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EBD – SOBRE AS FALSAS AMIZADES – LIÇÃO 2 PRÉ ADOLESCENTES

EBD – SOBRE AS FALSAS AMIZADES – LIÇÃO 2 PRÉ ADOLESCENTES

CONHECENDO + DE DEUS

Você sabe qual a origem e o significado da palavra amizade? Ela vem do latim amicus (amigo), que tem sua origem na palavra amore (amor). Tem também sua origem na palavra grega philia que significa amor. Assim, a amizade é uma relação de afeto entre pessoas. Envolve respeito, lealdade, carinho, sinceridade, apoio, proteção e cuidado. É bom ter amigos, mas é muito importante saber selecioná-los.

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  1. AMIGOS? SERÁ?

Você já se perguntou por que Deus compara seus servos com ovelhas que estão no meio de lobos (Mt 10.16)? As ovelhas são animais indefesos, fáceis de serem caçados por predadores. Já os lobos são espertos, ágeis, caçadores natos e os principais predadores das ovelhas. Há falsos amigos que são verdadeiros lobos em pele de ovelha. É preciso ter cuidado.

  1. a) O cuidado com as falsas amizades. Jesus usou a comparação das ovelhas em meio aos lobos para ilustrar a nossa fragilidade, dependência em relação a Ele (Jo 10.11) e sobre os perigos que corremos neste mundo. Ele também destacou que os discípulos deveriam ser espertos como as cobras e simples como as pombas (cf. Mt 10.16). Isso significa que é preciso estar atento, pois há pessoas que não são confiáveis. Na verdade, são como lobos em pele de ovelhas. Por isso é tão importante não acreditar em qualquer conselho ou convite que chegue aos seus ouvidos.

É muito bom conservarmos a boa essência dentro de nós, agindo com pureza e genuinidade. A ausência de “maldade” é indicativo de um bom coração. Todavia, quando essa qualidades são associadas à ingenuidade podemos nos tornar presas fáceis aos “lobos” (os falsos; os sagazes).

O conselho, portanto, é de que sim, conservemos a pureza, pois se os nossos olhos forem bons todo o nosso corpo será cheio de luz (Mt 6:22); mas ao mesmo tempo de que desenvolvamos maturidade e discernimento para evitarmos toda aparência do mal (1 Ts 5:22). Lembrem-se sempre de que a inocência e a pureza não se confundem com a ingenuidade e a imaturidade.

  1. b) Escolhendo boas amizades. Escolher com cuidado suas amizades é indispensável. Como vimos acima, a amizade implica em respeito, apoio e cuidado com o outro. Se um(a) amigo(a) não respeita sua fé em Deus, incentiva você a mentir, a desonrar seus pais; ou se esta pessoa apoia você em situações que desagradam ao Senhor, então ela não é um(a) bom(a) amigo(a).

Não é proibido termos amigos entre os colegas em geral, mas é evidente que o aconselhável é que se cultive amizades principalmente entre os nossos irmãos da igreja, além dos nossos familiares. Escolher um amigo do grupo de adolescentes via de regra não é uma tarefa difícil, se é que todos nós estamos andando na luz. O primeiro passo é você em si ser um bom amigo, e assim, cada um entregando o seu melhor, seremos bons amigos uns dos outros.

Esse assunto é importante porque geralmente o nosso comportamento costuma ser similar ao do grupo em que convivemos. Dessa maneira, se o nosso grupo for de más amizades, existe uma tendência de que o nosso comportamento também seja afetado (para o mal). Portanto, estejamos vigilantes!

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  1. c) Os falsos amigos não entendem os propósitos de Deus. Os falsos amigos não compreendem os propósitos divinos para sua vida e podem ser impedimento para você fazer a vontade de Deus. O apóstolo Paulo orientou aos coríntios que as más companhias estragam os bons costumes (1 Co 15.33). Tenha cuidado com o que você ouve.

Ter um falso amigo te dará muito trabalho; entenda isso! Você ficará “o tempo inteiro” tentando convencer uma pessoa que não quer ser convencida, e isso acabará atrapalhando a sua jornada. Um bom termômetro para saber se a sua amizade é boa ou ruim é avaliar se o seu amigo entende os propósitos de Deus. Se ele entende e te ajuda a trilhar nos caminhos do Senhor, então esse é um bom amigo. Do contrário, se esse colega não entende e ainda busca te afastar dos caminhos do Senhor, então essa não é uma boa companhia.

 

  1. DIGA-ME COM QUEM ANDAS!

Somos influenciados por nossas amizades. É preciso ter cuidado com as falsas amizades. O crente foi chamado para influenciar o mundo, e não para se deixar ser influenciado por ele (cf. Mt 5.13-16).

  1. a) O perigo das falsas amizades. As falsas amizades são muito perigosas e podem nos levar a fazer coisas erradas que desagradam a Deus. Pensando em nos aconselhar, Davi e Salomão, reis de Israel, falaram sobre a importância de se evitar tais companhias e do quanto elas podem nos influenciar a agirmos em conformidade com o mundo (SI 1.1; Pv 1.10-19).

Amigos bons são aqueles que possuem bons conselhos para nos dar. Agora eu te pergunto; qual o conselho que o ímpio tem para você, visto que os seus ideais são diferentes? Nesse sentido o salmista escreveu “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios” (Sl 1:1).

