EBD – QUEM É O PRESBÍTERO? LIÇÃO 8 PRÉ ADOLESCENTES

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EBD – QUEM É O PRESBÍTERO? LIÇÃO 8 PRÉ ADOLESCENTES

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A paz do Senhor, caro(a) pré-adolescente! Você já ouviu falar do presbítero e o que ele faz? Talvez você já tenha sido repreendido por algum presbítero na igreja. Quem nunca?! No primeiro século, na igreja, existiam líderes conhecidos como anciãos ou bispos, eram homens experientes que tinham a responsabilidade de instruir os novos crentes; eles também ajudavam os apóstolos na administração e organização da igreja. Pedro, por exemplo, era um presbítero. Ele disse: “Eu, que também sou presbítero […]” (1 Pe 5.1a).

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  1. O AUXILIAR DO PASTOR

O cargo de Presbítero, em muitas ocasiões, é considerado como o ofício ocupado por pregadores e professores da igreja. Entretanto, ser presbítero é uma honra, haja vista que tem a função de ser o auxiliar do pastor, um conselheiro que merece o respeito e reconhecimento.

  1. a) Obreiros voluntários.

Os presbíteros eram ajudantes no pastoreio, cuidando das ovelhas, o rebanho de Deus. Eles exerciam funções parecidas com as de um pastor. Sabe quais eram as suas condições de trabalho? De forma voluntária, sempre com boa vontade e paciente com todas as pessoas (cf. 1 Pe 5.2). Dentre outros requisitos que eles precisavam ter, era ser íntegro, com caráter transformado pelo Espírito Santo e alguém bom com a família (cf. 1 Tm 3.5). Até hoje, as mesmas regras permanecem para quem deseja ser um presbítero na igreja. Você sabe o que o apóstolo Paulo afirmou sobre isso? Ele disse que esta é uma excelente obra: “[…] se alguém quer muito ser bispo na Igreja, está desejando um trabalho excelente” (1 Tm 3.1b).

Quando a lição traz o termo “voluntário” cremos que a melhor interpretação aponta para a palavra solicitude, que no dicionário online é traduzida por “Esmero ou zelo ao dar qualquer tipo de ajuda ou assistência; demonstração de interesse, de atenção, ao cumprir da melhor forma possível um pedido ou uma solicitação; diligência”. Ou seja, cremos que o voluntariado (solicitude) era apenas o passo inicial para o desenvolvimento da vida ministerial, pois havia outras características a serem observadas, como o fato de ser um homem íntegro, irrepreensível, marido de uma mulher, ter uma boa família, entre outras.
  1. b) Treinadores.

Você sabe quem foi Tito? A Bíblia diz que ele foi treinado pelo apóstolo Paulo e enviado, de cidade em cidade, para treinar novos presbíteros. Naquela época, era comum a igreja funcionar nas casas dos irmãos. Os presbíteros deveriam estar sempre atentos à organização e à boa ordem, necessárias para o bom andamento das igrejas, que assim cresciam pelo ensino da sã doutrina (Tt 1.4-7).

Dentre as característica e os deveres dos “bispos” e “diáconos” que o apóstolo Paulo descreveu para Timóteo em uma das suas cartas, tem-se a de que o homem de Deus deveria ser “apto para ensinar” (1 Tm 3:2). O que o apóstolo Paulo estava querendo dizer é que o presbítero deveria ser capaz de dar continuidade à obra de Deus.
Veja que os apóstolos foram, antes, discípulos de Cristo, pois seguiram os passos de Jesus e primeiramente aprenderam com o Mestre. Todavia, logo após a ascensão de Cristo, a obra deveria continuar. Então, aqueles que anteriormente foram discípulos agora eram discipuladores; os que antes aprendiam, agora ensinavam.

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Da mesma maneira ocorria quando os apóstolos iam às cidades realizar a obra missionária e ali uma nova igreja era implantada (como aconteceu em Filipos, em Corinto, em Éfeso e na Galácia, por exemplo). Veja que os apóstolos não poderiam estar em todas essas igrejas ao mesmo tempo; e então eis que surgia a necessidade de ter obreiros que pudessem dar continuidade à obra de Deus.
  1. AQUELE QUE ENSINA A DOUTRINA

Na Igreja Primitiva, os presbíteros eram conhecidos por gostarem do ensino da Palavra de Deus. Eles diziam: “Não está certo nós deixarmos de anunciar a Palavra de Deus para tratarmos de dinheiro” (At 6.4). Além de amarem a oração, eles seguiam a ordem de Jesus formando novos obreiros (At 6.3,4). Em 1 Timóteo 3.2, está escrito que o bispo (presbítero) precisava ter capacidade para ensinar.

  1. a) Ameaças doutrinárias.

Sabia que a todo tempo a igreja é ameaçada por ensinamentos errados? Isso mesmo! Desde a Igreja Primitiva, havia muitos infiltrados nas igrejas, distantes da verdadeira fé em Jesus Cristo e da Bíblia, falando mentiras procurando enganar os escolhidos do Senhor (cf. 1 Tm 4.1-5). Então, surgiu o presbítero com o dom de ensinar corretamente as Escrituras e proteger o rebanho de Deus.

