EBD – OS PRIMEIROS PASSOS DE PAULO – LIÇÃO 3 ADOLESCENTES 

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EBD – OS PRIMEIROS PASSOS DE PAULO – LIÇÃO 3 ADOLESCENTES

Prefácio – Introdução

Nesse trimestre estamos estudando os aspectos da igreja primitiva, especialmente sob a ótica do Apóstolo Paulo, que foi preparado e chamado pelo Senhor Jesus para o ministério da pregação do evangelho aos gentios. Pela forma que foi chamado (abrupta e repentinamente), o ministério de Paulo é marcado pela intensidade, pelo amor às almas, e pelo ensino da sã doutrina. As cartas enviadas às igrejas são verdadeiras instruções atemporais, e claramente são aplicáveis à igreja dos dias de hoje (a palavra de Deus não “envelhece”, mas se renova a cada dia).

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Hora de Aprender

Não há muitos detalhes sobre o que Paulo fez depois do seu encontro com Jesus na estrada para Damasco até o dia em que Barnabé o buscou em Tarso. Pelo registro bíblico, sabemos que ele pregou o Evangelho, sofreu ameaças de morte, fugiu de uma cidade para outra, fez novos amigos e aproximou-se mais de Deus.

I – A TRAJETÓRIA INICIAL DE PAULO

Depois do batismo em águas, Paulo permaneceu na cidade por algum tempo e anunciou nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus. Alguns judeus não receberam bem essa mensagem, por isso, planejaram matá-lo (At 9.22-25). Porém, outras pessoas aceitaram a pregação e ajudaram Paulo a escapar dos opositores, dentro de um cesto, por meio de uma abertura da muralha de Damasco (2 Co 11.32, 33).

Combinando as informações do livro de Atos com a Carta aos Gálatas, sabemos que Paulo passou um tempo na Arábia, os chamados “anos ocultos ou silenciosos”, e voltou a Damasco depois, ficando por mais três anos (Gl 1.15-18). O que Paulo fez ali? A Bíblia não dá detalhes. Os especialistas em pesquisa bíblica, no entanto, sugerem que ele pode ter aprendido a profissão de fazer barracas, ter iniciado seu ministério entre os gentios, ou se dedicado ao estudo das Escrituras Sagradas, ou ainda analisado o significado da Lei, a fim de entender o cumprimento das profecias sobre o Messias em Jesus.

Depois dos anos em Damasco, Paulo foi a Jerusalém e teve um contato rápido com os discípulos de Jesus. Ele menciona que falou com Pedro e Tiago (Gl 1.18,19). Em Jerusalém, a igreja conhecia o Saulo perseguidor, então ficaram desconfiados dele. Por isso, Barnabé apresentou aos apóstolos o Paulo transformado por Jesus.

O entusiasmo do Apóstolo era grande, e ele pregava as Boas-Novas por toda a cidade. E, mais uma vez, ele encontrou resistência por aqueles que não aceitavam Jesus como o Messias. Assim, os irmãos, que haviam aprendido a amar Paulo, ajudaram-no escapar para Cesareia (At 9.30).

Algum tempo depois, Barnabé buscou Paulo em Tarso, para juntos trabalharem em Antioquia da Síria (At 11.26). Isso porque a igreja ali cresceu e precisava de liderança. Antioquia da Síria era uma grande e importante cidade romana. Eram muitos os seguidores de Jesus naquele lugar. Lá foi onde “pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos” (At 11.26).

Partindo de onde terminamos na lição passada (o chamado de Saulo enquanto ele viajava para Damasco), chegamos em um ponto interessante; o momento pós-conversão. Quais foram, portanto, os primeiro passos do Apóstolo Paulo? Estima-se que entre 36 e 39 d.C. Paulo esteve na Arábia, e lá se desenvolveu tanto profissionalmente quanto espiritualmente. Fala-se muito em um período a sós com Deus, onde o Senhor lhe revelaria muitos aspectos acerca da palavra, principalmente a fiel interpretação das profecias (e a suas relações com os recentes acontecimentos com o Senhor Jesus).
Um fato interessante é que Paulo não tinha dúvidas da existência (em vida) do Senhor Jesus, pois ele havia sido chamado diretamente por Ele. Consegue imaginar o tamanho dessa visão e desse chamado? Portanto, com mais ousadia ainda Paulo retornaria para pregar o evangelho, pois a sua pregação não seria apenas do que leu ou sobre o que ouvir falar; mas de fato ele teve grandes experiências com o Senhor.

Que tal fazermos uma nova linha do tempo da vida de Paulo até o momento da narrativa presente?

05 d.C. – Nascimento de Paulo

10 d.C. – Mudança para Jerusalém

15-20 d.C. – Período de estudo com o Rabino Gamaliel

33 d.C. – Período da morte, ressurreição e ascensão de Cristo

34 d.C. – Saulo persegue os cristãos

34-36 d.C. – Jesus aparece para Saulo: o chamado

36-39 d.C. – Paulo na Arábia e em Damasco

II – O AMADURECIMENTO ESPIRITUAL DE PAULO

Como explicar os anos de silêncio depois das ameaças e fugas? Por um lado, Paulo experimentou uma tremenda transformação na sua vida ao encontrar Jesus. Ele era uma nova pessoa, porque “quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo” (2 Co 5.17). É possível, então, que ele tenha dedicado um tempo para refazer sua vida, procurar um novo trabalho, cuidar das emoções e moldar sua personalidade conforme os ensinos de Jesus.

Por outro lado, quando Barnabé o chamou para ir à Antioquia, Paulo estava preparado para acompanhá-lo e ser um líder. Isso parece sinalizar que, durante esse tempo, Paulo estava se capacitando para exercer seu chamado de maneira apropriada, estudando as Escrituras, orando e jejuando.

