EBD – Resistindo à Tentação no Caminho – Lição 9 – 2º trimestre 2024

EBD - Resistindo à Tentação no Caminho - Lição 9 - 2º trimestre 2024

EBD – Resistindo à Tentação no Caminho – Lição 9 – 2º trimestre 2024

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes |2 de Junho de 2024

TEXTO ÁUREO

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26.41).  A maneira de vencer a tentação é conservar-se alerta e orar. Manter-se atento significa estar consciente das possibilidades de ser tentado, é perceber a sutileza da tentação e estar espiritualmente equipado para vencê-la. Pelo fato de a tentação atingir-nos onde somos mais vulneráveis, não podemos resistir sozinhos. A oração é essencial porque o poder de Deus pode fortalecer nossas defesas e derrotar o poder de Satanás.

VERDADE PRÁTICA

No lugar de ceder à tentação, é melhor triunfar sobre ela. E a melhor maneira de triunfar sobre a tentação é usando a palavra de Deus.

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LEITURA DIÁRIA

Segunda – Gn 3.1-5

A tentação que se origina do Diabo e seus ardisOra, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?

2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,

3 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.

4 Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. 2Co 11:3;

5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. Jo 8:44;

Terça – Tg 1.14,15

A tentação que se origina de dentro do ser humano  Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.

15 Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.

Quarta – 1 Co 10.13

Toda tentação faz parte da esfera humana 13 Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.

Quinta – Ef 6.11,17

Vencemos a tentação com a Palavra de Deus 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;

17 Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus,

Sexta – Rm 12.2

Não se conformando com os apelos do mundo 2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Sábado – 2 Tm 2.22

A melhor estratégia é fugir da tentação 22 Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 4.1-11

1 – Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.

2 – E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;

3 – E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.

4 – Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

5 – Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,

6 – e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.

7 – Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.

8 – Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.

9 – E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.

10 – Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.

11 – Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.

Hinos Sugeridos: 46, 289, 298 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que o crente é desafiado cotidianamente a abandonar a fé em Cristo. Isso pode acontecer por meio da tentação. Por isso, veremos como ocorre a tentação e como nosso Senhor lidou com essa situação. Aprenderemos também que a resistência à tentação requer o firme posicionamento contra o pecado e o compromisso com a prática da Palavra de Deus.

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  1. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

  2. A) Objetivos da Lição:
  3. I) Conceituarbiblicamente o que é tentação e os seus aspectos na esfera humana;
  4. II) Mostrarcomo nosso Senhor Jesus lidou com a tentação;
  5. III) Apontar a estratégia para o crente resistir à tentação.
  1. B) Motivação: Como vimos na lição, a tentação é um processo que ocorre na esfera da natureza humana. Nesse sentido, autoexame é indispensável para o crente lidar com as suas limitações e fraquezas. Fomente a discussão sobre as áreas da natureza humana que precisam ser fortalecidas para que o crente não se torne presa fácil da tentação.

 

  1. C) Sugestão de Método: O primeiro tópico da lição destaca que nosso Senhor foi tentado por Satanás em três áreas específicas. A intenção de Satanás era desviá-lo de seu propósito neste mundo. Semelhantemente, o apóstolo João aponta três áreas da natureza humana em que ocorrem os desejos para pecar: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1 Jo 2.16, 17). Convide os seus alunos a conceituarem cada uma dessas áreas e a compreender a importância de lidar com cada um desses aspectos no tocante à tentação.

 

  1. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

  2. A) Aplicação: Jesus nos concedeu o exemplo de fidelidade a Deus e nos mostrou que a aplicação das Escrituras Sagradas em nosso cotidiano é ferramenta indispensável para vencer as tentações. Endosse aos alunos que a perseverança nessas virtudes resultará em uma vida espiritual próspera neste mundo e, por conseguinte, a entrada na vida eterna (2 Pe 1.10-12).
  3. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

  4. A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p. 40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
  5. B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Tentação”, localizado depois do primeiro tópico, aponta o conceito de tentação no contexto bíblico; 2) O texto “A Tentação de Jesus”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito da tentação que nosso Senhor suportou no deserto, bem como a estratégia do Mestre para vencer as investidas de Satanás.

