EBD – PROMESSA E OBEDIÊNCIA – LIÇÃO 4 ADULTOS

TEXTO ÁUREO

“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.” (Jo 14.15) Amar a Cristo significa dedicar-se a Ele, segui-lo e viver de acordo com seus padrões.

O amor aqui é a base da relação entre o crente e Cristo. O amor a Cristo não pode ser dissociado da obediência. Muitos professam amor a Jesus com palavras, mas o verdadeiro amor é demonstrado pela prática dos Seus mandamentos.

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VERDADE PRÁTICA

A obediência a Cristo demanda bênçãos espirituais que influenciam diversas áreas da vida.

A obediência a Cristo é uma manifestação sincera da fé. Jesus ensina que aqueles que O amam obedecerão aos Seus mandamentos (João 14:15). Não se trata de obediência forçada ou mecânica, mas de uma resposta amorosa e voluntária ao sacrifício de Cristo e ao relacionamento que Ele oferece. A partir dessa obediência, a pessoa começa a experimentar uma nova vida, onde as vitórias espirituais fluem naturalmente.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Êx 19.5,6

O Concerto de Horebe e a promessa de ser um povo sacerdotal.

5 agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha.

6 E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.

Terça – Dt 29.1

O Concerto nas campinas de Moabe para uma nova geração.

Dt 29:1 Estas são as palavras do concerto que o SENHOR ordenou a Moisés, na terra de Moabe, que fizesse com os filhos de Israel, além do concerto que fizera com eles em Horebe.

Quarta – Jr 31.33; Hb 8.8-12

O advento de um Novo Concerto.

Jr 31:33 Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

Quinta – 1 Tm 2.5

Jesus, o mediador do Novo Concerto

1Tm 2:5 Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,

Sexta – Jo 14.15

Jesus requer de nós a obediência no Novo Concerto.

Jo 14:15 Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.

Sábado – Rm 14.17

O Reino tem a ver com justiça, paz e alegria no Espírito.

Rm 14:17 porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo

Hinos Sugeridos: 422, 525, 605 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Deuteronômio 29.1,9-12; Hebreus 8.6-13

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Deuteronômio 29

1 – Estas são as palavras do concerto que o Senhor ordenou a Moisés, na terra de Moabe, que fizesse com os filhos de Israel, além do concerto que fizera com eles em Horebe.

9 – Guardai, pois, as palavras deste concerto e cumpri-las para que prospereis em tudo quanto fizerdes.

10 – Vós todos estais hoje perante o Senhor, vosso Deus: os cabeças de vossas tribos, vossos anciãos, os vossos oficiais, todo o homem de Israel,

11 – os vossos meninos, as vossas mulheres e o estrangeiro que está no meio do teu arraial; desde o rachador da tua lenha até ao tirador da tua água;

12 – para que entres no concerto do Senhor, teu Deus, e no seu juramento que o Senhor, teu Deus, hoje faz contigo.

Hebreus 8

6 – Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.

7 – Porque, se aquele primeiro for irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo.

8 – Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei um novo concerto,

9 – não segundo o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquele meu concerto, eu para eles não atentei, diz o Senhor.

10 – Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.

11 – E não ensinará cada um ao seu próximo, nem a cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.

12 – Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.

13 – Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar.

INTRODUÇÃO

A Bíblia apresenta uma relação ligação entre promessa e obediência. Não podemos separa uma da outra. Ao longo das Escrituras, percebemos que a obediência é um princípio divino que não caducou envelheceu no Novo Testamento. Ela continua sendo requerida por Nosso Senhor para vivermos promessas específicas de Deus neste mundo. O Deus que prometeu no Antigo Testamento é o mesmo que prometeu no Novo e, ao mesmo tempo, exige do seu povo obediência à sua Palavra. Entretanto, quais são os termos da obediência no Novo Concerto conforme revelado no Novo Testamento? É o que estudaremos nesta lição.

Palavra-Chave: Obediência

I – A OBEDIÊNCIA NO ANTIGO TESTAMENTO

1. O Concerto de Horebe. O concerto não era apenas uma regra religiosa, mas uma aliança viva e dinâmica. Deus estava moldando o caráter de Seu povo para que, ao entrar na Terra Prometida, eles vivessem como um reflexo de Sua santidade.

