EBD – Promessas de Deus para a Igreja – Lição 3 Adultos
TEXTO ÁUREO
“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18) Cristo é o alicerce da fé cristã. A igreja é construída sobre Sua pessoa e Sua obra, e não pode ser abalada pelos poderes das trevas.
A igreja não é uma invenção humana, mas uma obra de Cristo. Ele a “edifica” por meio do Seu ensino, do ministério dos apóstolos e, mais tarde, através do Espírito Santo.
VERDADE PRÁTICA
As promessas de Deus para a Igreja são gloriosas: promessas de vida eterna, de poder e glorificação final do nosso corpo.
Jesus Cristo deixou claro que o propósito de Sua vinda ao mundo era conceder vida eterna àqueles que creem n’Ele. Em João 3:16.
Esse poder não é apenas para realizar milagres, mas para viver uma vida santa e ser testemunha fiel de Cristo.
A glorificação final é outra promessa fundamental que será realizada no futuro. Atualmente, vivemos em corpos mortais e sujeitos à fraqueza, mas a Escritura ensina que, na volta de Cristo, seremos transformados. Em 1 Coríntios 15:52-53,
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LEITURA DIÁRIA
Segunda
2 Co 11.2 A Igreja é a Noiva de Cristo, o seu Noivo 2 Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
Terça
1 Pe 5.1-4 A Igreja é o rebanho de Deus. 1 Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:
2 apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; At 20:28;
3 nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
4 E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
Quarta
1 Co 6.19 Como Igreja, somos templo do Espírito Santo. 19 Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
Quinta
Mc 16.15 A missão da Igreja é a evangelização do mundo. Mc 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Sexta
Ef 2.19 Como Igreja, pertencemos à família de Deus. Ef 2:19 Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus;
Sábado
Cl 1.24 A Igreja é o Corpo de Cristo. Cl 1:24 Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;
Hinos Sugeridos: 11, 63, 530 da Harpa Cristã.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18; Atos 1.6-8
Mateus 28
18 – E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19 – Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 – ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Marcos 16
15 – E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 – Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 – E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18 – pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Atos 1
6 – Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
7 – E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 – Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
INTRODUÇÃO
A Igreja de Cristo é portadora mensageira de promessas gloriosas de Deus. Ela foi idealizada arquitetada, concebida pelo Pai, edificada erguida por Cristo e guiada conduzida pelo Espírito Santo. Vemos que a trindade Santa está empenhada em ajudar a igreja. A igreja É a comunidade dos salvos em Cristo Jesus para adorá-lo, servi-lo e ser a agência propagadora do Evangelho de Jesus. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito da natureza das promessas divinas feitas à Igreja, as promessas propriamente ditas e as condições para viver essas promessas de Deus para a ela.
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Palavra-Chave: Igreja
I – A NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA
1. A promessa de sinais sobrenaturais.
O Evangelho de Mateus 28.18-20 revela o estabelecimento da Grande Comissão de Cristo para seus discípulos. Nesta comissão, três palavras resumem a tarefa: Ide, Ensine e Batize (v.19). Essas três palavras destacam a tarefa central da Igreja: proclamar o Evangelho e fazer discípulos. Em Marcos 16 temos uma promessa de que sinais sobrenaturais ocorreriam para confirmar a obra da Grande Comissão (v.17). Esses sinais não são uma simples exibição de poder; Eles são uma confirmação divina de que a mensagem do Evangelho tem autoridade de Deus. Assim, os sinais servem para autenticar a pregação e demonstrar que o Reino de Deus está avançando no mundo. Dessa forma, como Igreja de Cristo, ao proclamar a mensagem de arrependimento e salvação, devemos esperar que milagres em nome de Jesus aconteçam como realidade de que o Reino de Deus está agindo no mundo (Lc 9-2). O propósito é claro: os milagres são uma prova real de que o Reino de Deus está presente e ativo. Portanto, estamos diante de uma promessa de confirmação da obra de evangelização. Como Igreja de Cristo, devemos orar e crer que, ao proclamarmos a mensagem da salvação, o poder de Deus se manifestará com sinais que confirmem a presença do Reino no mundo.
2. A promessa de revestimento de poder.
É Jesus anunciando uma nova fase no relacionamento entre Deus e o homem. Essa promessa não foi só para os apóstolos, mas é extensiva a todos os crentes, pois o revestimento de poder através do Espírito Santo é essencial para a obra da evangelização.
