EBD – Sede santo porque eu sou santo – Lição 12 pré – adolescentes
Introdução
O que significa santidade? Qual a importância da santificação para o crente? Por que devemos buscar a santidade? Ora, “ao pé da letra” santidade significa “separação”. Mas separação de que? Separação do mundo, para uma vida com Deus, que é santo.
Como veremos adiante, a santidade também era atribuída a instrumentos e utensílios, que uma vez consagrados para a obra e o serviço no tempo, não poderiam ser utilizados pelos levitas para outras funções. Veja, portanto, quão mais importante não seria a santidade para nós, instrumentos vivos nas mãos do Senhor.
Além disso, precisamos entender que a santidade é um verdadeiro parâmetro estabelecido pelo próprio Deus para aqueles que desejam herdar as moradas celestiais. Isso porque, apesar de a salvação não ser mérito do homem e vir totalmente de Deus, pela graça e pela fé, entendemos que há um somatório de características exigidas pelo Senhor para aqueles que são conhecidos como cidadão do céus (Sl 15). Portanto, na vinda do Senhor, Ele procurará aqueles que lavaram as suas vestes no sangue do cordeiro, e que provaram do novo nascimento em Jesus.
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1. A SANTIDADE É NECESSÁRIA
Como será possível ser separado do mundo se nós vivemos neste mundo? Essa pergunta pode parecer contraditória, mas não é, considerando que fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5.13-16). O Senhor nos chamou para ser diferentes em meio a uma geração perversa, que ignora o pecado e nega a Deus. Vivemos no mundo, mas não somos deste mundo (Jo 15.19). Veja algumas atitudes para manter-se santo(a):
Antes de entrarmos nos tópicos, devemos frisar: apesar de estarmos neste mundo, nós não somos do mundo. Por quê? Porque a nossa caminhada aqui aponta para a eternidade, visto que o mundo e tudo que nele há é passageiro. Desse modo, a nossa conduta deve ser guiada pelo padrão estabelecido pelo Senhor, conforme veremos abaixo.
a. Afastar-se do pecado (1 Ts 4.3-5).
A palavra “santo” significa separado ou consagrado a Deus. Fomos separados por Deus para servi-lo. Por isso que a santidade é necessária em nossas vidas. Não podemos viver para Deus e andar na prática do pecado.
A santidade é antes de tudo um dos aspectos presentes na natureza de Deus. O Senhor é Santo, e importa que os seus servos também sejam santos. Talvez o seu aluno te questione: “Mas por que eu preciso ser santo?”. Veja que a própria natureza nos dá a resposta sobre a “separação das coisas”. Dia e Noite, Luz e Trevas, Verão e Inverno, entre outros institutos “naturais”. Espiritualmente seguimos no mesmo entendimento; o sagrado e o profano não se misturam.
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Para ficar um pouco mais claro, lembremos que incialmente a “classificação” entre sagrado e profano era direcionada a objetos e utensílios. Ora, todos os utensílios que eram usados para o ofício ministerial na casa do Senhor eram consagrados e santificados, de modo que para nenhuma outra finalidade deveria ser utilizado. Imagine agora tal aplicação para nós, instrumentos vivos nas mãos do Senhor, quanto mais não devemos nos santificar e nos separarmos do mundo?!
b. Rejeitar as obras da carne.
O nosso corpo é o templo do Espírito Santo e a porta de entrada desse templo são nossos olhos. Não permita que as obras da carne encontrem lugar em você através das coisas mundanas que estão na TV, internet e redes sociais.
Esse tópico é extremamente importante para diferenciamos dois institutos: Santidade e Pureza. Perceba que tudo aquilo que é santo é puro, mas não necessariamente aquilo que é puro é também santo.
– “Como não?”, perguntaria o nosso aluno.
Veja o exemplo do jovem rico (Mt 19:16-30), que perguntou ao Mestre o que era preciso fazer para herdar a vida eterna. O Senhor Jesus, antes, perguntou se ele conhecia os mandamentos. Ele disse que sim; e que os observava desde a sua mocidade. Ora, parece que estamos de uma pessoa que se purifica (que não se contamina), correto? Mas, faltava-lhe algo mais, que era a santificação (a separação). Essa palavra não busca “afrouxar” o nosso entendimento, mas trazer mais seriedade ainda, visto que a pureza é o primeiro passo a ser dado, para então buscarmos viver uma vida de santidade diante de Deus. Portanto, caro aluno, rejeitar as obras da carne é primordial, e é uma característica de todo “novo nascido”, que são aqueles que sepultaram as concupiscências deste mundo a fim de praticarem a vontade de Deus.
c. Recusar o engano e a mentira (1 Ts 4.6-8).