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O Concerto feito por Deus com o povo de Israel, no deserto de Horebe (Dt 29.1; Êx 19), era uma reafirmação ou confirmação das promessas que Ele havia feito a Abraão e seus descendentes (Gn 12.1-3; 22.8). Este concerto é decisivo, pois estabelece as bases do relacionamento entre Deus e Israel, marcando a nação como o povo escolhido de Deus, com responsabilidades e promessas claras. No deserto do Horebe (também denominado de “Sinai”) ficou patente que o concerto divino exigia santa obediência do povo para que fosse bem-sucedido entre as nações: “se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha” (Êx 19.5). Em Êxodo 19:5-6, Deus deixa claro que a obediência às Suas palavras era uma condição para que Israel fosse uma nação diferente e abençoada. Pela santa obediência, o povo seria “um reino sacerdotal”, um “povo santo” (Êx 19.6). A função sacerdotal indicava interceder entre Deus e as nações, revelando a glória e a santidade de Deus através da sua obediência. A nação de Israel deveria obedecer aos mandamentos do Senhor para viver as promessas em toda a sua peregrinação no deserto (Êx 20.1-17). Assim como Israel foi chamado a ser obediente durante sua jornada no deserto, nós, como cristãos, também somos chamados a obedecer a Deus em nossa caminhada diária. Muitas vezes, as dificuldades e os desafios que enfrentamos são oportunidades de confiança e obediência à direção de Deus, sabendo que Ele é fiel às Suas promessas.

2. O Concerto nas campinas de Moabe.

Muitos anos se passaram depois do Concerto de Horebe (Êx 19), e a maioria dos peregrinos havia perecido no deserto. Depois de quase 40 anos de peregrinação no deserto, a geração que saiu do Egito havia, em grande parte, perecido, como punição pela sua incredulidade e desobediência a Deus (Números 14). Então, Moisés reuniu novamente o povo, agora nas campinas de Moabe, pois uma nova geração estava prestes a entrar na Terra Prometida: “Estas são as palavras do Concerto que o Senhor ordenou a Moisés, na terra de Moabe, que fizesse com os filhos de Israel, além do concerto que fizera com eles em Horebe” (Dt 29.1). Assim como Moisés renovou o pacto com a nova geração, somos chamados a lembrar e reafirmar nossa fé e compromisso com Cristo continuamente. A exposição básica desse Concerto pode ser vista em Deuteronômio 4 a 26.19, bem como sua ênfase nas bênçãos e maldições dos capítulos 27 a 30 do mesmo livro. Embora as vitórias e maldições do concerto de Moabe sejam específicas para Israel, o princípio da obediência a Deus e suas consequências espirituais continuam válidas. A fidelidade a Deus produz uma vida de vitórias espirituais, paz e comunhão com Ele, enquanto o afastamento leva à perda e destruição espiritual. Tudo nesse Concerto dependeria da fidelidade do povo de Israel aos mandamentos divinos. A exigência de fidelidade é essencial porque Israel seria tentado, ao entrar na Terra Prometida, a adotar os costumes e a idolatria dos povos vizinhos. Deus os alerta que essa infidelidade traria sérias consequências, incluindo a perda da terra. Assim como o povo de Israel foi chamado a viver em fidelidade a Deus, somos chamados a viver em obediência e gratidão pela graça que nos foi concedida em Cristo.

3. As promessas provenientes que vem da obediência.

O Concerto de Moabe mostra uma lista de promessas que seriam proferidas no Monte Gerizim: bênçãos no campo, na cidade, a obediência a Deus garantiria prosperidade em todas as áreas da vida, tanto no contexto agrícola, que era central para a economia de Israel, quanto nas cidades, onde a vida social e comercial se desenvolvia. na procriação, na vida doméstica, a multiplicação dos filhos, assim como o crescimento do gado e das colheitas, eram sinais visíveis do favor de Deus. ao entrar e sair da terra (Dt 28.1-14). Deus promete estar com eles em todos os momentos e lugares, guiando e protegendo o Seu povo. Em toda a área da vida dos judeus, as bênçãos divinas seriam derramadas como consequência da obediência aos mandamentos divinos estabelecidos nos concertos proferidos por Moisés. Isso reforça a ideia de que o cumprimento das promessas de Deus estava intrinsecamente ligado à fidelidade do povo à Sua palavra. Não era apenas uma questão de seguir regras, mas de manter um relacionamento de confiança e dependência de Deus. Também é verdade que as maldições seriam proferidas do Monte Ebal como consequência da desobediência aos mandamentos do Senhor (Dt 27.11-26). Moisés, ao expor essa parte do concerto, deixa claro que o afastamento de Deus, a rebeldia e a idolatria resultariam numa vida cheia de dificuldades, fracassos e sofrimentos. Isso demonstra a seriedade do pacto de Israel com Deus. A vitória e a maldição estavam diante do povo como consequências diretas de suas escolhas. Portanto, no Antigo Testamento, vemos que a obediência tinha uma relação direta ao cumprimento de uma promessa na vida do povo de Israel. As promessas de Deus ainda se aplicam aos que  pela fé, caminham em obediência, mas agora sob a nova aliança em Cristo, baseada na graça. Promessa de bençãos e maldições permanece vivo nas Escrituras, nos mostrando a importância de viver uma vida em consonância com a vontade de Deus, buscando não apenas as conquistas materiais, mas, sobretudo, a plenitude da vida em Cristo, onde as promessas eternas são reveladas.