Com base na promessa de Cristo para seus discípulos, em Atos 1, nosso Senhor faz uma promessa de capacitação espiritual para a proclamação do Evangelho de Cristo: “Recebereis a virtude do Espírito” (v.8). O crente que deseja servir a Deus na evangelização, no testemunho e na obra missionária não pode depender apenas de sua própria sabedoria ou força. Ele precisa do revestimento de poder, do Espírito Santo, que é concedido pela graça divina. É a promessa do batismo no Espírito Santo para capacitar o crente na transmissão das Boas-Novas de Salvação. Além de poder para proclamar, a capacitação do Espírito também nos forja como “testemunhas de Cristo” em nossa família, bairro, cidades e nações (v.8). Ser testemunha de Cristo não é apenas contar uma história. É ser um embaixador do Reino, alguém que representa a Cristo, tanto por palavras quanto por atitudes. A capacitação espiritual dada pelo Espírito Santo transforma o crente em uma verdadeira testemunha de Cristo em todos os aspectos da vida. Portanto, estamos diante de uma promessa de capacitação espiritual para a evangelização. A evangelização requer preparação espiritual e um derramamento divino para ser eficaz, o apóstolo Paulo entendeu essa verdade ao depender completamente do Espírito Santo para pregar o Evangelho com ousadia, como ele expressa em 1 Coríntios 2:4-5: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder”.
3. Promessas espirituais para uma instituição espiritual.
Ao longo das Escrituras, percebemos que a Igreja foi forjada fabricada construída espiritualmente em Cristo. Por isso a natureza das promessas para a Igreja é primariamente espiritual. Notemos como Jesus se refere à Igreja em Mateus: “Edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).
A palavra grega para igreja aqui é ekklesia, é um termo que remonta uma reunião de pessoas chamadas do mundo para participarem ativamente do Reino de Deus. A palavra usada aqui, “ekklesia”, significa uma reunião ou assembleia de pessoas chamadas para fora do mundo. Ou seja, a Igreja é formada por aqueles que foram tirados do sistema mundano para fazer parte do Reino de Deus. Essa identidade espiritual da Igreja é essencial para compreender as promessas que lhe foram feitas. Isso é possível ‘ pela obra poderosa de nosso Senhor na Cruz. Por isso, a Igreja é denominada no Novo Testamento como Corpo de Cristo (Cl 1.24), A Igreja é vista como uma extensão de Cristo na Terra, onde cada membro tem uma função. O corpo espiritual de Cristo representa uma união íntima e viva com Ele, onde Jesus é o cabeça e os crentes são os membros. o Templo de Deus (1 Co 3.16), Cada crente, individualmente, e a Igreja, coletivamente, são moradas do Espírito de Deus. Isso ressalta a presença de Deus e a santidade da Igreja como instituição espiritual. a Noiva de Cristo (Ef 5.25-27). Essa metáfora fala de uma relação íntima e pura entre Cristo e a Igreja. Cristo amou a Igreja de forma sacrificial, e a Igreja responde a esse amor com santidade e submissão a Ele. Assim, uma instituição espiritual tem promessas espirituais para serem confirmadas em seu ministério no mundo (Mc 16.18-20; At 1.6-8).
SINOPSE I
As promessas de Cristo para sua Igreja atuam no âmbito espiritual e material.
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AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO – A AÇÃO DA IGREJA NO MUNDO
“(1) Os seguidores de Cristo têm o privilégio e a responsabilidade de buscar constantemente os propósitos e o modo de vida que agrada a Deus em tudo o que fazem, para que a sua presença e o seu poder sejam evidentes às pessoas que estiverem à sua volta. Isto requer fome e sede espiritual profundas pela presença e pelo poder de Deus, tanto em suas próprias vidas como na comunidade cristã (veja Mt 5.10, notas; 6.33, nota).
(2) Em Mt 11.12 Jesus transmite informações adicionais sobre a natureza e o caráter daqueles que se tornam parte do seu reino. Ali, Ele indica que “pela força” as pessoas se apoderam do reino dos céus. Isto se refere às pessoas que estão corajosamente comprometidas a romper com os costumes do mundo, que são pecaminosos e desafiam a Deus, e que buscam intensamente um conhecimento mais profundo de Cristo, da sua Palavra e dos seus perfeitos propósitos. Não importa o custo ou a dificuldade, essas pessoas buscam intensamente o reino, com todo o seu poder. Tudo isto quer dizer que vivenciar o reino dos céus e todos os seus benefícios exige um esforço sincero e persistente para crescer na fé e para resistir às más influências de Satanás, do pecado e de uma sociedade corrupta.
