EBD – Oseias e Joel – Lição 7 Juvenis – 2° Trimestre 2024
Quem foi os profetas Oséias e Joel? Já leram os livros de Oséias e Joel? Alguém pode citar um versículo bastante conhecido de Joel e de Oséias?
Texto em destaque: “Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará.” (Oseias 6.1)
O profeta Oseias convoca a nação de Israel para retornar ao Senhor, pois é Ele quem nos despedaça e nos cura; Ele nos fere e nos trata das feridas. É importante compreender que o mesmo Deus que nos corrige é o mesmo que nos concede graça e fortaleza. Não há para onde fugir, meus amados, nós precisamos de Deus em nossas vidas. Sei que pode parecer difícil se aproximar dele, mas lembrem-se, Ele está nos apertando não para nos prejudicar, mas para nos abençoar. Portanto, perseveremos em nos achegar a Ele, pois vale a pena todo esforço e sacrifício.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Oseias 6.1-8;
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O JULGAMENTO DIVINO E O AMOR DE DEUS.
1.1. O tema central da profecia de Oseias.
A profecia de Oseias tratava-se de mais uma tentativa do Senhor em chamar a nação de Israel ao arrependimento antes que viesse o seu julgamento. Em bora o Senhor condenasse o pecado da nação, ainda assim a amava e desejava manter o concerto que havia feito com ela, antes que adentrasse à Terra Prometida. A mensagem do profeta Oseias foi transmitida de forma alegórica, isto é, o casamento do profeta com uma mulher vinda de prostituições serviu para ilustrar o tipo de fidelidade que o Reino do Norte tinha com o Senhor (Os í), Era uma nação que havia se desviado da Aliança com o seu Deus para se entregar à idolatria. Nesse sentido, Deus é ilustrado como um marido que havia concedido todas as honras matrimoniais para uma nação que havia se tornado ímpia. Esse exemplo nos mostra que o amor de Deus, apesar de incondicional, não tolera o pecado. Tudo o que desvia a nossa vida da plena comunhão com Deus é considerado, espiritualmente, prostituição. Portanto, Deus abomina a atitude daqueles que vivem impiamente.
A profecia de Oséias é mais uma chamada do Senhor para Israel se arrepender antes de ser julgado. Apesar de condenar o pecado da nação, Deus ainda a ama e deseja manter a aliança que fez com ela antes de entrar na terra prometida.
A mensagem do profeta foi transmitida de forma alegórica, usando seu casamento com uma mulher de prostituição para ilustrar a infidelidade do reino do norte para com Deus, que concedeu todas as honras matrimoniais, mas foi traído pela idolatria.
Isso nos mostra que o amor de Deus, embora incondicional, não tolera o pecado, considerando-o como prostituição espiritual. Portanto, Deus abomina a impiedade. É importante entender que o que nos afasta da comunhão com Deus é considerado prostituição espiritual.
Quanto ao profeta Oséias, profetizou para as 10 tribos do reino do norte aproximadamente 200 anos após a divisão do reino. Seu livro relata sua vida ao longo de cerca de 25 anos, onde seu casamento com Gômer é usado como uma ilustração do amor e do desejo de Deus por Israel, apesar de sua infidelidade.
Assim como Oséias perdoou e buscou sua esposa, Deus quer que Israel se arrependa e volte para Ele. Então, apesar da infidelidade de Israel, Deus continua amando e desejando sua volta para Ele. Quanto à pergunta, ser um profeta como Oséias exigiria uma grande fé e dedicação ao serviço de Deus.
1.2. Exortação ao arrependimento
A profecia de Oseias inicia-se com uma crítica contundente contra a infidelidade da nação em relação a Deus. Por conta de suas práticas pecaminosas, o Senhor entrou em contenda com o seu povo. Oseias foi chamado pelo Senhor para denunciar abertamente os pecados dos judeus. Não havia benignidade, nem conhecimento de Deus na terra. Só prevalecia o perjurar, mentir, matar, furtar, adulterar, além de haver homicídios sobre homicídios por toda parte (Os 4.1,2). Nesse período, Deus usou o profeta para exortar a nação a arrepender-se, começando pela liderança política e espiritual. Após denunciar os pecados do povo e a negligência dos líderes, o que se viu foi o arrependimento superficial. O amor deles pelo Senhor era como o orvalho da manhã, que desaparecia rapidamente com o calor do dia (Os 6.4). Note que o arrependimento que Deus espera de seu povo deve ser sincero, profundo e refletido em ações. Não adianta oferecer sacrifícios, cumprir dogmas externos apenas na tentativa de manter a aparência religiosa, pois como disse o Senhor por meio do profeta Oseias: “misericórdia quero e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Os 6.6).