  1. b) Somos influenciados por nossas amizades. Você pode estar dizendo “Eu sei me cuidar e não vou deixar ninguém me influenciar”. Seria bom se, de fato, pudéssemos nos cuidar sozinhos. Lembra da comparação que Jesus fez em relação às “ovelhas no meio de lobos”? Assim somos nós no meio das amizades erradas. Se, porventura, não nos cuidarmos, seremos tragados sem ao menos percebermos (Pv 22.24,25).

Existem diversas citações bíblicas sobre o poder da influência. Dentre elas uma das mais emblemáticas é o conselho do Apóstolo Paulo aos coríntios, no sentido de que “as más companhias corrompem o bom caráter” (1 Co 15:33 NVT).

O livro de provérbios também traz um conselho dizendo: “Não faça amizade com os briguentos, nem ande com quem se ira facilmente, pois aprenderá a ser igual a eles e colocará a si mesmo em perigo” (Pv 22:24,25 NVT).

Isso mostra o perigo de “deter-se no caminho dos pecadores” e de “assenta-se na roda dos escarnecedores” (Sl 1:1); pois com a convivência com pessoas que possuem certos tipos de comportamentos podem facilmente contaminar a boa essência.

 

  1. c) Influenciando ou sendo influenciado? Se você tem amigos que o convidam a fazer coisas erradas como, por exemplo, enganar e desobedecer a seus pais, cometer bullying com os colegas na escola, experimentar drogas ou bebida alcoólica, desrespeitar seus professores, e outras práticas que contrariam a Palavra de Deus, eles não são boas influências. Em Provérbios 13.20 está escrito: “Quem anda com os sábios será sábio, mas quem anda com os tolos acabará mal”. Você pode até interagir com pessoas não cristãs, mas não deve se deixar influenciar e agir como elas.

Como Cristãos devemos ter sabedoria para conviver em sociedade, pois não é possível (e nem devemos) viver de maneira isolada. Não há problemas em conversar com alguns colegas que frequentam o mesmo ambiente que você (como por exemplo o seu colégio), desde que seja você a referência (de comportamento) e não ele.

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Lembre-se que os servos de Deus têm a responsabilidade de carregar um testemunho, e por isso devemos levar a luz de Cristo onde estivermos. Se a sua conduta for firme e exemplar, sobretudo sábia, o reflexo dessa luz será natural e, no bom sentido, provocará certo incômodo nos seus colegas, a ponto de – quem sabe – provocar também neles uma mudança.

 

  1. AMIZADES QUE PREJUDICAM A COMUNHÃO COM DEUS

Um dos maiores problemas das falsas amizades é o fato de que elas prejudicam nossa comunhão com Deus e nos afastam de sua presença. Amigos de verdade nos aproximam de Deus.

  1. a) Amigos de Deus por meio de Jesus. Quando Jesus morreu por nós, Ele nos tornou amigos de Deus (Rm 5.10). Essa distância existia por causa do pecado. Uma vez que aceitamos o Senhor Jesus como nosso Salvador, não precisamos mais sentir medo de Deus. Ele está de abraços abertos para nos receber e, desde agora, somos seus filhos por adoção (cf. Ef 1.5).

O homem foi criado por Deus para um contexto de relacionamento e intimidade; e assim era no princípio. O pecado, todavia, realizou a separação entre Deus e o homem. Graças a Deus, o Senhor tinha um plano elaborado; e esse plano consistia na redenção e justificação do homem, através do precioso sacrifício de Cristo Jesus. Essa grandiosa obra nos reconciliou com o Pai, e nos transportou do domínio das trevas para o Reino filho do seu amor (Cl 1:13). Através dessa reconciliação, fomos aceitos como Filhos de Deus. Ele é o nosso Pai e o nosso amigo!

  1. b) As falsas amizades nos tornam inimigos de Deus. As falsas amizades não somente nos afastam do nosso Amigo, como também nos tornam seus inimigos (cf. Cl 1.21). Quando um amigo troca a nossa amizade pela de outra pessoa a sensação é que fomos traídos. É preciso cuidar para não entristecer o Espírito Santo (cf. Ef 4.30).

Como vimos nos tópicos anteriores, as falsas amizades podem corromper os bons costumes. Nesse sentido, o profeta Isaías diz que o pecado faz separação o homem e Deus, e com isso, o Senhor encobre o seu rosto (Is 59:2). É triste a realidade de estar distante de Deus, pois ele é muito bom para nós.

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  1. c) Amigos de verdade nos aproximam de Deus. Devemos ter muito cuidado ao eleger alguém como amigo. Faça como Davi, escolha pessoas que temem ao Senhor (Pv 22.24,25). Para isso, a pessoa precisa ter o Espírito Santo habitando em seu interior. E não basta afirmar que é cristã ou frequentar a igreja, ela precisa temer a Deus, amá-lo e agir em conformidade com os seus ensinamentos. Verdadeiros amigos sempre irão aproximá-lo de Deus, e nunca tentarão atrapalhar os planos dEle para a sua vida.

O mesmo Espírito que habita em nós também habita no nosso irmão. Deixemos, portanto, que o Espírito Santo nos oriente e testifique em nossos corações acerca das nossas amizades. Ser amigo de alguém que é amigo de Deus é a melhor opção. Essas pessoas nos aproximarão cada vez mais do Senhor.

 

CONCLUSÃO

Deus nos presenteia com amizades que nos abençoam com seus conselhos e nos ajudam a crescer espiritualmente. Desfrute das boas amizades que Deus concede a você e se afaste daquelas que podem distanciá-lo da presença de Deus. E não se esqueça do principal: Jesus é o melhor amigo. Ele estará ao seu lado em todos os momentos.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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