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EBD – Sou Filho de Deus? – Lição 9 Pré-Adolescentes – 2° Trimestre 2024

EBD – Sou Filho de Deus? – Lição 9 Pré-Adolescentes – 2° Trimestre 2024.

Prefácio – Introdução

Sou Filho de Deus? Qual diferença entre ser “filho de Deus”  e ser “Criatura de Deus”? Se de fato tomos nós somos filhos de Deus, então é por isso que somos irmãos (em unidade)? Sempre fomos filhos de Deus, ou é um “título” novo? Qual o papel do nosso Senhor Jesus Cristo nesse novo “título” de filho? É um direito ofertado a todos? É possível não exercer esse Direito?

EBD – Sou Filho de Deus – Lição 9 Pré-Adolescentes – 2° Trimestre 2024.

Segundo a Bíblia, a criação de tudo o que conhecemos (e o que não conhecemos) no universo é um resultado da vontade, da força  do poder de Deus. Pela Sua Palavra, do nada tudo se fez. O homem também foi resultado da manifestação desse poder, sendo formado do pó da terra. Além disso, considerado como coroa da criação, o homem recebe algo especial: o fôlego de vida, soprado pelo próprio Deus; elemento esse fundamental para que fôssemos alma vivente (Gn 2:7). Nesse primeiro momento da criação, o homem vivia em plena comunhão com Deus. Aliás, o próprio Deus, na viração do dia, vinha falar com o homem.
No entanto, a introdução do pecado na humanidade teve como um dos primeiros reflexos a separação entre o homem e Deus, visto que, pela Santidade de Deus, era impossível a compactuação com o profano. Além disso, o homem foi expulso do Éden, para que não comesse da árvore da vida. Tudo isso, em um primeiro momento, revelaria um cenário de destruição e desesperança, se não fosse pela promessa de redenção feita pelo próprio Deus. Essa promessa de redenção traria consigo a reconciliação (visto que o pecado trouxe inimizade); e a reconciliação traria ao homem um “Direito” (Poder).
O Evangelho de João, em seu Capítulo 1, versículo 12, vai dizer que a todos quantos o receberam (a todos quantos receberam ao Senhor Jesus, o objeto dessa promessa feita no Éden) “deu-lhes o poder (direito) de serem feitos filhos de Deus”. Ou seja, o título de “filho de Deus” é um direito dado ao homem pelo próprio Deus; fruto do resgate feito pelo filho do seu amor, por sua graça e misericórdia.

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Na aula de hoje, iremos aprender um pouco sobre um título que nos foi dado. Aliás, apesar de esse título nos ter sido “dado” (por direito), esse título tem muito valor. Esse título tem um alto valor porque um alto preço foi pago por ele (o próprio Deus pagou esse preço, visto que não tínhamos como arcar com os custos).

Além de entender a indagação “como chegamos aqui, no patamar de filhos de Deus?”, aprenderemos sobre como devemos nos portar enquanto filhos. Ora, se aqui na terra o filho deve obediência e honra ao seu pai, quanto mais não será o seu dever de obediência e de honra ao seu Pai Celestial; o verdadeiro dono da Vida.

  1. O QUE É SER FILHO DE DEUS?

O apóstolo João enfatiza que Jesus veio para o seu povo e o seu povo não o recebeu (Jo 1.11). Deus, então, abriu a porta da salvação a todos os que creem em Jesus e, assim, fossem feitos filhos de Deus (Jo 1.12). Isso significa que todo aquele que crer em Jesus, independente da nação que pertença, pode ser feito filho de Deus.