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SINOPSE I

No Concerto de Deus com Israel, observamos o cumprimento das promessas a partir da obediência do povo.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS

1) As promessas de Deus neste concerto eram basicamente as mesmas que foram feitas a Abraão. Deus prometeu que daria aos israelitas a terra de Canaã depois de libertá-los da escravidão no Egito (Êx 6.3-6;19.4;23.20,23) e que Ele seria o seu Deus e os adotaria como seu povo (Êx 6.7519.6; ver Dt 5.2 nota). […]

2) […] Depois de Deus revelar os dez mandamentos, e muitas outras leis do Concerto, os israelitas juraram a uma só voz: ‘Todas as palavras que o SENHOR tem falado faremos’ (Êx 24.3). Sem essa promessa solene de aceitarem as normas da Lei de Deus, o Concerto entre eles e o Senhor não teria sido confirmado.

3) Essa resolução de cumprir a Lei de Deus continuou como uma condição prévia do Concerto. Somente pela perseverança na obediência aos mandamentos do Senhor e dos sacrifícios determinados por Deus no Concerto é que Israel continuaria como a possessão preciosa de Deus e igualmente continuaria a receber as suas bênçãos” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.333).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“Aliança. Pacto, Concerto ou acordo (heb. berit). A palavra correspondente do NT diathêkê, definida como ‘disposição’ legal de bens pessoais. A aliança é algo que une as partes ou obriga uma parte à outra. Embora existam implicações legais associadas à aliança, o aspecto relacional da aliança é mais bem entendido como uma relação com as ilegalidades relacionadas. […] Embora o tema da aliança seja menos difundido no NT, o seu significado cristológico é profundo. O NT destaca o papel messiânico significativo de Cristo em relação às alianças”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Bíblico Baker, editado pela CPAD, pp.32-33.

II – A OBEDIÊNCIA NO NOVO TESTAMENTO

1. Um Novo Concerto.

Hebreus 8 apresenta aspectos do Antigo Concerto, mostrando o quanto eles apontam para o perfeito ministério do Senhor Jesus. Ali, vemos que o relacionamento entre Deus e o seu povo se dava por meio de uma fé manifesta pela obediência aos mandamentos da Lei e à observação ao sistema de sacrifício do Antigo Testamento. No entanto, o livro de Hebreus, citando Jeremias 31, nos ensina que esse sistema era insuficiente para mudar o coração humano. Ele era apenas uma “sombra” do que estava por vir (Hb 10:1). A Antiga Aliança não conseguiu tratar o problema da natureza pecaminosa do homem de forma completa. Contudo, o profeta Jeremias profetizou que chegaria o momento em que Deus instituiu um novo Pacto e que sua Lei se estabeleceria no interior da pessoa, isto é, no coração: Hebreus 8:8-12 reafirma essa profecia e mostra que Deus prometeu escrever Sua Lei no interior do Seu povo, no coração e na mente, de modo que a obediência deixaria de ser apenas uma prática ritualística e passaria a ser fruto de uma transformação espiritual interno. “Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33; cf. Hb 8.8-12). O Novo Concerto é superior ao antigo, pois em vez de depender de um sistema externo de sacrifícios e leis escritas em pedra, agora a obediência se baseia em um coração transformado pela graça de Deus, por meio de Cristo. Deus prometeu escrever Sua Lei no coração dos Seus filhos, criando uma obediência que flui do interior, guiada pelo Espírito Santo, e que reflete um relacionamento íntimo com Ele.

