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EBD – Sofonias e Ageu – Lição 11 Juvenis

EBD – Sofonias e Ageu – Lição 11 Juvenis

Prefácio – Introdução

Sofonias e Ageu foram dois profetas importantes em Israel, cada um em seu período. A profecia do profeta Sofonias remonta ao período do rei Josias, e teve como efeito uma grande reforma, através do conhecimento da lei do Senhor. Por sua vez, a profecia do profeta Ageu refere-se ao período do exílio, especialmente para o momento em que alguns dos povos retornavam para Israel.
O núcleo da profecia de Sofonias é a exortação ao arrependimento, visto que sobre aquela geração (no Reino do Sul) ainda não havia vindo afrontas de nações externas. Deus através de Sofonias faz protesto às práticas detestáveis que as outras nações fazia e Israel copiava.
Já com relação à profecia de Ageu, temos que o núcleo consiste – inicialmente – na restauração do templo, e um chamamento à santificação. Veja que o povo que retornou do cativeiro possuía características psicológicas muito específicas (talvez motivadas pelo período do exílio), e que por esse motivo precisaram de orientação específica da parte de Deus. Desse modo, Deus os orienta acerca da prioridade na construção do templo, os anima com relação à glória que haveria de vir sobre aquela “segunda casa”, e os exorta à santidade para que vivessem um novo tempo.
Motive os seus alunos a associar os eventos da lição com os fatos históricos, como: Quais foram os reis que sucederam a Nabucodonosor? O império babilônico foi sucedido por qual império? Quem foi Zorobabel? Quem foi Neemias? O período da construção do templo se confunde com o período da reconstrução dos muros de Israel?
Tais eventos são correlatos ao assunto abordado nessa lição, e ajudam a entender a aplicação das profecias. A própria bíblia é fonte rica de informações, tanto no livros dos Reis de Israel, quanto no livros das Crônicas.

 

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1. A PROFECIA DE SOFONIAS

1.1. Tema central da profecia de Sofonias

O profeta Sofonias era tataraneto do rei Ezequias. Ele profetizou durante o reinado de Josias (639-609 a.C.). Como parente do rei, ele tinha acesso contínuo ao palácio. O tema central de sua mensagem é o “Dia do Senhor”. A maioria de suas profecias anunciava que Deus traria juízo sobre os pecados de Jerusalém. Essa mensagem foi fundamental para que os judeus se voltassem para Deus e o rei Josias iniciasse reformas muito necessárias em Judá. Foi nesse tempo que a Lei do Senhor foi encontrada, a idolatria banida, e o culto ao Senhor restaurado (2 Rs 22-23). Infelizmente, as gerações seguintes não permaneceram comprometidas com a Palavra de Deus, e o Dia do juízo sobre a nação foi inevitável.

A divisão do reino de Israel em Reino do Norte e Reino do Sul trouxe além do enfraquecimento político um enfraquecimento espiritual, de modo que o povo de Deus se apostatou e se corrompeu, servindo a outros deuses e praticando a idolatria. Nesse período o Senhor levantou vários profetas para admoestar o povo, e um desses profetas foi o profeta Sofonias. Um ponto curioso é que o profeta Sofonias tinha uma certa linhagem real, pois era tataraneto do rei Ezequias.
O núcleo da profecia do profeta Sofonias consiste no protesto às práticas reprováveis e uma convocação ao arrependimento. Sofonias falava sobre a justiça de Deus, e sobre o juízo que haveria de vir como forma de disciplina, caso não se arrependessem. Nesse contexto, talvez seria impreciso afirmar que aquelas palavras foram direcionadas apenas àquela geração, já que o povo daquela geração até viveu um período de reforma. Porém, geração seguinte se mostrou inconstante e provou do exílio e do cativeiro, com a invasão dos babilônios ao reino do Sul.

1.2. O alerta de Deus

Sofonias é o profeta que usa de maneira mais enfática a expressão “Dia do Senhor”, Ao longo do livro, uma série de alertas é direcionado não apenas a Judá, como também a outros povos acerca do Dia em que o Senhor julgaria as maldades cometidas por eles. Dentre esses povos, estão: os filisteus (Sf 2.5- 7): os amonitas e moabitas (2.8-11); os etíopes (2.12); os assírios (2.13-15): e a própria Jerusalém (3.1-7). Esses povos sofreriam destruições e invasões por causa da idolatria e rebeldia contra Deus. Jerusalém, inclusive, seria devastada pelos babilônios. Porém, o remanescente humilde seria restaurado (3.12,13). O Senhor eliminaria os seus inimigos, devolvendo-lhes a alegria (3.14,15). E, assim, conforme prometido, Deus trouxe de volta os cativos, dando-lhes um novo nome entre os povos da terra (3.20).