Inicialmente, a promessa que já havia sido feita no Éden (promessa de redenção e reconciliação) é “formalizada” através de uma Aliança feita por Deus com Abraão. Na ocasião, a graça (mesmo no antigo testamento) ficou tipificada pelo fato de que a Justiça foi imputada a Abraão por meio da Fé. Abraão é considerado o Pai da fé porque creu e obedeceu a Deus mesmo sem “garantias” aparentes, mas apenas pelo fato de que escolheu confiar.
Nesse sentido, a Aliança e a Promessa que Deus faz com Abraão tem como “alcance original” as suas futuras gerações (o povo de Israel, ou o povo hebreu, que ainda haveria de vir). Portanto, o Senhor Jesus, na figura do Cristo, veio ao mundo para cumprimento dessa promessa (resgatar o seu povo). No entanto, o povo Judeu, que esperava um reino aparente, rejeitou o Senhor Jesus, principalmente por conta dos seus estereótipos (humildade e simplicidade).
A eficácia do resgate, entretanto, não se perdeu. Jesus cumpriu a sua missão e trouxe de volta as chaves que têm o poder de libertar o homem da sua sentença. O que ocorreu, portanto, foi a ampliação desse “Direito”, dado agora não apenas ao Judeu (os descendentes de Abraão), mas a todos os que creem no Dono da Vida, no Senhor Jesus, incluindo eu e você.

Entretanto, há algumas exigências:

1.a. É preciso crer em Jesus (1 Jo 5.1). Crer não é somente acreditar que Jesus existe. Crer em Jesus requer estar comunhão com Jesus e participar da família de Deus.

Quando confessamos a nossa crença no Senhor Jesus, essa confissão traz consigo uma responsabilidade de crermos também em toda a sua obra. Crer na obra de jesus, porém, é crer também no novo nascimento. Aquele que tem um encontro com Cristo, passa a ter a sua vida norteada por Ele, em todos os aspectos. Isso é nascer de novo.

1.b. Deve obedecer aos mandamentos de Cristo (1 Jo 5.2,3). Deve obedecer aos mandamentos de Cristo. A obediência é a marca do discípulo de Jesus. Quem diz que é filho de Deus e não obedece aos seus mandamentos está se enganando.

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O novo nascimento é marcado pela mortificação das práticas do nosso antigo homem, aquele que possui as mesmas características desde a queda no Éden. O novo nascimento, nesse sentido, traz a possibilidade de mudança de conduta. Aquele que quer ser discípulo de Jesus precisa seguir os seus passos. Seguir os passos Dele é sinônimo de Obediência.  Desprezar os seus conselhos, é sinônimo de desobediência. A desobediência, por sua vez, sempre trará consigo más consequências. Se é ruim para um jovem desobedecer ao pai e a mãe, imagine quão ruim não é desobedecer a Deus.
É preciso entender que obedecer a Deus não é algo ruim ou pesado. É só pensar que Deus sempre sabe e quer o melhor. Tudo que Ele nos diz é verdade, porque Ele é a verdade. Ele nunca nos enganará; então o seu conselho é vida.
Se o jovem deseja ter uma vida plena e de prosperidade, é primordial ouvir a voz de Deus.

1.c. O filho de Deus vence o mundo (1 Jo 5.4) Se alguém quiser ser filho de Deus tem que renunciar os vícios, os palavrões, a rebeldia e todas essas coisas do mundo de pecados (1 Jo 5.18).

O que significa vencer o mundo? Certamente o Senhor Jesus não estava falando do mundo no sentido Biológico. A Natureza tem as suas Leis; o Salmo 19 deixa isso claro. Portanto, a recomendação à resistência e triunfo sobre o mundo diz respeito ao sistema mundano e às inclinações do homem para com esse sistema. Em outra palavras, tudo aquilo que não se parece com Deus, pertence ao mundo: as prevaricações, as más conversações, as palavras torpes, as práticas nocivas, e todas as obras dignas de reprovação.
Aliás, os filhos de Deus produzem obras dignas de serem manifestadas na luz. Pergunte-se sempre: “Eu tomaria essa mesma atitude em público? Agiria assim diante da Igreja? Agiria assim diante da minha liderança?” Se a resposta for sim, há grandes chances de essas obras serem aprovadas. Agora mais importante ainda, pergunte-se: “Agiria assim, sabendo que Deus me observa?”