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Oséias foi usado por Deus para exortar a nação a se arrepender, começando pela liderança política e espiritual. Após denunciar os pecados e a negligência dos líderes, o arrependimento observado foi superficial, como o orvalho da manhã que desaparece rapidamente. Deus espera um arrependimento sincero, profundo e refletido em ações, não apenas em rituais religiosos externos. Como Deus disse por meio de Oséias: “Misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus mais do que holocaustos” (Oséias 6:6).
O povo estava tentando enganar Deus com uma falsa religiosidade, oferecendo sacrifícios e cumprindo dogmas externos, mas mantendo o pecado em seus corações. Não adiantava adorar no templo e depois pecar contra o Senhor. Deus quer uma adoração verdadeira, sem falsidade, comprometida e reverente. Ele deseja uma adoração segundo a Sua vontade, não de forma egoísta ou por obrigação. Portanto, a adoração deve ser feita com amor, compromisso e dedicação, reconhecendo a necessidade de Deus em nossas vidas.
1.3. Promessas de bênçãos abundantes
Deus tinha promessas verdadeiras para o seu povo, Um tempo de paz, bênçãos e prosperidade. O Senhor promete, por seus próprios meios, sarara perversão do seu povo e voluntariamente o amar e apartar a sua ira dele (Os 144). Essa predisposição do próprio Deus em restaurar o seu povo coaduna com o seu ato voluntário de entregar o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16). Tudo o que Deus esperava de seu povo era um arrependimento sincero, A promessa da restauração de Israel serve de exemplo para os dias atuais, pois o Senhor continua a curar, salvar, batizar no Espírito Santo e a levar o homem para o Céu.
A promessa de restauração de Israel serve como exemplo para os dias atuais, pois o Senhor continua a curar, salvar e guiar o homem para o céu através do Espírito Santo. Todos os profetas tinham a missão de pregar a palavra e chamar o povo ao arrependimento. O Profeta Oséias revelou que a intenção de Deus era restaurar, purificar e santificar o povo, e Ele mesmo forneceria as condições para isso. Essa condição é Cristo Jesus, que veio para nos restaurar, purificar e santificar.
No contexto do profeta Oséias, a nação estava pecando e praticando uma falsa adoração, tentando imitar a adoração a Deus durante o dia e adorando outros deuses à noite. Deus não aceita isso; Ele exige ser o único adorado em nossas vidas, ministérios, casas e igrejas. Se o povo se arrependesse de seus pecados, Deus estaria pronto para restaurar e abençoar. Isso demonstra o contexto histórico e profético do profeta Oséias.
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O LIVRO DE JOEL
2.1. O tema central da profecia de Joel
Assim como o casamento de Oseias prefigura o relacionamento infiel do povo para com Deus, Joel utiliza os fenômenos da natureza, a saber, a assustadora praga da locusta, bem com o de uma seca severa para descrever o cenário atual de Judá e anunciar a mensagem de que algo pior ainda estava porvir, isto é, o grande Dia do Senhor (Jl 1,15). Esse dia seria marcado pela iminente invasão militar estrangeira por parte de um povo que vinha do Norte, Diante da calam id ad e atual e do respectivo juízo divino, restava à nação buscar 0 arrependimento. Nesse sentido, a mensagem de Joel tinha o tríplice propósito: 1) juntar o povo diante do Senhor em uma grande reunião solene (Jl 1.13, 14); 2) exortar o povo ao arrependimento por meio do choro, do jejum e do clamor sinceros (2.12-17): e 3) anunciar uma palavra profética a respeito do derramamento do Espírito sobre as futuras gerações (Jl 2.28, 29). Nesse contexto, é possível aprender que a atitude sincera perante Deus resulta em mudanças significativas e na manifestação do poder divino.
A mensagem de Joel tinha três propósitos principais: primeiro, reunir o povo diante do Senhor em uma grande reunião solene; segundo exortar o povo ao arrependimento através do choro, jejum e clamor sincero; terceiro, anunciar uma palavra profética sobre o derramamento do Espírito sobre as futuras gerações. Nesse contexto, é possível aprender que uma atitude sincera perante Deus resulta em mudanças significativas e na manifestação do poder divino.