Em cidades grandes, muitas vezes as atividades do pastor são multiplicadas, e nem sempre o servo de Deus consegue atender todas as demandas (e conforme vimos na semana passada são inúmeras). Surge então a importância do presbítero enquanto um verdadeiro ajudador do pastor, principalmente em relação a assuntos cotidianos. “Ventos de doutrina” surgem diariamente e podem afetar o entendimento e a fé dos membros mais vulneráveis; desde crianças até idosos. Então cabe (também) ao presbítero o bom manejo da palavra para trazer solidez e fundamentação na sã doutrina para toda a igreja.
  1. b) Homens aptos.

Sempre que aparecia um assunto sério em relação à igreja, lá estavam os apóstolos com os presbíteros, orientando no avanço da obra e em defesa da Igreja. Foi assim no Concilio de Jerusalém, nome dado às reuniões disciplinares ou de conciliação, um tipo de julgamento de questões sobre a fé cristã, nas quais eles compareciam para debater e defender a igreja (cf. At 15. 2,6,9-11). Vale destacar que a função do presbítero não mudou nos dias atuais. Olha só como o apóstolo Paulo aconselhou o jovem pastor Timóteo. Ele disse: “pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda paciência” (2 Tm 4.2). Essas práticas continuam sendo realizadas pelos presbíteros. A vida do presbítero não é fácil.

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A questão trouxe para o contexto o concílio de Jerusalém, que foi um evento onde os apóstolos discutiram questões doutrinárias entre os judeus e gentios (basicamente pacificaram conceitos conflitantes). Ocorre que aquilo que foi decidido pelos apóstolos no concílio deveria ser ensinado nas “congregações” pelos líderes por eles instituídos. Ou seja, esses homens deveriam ser aptos para transmitir os aspectos magnos, de modo a nenhum irmão ter dúvida sobre como deveria ser a sua conduta na caminhada Cristã.
Nos dias atuais ainda ocorre de maneira semelhante! Quando o pastor convoca uma “reunião de obreiros” certamente ali muitos assuntos são tratados. Após essa reunião, quando os presbíteros retornam às congregações, eles devem ser capazes de promover as mudanças necessárias e de reproduzir os ensinamentos propostos.
  1. UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

Em 1 Timóteo 5.17, a Bíblia diz: “os que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente quem se dedica na pregação e no ensino da Palavra”. Assim, são os presbíteros que zelam por nós, cumprindo todo trabalho que é entregue em suas mãos. Logo, eles precisam ser valorizados e reconhecidos pelo rebanho.

  1. a) Obreiros fiéis.

Os presbíteros vêm trabalhando em favor do Reino de Deus junto com outros obreiros, esforçando-se no ensino da Palavra com o objetivo de ver o crescimento e amadurecimento dos crentes. Embora cada igreja tenha o seu pastor local cuidando do rebanho, o Novo Testamento mostra que a direção da igreja não era conduzida por apenas uma pessoa. O presbítero sempre foi um cargo de apoio da liderança, trabalhando incansavelmente para o bem do Corpo de Cristo, corrigindo, organizando, administrando e supervisionando naquilo que precisar (At 20.17; Ef 4.11; 1 Pe5.1).

Conforme já falamos nos tópicos anteriores, o presbítero realiza um importante papel no auxílio ao pastor. Assim como um presidente não governa sozinho (necessita dos ministros de Estado) nem um governador ou prefeito (que governa com os seus secretários), da mesma maneira ocorre com um pastor; só que mais ainda pois não estamos tratando de reino humano, mas do Reino de Deus.
Portanto, quando falamos que “os presbíteros são obreiros de Deus” devemos ampliar a visão e enxergá-los não apenas trabalhando para uma igreja, mas para um reino muito maior, que é o Reino de Deus; e por isso vale a pena todo o zelo, cuidado, organização, correção, diligência e empenho por parte desses servos de Deus; na certeza de que esse trabalho não será em vão.

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  1. b) Obreiros zelosos. Você não acha que esses bons exemplos devem ser seguidos? Sempre que temos pessoas zelosas pela Igreja do Senhor e dedicadas a investir tempo em favor do bem de todos, devemos tê-las como exemplo de fé a ser seguido. O apóstolo Paulo disse: “Sigam meu exemplo como eu sigo o exemplo de Cristo” (1 Co 11.1). Certamente, os anciãos ou bispos (presbíteros) foram exemplos de coragem, fé e dedicação e devem ser imitados. Se quisermos servir bem à Igreja do Senhor, temos que aprender com eles a cada dia.
O Senhor Jesus é acessível e pronto está para nos ouvir quando o buscarmos em espírito e em verdade. Porém, nem todos os irmãos possuem a mesma força para buscar. Nesse contexto, pode ser um pouco difícil para esse irmão mais “vulnerável” pedir que ele seja um imitador de Cristo. Isso pode parecer algo “distante” para ele.
Foi pensando exatamente nisso que o apóstolo Paulo disse: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Co 11:1). Era como dizer: “Se para você parece “abstrato” (embora não o seja) pedir que você imite a Cristo, então não tem problema! Basta você me imitar; porque eu estou imitando a Ele”. Tremendo, não? Grande deveria ser a convicção de Paulo, pois se a sua conduta de fato não estivesse em conformidade com a conduta de Cristo, aquele conselho poderia custar a salvação de algum daqueles irmãos. Ele realmente chamou a responsabilidade e deu um grande exemplo de liderança!

CONCLUSÃO

O cargo de Presbítero exige muita responsabilidade e bom testemunho. Quem se dedica a essa função, muitas vezes, é mal interpretado. Mas a verdade é que a Igreja do Senhor precisa de pessoas aptas para ensinar e aconselhar os pastores em situações difíceis. Oremos pelos presbíteros.

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