1.d. É pacificador (Mt 5.9). O filho de Deus não promove guerra, não se alegra com a violência e nem trata mal as pessoas. Antes, sempre busca a paz, procura apaziguar conflitos.

Uma das principais características dos filhos de Deus é o fato de ser amante da paz. O Salmista, no Salmo 120 versos 6 e 7 faz um “desabafo” ao dizer? “6 A minha alma bastante tempo habitou com os que detestam a paz. 7 Pacífico sou, mas em eu falando já eles estão em guerra”.
Ainda em outro Salmo (34:12-14) o Salmista traz conselhos para uma vida farta de dias: “12 Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem? 13 Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente. 14 Aparta-te do mal, e faze o bem: procura a paz e segue-a.
Por fim, ainda podemos citar as recomendações do Apóstolo Paulo a Timóteo, onde ele aconselha que o Jovem Timóteo faça orações e interseções por todos os homens, inclusive pelos reis e por todos que estão em eminência, com o objetivo de ter uma vida quieta e sossegada, em toda piedade e honestidade (1Tm 2:2).

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  1. FOMOS ADOTADOS

Você conhece alguém que seja adotado ou é um filho adotado? Adoção é quando um casal registra uma criança ou adolescente para ser seu filho, mesmo que tenha nascido de outra família. O filho adotivo passa a ser herdeiro de todos os bens de seus pais adotivos como têm todos os filhos biológicos.

A lição faz uma relação (uma analogia) entre o “evento” da nossa adoção por Deus, com um evento semelhante que ocorre na terra, entre os homens, que é a adoção de crianças. Algumas famílias inclusive têm essa prática como uma missão ou propósito de vida. Verdadeiramente, a adoção é um ato de amor. Uma escolha consciente e intencional.

2.a. Quem são os filhos da desobediência? Por causa do pecado, éramos por natureza filhos da desobediência e filhos da ira (Ef 2.3). Os filhos da desobediência são pessoas que estão escravizadas no pecado (Rm 6.20). Eles não conseguem se libertar do mundo e vivem desobedecendo à Palavra de Deus. Por isso, estão destinados a sofrer os castigos de Deus (Rm 2.8).

O apóstolo Paulo, dotado de sabedoria e da inspiração do Espírito Santo, escreveu uma carta à igreja de Éfeso, e naquele contexto foi oportuno diferenciar três institutos: Filhos da Luz, Filhos da Ira, e Filhos da Desobediência.
Os filhos da Luz são aqueles que produzem obras dignas de serem relevadas à luz, para que todos vejam. Esses são aceitos por Deus, visto que o Senhor é o Pai das Luzes (Tg 1:17).
Os filho da Ira são aqueles que, originalmente, não provaram do novo nascimento. Ou seja, os filhos da Ira permanecem com a culpa do pecado; e por não ter passado pela porta da salvação, no tempo da ira (tempo do juízo), serão dignos do despejar da ira de Deus.
Os filhos da Desobediência, poderiam ser classificados como aqueles que conheceram a luz, mas não permaneceram na luz. Até conheceram a Voz proclamada pela Obediência, mas agiram conforme o conselho da voz da desobediência. O triste é que os filhos da desobediência terão parte com os filhos da Ira, visto que as suas obras se assemelham.

2.b. Somos filhos por adoção. Sendo filhos adotivos de Deus, passamos a ter direito à herança de Deus, isto é, a vida eterna que Jesus prometeu aos que creem nEle (Jo 14.1-3). Os filhos de Deus herdam também o Espírito Santo em suas vidas (Gl 4.6,7). Para herdar essas bênçãos é preciso manter-se firme na fé e não se contaminar com o mundo.

Nós, enquanto filhos adotivos, recebemos um Direito; o direito de sermos chamados Filhos de Deus; de termos participação na herança; verdadeiros coerdeiros. Em algumas leis terrenas, para que um direito venha a ser exercido, exige-se o cumprimento de alguns requisitos. Espiritualmente, o direito à vida eterna como coerdeiros está “condicionado” ao fiel cumprimento da palavra de Deus (obediência)
Perceba que essencialmente, o homem nada entregou a Deus pela sua salvação. O preço do resgate foi pago pelo próprio Deus. Então não é o caso de “comprar” a salvação através da nossa obediência (a graça de Deus nos alcançou). O que se tem, portanto, é mero cumprimento de requisitos, uma vez que o cidadão do céu possui características próprias (Salmos 15).