(3) Os benefícios supremos do reino de Deus não se destinam aos que têm pouca fome espiritual – aos que raramente oram, que negligenciam a Palavra de Deus, ou que fazem concessões aos comportamentos ímpios e aos modos de vida do mundo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1639).
II – AS PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA
1. Promessa de vida eterna.
A mensagem essencial que eles deveriam proclamar era a salvação em Cristo Jesus, e o ponto culminante dessa salvação é a promessa de vida eterna.
O estabelecimento da Grande Comissão do nosso Senhor, como vimos em Mateus 28 e em Marcos 16, constatamos que a primeira e grande promessa da Igreja é a de vida eterna, a salvação em Cristo Jesus. A promessa associada a essa missão é ESSENCIAL: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16:16). Esse é o centro da evangelização: a vida eterna está disponível a todo aquele que crê no Senhor Jesus Cristo. Essa promessa é para todo “aquele que nele crê”. Essa promessa é completa e oferece esperança a todo aquele que crê. Não importa o histórico, a cultura ou a condição social, a salvação em Cristo está disponível a todos. Esse é o evangelho em sua simplicidade e poder: Jesus morreu pelos pecadores, e pela fé nEle, recebemos a vida eterna. Ora, “aquele que nele crê” é salvo pelo Senhor e, consequentemente, torna-se membro do Corpo de Cristo, a Igreja do Deus vivo, desde o primeiro dia de seu arrependimento e fé (Jo 3.16; Jo 5.24). Quando alguém crê em Jesus, essa pessoa é imediatamente inserida no Corpo de Cristo, que é a Igreja (1 Coríntios 12:13). A fé genuína em Cristo, acompanhada de arrependimento, leva à união com Cristo e, por consequência, à integração na comunidade da fé.
2. Promessa de Poder.
Este poder não se refere apenas à capacidade humana de pregar, mas à capacitação sobrenatural que vem diretamente de Deus para realizar Sua obra com sinais e prodígios que confirmam a Palavra.
Uma vez salvo em Cristo, e membro de seu Corpo, de acordo com o que lemos em Atos 1, temos uma gloriosa promessa de poder do alto para sermos instrumentos vivos em que os sinais e os milagres de Deus possam confirmar a Palavra que Ele nos entregou. Isso reforça que o batismo no Espírito Santo é uma obra distinta da salvação. O Espírito Santo, que já havia agido de diversas maneiras ao longo do Antigo Testamento, agora seria derramado de forma poderosa sobre os crentes, inaugurando um novo tempo para a Igreja. Essa promessa foi feita em Atos dos Apóstolos (At 1.5,8), foi experimentada naquele tempo (At 10.44-46; 19.6) e, ao longo da história da Igreja, tem sido confirmada novamente na vida de milhares de servos de Deus que experimentam o Batismo no Espírito todos os dias e recebem dons espirituais preciosos para fazer a obra de Deus com fé e ousadia. O Espírito Santo desceu sobre os discípulos de maneira visível, com línguas como de fogo, e eles começaram a falar em outras línguas, declarando as grandezas de Deus. Este evento mostrou que o Espírito Santo não é apenas uma força interior, mas uma manifestação real do poder de Deus na vida dos crentes. O mesmo Senhor que batizou em Atos dos Apóstolos ainda batiza hoje!
3. A promessa da glorificação do nosso corpo.
A promessa da glorificação está relacionada à esperança escatológica da transformação final dos crentes no momento do arrebatamento e da segunda vinda de Cristo.