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Nesse período em debate, a maldade do povo havia se multiplicado de modo que não apenas os judeus foram objeto da advertência, mas também os povos vizinhos. Por exemplo, os assírios (cuja capital era Nínive) que tinham dominado os reinos vizinhos – inclusive o Reino do norte – viviam de maneira dissoluta, afundados em práticas detestáveis, mesmo após o grande livramento alcançado através da anterior profecia do profeta Jonas.
Como cumprimento da promessa, os babilônios surgiram como um reino poderoso e dominante, sendo um instrumento materialmente usado por Deus como forma de disciplina para aquelas nações; e infelizmente Israel foi contada entre as tais. A diferença é que, para com o seu povo, o Senhor sempre traz uma mensagem de esperança. Aos humildes e àqueles que permanecessem fieis mesmo durante o cativeiro (a exemplo de Daniel, Neemias, Esdras, Zorobabel, Ester e tantos outros), o Senhor fez a promessa de que no momento certo aquele tempo passaria, e que o povo retornaria. Essas palavras de esperança deram forças ao povo de Deus para sobreviverem em terras estrangeiras, pois tinham a voz do Senhor como bússola.

2. A PROFECIA DE AGEU

2.1. Tema central da profecia de Ageu

Ageu foi um dos primeiros profetas que voltaram do Cativeiro. Ele exortou os judeus que voltaram do exílio a escolherem as prioridades certas. Muitos se preocupavam apenas com as próprias necessidades. Enquanto isso, a Casa de Deus, que se encontrava em Jerusalém, continuava em ruínas (Ag 1.1-9). Por essa razão, o tema central do livro de Ageu é a reedificação do Templo. Não é errado buscar melhorar a própria vida e a de sua família. O problema está em fazer isso em detrimento da área espiritual, colocando o Senhor em segundo lugar. Tal negligência foi a causa da ausência de prosperidade material e espiritual do povo pós-exilado (Ag 1.10,11).
O Senhor deveria ser priorizado. Assim, o céu não se fecharia, e a terra não secaria, pois a bênção de Deus estaria sobre a nação. O princípio permanece o mesmo. O Senhor e as coisas eternas precisam ser prioridade. Buscar o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar continua sendo a base para uma vida espiritual e material próspera (Mt 6.33).

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Cumpridas as palavras da profecia de Sofonias, o Reino de Judá foi invadido e muitos foram levados cativos. Entretanto, anos depois, a alguns os povos foi permitido retornar. Não confundamos porém o fim do período do cativeiro com o fato de alguns reis (a exemplo de Ciro e Dário) liberarem parte do povo para retornarem.
Nesse sentido, dentre os primeiros que retornaram, encontrava-se o profeta Ageu, que foi instrumento de Deus para falar ao povo na quele novo contexto.
O tema central da sua profecia aponta para uma ponderação das prioridades que o povo precisava fazer. Percebam que, ao retornar do cativeiro, o povo estava de uma forma ou de outra psicologicamente afetado, e até mesmo sem uma visão clara acerca do que deveria ser feito. Então, através de Ageu, Deus fala que a prioridade naquele momento era a restauração do tempo, que na invasão havia sido destruído.

2.2. A resposta do povo

A exortação do Senhor por meio de Ageu surtiu efeito, pois os judeus começaram imediatamente a reedificação do Templo (1.12-15). Deus levantou a Zorobabel, que era o governador de Judá naquela ocasião, e a Josué, o sumo-sacerdote, assim como a todo o povo para trabalharem na Casa do Senhor dos Exércitos, e assim foi feito (1,14). A resposta do povo à mensagem de Ageu e a resposta de Deus à mudança do povo são provas claras de que o Senhor honra os seus servos quando estes decidem honrá-lo em primeiro lugar.