Outra forma de pecado que muitos crentes estão envolvidos. O engano e a mentira são as especialidades de Satanás (Jo 8.44). O cristão que vive mentindo e enganando as pessoas não é filho de Deus e nem tampouco é santo.
Quem deu um passo para Cristo e entregou a sua vida para o Senhor, precisa entender que o seu modo de viver deve ser inteiramente transformado. Aquele que roubava, não roubará mais. Quem adulterava, não adulterará mais. Aquele que tomava em seus lábios palavras torpes, não o fará mais; e tudo isso é um verdadeiro “antes e depois” (antes de Cristo e depois de Cristo). Ora, a mentira e o engano não são menores do que esses e outros pecados, de modo que trais práticas também devem ser abandonadas por aqueles que invocam o nome do Senhor.
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d. Viver em honestidade (1 Ts 4.11,12).
Quem é honesto não engana ou convence o próximo prometendo o que não pode cumprir. Antes, ajuda o próximo no que estiver ao seu alcance, trabalha de forma correta. E quem vive assim será admirado até mesmo por quem não é cristão.
A desonestidade é uma característica que muito se distancia dos parâmetros estabelecidos pelo Senhor. O nosso Senhor Jesus é justo e verdadeiro, e nós como seus discípulos devemos ser seus imitadores.
2. SANTIDADE E COMUNHÃO COM DEUS
Santidade e comunhão são dois aspectos que andam juntos. A Palavra de Deus é muito clara quando afirma que sem santificação ninguém pode ver a Deus (cf. Hb 12.14). À medida que o crente se santifica sua comunhão com Deus aumenta mais. O relacionamento com Deus exige confiança e compromisso com a sua Palavra. Se quisermos conquistar a confiança de Deus é necessário ser santo em toda a maneira de viver. Não podemos ter grandes responsabilidades da obra de Deus e viver nos pecados do mundo.
Aqueles que se santificam, além de se distanciarem do pecado, se aproximam de Deus; e aquele que se achegar para o Senhor, de maneira alguma será lançado fora (Jo 6:37). Isso significa que ao nos aproximarmos de Deus, elevamos o nosso nível de comunhão, e consequentemente “estreitamos” o nosso relacionamento. A Bíblia nos mostra que a melhor coisa para o homem é ser amigo de Deus, pois Ele jamais nos desamparará.
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a. Moisés, um exemplo de santidade.
Moisés foi chamado por Deus para uma missão quase impossível. Deus poderia escolher qualquer outra pessoa para liderar o seu povo. Porém, Ele escolheu Moisés porque ele não se contaminava com os pecados do mundo (Hb 11.24,25). Além de santo, Moisés tinha tanta intimidade com Deus que o Senhor falava com Moisés face a face (Êx 33.11). Deus se revelou a Moisés diretamente (Êx 3.13,14). Somente Moisés poderia subir o monte para falar com Deus (Êx 19.23).
A história de Moisés é muito conhecida, e não é nosso objetivo trazer essa narrativa. O ponto que nos chama à atenção é o fato de que desde pequeno moisés foi sido criado e crescido entre os pagãos. O palácio onde crescera era repleto de magos e encantadores, e as práticas daquela nação era de todo contaminada, além de conviverem com a idolatria. Portanto, é louvável o fato de Moisés ter crescido nesse ambiente e mesmo assim ter permanecido no temor do Senhor.
b. O profeta Daniel, um exemplo de intimidade com Deus.
Daniel e seus amigos foram levados para habitar no meio de um povo entregue a idolatria e nunca se contaminaram com os pecados da Babilônia (Dn 1.8). Daniel e seus amigos se santificaram e foram abençoados por Deus. Mas o nível de intimidade de Daniel com Ele foi maior do que com qualquer outro (Dn 1.17). Deus o chamava de homem muito amado (Dn 9.23; 10.11,19). E, como fruto dessa intimidade com o Pai, Daniel foi abençoado com a interpretação de sonhos e com revelações sobre o que vai acontecer nos últimos dias.
Após a invasão dos babilônios no Reino do Sul, alguns dos judeus levados cativos foram escolhidos para fazer parte do reino da Babilônia (selecionaram aqueles julgados como sábios e de boa aparência). Dentre os escolhidos encontravam-se Daniel e seus amigos. Feita essa contextualização, importa-nos mencionar que a vida desses jovens a partir de então seria muito diferente, pois a nação que eles agora morariam era uma nação pagã, com deuses, práticas e costumes estranhos àqueles em que estavam habituados. Entretanto, esses jovens decidiram não se corromper com os manjares do rei, e não se contaminaram com aquele ambiente (apesar de ali estarem). Sobretudo em Daniel havia uma porção especial de sabedoria e interpretação de sonhos e visões. Isso só era possível graças a sua comunhão com Deus; intimidade essa desenvolvida através da oração e renúncia.