O Espírito Santo estava com ele, guiando sua trajetória. Qualquer que tenha sido a razão pela falta de detalhes, sabemos que esse período era parte dos planos de Deus, pois no tempo certo Paulo estava amadurecido.

A carta enviada aos Gálatas nos revela um período de três em que o Apóstolo Paulo, após a sua conversão, passou na Arábia (v16,17). Porém, a Arábia a que o Apóstolo Paulo se refere não é aquela que nós conhecemos hoje (Arábia Saudita). Aliás, a Arábia descrita é aquela que tinha Petra por capital (por isso Arábia Petréia). Tratava-se de uma faixa de terra que incluía a Península do Sinal e o Reino Nabateu. Posteriormente, no governo de Trajano, essa Província Arábica foi incorporada pelo Império Romano (por volta de 106 d.C.).
Conforme comentamos no tópico 1, Paulo se desenvolveu no conhecimento da palavra, para que com as letras também pudesse pregar e disputar com os judeus acerca do evangelho, e assim, difundisse o que hoje conhecemos por Cristianismo. Lembrem-se que o Judaísmo era a “religião” da época (para os judeus), e por isso, todos os que pregavam o evangelho de Cristo eram tidos como profanadores, pois ofereciam a salvação aos gentios. Ou seja, Paulo teria uma árdua missão pela frente, e por esse motivo ele foi aperfeiçoado pelo Senhor.
Ao retornar para Tarso e se encontrar com Barnabé (por volta de 40 d.C.), Paulo estava revestido do Espírito de Deus e de grande porção de sabedoria. Dias depois ele iniciaria as expedições missionárias por toda região.

III – A MENSAGEM QUE INCOMODA

O entusiasmo e a dedicação que Paulo tinha para rastrear e ameaçar os discípulos foram direcionados para a pregação do Evangelho. Porém, mesmo com sua dedicação, alguns judeus não aceitaram o Evangelho de Jesus. Você já se perguntou por quê?

O povo de Israel aguardava a vinda do Messias, porque os profetas haviam recebido essa mensagem, e as profecias estavam registradas nas Escrituras Sagradas. Durante o tempo que viveu na Terra entre os humanos (Jo 1.14), Jesus declarou que Ele era o cumprimento dessas profecias (Mt 5.17) e mostrou que Ele era o Filho de Deus (Mt 16.16,17). Quando Ele morreu e ressuscitou, não deveriam restar dúvidas de que Jesus falou a verdade.

Mas, você acredita que alguns judeus não aceitaram que Jesus era Deus? E não só rejeitaram Jesus, o Messias, como também negaram a ressurreição? Por isso, acusavam de blasfêmia àquelas pessoas que pregavam essa mensagem. Blasfêmia é palavra ofensiva ou insulto contra alguém. Os perseguidores de Paulo não tinham o coração aberto para que o Espírito Santo mostrasse que Jesus era o Salvador.

Você tem encontrado alguma resistência quando conta as suas experiências com Jesus? Não esqueça que nosso dever é falar de Jesus para as pessoas, mas é o Espírito Santo que as convence do pecado (Jo 16.7,8). Então, não desanime! Continue contando que Deus é bom e misericordioso.

Em um primeiro momento, os Cristãos sofreram resistência daqueles que deveriam ser os seus irmãos: os Judeus (visto que ambos tinham, em regra, o mesmo Deus em comum). Isso porque, os Judeus aguardavam um Cristo que humanamente – e naquele momento – reinasse literalmente sobre Israel, e libertasse a nação do julgo imposto por Roma.
Ocorre que, conforme o plano de salvação, importava que Jesus fosse traído e entregue, para que fosse morto e ressuscitasse; e através da sua ressurreição vencesse a morte. O aspecto espiritual da missão do Senhor Jesus não foi compreendido pelos Judeus, e o fato de Ele ter entregado a si próprio aos romanos foi, para os judeus, motivo de escândalo. Cite-se que os próprios Judeus entregaram Jesus, mas esperavam que Dele pudessem ver um sinal (por exemplo, esperavam que o Senhor, com o seu poder, se livrasse dos Romanos e estabelecesse um reino de fato).
Sabemos que a obra do Senhor Jesus foi muito maior do que essa, pois o inimigo a ser vencido não era meramente um reino material, mas a morte e todo o domínio do reino das trevas, para que agora, como todo o poder e autoridade, pudesse estabelecer o seu Reino e aniquilar os seus inimigos de uma só vez.
Como dissemos, para os Judeus isso era motivo de escândalo, mas para aqueles que conviveram com o Senhor Jesus, o evangelho era a verdade, pois não há outro caminho para a vida! Imagine o ímpeto com que Paulo não iria pregar o evangelho e disputar com todos os Judeus, uma vez que ele mesmo testificava das experiências e do chamado que recebeu diretamente do Senhor Jesus (e mais ainda, Cristo ressurreto).
Esse era o contexto religioso da época, de muita disputa e desavenças. Somente pessoas nutridas de uma grande convicção (e principalmente do Espírito Santo) poderiam suportar tamanhas perseguições, por amor Daquele que os havia chamado. Por esse motivo, Paulo pregava sem temor por onde passava; e nem mesmo a morte temia, pois sabia que a vida estava com Cristo!

CONCLUSÃO

A caminhada com Cristo começa quando reconhecemos que Ele é o Salvador e entregamos nossa vida a Jesus. Com o Apóstolo Paulo não foi diferente. Ele encontrou com o Messias e se sujeitou totalmente a Jesus. Seus primeiros anos como cristão foram marcados por pregações, provações e amadurecimento da fé.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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