2. Jesus Cristo, o mediador.

O Senhor Jesus é o mediador que estabelece o Novo Concerto, o Novo Pacto profetizado pelo profeta Jeremias (Hb 8.10). Um mediador é alguém que atua como intermediário entre duas partes. No contexto bíblico, Jesus Cristo é o mediador entre Deus e a humanidade, reconciliando-os através de seus sacrifícios. Em vista disso, podemos afirmar que o Novo Pacto é uma promessa de graça e amor de Deus aos que o respondem com arrependimento e fé à oferta de Salvação. O Novo Pacto é uma manifestação da graça de Deus, que oferece salvação não com base nas obras, mas pela fé em Cristo. Isso significa que qualquer pessoa que se arrependa e creia em Jesus pode receber a salvação. Assim, o relacionamento de obediência entre o salvo e Deus se dá nos termos do Novo Concerto, em que o Senhor Jesus é o verdadeiro mediador (1 Tm 2.5). A obediência dos salvos não é uma obrigação de cumprir regras, mas uma resposta natural ao amor e à graça recebida. Os crentes são convidados a viver em harmonia com os ensinamentos de Jesus, que é o mediador que facilita esse relacionamento. Assim, Jesus se torna não apenas o mediador da aliança, mas o fundamento de toda a experiência cristã de fé e salvação.

3. Obediência do Novo Concerto.

Os ensinos do Novo Testamento mostram que fé e obediência andam lado a lado. Nosso Senhor ensinou: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15). Jesus não aceita um amor apenas verbal ou emocional; o amor verdadeiro por Ele se reflete em nossas ações, e isso inclui seguir os Seus ensinamentos. Essa expressão “guardareis” também pode ser substituída por “obedecereis”. Isso significa que o nosso amor pelo Salvador, que foi primeiramente obediente ao Pai (Fp 2.8), não pode ser apenas de palavras, mas em atos de obediência (At 26.19). A obediência é uma expressão prática de nosso amor e lealdade a Jesus. Dessa forma, podemos desfrutar de bênçãos espirituais provenientes que vem de uma vida de obediência a Deus e sua Palavra. É pela obediência que nos tornamos verdadeiros discípulos e parceiros no Reino de Deus. É uma vida de obediência que nos permite experimentar as promessas e vitórias de Deus de maneira plena.

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SINOPSE II

O NT mostra Jesus como a Nova Aliança, cumprindo a promessa de salvação a todos que respondem com arrependimento e fé.

III – BÊNÇÃOS PROVENIENTES DA OBEDIÊNCIA A CRISTO

Ao obedecer a Cristo, experimentamos uma série de vitórias espirituais que transcendem o material e o visível.

1. Bênçãos espirituais.

No Novo Testamento, é o Espírito Santo que rege a vida dos que fazem parte do Novo Concerto por meio de Jesus Cristo mediante a fé (2 Co 3.4-6). Quando o Espirito Santo dirige nossa vida por completo somos capacitados a trabalhar com eficiência no reino de Deus. Nesse contexto, aprendemos que uma vida de obediência a Cristo, mediante a obra do Espírito Santo, demanda bênçãos de natureza espiritual que abarcam todas as áreas de nossa vida: “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14-17). A obediência a Cristo é um canal pelo qual as vitórias espirituais fluem para todas as áreas da vida, e isso só é possível pela atuação do Espírito Santo em nós.

2. Justiça e Paz.

Quem obedece a Cristo vive piedosamente em sua presença e em justiça (Mt 5.6). Ao obedecermos a Cristo, vivemos de maneira a refletir essa justiça. Em nossa conduta diária, nas decisões que tomamos e na forma como tratamos os outros, mostramos a maneira o jeito de Cristo em nós. Não é apenas um esforço humano, mas uma resposta à graça que recebemos. Dessa forma, temos uma vida de retidão proveniente da fé e da obediência a Cristo, pois fomos justificados e santificados por Deus (1 Co 6.11). Nossa obediencia a Cristo não é para ganhar a salvação, mas porque já fomos salvos. É a resposta natural de um coração transformado, que busca agradar a Deus em tudo. A fé genuína se reflete em uma vida que procura obedecer à vontade de Deus. Então, a paz que excede todo o entendimento torna-se realidade em nós (Fp 4.7). É aquela paz de que o Senhor Jesus falou aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Jesus mostra a diferença da paz que Ele oferece daquela que o mundo oferece. A paz do mundo é circunstancial e temporária, enquanto a paz de Cristo é permanente, mesmo em meio ao caos. Essa paz é uma segurança profunda de que, apesar das circunstâncias adversas, Deus está no controle e cuida dos Seus filhos. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Assim, a obediência a Cristo gera em nós justiça e paz em meio às turbulências do mundo. Em meio às turbulências do mundo, a justiça que recebemos pela fé em Cristo nos faz viver de maneira santa, e a paz que Ele nos dá nos mantém firmes e confiantes, independente das circunstâncias ao redor.