No mesmo corpo do texto bíblico em que se encontra a promessa do revestimento de poder, em Atos 1, também se encontra a promessa da Vinda do Senhor: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). Os discípulos são consolados pelos anjos logo após a ascensão de Cristo, com a promessa de que Ele voltaria da mesma forma que subiu ao céu. Esta volta, descrita também como o “arrebatamento” da Igreja, marca o início da glorificação dos crentes. A Palavra de Deus nos mostra que quando o nosso Senhor arrebatar a sua Igreja, “seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 Jo 3.2). A certeza da glorificação futura deve nos inspirar a viver vidas santas no presente. João escreve: “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 João 3:3). Quando nosso corpo for glorificado, o “veremos face a face” e o conheceremos como também Ele nos conhece (1 Co 13.12). A promessa da glorificação do corpo é inseparável da volta de Cristo e nos motiva a viver de maneira santa e comprometida com a missão de Deus, sabendo que o nosso destino final é estar face a face com o nosso Salvador em um corpo glorificado. Que promessa gloriosa!
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4. É preciso obedecer a Deus.
Obedecer é a condição para que Deus cumpra suas promessas na vida de alguém ou de um povo, bem como de sua Igreja. A promessa de Deus é frequentemente vinculada à obediência humana. Um exemplo claro disso é encontrado em Deuteronômio 28, onde Deus estabelece bênçãos para aqueles que ouvem e obedecem a Sua voz, mas também adverte sobre as maldições que sobreviriam caso Israel desobedecesse. A ordem era clara para os discípulos: “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Essa instrução exigia obediência, e foi através dela que os discípulos puderam receber o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes. A obediência, então, não é apenas uma resposta moral, mas um passo essencial para que as promessas de Deus se concretizem. Há tanto valor para Deus na obediência que a Bíblia diz que é melhor obedecer que oferecer sacrifícios (1 Sm 15.22). Sacrifícios não substituem obediência: Sacrifícios podem ser feitos com o coração errado, mas a obediência requer um coração submisso à vontade divina. Em Mateus 7:21, Jesus ensina que não é quem faz grandes feitos em Seu nome que será salvo, mas aquele que faz a vontade do Pai. Assim, é tempo de estar na presença de Deus em santa obediência (At 3.19)! Obediência e santidade: Obedecer a Deus nos conduz a uma vida de santidade, nos separando das distrações e pecados que poderiam nos afastar de Sua presença. Quando permanecemos obedientes, vivemos o plano perfeito de Deus para nós e experimentamos Seus cuidados e direção em todas as áreas de nossas vidas.
SINOPSE II
Em Cristo, cada crente recebe a promessa de vida eterna, de revestimento de poder pelo batismo no Espírito Santo e de um corpo glorificado na volta do nosso Senhor.
III – CONDIÇÕES PARA VIVER AS PROMESSAS DE DEUS
1. É preciso crer.
A fé é o meio pelo qual nos apropriamos das promessas divinas. A Bíblia ensina que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6), e é essa mesma fé que nos sustenta enquanto esperamos pelo cumprimento das promessas.
As Escrituras mostram que perseverar na fé em Deus é condição indispensável para viver o tempo do cumprimento de suas promessas (At 2.1). Os discípulos estavam reunidos, aguardando o cumprimento da promessa de Deus — a vinda do Espírito Santo. Eles permaneceram firmes em oração e fé até que essa promessa se concretizou no dia de Pentecostes. Da mesma forma, precisamos de fé perseverante para vivermos as promessas de Deus. A Bíblia mostra que Abraão recebeu uma promessa de que seria pai de uma grande nação. Ele creu em Deus, perseverou na fé “e isso lhe foi imputado como justiça” (Rm 4.3; cf. Gn 21.5). A vida de Abraão é um modelo de fé perseverante. Deus prometeu que ele seria pai de uma grande nação, mesmo que as declarações apontassem o contrário. Abraão já era idoso, e sua esposa Sara, estéril. Mesmo assim, ele acredita em Deus que “vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem” (Romanos 4:17). Nestes últimos dias, precisamos reanimar a nossa fé nas promessas de Deus. É tempo de confiar no Senhor e se fortalecer na força do seu poder (Ef 6.10)! Em meio às dificuldades, desafios e provações da vida, precisamos confiar no Senhor e não vacilar. Efésios 6:10 nos exorta: “Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.”
2. É preciso ser fiel.