Quanto ao contexto histórico do profeta Joel, não podemos definir com certeza se ele profetizou antes, durante ou após o cativeiro. A teoria mais aceita é que Joel profetizou depois do cativeiro babilônico, para a tribo do reino do sul, ou seja, o reino de Judá. Nesse período, após o retorno do cativeiro, houve uma grande seca e uma praga de gafanhotos, o que causou devastação nas plantações de Jerusalém.
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Deus levantou Joel como profeta para alertar o povo sobre as consequências de seu pecado, utilizando os eventos naturais como uma ilustração do juízo iminente caso não se arrependessem e voltassem para Ele. Mesmo após o livramento do cativeiro, o povo continuava em pecado, o que levou Deus a enviar esse juízo sobre eles como forma de disciplina e chamado ao arrependimento. O profeta Joel advertiu que o dia do Senhor estava se aproximando e exortou o povo a se preparar espiritualmente para esse evento.
2.2. O juízo divino e a chamada ao arrependimento nacional
Os juízos anunciados pelo profeta Joel iniciam-se com o lamento pela situação atual. A devastação de Judá havia sido ocasionada por uma grande praga de gafanhotos, seguida de uma seca terrível, que deixaram os campos completamente assolados, de modo que se secou a alegria entre os filhos dos homens Ul 1.10-12). Diante desse cenário de destruição, o profeta convoca os sacerdotes a cingirem os lombos e lamentarem diante do Senhor, a clamarem com choro e jejuns, juntamente com o povo na Casa de Deus, a fim de que o Senhor restaure a comunhão e a prosperidade da nação (JL 1.13,14). O apelo nacional foi evidenciado por meio do toque da trombeta em Sião, conclamando uma reunião da nação para buscar a Deus e suplicar por sua misericórdia (JI2.15). O apelo do profeta era para que o povo rasgasse o seu coração, e não as suas vestes, se convertesse a Deus que é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se, grande em beneficência, e se arrependesse do mal (Jl 2,12,13). Deus responde ao arrependimento sincero!
O apelo nacional foi evidenciado pelo toque da trombeta em Sião, convocando uma reunião da nação para buscar a Deus e suplicar por Sua misericórdia. O apelo do profeta era para que o povo entregasse o seu coração, e não apenas rasgasse suas vestes como um ato religioso superficial. Joel chamou todos a se reunirem em uma assembleia geral, na praça, para adorar o Senhor e pedir Sua misericórdia, reconhecendo que somente Deus poderia providenciar alívio diante da calamidade que estavam enfrentando.
Deus responde ao arrependimento sincero. O profeta Joel convocou a liderança, os sacerdotes, para tocar a trombeta e convocar o povo a adorar a Deus. Ele enfatizou que não se tratava apenas de um ato religioso externo, mas de uma adoração verdadeira e sincera. O povo deveria se converter, buscar ao Senhor e se arrepender de seus pecados, confiando na misericórdia e na bondade de Deus. Se o povo fizesse isso, Deus abençoaria e cuidaria deles.
A intenção de Deus não era castigar, mas abençoar. Ele desejava que o povo se arrependesse sinceramente e se humilhasse diante dele. Não bastava ser orgulhoso ou confiar em suas próprias habilidades; o que Deus queria ver era a sinceridade, humildade e obediência do coração do Seu povo. A libertação e a bênção de Deus estavam disponíveis, mas somente para aqueles que se arrependessem e se voltassem para Ele de todo o coração.
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O DIA DO SENHOR
3.1. A promessa de restauração
Além de todo o sofrimento experimentado por Judá, esse ainda não era o castigo final. Havia outro juízo vindo do Norte, representado como um exército de gafanhotos, marchando em direção a Judá. Deus aproveitaria este grande dia para julgar os rebeldes que não aceitaram a mensagem profética de arrependimento, abandonando suas más obras (Jl 2.1-5). Para muitos estudiosos, essa profecia de Joel refere-se ao período da Grande Tribulação, m ais especificam ente, à Grande Batalha do Armagedom (Ap 16.12-16), Estando certo ou não, o fato é que há uma promessa de livramento para o povo que é fiel a Deus. O Senhor julgará as nações que oprimiram injustamente a Israel e, por fim, promete uma restauração muito especial. Trata-se de uma restauração da terra tal como se fosse o próprio jardim do Éden (JI2.19- 24; 3,17-21), A plenitude e fertilidade da nação lembra o propósito original de Deus em conceder uma terra abundante onde mana leite e mel (Êx 3.8).