3. Alegria no Espírito Santo.

A alegria proveniente que vem de uma relação com Cristo é a marca da vida de quem anda na justiça e tem a paz de Cristo. A Bíblia mostra que a alegria é um fruto do Espírito Santo (G1 5.22). Esta alegria está firmada na justiça de Deus e na confiança que o cristão deposita em Jesus Cristo. Mesmo em momentos difíceis, a presença do Espírito proporciona uma alegria indestrutível. Conforme nos ensinam as Escrituras, essa alegria não está condicionada aos ambientes externos da nossa vida, mas é consequência de uma vida cheia da presença do Espírito Santo. A presença do Santo Espírito enche-nos de alegria. Hoje, muitos de nós enfrentamos desafios diários, seja no trabalho, em casa, ou em relacionamentos. Mas quando estamos cheios do Espírito Santo, conseguimos experimentar essa alegria mesmo em meio a provações, pois nosso coração está focado na eternidade e na presença de Deus em nossa vida.

SINOPSE III

Os que obedecem a Cristo vivem em santidade e justiça, regidos pelo Espírito Santo.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O NOVO CONCERTO

– Jeremias profetizou que, num tempo futuro, Deus faria um novo Concerto, um melhor Concerto, com o seu povo (Jr 31.31-34 notas cf. Hb 8.8-12) […] Jesus é quem instituiu o Novo Concerto ou o Novo Testamento (ambas as ideias estão contidas na palavra grega diatheke), e seu ministério celestial é incomparavelmente superior ao dos sacerdotes terrenos do AT.

O Novo Concerto é um acordo, promessa, última vontade e testamento, e uma declaração do propósito divino em outorgar graça e bênção àqueles que se chegam ao Senhor mediante a fé obediente. […] Estabelecido o Novo Concerto em Cristo, o Antigo Concerto se tornou obsoleto (8.13). Não obstante, o Novo Concerto não invalida a totalidade das Escrituras do Antigo Testamento, mas apenas as do pacto mosaico, pelo qual a salvação era obtida mediante a obediência à Lei e ao seu sistema de sacrifícios.

O Antigo Testamento não está abolido; boa parte de sua revelação aponta para Cristo […], e por ser a inspirada Palavra de Deus, é útil para ensinar, repreender, corrigir e instruir na retidão” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, pp.1910-1911).

CONCLUSÃO

Nesta lição, estudamos a respeito da obediência como relacionamento com Deus tanto na perspectiva entendimento do Antigo Testamento quanto do Novo. Vimos que, a despeito embora do Novo Pacto ter superado o Antigo, o princípio regra da obediência a Deus e à sua Palavra permanece o mesmo. Dessa forma, há promessas de justiça, paz e alegria no Espírito Santo para quem obedece aos mandamentos do Senhor Jesus. São promessas condicionadas à nossa obediência a Cristo.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que foi o Concerto de Horebe?

Foi uma reafirmação das promessas que Deus havia feito a Abraão e seus descendentes (Gn 12.1-3; 22.8).

2. Como se pode ver uma exposição básica do Concerto nas Campinas de Moabe?

O Concerto de Moabe mostra uma lista de promessas que seriam proferidas no Monte Gerizim: bênçãos no campo, na cidade, na procriação, na vida doméstica, ao entrar e sair da terra (Dt 28.1-14).

3. O que o capítulo de Hebreus 8 apresenta?

Hebreus 8 apresenta aspectos do Antigo Concerto, mostrando o quanto eles apontam para o perfeito ministério do Senhor Jesus.

4. Quem rege a vida dos salvos do Novo Concerto?

O Espírito Santo.

5. De onde a alegria é proveniente?

A alegria proveniente de uma relação com Cristo é a marca da vida de quem anda na justiça e tem a paz de Cristo.