EBD – Resistindo à Tentação no Caminho – Lição 9 – 2º trimestre 2024

INTRODUÇÃO

A tentação é algo que o crente enfrentará ao longo de sua jornada. Precisamos nos conscientizarmos disso. Não por acaso, o Senhor Jesus nos ensinou a orar de modo que Deus não deixasse que caíssemos em tentação (Mt 6.13 – NVT). 13 +E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém. Por isso, nesta lição, estudaremos o conceito bíblico de tentação, a maneira como nosso Senhor a enfrentou no deserto e como devemos resisti-la. Veremos que é imperioso essencial indispensável seguir a recomendação de Jesus Cristo a respeito de vigiar e orar para não cedermos à tentação ao longo da caminhada (Mt 26.41). 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Quando o vigilante não vigia o ladrão leva mercadoria.

PALAVRA-CHAVE: TENTAÇÃO

I – A TENTAÇÃO E SUA ESFERA HUMANA

1. Conceito bíblico de tentação.

Na Bíblia, a palavra “tentação” descreve situações em que somos colocados à prova, confrontados com a escolha entre o que é certo e o que é errado.
Na Bíblia, três palavras aparecem para conceituar “tentação”. A primeira é a palavra hebraica massáh, que significa “teste”, “provação” (Dt 4.34; 9.22; Sl 95.8). Quando os israelitas estavam no deserto, Deus os testou para ver se confiavam nele (Deuteronômio 4:34).  A segunda e a terceira são palavras gregas respectivamente: peirasmós, “teste”, “prova”, aparecendo 25 vezes no Novo Testamento (At 20.19; 1 Co 10.13; Tg 1.2,12); e o verbo peirázō, testar, submeter à prova (Jo 6.6; Gl 6.1; Ap 2.2,10), ocorrendo aproximadamente 36 vezes no Novo Testamento. Assim, podemos dizer que tentação é um experimento, teste ou prova diante de uma atração para fazer o mal a fim de obter prazer ou lucro. A tentação é como um desafio que enfrentamos, uma escolha entre fazer o que é certo ou o que é errado. É como se estivéssemos sendo testados para ver se vamos seguir o caminho de Deus ou ceder aos nossos desejos egoístas.

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  1. Duas vias da tentação.

De acordo com a Palavra de Deus, a tentação pode vir primeiramente do Diabo (Gn 3) onde Satanás tentou Eva a desobedecer a Deus e, também, de dentro do ser humano (Tg 1.14,15). 13 Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. 14 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. 15 Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Ela tem origem no Diabo quando o seu objetivo, semelhantemente ao que aconteceu com Jesus, é de desviar-nos da rota de nossa missão e propósito de vida estabelecido por Deus. Já a que nasce de dentro do ser humano tem a ver com os vícios da alma quando, no lugar de darmos primazia ao fruto do Espírito, entregamo-nos à atração, ao engodo e ao deleite da concupiscência da carne. Ambas as vias da tentação se processam na esfera humana. Afetando nossos pensamentos, emoções e escolhas. Às vezes, enfrentamos influências externas que tentam nos desviar do caminho de Deus, enquanto outras vezes cedemos à tentação por causa de desejos pecaminosos que surgem de dentro de nós mesmos.
  1. Tentação: um fenômeno humano ou uma experiencia.

Na Epístola de Tiago está escrito: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13).  Deus nunca é visto como a fonte da tentação, aquela que nos leva ao mal. Pelo contrário, a tentação surge da nossa própria natureza pecaminosa, que nos inclina para os desejos pecaminosos que residem em nosso interior.  É verdade que há a provação que vem da parte de Deus para aperfeiçoar o caráter do crente (Tg 1.2,4; 2 Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, Mt 5:11; Rm 5:3; 1Pe 1:6; 3 sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Rm 5:3; 1Pe 1:7; 4 Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. Mt 5.48; 1 Pe 1.7). 7 para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo; embora Deus teste ou prove as pessoas em algumas passagens da Bíblia, esse teste não tem a intenção de levá-las ao pecado, como acontece com a tentação. Os testes de Deus têm o propósito de fortalecer a fé, a confiança e a fidelidade da pessoa, como vemos no exemplo de Abraão (Gênesis 22:1-19). Contudo, um teste que incita ao mal não vem de Deus, ou seja, as ações que evidenciam uma vida dominada pelas paixões carnais são de inteira responsabilidade humana (Mt 5.28; Rm 8.6). Ainda que o Inimigo possa nos persuadir a cair em tentação, esta se dá no campo da esfera humana e terrena (1 Co 10.13). 13 Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.  É importante reconhecer que a tentação é uma batalha espiritual na qual devemos decidir entre seguir a vontade de Deus ou ceder aos desejos da carne ou às influências malignas. Essa escolha revela a força ou a fraqueza da nossa fé e comunhão com Deus.