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O Senhor julgará as nações que oprimiram injustamente Israel e promete uma restauração muito especial, tratando-se de uma restauração da terra como se fosse o próprio jardim do Éden, com plenitude e fertilidade. Isso lembra o propósito divino de conceder uma terra abundante, onde mana leite e mel.
O profeta Joel também é considerado um profeta escatológico. Sua profecia refere-se ao reino do qual estaria sendo levantado para castigar a nação de Israel durante a grande tribulação. Nesse período, o foco é o povo de Israel e as pessoas ímpias que não quiseram aceitar a Jesus. Na grande tribulação, a igreja de Cristo não estará mais na terra, pois já estará no céu.
Deus permitirá que o anticristo castigue a nação de Israel, mas também se levantará para trazer um grande livramento. Os remanescentes de Israel serão salvos, convertendo-se a Cristo no final da grande tribulação e terão o direito de entrar no Milênio de Cristo. É importante diferenciar que Israel passará pela grande tribulação e será salvo no final, entrando no Milênio, enquanto a igreja será arrebatada antes da grande tribulação e retornará com Jesus em poder e grande glória para livrar Israel e governar a terra durante o Milênio.
3.2. A promessa do derramamento do Espírito
No livro do profeta Joel, está registrada também uma das maiores promessas dispensadas aos crentes dos últimos dias (Jl 2.28-32). Estamos falando do derramamento do Espírito Santo que se cumpriu no Dia de Pentecostes e continua a se cumprir (At 2.16-21). Após sofrer todas as calamidades, a Terra de Israel experimentaria um tempo de paz e prosperidade no fim dos dias. 0 primeiro grande ensinamento de Joel é a necessidade de arrependimento diante das adversidades. O segundo diz respeito ao derramamento do Espírito sobre toda a carne (v. 28). A profecia descreve que o Senhor se revelaria aos seus servos, aos jovens e aos idosos por meio de sonhos e visões. Essa promessa aponta para a continuidade da manifestação do Espírito, como disse o Senhor em Números 12.6. Trata-se de uma promessa que não está limitada apenas aos filhos e filhas, mas também aos servos e servas, apontando que não haveria distinção ou acepção de pessoas para receber o Espírito Santo. O elemento crucial para viver tal experiência é a fé (At 8.14-17; 10.44- 47).
O primeiro grande ensinamento de Joel é a necessidade de arrependimento diante das adversidades. O segundo diz respeito ao derramamento do Espírito sobre toda a carne. A profecia descreve que o Senhor se revelaria aos seus servos, aos jovens e aos idosos por meio de sonhos e visões. Essa promessa aponta para a continuidade da manifestação do Espírito, sem distinção ou acepção de pessoas para recebê-lo.
O elemento crucial para viver tal experiência é a fé, pois sem fé é impossível agradar a Deus. O profeta Joel também profetiza a vinda e o derramamento do Espírito Santo. Ele chama o povo ao arrependimento, para que se convertam e se arrependam dos pecados. Se o povo se arrepender, Deus estaria pronto para derramar o Seu Espírito sobre todos, jovens e velhos, concedendo visões, sonhos e dons espirituais.
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Essa profecia se cumpriu em Atos 2, quando houve o derramamento do Espírito Santo sobre os que estavam adorando a Deus no cenáculo, conforme prometido por Jesus. Desde então, o Espírito Santo habita em cada crente, tornando-o templo do Espírito Santo. Por isso, é importante cuidar do corpo e vigiar nossas ações, pois somos santuários do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
As mensagens dos livros de Oseias e Joel concentram um elemento comum: a chamada ao arrependimento. Em ambas as situações, diante do arrependimento sincero, Deus trouxe a promessa de restauração, paz e prosperidade. Isso significa que o castigo da parte de Deus não é um instrumento contínuo aplicado por Deus. Ele espera que seus filhos se arrependam de seus erros e tão prontamente dediquem -se a fazer a sua vontade. Então, a bênção do Senhor e as suas promessas se cumprirão de maneira efetiva em suas vidas.