Uma vez que cremos no Senhor, devemos nos apresentar a Ele de maneira fiel. Ou seja, com lealdade e firmeza em nossa fé e ações. Os discípulos de Cristo, conforme nos mostra o Livro de Atos, permaneceram fiéis diante do que ouviram diretamente do Senhor (At 1.8; Jesus prometeu que os discípulos receberiam poder ao descer sobre eles o Espírito Santo, para que fossem Suas testemunhas em todas as nações. Essa promessa exigia confiança e fidelidade para esperar o cumprimento. 2.1). No Pentecostes, os discípulos se reuniram em fidelidade à ordem de Jesus, e receberam o Espírito Santo. Esse evento é um marco que mostra como eles perseveraram obedientes e permaneceram fiéis até o cumprimento da promessa. Não importa o tempo que passe, nos apresentaremos a Deus em fidelidade como fez Jó que mesmo sem saber que era alvo da malignidade do Diabo que tirou-lhe os bens, os filhos e a saúde, manteve-se fiel (Jó 1.21); “O Senhor deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.” Ele manteve sua confiança em Deus, sem se rebelar ou desistir da sua fé, mesmo sem entender o motivo de seu sofrimento, como Daniel, lançado na cova dos leões, ainda assim permaneceu fiel ao Senhor (Dn 6.9-10). Daniel continuou orando e buscando a Deus, mesmo sendo jogado na cova dos leões. Sua fidelidade foi recompensada com o livramento milagroso. Tomemos as palavras de Jesus: “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10). A fidelidade não é um caminho fácil, mas uma jornada de perseverança até o fim. Mesmo que as lutas sejam intensas, a promessa de vida eterna é assegurada para aqueles que permanecem firmes.
SINOPSE III
Segundo as Sagradas Escrituras, é necessário à Igreja fé, fidelidade e obediência para viver em plenitude as promessas divinas.
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AUXÍLIO HERMENÊUTICO
AS PROMESSAS BÍBLICAS
“Algumas promessas bíblicas são incondicionais, enquanto outras são condicionais. Uma promessa condicional é uma promessa com um “se” embutido. Este tipo de promessa necessita que certas obrigações ou condições sejam satisfeitas para que Deus a cumpra. Se o povo de Deus deixa de satisfazer as condições, Deus não está obrigado, de forma alguma, a cumprir a promessa. Um exemplo disso é Tiago 1.25: ‘Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito’.
A bênção prometida nesse versículo depende da obediência à Palavra de Deus. Outro exemplo é João 15.7: ‘Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiseres, e vos será feito’. Essa promessa garante 0 atendimento das orações somente para aqueles que permanecem em Cristo e em quem as palavras de Cristo permanecem. Se a condição for satisfeita, a promessa é cumprida. Uma promessa incondicional não depende de tais requisitos para seu cumprimento. Não há nenhum “se” embutido. O que foi prometido é concedido soberanamente ao beneficiário da aliança, independentemente de qualquer merecimento (ou falta de merecimento) por parte deste. […] O fato de sermos filhos e herdeiros na família de Deus não depende do cumprimento de certas obrigações. Ao contrário, é algo que vale para todos os cristãos” (RHODES, Ron. Reconhecendo as Promessas de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 24-25).
CONCLUSÃO
As promessas de Deus para a Igreja do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo são de grande valor espiritual. Como Igreja, estamos integrados como membros desse corpo espiritual. Por meio de Cristo, as promessas do Senhor são grandiosas para todos os que fazem parte da Igreja. Nele, viveremos as promessas da vida eterna, de poder e da glorificação final do nosso corpo. Os planos de Deus para a sua Igreja são infalíveis.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que o Evangelho de Mateus 28.18-20 revela?
Revela o estabelecimento da Grande Comissão de Cristo para seus discípulos. Nesta comissão, três palavras resumem a tarefa: Ide, Ensine e Batize (v.19).
2. O que temos em Marcos 16?
Em Marcos 16 temos uma promessa de que sinais sobrenaturais ocorreriam para confirmar a obra da Grande Comissão (v.17).
3. Qual é a promessa que o Senhor Jesus faz em Atos 1?
A promessa de capacitação espiritual para a proclamação do Evangelho de Cristo: “Recebereis a virtude do Espírito” (v.8). É a promessa do batismo no Espírito Santo.
4. Além da promessa de revestimento de poder em Atos 1, qual é a outra promessa que vemos nesse mesmo texto?
A promessa da Vinda do Senhor.
5. Qual o valor da obediência a Deus?
Há tanto valor para Deus na obediência que a Bíblia diz que é melhor obedecer do que oferecer sacrifícios (1 Sm 15.22).