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Além de Ageu, que foi o profeta do Senhor, Deus levantou outros homens, como por exemplo Zorobabel, que conduziu o povo na restauração / construção do templo. Verdadeiramente era um período de reformas e de restauração, e Deus queria mostrar que eles não poderiam cair no mesmo erro que o fizeram sair daquele mesmo lugar. Por esse motivo, Deus deixou muito claro que a primeira coisa que deveria ser feita era a restauração do templo. A restauração foi concluída e, apenas a título de curiosidade, tempos depois Deus levanta Neemias para reconstruir os muros (veja que o templo já tinha sido reconstruído nessa época). Ou seja, entende-se que Neemias, Zorobabel e Esdras foram contemporâneos.

3. PRECIOSAS MENSAGENS

3.1. A promessa de maior glória

A primeira mensagem anunciada por Ageu dizia respeito à glória divina sobre o segundo Templo, que seria maior do que foi a do primeiro (2,9). Para muitos judeus que tiveram conhecimento sobre o esplendor do primeiro Templo, o último parecia estar aquém. Entretanto, o Senhor os encorajou, pois não era a aparência que importava. Ele mesmo seria o provedor dos recursos para a conclusão da obra. Esse fato vivenciado pelos judeus nos adverte de que não podemos considerar de pouca importância os nossos esforços na obra de Deus. Se o que fazemos tem a intenção genuina de glorificar a Deus, certamente será recebido e honrado por Ele. Naquele tempo, os judeus não entenderam, mas a maior glória esperada era a própria presença do Senhor Jesus adentrando no Templo (2.9,15). Da mesma forma, hoje, a maior glória que podemos experimentar é a presença do Espírito Santo em nós (1 Co 6.19).

Vale lembrar que o último templo que Israel teve – antes desse período – foi aquele construído pelo Rei Salomão; templo que era sonho até mesmo do Rei Davi, mas que apenas o seu filho conseguiu executar aquela obra. Verdadeiramente aquele templo era rico em detalhes, com grande imponência e de aparência que impressionava.
Porém nesse segundo momento, após retornarem do exílio, o templo que eles haviam acabado de construir era muito inferior em aparência ao anterior, de modo que o povo se contristou. Nesse contexto Deus fala através do profeta Ageu que não era com a aparência que Ele se importava, mas com a busca que se havia de fazer no templo. Diante disso, veio a palavra do Senhor ao Profeta Ageu, dizendo que “a glória da segunda casa seria maior que a da primeira” (Ag 2:9). Essa palavra trouxe esperança ao povo, de que espiritualmente Deus responderia e estaria naquele lugar.

3.2. A chamada à santidade e uma promessa profética

A segunda mensagem anunciada pelo profeta Ageu diz respeito à santidade (Ag 2.10-19). Os anos que se passaram na Babilônia deixaram os judeus insensíveis no tocante à vida religiosa. Eles precisavam relembrar os preceitos da Lei que deveríam ser cumpridos pelo povo e seus líderes, sobretudo, por aqueles que ministravam no Templo (Cf. Nm 19.11-22). Não adiantava apenas reedificar a Casa de Deus se os seus ministros não prezassem pela santificação e temor. A chamada de Ageu à santificação vinha acompanhada da promessa de bênçãos, pois, a partir daquele dia, o Senhor se comprometeu a abençoar o povo de maneira especial.

Podemos perceber uma cronologia no tratar de Deus para com aquele povo, onde primeiro preparou a vinda de alguns, depois os exortou para a construção do tempo, os animou acerca da glória e da presença Dele, e por fim, estabeleceu um concerto com o povo, para que com um novo coração o buscassem. Não adiantaria sair da Babilônia (ou posteriormente do reinado Persa) e retornar para Israel com as mesmas práticas. Se o objetivo era restauração, então a mudança deveria acontecer de dentro para fora, a começar dos levitas e dos que trabalhavam na casa do Senhor.

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PARA CONCLUIR

As palavras de Sofonias e de Ageu enfatizam que Deus honra aqueles que têm compromisso com a sua verdade e colocam o seu Reino em primeiro lugar. Tanto o avivamento nos dias de Josias quanto nos dias de Ageu é resultante da observância à Palavra Eterna. Que Deus avive a sua obra em nós, de modo que a sua glória seja abundante e refletida em nossa maneira de viver; que por meio do nosso testemunho, possamos alcançar novas almas para o Reino de Deus!

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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