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  1. PRECISAMOS SER OBEDIENTES AO PAI

O Senhor se alegra com a obediência de seus filhos. Mas, também, se ira quando algum de seus filhos se desvia e segue o caminho da desobediência.

Como mencionamos, originalmente a ira de Deus está reservada aos filhos da ira; aqueles que ainda têm sobre si a culpa do pecado, por não terem provado o novo nascimento em Cristo Jesus. No entanto, os filhos da desobediência, por terem as obras semelhantes às dos filhos da ira, também serão objeto do juízo de Deus.

3.a. O nosso Pai Celestial se agrada da obediência. A obediência a Deus é muito mais importante do que muitas coisas que se fazem na igreja. De nada adianta ser um bom cantor, músico ou pregador se não obedece a Palavra de Deus (1 Sm 15.22).

Talvez um dos institutos mais importantes para o homem seja o seu poder de escolha. Porém, observe que essa escolha pode ser associada a uma obediência ou a uma desobediência. Por exemplo, podemos citar o Rei Saul, que escolheu poupar o melhor do gado no episódio em Amaleque, embora essa escolha se revelasse manifestadamente uma desobediência à ordenança de Deus (1Sm 15:9).
Nesse mesmo episódio fica consagrado nas escrituras “o Prazer de Deus”: a obediência. Samuel indaga, como porta-voz de Deus: “Tem Porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor?” (1Sm 15:22). Completa Samuel, com uma das frases mais conhecidas das escrituras: “Eis que o obedecer é melhor do que sacrificar; e o atender é melhor do que a gordura de carneiros”.

3.b. Ser obediente ao Pai é sinônimo de amor (Jo 14.15). Obedecer a Deus é um ato de amor e voluntariedade. Se você diz que ama a Deus e não obedece a sua Palavra, você estará mentindo e enganando a si próprio (1 Jo 2.4).

O homem, em muitos momentos, tem os seus atos moldados pelo convencimento. Quando ele se convence de que “tal coisa” é a melhor a se fazer, ou que “tal decisão” é a melhor a se tomar, assim ele o faz. No entanto, o homem natural assim pode estar agindo convencido por mentiras ou por enganos.
Agora, pois, imagine o  homem que conheceu a Verdade [e a palavra nos dá respaldo de que o conhecimento da verdade nos liberta (Jo 8:32)]. Agora mais ainda imagine que essa verdade tem o poder de nos convencer, de modo a mudar e moldar o nosso modo de agir. Aliás é o Espírito Santo que convence o homem (Jo 16:8)
A partir de então (após esse encontro com Deus e essa transformação), a nossa conduta passa a ser consciente e intencional com base na verdade! Portanto, voluntariamente decidiremos dia após dia permanecer na presença de Deus, pelo tamanho da sua obra e por tudo que ela representa para nós. Esse exercício (de perseverar) se torna mais “fácil” quando servimos a Deus com amor; por isso este tópico associa a obediência ao amor

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CONCLUSÃO

A obediência a Deus, além de ser uma demonstração de amor e temor para com o Criador, é também uma forma de testemunhar às pessoas que existe um Deus bondoso que nos permite chamá-lo de Pai (cf. Rm 8.15).

A conduta do cristão deve ser tal que sirva de exemplo para o fraco e o caído. Estamos rodeados por uma multidão de testemunhas. Se carregamos o nome de “Filhos de Deus”, precisamos fazer valer tal título. Somos, nesse sentido, verdadeiras testemunhas do amor de Deus e da transformação que esse amor causou em nossas vidas. Portanto, desde o nosso levantar, até o nosso deitar, precisamos cuidar para agirmos em conformidade com a Palavra de Deus.

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Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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