas. Ademais, outros povos também (além dos Judeus) também se converterão (a custo de um sofrimento inimaginável).
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A causa do martírio
2.1. Amor à palavra de Deus
Durante a Grande Tribulação, as pessoas irão ler a Palavra de Deus. Mesmo após o Arrebatamento da Igreja, a Bíblia Sagrada estará disponível aos que ficaram para trás. Os mártires sacrificarão suas vidas para proclamar a Palavra de Deus (Ap 12.11). Ainda que um verdadeiro cristão esteja em grande aflição, ele jamais deve negar o seu Salvador ou curvar-se diante de outro deus e senhor. O apóstolo João, companheiro de aflição dos primeiros cristãos, disse que ele “estava na ilha de Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo” (Ap 1.9).
Aqueles que não subiram no arrebatamento da igreja e que após esse evento optarem por seguir o caminho da verdade, sofrerão duras e grandes perseguições. Isso porque o anticristo – com o governo mundial e centralizado estabelecido – não aceitará adoração a outro que não ele. A palavra de Deus será de grande valor nessa período, justamente pela proibição e escassez.
2.2. O testemunho de Jesus Cristo
Mesmo durante a Grande Tribulação, multidões se converterão a Cristo e estarão dispostas a dar testemunho sobre Jesus. Entretanto, ao demonstrarem a fé no Senhor, pagarão com a própria vida, pois o mundo rejeitará tudo o que diz respeito a Deus. Por isso, o sangue dos santos será derramado, até que, com sangue, receba do Senhor a sua retribuição (Ap 16.6).
Os mártires anunciarão o juízo de Deus sobre a terra como consequência do pecado e da apostasia. Através deste último grande movimento evangelístico, eles condenarão a impiedade e despertarão a ira de Satanás, do Anticristo e do Falso Profeta.
Após o arrebatamento, para aqueles que caírem em si e reconhecerem que não há salvação fora do Senhor Jesus, cremos que haverá grande certeza e convicção (misturado com arrependimento, quem sabe). Será um tempo em que a misericórdia estará ausente, e por esse motivo haverá muito sofrimento e derramamento de sangue. Aqueles que rejeitarem o anticristo, a besta e o falso profeta, pagarão com preço de sangue. Nesse período, Israel será um grande termômetro para a vinda do Senhor Jesus (a sua segunda vinda, com a igreja); pois quando o aperto e a angústia se multiplicarem, eles não resistirão e clamarão ao Senhor!
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As consequências do martírio
A consequência para os que passarem a servir ao Senhor na Grande Tribulação será a ira brutal do Anticristo, que irá declarar guerra contra eles (Ap 137). Tais irmãos serão humilhados, ridicularizados, torturados e mortos de maneira cruel. Literalmente, perderão a cabeça por amor a Cristo (20.4). Os mártires darão as suas vidas como sacrifício ao Senhor e este ato de renúncia será recebido por Ele (6.9-11).
Se alguém com desconhecimento dissesse que valeria a pena “esperar” por esse momento (e que por enquanto iria “curtir a vida”), certamente estaria muito equivocado. Primeiramente porque o homem precisa estar pronto para a salvação, pois aos que antes mesmo do arrebatamento morrerem, já lhe estará reservado o Juízo (ou seja, quem garante que o indivíduo ficaria “vivo” e teria uma “oportunidade”?). O segundo ponto é que, mesmo aqueles que por ocasião estiverem entre os mártires da grande tribulação, sofrerão tribulações nunca antes vistas na história da humanidade. Portanto, o Senhor nos dá HOJE a oportunidade de passarmos pela porta da salvação e viver plena paz e santo gozo com Ele.
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3.1. O clamor
Clamar é expressar em voz alta, implorar pela ação de Deus em uma determinada situação. Em Apocalipse, o Senhor nos garante que haverá no Céu um clamor: um pedido de vingança que será atendido por Ele (Ap 6.10). Os mártires clamarão pelo juízo divino sobre o sangue derramado e a punição de seus assassinos. Precisamos compreender que o contexto desse pedido se passa na Grande Tribulação, quando o Senhor agirá de acordo com a sua ira e juízo. Portanto, hoje não oramos pedindo vingança, mas sim arrependimento para salvação, pois estamos no tempo da graça. O Senhor não quer que ninguém se perca, mas sim que todos se arrependam (Cf. 2 Pe 3.9b)!
O que se propõe esclarecer é que não é a igreja que estará clamando (a igreja já estará com Cristo). O clamor partirá dos mártires, que estarão em aperto e angústias durante a grande tribulação. Conforme comentamos anteriormente, chegará um momento – durante a grande tribulação – em que o povo de Deus clamará (especialmente Israel), e esse clamor será oportunamente atendido. O Senhor Jesus virá para vingar os seus inimigos, e nessa batalha encerrará os seus inimigos em prisões, até que se passe o período do milênio (esse assunto será visto mais adiante).
3.2. Consolo e descanso para os mártires
Os mártires, contudo, herdarão:
- Refúgio – Estarão debaixo do altar de Deus, protegidos pela obra redentora de Jesus Cristo (Ap 6.9);
- Novas vestes – uma túnica nova como recompensa, pois não terão um corpo glorificado como os salvos mortos antes da Grande Tribulação (Ap 7.9-17);
- Descanso – eles aguardarão, em paz, a vingança que virá do Senhor (Ap 6.11);
- Vingança – Um anjo do Senhor irá vingá-los (Ap 14.14-20);
- Galardão – Eles reinarão com Cristo por mil anos (Ap 20.4).
Sobre aqueles que morrerem durante a grande tribulação têm uma promessa de refúgio (Ap 6:9) e descanso (Ap 6:11) até que o Senhor os vingue de seus inimigos. Após isso, já no período do milênio (que já mencionamos superficialmente), os que receberam as novas vestes (Ap 9-17) também reinarão com Cristo (e a igreja).
Diante do exposto, entendemos que o ponto principal dessa lição é a diferenciação pelo aluno Juvenil entre a Igreja de Cristo (que foi arrebatada e esteve com o Senhor Jesus desde antes da grande tribulação) e os mártires da grande tribulação (aqueles que durante a grande tribulação resistiram ao governo do anticristo; principalmente os Judeus não convertidos ao evangelho do Senhor Jesus na ocasião do arrebatamento).
Além disso fica o alerta para que estejamos “prontos” para o “dia do Senhor” em nossas vidas, pois existe o “juízo individual” por ocasião da morte (entendamos como passagem para a eternidade, antes mesmo do arrebatamento). A palavra de Deus diz que ao homem foi dado o direito de viver apenas uma vez; e que após a morte segue-se o juízo (Hb 9:27). Ou seja, não existe esse argumento de “esperar pela grande tribulação” pois ninguém sabe nem o dia nem a hora em que o Senhor Jesus pode “voltar para nós”. Trata-se de uma mensagem forte, mas verdadeira e necessária. Fizemos questão de trazer essa citação final com muito amor.
PARA CONCLUIR
Mesmo diante da perseguição e até da morte, devemos permanecer fiéis ao nosso Salvador, firmes na Palavra de Deus e no testemunho de Cristo. O exemplo dos mártires mostra que é possível viver sem temer os que matam o corpo e não podem matar a alma, pois eles temiam o Senhor, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma, quanto o corpo (Cf. Mt 10.28).
Lembre-se de que todo cristão que permanecer fiel até o fim, receberá do Senhor uma grande recompensa. Vale a pena servi-lo de todo o coração!