SINÓPSE I

A tentação é um fenômeno que ocorre na esfera da natureza humana.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Tentação

“Os termos gregos e hebraicos traduzidos como ‘tentar’ e ‘tentação’ também aparecem no mau sentido de ‘induzir ao pecado’. O Diabo é acusado de ser o instigador de tais provas (Mt 4.3; 1 Ts 3.5, 6). Até mesmo na vida dos cristãos ele exerce grande pressão para o pecado (1 Co 7.5; 1 Ts 3.5; Ap 2.10). Sucumbir a tais tentações pode demonstrar que a profissão do cristão não é sincera (Lc 8.13).

A tentação para pecar frequentemente se origina de pensamentos malignos e da concupiscência (Tg 1.14); provocações às quais um forte desejo por riquezas bem pode se juntar (1 Tm 6.9). Contudo, a tentação para pecar nunca vem de Deus (Tg 1.13). O cristão deve orar por libertação de todas essas tentações (Mt 6.13; lc 11.4).

A tentação, no mau sentido, também pode tomar a forma de testar o outro na esperança de expor seus pontos fracos, e usá-los contra a própria pessoa. Os inimigos de Cristo frequentemente tentaram empregar essa tática contra Ele (cf. Mt 16.1; 19.3; 22.35; Lc 20.23)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1908).

II – O SENHOR JESUS E A TENTAÇÃO

  1. A provação do Senhor Jesus.

De acordo com o Evangelho de Mateus, após o batismo de Jesus, o Espírito Santo o conduziu ao deserto (cf. Mc 1.12,13; Lc 4.1,2). Jesus, conforme nos ensina a Bíblia, viveu como Deus-homem, totalmente humano e totalmente divino (1 Timóteo 3.16). Assumindo a natureza humana, Ele experimentou todas as dificuldades e tentações que qualquer ser humano enfrenta, mas sem pecar (Hebreus 4.15).  Foram 40 dias sendo tentado por Satanás, uma intensa batalha espiritual contra o Adversário, o “príncipe deste mundo” (Jo 16.11; cf. Ef 2.2). Quando lemos sobre a tentação de Jesus no deserto, vemos um momento crucial em que Ele enfrentou as investidas do Mal.  O objetivo de Satanás era fazer com que Jesus desviasse de seu propósito, satisfazendo desejos e necessidades, contrariando a vontade de Deus (cf. Jo 4.34). ). 34 Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra. Por isso, houve um ataque intenso do Maligno contra nosso Senhor, que resistiu sabiamente por meio da oração, do jejum e da Palavra. Embora fisicamente frágil, o Senhor Jesus estava espiritualmente forte. A vitória de Jesus sobre a tentação como homem é um exemplo encorajador para todos nós. Ele mostrou que é possível resistir aos desejos pecaminosos e permanecer fiel a Deus.
  1. As áreas que Jesus foi tentado.