3. ELE VOLTARÁ PARA BUSCAR UM POVO SANTO
O Senhor Jesus prometeu que iria para o Pai e prepararia uma morada celestial para os seus seguidores. Quando Ele voltar, levará um povo santo para habitar nesse lugar (Jo 14.2,3). Isso significa que há algumas condições para herdar esse lar celestial. Essas condições estão ligadas a santidade. O Salmo 15 aponta as características dos santos que vão morar no céu: ser sincero, justo e verdadeiro com o próximo (v. 2); não falar mal nem fazer maldade com o próximo (v. 3); não ser conivente com os erros dos outros; falar bem dos que servem a Deus; cumprir o que promete mesmo tendo prejuízo (v. 4); não emprestar dinheiro com juros e nem aceitar dinheiro para prejudicar os inocentes (v. 5).
É verdade que a salvação é alcançada não por meio das obras, mas por meio da fé em Jesus Cristo, através de graça salvadora. Isso significa que a salvação não é meramente “conquistada” pelo homem, mas oferecida como um dom pelo próprio Deus. Entretanto, apesar disso, não podemos dizer que estamos isentos de obrigações. Aliás, sobre nós está a missão de mantermos uma vida de santidade, pois este é um verdadeiro parâmetro estabelecido pelo Senhor Jesus e que deve ser seguido por nós. Ou seja, os cidadãos do céu (como está descrito no Salmo 15) possuem características em comum, e tais características são próprias daqueles lavados e remidos no sangue de Jesus. Esses são aqueles que o Senhor reunirá na sua vinda, e levará como um só povo para os céus de glória, conforme a sua própria promessa.
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a. A santificação e a volta de Cristo.
O próprio Cristo prometeu voltar para buscar os santos. Sendo assim, é preciso crer nas promessas de Cristo e se preparar para sua vinda. Essa preparação é a santificação do nosso corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23). Lembrem-se sempre da parábola das Dez Virgens (Mt 25.1-13). Cinco estavam preparadas. As outras cinco estavam distraídas e não tinham azeite de reserva. Quando o noivo chegou sem avisar, as que estavam prontas puderam entrar para o casamento, porém as outras cinco ficaram de fora e ouviram uma triste sentença: “Não sei quem são vocês”. Semelhantemente, os crentes devem estar preparados para encontrar com o Senhor no Dia da sua Volta, e a santidade faz parte dessa preparação.
O Senhor Jesus veio ao mundo como homem porque convinha cumprir a lei enquanto homem. Além disso, toda a sua vida aqui na terra nos serve de exemplo de conduta a ser seguida. Se alguém tiver dúvidas sobre como deve proceder ao longo da sua jornada, basta olhar para as pisadas de Jesus Cristo, pois os seus caminhos são verdade e vida. O próprio Apóstolo Paulo disse: “sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1 Co 11:1). Isso significa que ele era um fiel observador da palavra de tal maneira que se prontificava como um exemplo a ser seguido (por ter tanta certeza de que estava verdadeiramente “imitando” o Senhor Jesus). Eis que Jesus em breve voltará, e Ele levará consigo aquele que guardar os seus caminhos até o fim.
b. O apóstolo Paulo também fala da volta de Cristo.
Quando Jesus voltar os santos que morreram ressuscitarão e, logo a seguir, os santos que estiverem vivos serão arrebatados. Juntos, encontrarão o Senhor e ficarão para sempre com Ele (1 Ts 4.15-17). O apóstolo Paulo ensina aos crentes de Tessalônica que era necessário santificar-se, pois a volta de Cristo é certa. Se você, caro(a) pré-adolescente, quer habitar com Jesus na morada celestial, seja santo como Deus é Santo.
Cristo foi o primeiro de muitos na ressurreição. Assim como a morte foi incapaz de conter o filho de Deus, nós, que recebemos o direito de também sermos feitos filhos de Deus (Jo 1:12), também herdaremos a vida. Os que nesta vida morreram, ressuscitarão para a vida eterna; e os que foram arrebatados por Cristo, de maneira alguma provarão da segunda morte. Tudo isso só foi possível pelo perfeito sacrifício da cruz do calvário, mas para nós é exigida a busca pela santificação.
CONCLUSÃO
Por fim, é importante compreender que a comunhão com Deus é aprofundada à medida que nos santificamos. Que possamos nos santificar e ter intimidade com Deus para que sejamos protegidos de todo o mal (Jo 17.12-17).