Podemos dizer que Jesus Cristo foi tentado em três áreas: a área física, a natureza divina e a área espiritual. Na área física, o Diabo o tentou pedindo que transformasse pedras em pães, após sentir fome devido ao processo de jejum, pois isso revelaria que Ele era o Filho de Deus (Mt 4.3). Essa tentação estava relacionada às necessidades básicas do corpo humano, mostrando que o inimigo tenta nos levar a satisfazer nossos desejos de forma egoísta e imediata. Na área da natureza divina, o Diabo tenta Jesus pedindo que Ele se atirasse do pináculo do Templo, pois os anjos o guardariam (Mt 4.5,6). Essa tentação visava desviar Jesus de sua missão e levá-lo a buscar reconhecimento humano em vez de seguir a vontade do Pai. Na área espiritual, o Diabo tenta nosso Senhor, desafiando-o a evitar o caminho da cruz para estabelecer um reino pela sua força, o que seria prontamente aceito pelos judeus; mas era necessário apenas uma coisa: Jesus deveria adorar o Diabo (Mt 4.9). Essa tentação procurava afastar Jesus do caminho da cruz e seduzi-lo com a promessa de poder terreno, revelando como o inimigo usa enganos para nos afastar de Deus e nos levar à idolatria. Assim, podemos dizer que o nosso Senhor foi tentado na área física, com as necessidades humanas; em sua natureza divina, com a ideia de ostentar seus divinos atributos ao público; e na área espiritual, no sentido de idolatrar outro ser.

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APLICATIVO - DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA

EBD – Resistindo à Tentação no Caminho – Lição 9 – 2º trimestre 2024

  1. Como Jesus venceu a tentação?

Nosso Senhor venceu o Diabo com a Palavra de Deus. Jesus não apenas resistiu à tentação, mas também nos mostrou como podemos fazê-lo, confiando plenamente na Palavra de Deus e permanecendo fiéis aos seus princípios. Em todas as áreas da tentação, Ele respondeu: “Está escrito”. Ao citar as Escrituras em resposta às tentações do Diabo, Jesus nos ensinou a importância de conhecer e aplicar a Palavra de Deus em nossas vidas. Ele demonstrou um conhecimento profundo das Escrituras, mostrando-nos que a Palavra de Deus é nossa arma mais poderosa contra as investidas do inimigo. Na primeira tentação, Ele disse: “Está escrito: nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4).  Segunda tentação, Ele disse: Está escrito: “Não tentarás ao Senhor teu Deus” (Mt 4.7). Na terceira tentação, Ele disse: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (Mt 4.10). Jesus não cedeu às interpretações distorcida do Diabo, mostrando-nos a importância de interpretar corretamente as Escrituras e não distorcê-las para atender aos nossos próprios desejos ou aos propósitos malignos. Nessa batalha espiritual contra o Diabo, nosso Senhor sempre apelou para a exposição da Palavra de Deus. Isso significa que Ele via a Escrituras como autoridade suprema de fé e de prática. Assim, ao lado da oração e do jejum, conforme já estudamos, devemos vencer o Inimigo e seus ardis tentadores com a Palavra de Deus (Ef 6.11,17). 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; 17 Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus
 Imitemos o nosso divino Mestre!

SINÓPSE II

Nosso Senhor venceu o Diabo com a Palavra de Deus.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

A Tentação de Jesus
“Jesus, além de citar a Escritura, dirigiu-se ao Diabo diretamente.
Em geral, Ele evitava diálogo com poderes demoníacos e os proibia de falar, mas aqui Ele ordenou que o Diabo saísse. A prática de Jesus está em contraste total com a prática popular de arengas discussões longas com o Diabo no contexto da oração. O fato de Jesus sofrer estas tentações é parte de sua identificação última com a humanidade. Ele se tornou ser humano. Ele ficou adulto e entrou nas águas purificadoras de nosso batismo, embora não tivesse pecado. […] Omestre sofreu tentações; suportar e não se entregar causam angústia e dor. Ele não precisava ter uma ‘natureza pecadora’ para ser tentado e suportar a dor da declaração: ‘Não’” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento – Mateus-Atos. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 31, 32).

III – RESISTINDO À TENTAÇÃO

  1. Todos somos tentados.

Por mais que observemos as disciplinas da oração, do jejum e da leitura da Palavra, o Inimigo não deixará de nos tentar. A tentação é uma realidade inevitável para todos nós, independentemente de quão dedicados sejamos à nossa vida espiritual. Mesmo aqueles que praticam a oração, o jejum e estudam a Palavra de Deus não estão imunes a ela. Por esse motivo, temos de estar conscientes a respeito, visto que vivemos em uma cultura pós-moderna que, por meio de seus artistas, escritores, filósofos e, até mesmos “teólogos”, intentam naturalizar o relativismo, procurando nos moldar conforme seus costumes mundanos. Diante disso, somos encorajados pelas Escrituras a assumir a postura de Cristo e a não se conformar com este mundo (Rm 12.2). 2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais Ele nos capacita a resistir à tentação e a permanecer fiéis a Ele.
  1. Rejeite a tentação!

Há uma célebre frase do reformador Martinho Lutero: “Você não pode impedir que os pássaros voem sobre sua cabeça, mas pode impedir que eles se instalem com seus ninhos!”. Embora não seja um versículo da Bíblia, a frase revela uma verdade que encontramos na Palavra de Deus. Podemos percebê-la na fuga de José diante da mulher de Potifar (Gn 39.12); José enfrentou uma forte tentação quando a esposa de Potifar tentou seduzi-lo, mas ele escolheu fugir da situação, recusando-se a ceder ao pecado. na atitude de Jó em fugir do mal (Jó 1.1). Jó se recusou a ceder à tentação, mesmo quando enfrentou circunstâncias extremamente difíceis em sua vida. Assim, não podemos impedir que a tentação apareça, mas, com a força do Espírito Santo, podemos evitar que ela nos domine. Por isso, precisamos seguir o que o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo: “Fuja de tudo que estimule as paixões da juventude” (2 Tm 2.22 – 22 +Fuja de tudo que estimule as paixões da juventude. Em vez disso, busque justiça, fidelidade, amor e paz, na companhia daqueles que invocam o Senhor com coração puro. NVT). Paulo nos lembra que devemos evitar tudo o que possa estimular as paixões da juventude, buscando sempre manter-nos longe das influências que nos levam ao pecado. Portanto, ao longo da nossa jornada, a melhor estratégia é fugir da tentação.
  1. Arrependa-se!

No meio da nossa caminhada, é possível que o crente ceda a tentação e, por isso, rompa a comunhão com Deus. Quando cedemos à tentação e pecamos, isso pode nos afastar da comunhão com Deus. Contudo, é possível restabelecer o relacionamento com Ele por meio da confissão de pecados, arrependimento e quebrantamento espiritual. Existe um caminho de restauração disponível para aqueles que se arrependem e confessam seus pecados diante de Deus. Há um caminho de cura e restauração para quem age dessa maneira (Pv 28.13). 13 O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. Por essa razão, em caso de ceder à tentação, não tentemos nos justificar, culpar os outros ou ignorar os atos pecaminosos. O caminho divino é o da confissão e arrependimento para desfrutar o perdão. A Palavra de Deus nos assegura que, quando confessamos nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça (1 João 1:9).

SINÓPSE III

Somos encorajados a assumir a postura de Cristo e a não se conformar com este mundo.

CONCLUSÃO

Semelhante ao Senhor, que foi tentado em tudo, mas não pecou (Hb 2.18; 4.15); 15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. 16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Podemos seguir o caminho de não sermos seduzidos pela tentação. Assim, podemos desfrutar mais de uma vida em santidade e comunhão com Deus. Por isso, ao oferecermos resistência à tentação ao longo da jornada, lograremos êxito e receberemos a coroa da vida (Tg 1.12). 12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.

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REVISANDO O CONTEÚDO

  1. De acordo com a lição, como podemos conceituar tentação?

Tentação é um experimento, teste ou prova diante de uma atração para fazer o mal a fim de obter prazer ou lucro.

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  1. Quais são as duas vias da tentação?

De acordo com a Palavra de Deus, a tentação pode vir primeiramente do Diabo (Gn 3) e, também, de dentro do ser humano (Tg 1.14,15).

 

  1. Em quais áreas o Senhor Jesus foi tentado?

Podemos dizer que Jesus Cristo foi tentado em três áreas: a área física, a natureza divina e a área espiritual.

 

  1. Para o que o Senhor Jesus sempre apelou contra o Diabo?

Nessa batalha espiritual contra o Diabo, nosso Senhor sempre apelou para a exposição da Palavra de Deus.

 

  1. Qual é a melhor estratégia diante da tentação?

A melhor estratégia é fugir da tentação.

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VOCABULÁRIO

Engodo:  qualquer tipo de cilada, manobra ou ardil que vise enganar, ludibriar outrem, induzindo-o a erro.

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